Me desculpa
Meu domingo foi uma merda. Foi difícil me manter longe de Thales para respeitar o seu espaço.
Às 15:00 horas bati na porta de Grazi e ela não atendeu, em seu telefone a mesma coisa aconteceu.
Peguei minha prancha e passei o restante da tarde no mar. Assisti o por do Sol nas Pedras do Arpoador, enquanto puxava e prendia a erva que me acalmava.
Cheguei bem mais tarde e por pura sorte entro na garagem no exato momento que ela caminha em direção ao seu carro.
Eu sabia que se eu a chamasse, ela não me atenderia. Larguei o carro ao lado do dela e caminhei até ela.
-Vai se apresentar aonde hoje? -Questionei parando de frente para ela.
-Em uma rave. -Respondeu sem olhar para mim.
-Me desculpa por ontem pequena.
-Esquece Thiago.
-Estamos bem então?
-Não, não estamos.
-Grazi eu estava preocupado com o Thales, eu te expliquei e você pareceu entender.
-Isso eu entendi. -falou pela primeira vez olhando em meus olhos.
-Então vamos resolver o que você não entendeu.
-Volta para a sua maconha, eu preciso trabalhar e você está me atrasando.
-suas palavras foram ríspidas, me aproximei e ao tentar tocar seu rosto ela deu um passo para trás. -Chega Thiago. Sempre que você está com os seus, você me ignora. Então não somos amigos de transam, não somos amigos de forma alguma. Agora por gentileza, saia do meu caminho. -proferiu as últimas palavras entrando em seu carro.
Fiquei ali de pé por alguns segundos depois que ela partiu.
Sentado em meu carro, repensei tudo o que ela disse e não gostei nada da impressão que passei para ela. Porra! Como eu pude me esquecer que ela acha que eu me envergonho dela? Como pude ser tão babaca justo com ela? Eu sou um idiota mesmo.
Entrei em casa para um banho rápido, comi apressado e de dentro do carro pesquisei para saber aonde seria a tal rave.
Mendes, era este o meu destino depois de me certificar com a coordenadora do orfanato que Thales saiu bem de lá.
Mesmo ainda preocupado com ele, eu tinha que deixar claro para Grazi que eu não me envergonhava dela.
Depois de aproximadamente duas horas atrás do volante, cheguei em um haras com luzes piscantes e som alto.
Já passava dás 23:00 horas. Jovens alucinados moviam freneticamente o corpo e no alto de um palco improvisado, estava ela. Sei que ela me viu se aproximar. Porém eu me senti invisível. Sentei na escada de acesso ao palco e fiquei ali por quatro horas, até que finalmente a participação dela foi encerrada.
Desceu os degraus calada enquanto eu queria gritar por sua atenção.
Segui ela em silêncio até seu carro.
Ainda sendo ignorado, abri a porta para ela acomodar a case e mesmo sem sua permissão, me sentei no carona enquanto ela se sentava atrás do volante.
Sem uma palavra, ela dirigiu por quinze minutos, parando em uma pequena pousada.
-Grazi vamos conversar. -pedi enquanto ela abria a porta do carro.
-Primeiro preciso comer, depois conversamos. -retrucou, batendo com força a porta do veículo.
A segui até um espaço aconchegante, onde uma mesa farta de café da manhã estava posta. Mesmo sendo antes das 4:00 horas da manhã. Ela se sentou cumprimentando um casal que ali estava e depois recebeu com um sorriso a chave que lhe foi oferecida.
Comemos em um silêncio enlouquecedor e quando comi o último pedaço de bolo de cenoura ela se levantou.
-Por favor Grazi. - pedi novamente.
-Vamos nos sentar ali. -falou apontando para um sofá que estava na varanda.
Me sentei ao seu lado.
-Eu não tenho vergonha de estar ao seu lado, por favor nunca pense isso. No sábado eu planejava te lavar para almoçar só não tinha revelado que era com meus irmãos. Eu agi errado com você, mas naquele momento eu estava muito chateado e preocupado com o Thales. Ele é o pai que eu não tive e saber que ele estava mal me fez questionar muitas coisas. -expliquei sem dar tempo para interrupções.
-Tudo bem. -respondeu mesmo o seu semblante me mostrando o contrário.
-Porra! Para com essa merda de tudo bem.
-O que quer de mim Thiago?
-Quero ficar ao seu lado.
-Até quando?
-Não sei até quando, somente sei o que eu quero agora.
-E o que eu quero, Aonde fica nessa história?
-O que você quer Grazi?
-Dormir.
-Sério?
-Sim, se quiser te deixo no seu carro.
