Noite perfeita

Às sete em ponto, bati levemente na porta dele com uma sacola em uma mão e uma pequena torta de queijo brie na outra.
A única coisa que aprendi fazer foi lasanha aos quatro queijos. Espero realmente que fique boa como minha mãe insiste em dizer que fica.

De cabelos molhados, sem camisa e descalço. Ele abre a porta com o mais belo sorriso.

Não sei o que o levou a me tratar daquele jeito ontem no final da tarde. Porém, sei que hoje de manhã ele foi um cavalheiro e como tal merece uma pequena recompensa.

Sou recebida com um beijo casto em meus lábios antes de ter minhas mãos desocupadas.

-Boa noite para você também Thiago. -provoquei.

-Boa noite Grazi! Como foi seu resto de dia?

-Fui fazer uma visitinha rápida no hospital...

-Você está doente? -Interrompeu aparentemente preocupado.

-Não bobo, não me escutou falar a palavra visita?

-Acho que deletei essa parte.

-Percebi lindo. Vamos pra cozinha, quero acabar logo com isso.

-Grazi se não quer cozinhar deixe que eu faço.

-Eu quero, mas também não pretendo passar à noite toda na cozinha.

Recebi uma taça de vinho branco seco e gelado.

Acendi o forno para agilizar. Fiz o molho branco e em poucos minutos a abençoada estava montada.
Com a lasanha no forno. Lavei o alface e o agrião. Enquanto ele cortava bem fininho o pepino e os tomates.

Observei ansiosa ele levar o garfo aos lábios, vi ele fechar os olhos e balançar levemente a cabeça em aprovação. Porém, somente relaxei quando ele falou com todas as letras que estava uma delícia. Acreditei em sua palavra quando o vi se servir pela segunda vez.

-Quer um pedaço de torta agora? -perguntei indo para a cozinha.

-Não, obrigado! Acho que comi demais. -respondeu recolhendo os pratos.

Coloquei um pedaço generoso para mim e me sentei no sofá ligando a televisão. Rodei alguns canais e acabei parando em um programa de humor. Voltando da cozinha, ele ignorou os espaços desocupados e se sentou bem junto a mim. Pegando a colher da minha mão, se serviu do meu pedaço de torta, colocou o braço em volta do meus ombros e levou a segunda colherada até meus lábios.
Acabamos dividindo "meu pedaço de torta".
Eu não sei o que estamos fazendo. Mas assustadoramente, estou gostando. Nunca cozinhei para outra pessoa a não ser minha mãe. Minhas amigas e amigos sabem que sou fã de carteirinha de fest food. Hábito que estou tentando mudar.

As piadas estavam ótimas, até que o humorista convidado resolveu fazer piadas de gordo e negro. Para mim "problema algum". Mas percebi o desconforto de Thiago que não se sentia a vontade para rir. Mudei de canal parando no meio de um filme sobre o primeiro amor de uma mulher, suas desilusões e medos.
A história nos prendeu e fiquei encantada em saber que se tratava de um filme nacional baseado em uma história real.

-Quem foi seu primeiro amor? -Perguntou assim que o filme acabou.

-Foi um colega da escola.

-Vocês chegaram a ficar juntos?

-Sim e não. Demorei a entender que o nosso lance hoje é mais amizade que romance.

-Hoje?

-Continuamos saindo por muitos anos.

-Ainda estão juntos? -questionou.

-Acho que não.

-Como acha?

-Eu e ele sempre tivemos uma relação livre. Mas recentemente não deu para continuar.

-Quantos anos isso durou?

-Onze. E você? Já teve uma paixão adolescente? -indaguei mudando o foco sobre mim.

-Não. Nunca me apaixonei de verdade. Mulher tem mania de se meter em tudo e complicar demais a vida da gente.

-Concordo com você. Porém, toda regra tem exceção. Tem homens super machista e ciumento.

-Não concordo, nos chamam de machista mas amam que as traremos com carinho.

-Por Deus. O que tem uma coisa haver com a outra? Machista é o cara que acha que mulher não tem os mesmos direitos. Eu achava que você era machista, mas depois de cozinhar para mim, estou inclinada a mudar de ideia.

-Em muitas coisas eu sou diferente. Entretanto, em outras me considero antiquado.

-Me dê um exemplo.

-Deixa isso quieto ou vamos acabar à noite em uma discussão desnecessária.

-Eita! Você deve estar certo e com certeza acho que eu não gostaria do que ouviria.

-Como começou sua carreira de DJ? -perguntou mudando de assunto.

-Foi paixão à primeira vista, quando acompanhei Fred e o vi tocar, descobri que era isso que eu queria pra mim. -respondi nos servindo mais um pouco de vinho.

-Você tem um leve sotaque. Você é mineira?

-Fui criada em Minas.

Passamos um tempo falando sobre nós; relaxados no sofá com ele deitado com a cabeça no meu colo e eu passando a mão em seus cabelos. Eu sorri, de doer a barriga quando ele me contou algumas das suas travessuras de infância, eu evitei falar da minha que foi sozinha, rodeada de adultos e sem direitos. Vi os olhos dele brilhar quando falou dos irmãos e se entristecer ao falar do pai. Percebi que ele ama o pai e parece querer sua aprovação, enquanto eu não espero nunca a aprovação do meu. Passei anos tentando ser o que eu não era e hoje me sinto livre para ser quem realmente sou. Vi seus olhos encherem e até uma certa rebeldia quando falou da mãe. Conversamos respeitando nossos limites e entendendo quando o assunto era encerrado.

