O baile de máscara
Passei em cada mesa ali presente. Sorri de piadas sem graça como faço categoricamente todos os anos.
Thales não saia do seu papel de empresário do ano. Thomas parecia procurar algo que não estava ao seu alcance.
Sempre me questiono o que venho fazer aqui. Em todo lugar que olho, vejo mulheres lindas desfilando com seus vestidos de grife. As negras sobressaem por seu tom de pele e eu ainda não sei onde estava com a cabeça para fazer a merda daquela proposta idiota.
As luzes estão todas acesas e todos se escondem por detrás de uma mísera máscara. Se Graziela estivesse aqui, eu a reconheceria de imediato. Não que ela fosse notável, mas por sua circunferência fora dos padrões.
Meu pai conversa animado com um negro alto. Nem preciso saber seu nome para ter ciência que o cara deve ter muito dinheiro. Thales se aproxima deles, o olhar dele para Thales me incomoda e por este motivo me aproximo sendo seguido por Thomas.
O homem em questão se apresenta como Cláudio Alves e observa a mim e a Thomas com a mesma intensidade que observava Thales.
Thales nos olha e entendemos que é hora de circular pelo salão outra vez.
-E aí, já escolheu em quem vai dar o bote? -Pergunto à Thales.
-Ainda não cara, acabei de chegar. -Responde querendo mostrar um ânimo inexistente.
-Vamos curtir, por que depois da meia-noite a caça começa de verdade. -Falei sorrindo na tentativa de animá-lo.
Ficamos no bar bebendo com amigos.
Uma valsa de inicia e eu me retiro para evitar ter que dançar com alguém.
Meia-noite em ponto, após o jantar, meu pai faz seu longo discurso e vai embora junto com a maioria do pessoal de mais idade.
O DJ que contratei inicia seu show. Fico surpreso ou reconhecê-lo como um dos visitantes da minha vizinha e também pelo fato do cara ser super famoso neste meio.
Devo admitir que o cara é bom. Porém, pelo preço que me foi cobrado. Não vi nada demais.
-Que porra de música é essa Thiago? -perguta sorrindo Thales.
-Se prepara irmão, agora as negras entram em ação e a gente também. -respondo a ele, já arrastando Thomas para a pista comigo e afastando Graziela de minha mente.
A pista está lotada. Uma negra e uma loira fazem sanduíche de mim. Enquanto uma morena de quase dois metros, rebola contra o corpo de Thomas.
Um bom tempo depois...
Cansado e tentado fugir das duas, procuro por Thomas e não o encontro.
Me afasto para me recompor e uma batida diferente envolve o ambiente me causando um certo frenesi.
O DJ contratado está no bar e de onde estou não consigo avistar o DJ que o está substituído. Esse sim é o cara!
Ele saiu do Funk para o eletrônico comandando as luzes de acordo. Me senti novamente um adolescente nas raves que eu frequentava deixando minha mãe louca. Mesmo não curtindo mais este ritmo, admito, Agora vi valer meu investimento.
Curioso para saber de quem se trata. Já que de onde estou não consigo vê-lo, me aproximo pela lateral do palco e engulo seco ao reconhecer aquela cabeleira e aquele corpo volumoso.
Paro e fico à observando. Seus olhos cruzam com nos meus. vejo nos dela divertimento. Nos meus, total surpresa.
Ela movimenta os lábios me chamando de babaca e sei lá por quê motivo, eu revido à chamando de gostosa.
Ela sorri divertidamente negando com à cabeça e volta sua atenção para o equipamento a sua frente.
Eu fico parado como um babaca esperando novamente seu olhar.
Fato que não ocorreu.
Mais de meia hora depois. Ela pega o microfone e se despede.
-Eu sou a DJ Grazi e foi um prazer estar com vocês. Até à proxima galera.
Algumas pessoas na pista, aplaudem.
Ela dá o lugar para o DJ Zatran e se direciona para o fundo do palco.
Não sei se eles tem algo, mas percebi que tenho que ser rápido.
Passo uma mensagem para a empresária dele pedindo que ela atrase a DJ Grazi, com a desculpa que alguém quer contratará-la.
Me afasto com passos rápidos em busca de Thales e o vejo entrando no banheiro. Vou atrás
-Fala irmão já achou seu alvo? -questiono escondendo minha ansiedade.
-Eu não ia pegar ninguém, sabe que negra não é a minha praia.
-Nem a minha, porém o desafio não é esse? Só vim mesmo te falar que já estou indo. Só falta você descolar a negra da vez ou então, desafio perdido bonitão. -falei convicto que ela hoje seria minha.
-Pode deixar que vou cumprir direitinho esse desafio. -respondeu com um olhar malicioso.
Saio apressado o deixando sozinho no banheiro.