À noite estava muito agradável, até que meu celular tocou. Era Fred querendo saber se poderia aparecer quando terminasse seu show.
Respondi que não e que eu nem em casa estava. Quando me questionou, sorri mandando ele procurar um hotel e desliguei. Thiago tinha se levantado assim que atendi a ligação e ao término da mesma, continuou de costa para mim. Olhando para além da varanda.

O vento balançava seus cabelos desalinhados, sua postura era firme. Lamentei mentalmente ele ter colocado a camisa para jantar. Pois sem ela a vista estaria perfeita.

Me mexi no sofá tentando chamar sua atenção. Sem resposta, deduzi que a noite estava encerrada.

-Boa madrugada Thiago. -Me despedi, fazendo assim ele se virar pra mim.

-Vai pra casa esperar o Fred? - interpelou com um sorriso que eu não consegui decifrar.

-Não. Vou pra casa dormir. Já passa de uma da manhã. -respondi sem paciência.

-Tá certo. Até qualquer dia. Obrigado pelo jantar.

-Por nada. Até. -falei escondendo meu desconforto com sua despedida e caminhando para a porta.

Sou descaradamente jogada contra a parede e dominada por braços firmes e uma boca deliciosamente faminta.
Meu vestido foi tirado por ele de maneira apressada. Não senti meu habitual desconforto de estar exposta com as luzes acessas. Senti apenas meu corpo tremer na urgência de ser preenchido.

Ele apenas se afastou para tirar a bermuda e colocar o preservativo que estava em seu bolso, seus olhos varreram meu corpo com desejo. Meus olhos acompanharam seus movimentos, que ao terminar de vestir a camisinha, se masturbou sem presa. Passei involuntariamente a língua nos lábios e somente dei conta de meu ato quando ele tocou meus lábios e sua língua buscou pela minha da forma mais sensual possível.

Ainda encostada na parede... Ele desceu para meu pescoço e suas mãos ágeis me livraram do sutiã. Sua boca tomou meus seios a princípio com delicadeza. Sua mão desceu de encontro ao meu centro e eu o ajudei na retirada da calcinha. Seus lábios desceram para minha barriga e como fogo, queimava por onde passava. De joelhos colocou minha perna esquerda sobre seu ombro e com vontade passou sua língua áspera e molhada em minha bucetinha. Agarrei seus cabelos o incentivando a ir mais fundo e se colocando entre minhas pernas ele virou um pouco o rosto e começou a me chupar com um desejo que beirava a loucura.

Eu gemia tentando apoio na parede e em seus cabelos. Sua mão abria o caminho e a outra apertava minha coxa direita.

-Por favor Thiago. -implorei.

Fato que o fez aumentar suas lambida e carícias. Não resisti e em um gemido mais alto, despejei meu gozo em seus lábios esfomeados.

Trêmula, recebi beijinhos em minha intimidade. Subindo, os recebi no meu umbigo e seios. Ainda ofegante, senti meu gosto em sua boca e meu cheiro em seus lábios. O prendo com força, procurando apoio e ar, com o coração acelerado minha perna esquerda foi suspensa. De uma forma que eu não me achava capaz. Ele entrou lentamente me deixando sentir cada centímetro conquistado.

-Gostosa, viciante, perfeita -sussurrou rouco entrando por inteiro dentro de mim.

De olhos fechados, jogou levemente a cabeça para trás e respirou fundo antes de começar suas estocadas inebriantes e mantendo minha perna esquerda suspensa em seu braço direito.

Minha perna direita ameaçou faltar, porém ele me sustentou e num movimento rápido me acomodou em volta da sua cintura. Me apoiando na parede com a ajuda de suas mãos, eu subia e descia, rebolando na descida e demorando um pouco mais na subida.
Duro como uma rocha ele bombeava, suas mãos apertavam minha bunda e sua boca passeava entre a minha boca e meu pescoço. Meu orgasmo veio acompanhado de outro e quando o senti latejar, o mastiguei sentindo a quentura aumentar.

Sem forças, fui levada ainda enroscada em sua cintura para o banheiro. Nossos corpos suados e saciados receberam um jato de água fria.

Saí nua e por último do banho. Lindo e apetitoso, o encontrei deitado na cama, nu e ereto. Nos prevenindo, sentei sem vergonha e deslizei me preenchendo. Meus peitos foram agarrados e levados a sua boca.

Não ouve palavras. Totalmente destruída de cansaso, aceitei seu pedido mudo de passar o resto da noite em seus braços.
         
        
                           🌻🌻🌻

💐Oi amores! O que estão achando?
Eu particularmente amo esses dois.

Votem e comentem à vontade.

Viajo na terça. Estou curtindo minha família nessas férias. Prometo tentar postar neste período. Vou ficar  20 dias fora

Minha filha passou por alguns processos complicados. Agora está tudo bem. Para melhorar, perdi outra tia na Quinta-feira passada.
Esses dias não tem sido fácil, mais tenho fé que tudo vai passar.

💋Beijos da Aline💋💋.

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