No caminho de volta ao palco. Me pergunto o que direi. Nunca precisei chegar em cima de uma mulher. Muito menos uma que me odeia.
O que me motiva é a certeza de que preciso apenas de uma noite, para tirá-la dos meus pensamentos.
Paro no fundo do palco, onde ninguém pode me ver. Pricipalmente meus amigos. E mando outra mensagem dizendo para a empresária que a pessoa desistiu. Vejo Grazi pegar sua case tranquilamente e vim em minha direção. Ela não deve ter me visto, pois aqui é bem escuro.
Cada passo dela me sinto mais nervoso, por este motivo dou quatro passos para a direita me escondendo mais na escuridão e deixando o caminho dela livre. Que merda eu estava pensando em fazer?!
Ela passa à dois metros de mim, com seu narizinho empinado. Somente ao relaxar percebi que eu estava prendendo minha respiração.
O ar nem bem deixou meus pulmões é eu novamente paraliso ao som da sua voz bem atrás de mim.
-Desistiu Playboy? -questionou me desafiando com deboche. Me fazendo voltar em mim.
Me virei sem pressa baixando meu olhar para encarar aqueles olhos profundos, que parecem esconder uma angústia com um falso divertimento constante.
-Desisti de quê exatamente?
-De me contratar para o próximo evento. -respondeu mantendo o olhar.
-Não era eu. Era um conhecido. À propósito, parabéns! Você manda muito bem.
Seus olhos brilharam com meu elogio verdadeiro. Mostrando claramente que ela ama o que faz.
-Obrigada vizinho.
-Já está indo embora? Por quê não fica para curtir à festa um pouco?
-Acho que os coroas com grana já partiram.
-Me desculpe Grazi! Eu realmente não queria te ofender, mas o que você falou sobre noite cara e aquele coroa sempre por perto me levaram a essa terrível conclusão.
-Vai ser sempre assim? Um dia uma ofença e no outro um pedido de desculpas?
-Não! Espero que não. É. É que você me deixou intrigado com tanto entra e saí do seu apartamento.
-O mesmo acontece no seu, e nem por isso eu me incomodo.
-Eu sou homem, é diferente.
-Sério que você falou isso Thiago?
Meu nome. Seus lábios.
Passo a mão nos meus cabelos e depois na nuca procurando uma resposta que não termine com um pedido de desculpas.
-Infelizmente a sociedade é machista. A mulher foi criada para o lar e o homem para o bar.
-Você vive em que século meu bem?
-Para vai! Você sabe que é assim.
-Fui criada por uma Amélia e por isso não tolero submissão.
-Nem no estilo cinquenta tons? -pergunto encarando seu olhar desafiadoramente
-Somente se o chicote ficar comigo. -retruca.
Não segurei a gargalhada que fugiu à vontade por meus lábios.
-É bem capaz de você me prender em minha cama e tacar fogo depois de usar bastante meu corpinho. -falei ainda sorrindo.
-Aí só pagando pra ver?
-Para de usar este termo. Só pagando! -falo me aproximando um pouco mais. Em momento algum desviamos nossos olhares.
-Ok! Pra você eu faço uma amostra grátis. -retrucou dando um passo em minha direção.
Sem controle. Pousei meus lábios nos dela, fechando os olhos em seguida.
Seus lábios naturalmente carnudos não hesitou em me dar passagem. Quando minha língua encontrou a dela, perdi por segundos a noção. Meu pau latejou quando seu corpo se encostou sem reserva no meu. Meus dedos entraram naqueles cabelos diferentes e nosso beijo se aprofundou.
Suas mãos me seguravam pelos meus cabelos também.
Eu não queria parar, e acho que nem tinha forças para isso.
Deixei relutante seus cabelos para abraçar seu corpo aconchegante. A música não tocava mais, o silêncio somente era quebrado por nossos sons de desejo.
Foi ela a quebrar nosso contato. O som alto ainda tocava quando ela distribuiu beijinhos em meus lábios famintos pelos dela.
Não consegui me afastar e por isso tornei a invadir sua boca dando uma atenção especial em seus lábios. Os chupando e mordiscando. Eu quero mais. Eu quero tudo.
-Vamos para meu apartamento? -convidou se afastando abruptamente de mim e virando me as costas.
-Só se for agora. -respondi seguindo ela.
No estacionamento para convidados de honra, um jeep preto nos aguardava.
Até tentei convencê-lá a ir no meu, mas ela alegou que eu já havia bebido e não entraria em um carro comigo no volante. Por esse argumento, me sentei no carona e fui todo o trajeto sem tirar os olhos dela que raramente me olhava e sorria.
🌻🌻🌻
💐Por favor nao não esqueçam de votar e comentem à vontade.
Voltarei em breve meus amores. Obrigada por tudo.
💋Beijos da Aline💋💋.
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