-Vou voltar com Você.
-Eu vou dormir aqui. Não sei se eles tem outro quarto vago.
-Acho que conseguimos dividir bem um quarto.
-Eu não quero sexo Thiago.
-Já dormi ao seu lado sem sexo.
-De verdade, hoje eu quero a minha privacidade.
-Sério? Será que não percebeu que eu estou um trapo e mesmo assim dirigi por duas horas apenas para me desculpar com você.
-Veio porquê quis, poderia muito bem ter esperado eu voltar.
-Mas não esperei. Eu não ia dormir sabendo o quanto te magoei.
-Ontem isso não foi um problema.
-Okay Grazi. Não precisa me levar de volta. Eu sei o caminho. - proferi, contendo minha raiva.
-Então Boa noite! -falou indo em direção ao carro dela.
-Vai mesmo me negar um teto?
-Sem drama Thiago.
-Então é assim? O que temos simplesmente acabou?
-E o que temos Thiago? -Perguntou abrindo a porta do carro.
-Sabe o que temos.
-De verdade, eu não sei. -disse pegando uma valise no banco traseiro.
-Temos uma conexão gostosa, nos entendemos no olhar e...
-Muito romantica as suas palavras. -debochou trancando o carro.
-Não me deixe ir embora Grazi. -apelei.
Ela cruza os braços e fica em silêncio me olhando.
-Pode ficar, mas não ouse encostar em mim. -concordou, virando nos calcanhares.
O quarto era rústico e ao mesmo tempo floral, uma mistura que refletia ela.
Me sentei na cama esperando ela terminar o banho e me controlei quando ela deixou o banheiro apenas enrolada na toalha.
Se deitou desse jeito, me dando a costa, ficando de lado, puxou a colcha para se cobrir. Depois do banho, me deitei sobre a colcha apenas de calça jeans e de barriga para cima. Sem permissão, estendi o braço e comecei a lhe fazer carinho nos cabelos. Meu peito sentia falta do peso dela e de olhos fechados, pedi em pensamento a Deus que ela virasse e se aconchegasse em meus braços. Acho que até Deus esta magoado comigo, ela não moveu um músculo. Em vinte minutos, sua respiração mudou. Me aproximei de seu corpo e a abracei beijando sua cabeça.
Acordei com meu celular tocando. Era Thomas querendo saber aonde eu estava. Respondi que chegaria depois do almoço e sorri sozinho, com ela ainda dormindo, agora sobre meu peito. Eram 9:00 horas da manhã e se eu tinha que estar na empresa às 13:00. Me restava menos de duas horas ao lado dela.
Acariciei seu cabelos e beijei o alto de sua cabeça, ela remungou e alisou meu peito. Eu precisava usar o banheiro, ao mesmo tempo tive medo de acordá-la. Essa vida noturna de Grazi é um horror e muitas vezes ela nem tem como repor à noite perdida.
Grazi
Acordei com o toque do seu celular. Controlei a respiração para ele não perceber que eu estava acordada. Ele é um babaca.- mas é o babaca que eu amo. Constatar isso me fez vacilar na respiração, então disfarcei com um resmungo e não resisti em acariciar seu peito.
-Gosto tanto de você pequena. -sussurrou segundos depois, achando que eu ainda dormia.
-Eu também gosto de você. -confessei com um pequeno sorriso, entregando minha farça.
Ele me apertou mais contra o peito e pude ouvir as batidas aceleradas do seu coração. Senti que talvez algum dia eu, poderia ouvir ele dizer que me ama e eu, contaria para ele o que eu sinto.
Depois de um tempo entre seus braços.
-Me desculpe pequena.
-Está desculpado Thiago. -falei levantando a cabeça e olhando em seus olhos.
Seu sorriso pareceu um raio de sol. Foi um sorriso diferente, um sorriso que eu nunca tinha visto ele dar.
Ficamos nos olhando por minutos. Até ele suavemente se aproximar e beijar a minha testa e depois os meus lábios. Tive vontade de gritar que o amava.
-Tenho que ir ao banheiro. -Falei pulando da cama nua.
-Eu também.
Enquanto eu sentava no vaso, ele se despia. Entrou no box e eu o segui, depois de pegar a pasta de dentes e a escova.
Seu beijo urgente fez meu corpo estremecer. Eu já estava entregue antes mesmo de suas carícias me fazerem perder o rumo.
Perguntei pela camisinha com um gemido.
-Ficou no meu carro.
-Vamos pro quarto então.
Ainda molhada. Das duas formas. Lhe entreguei o pacotinho e assisti hipnotizada ele desenrolá-lá com maestria. Essa visão me fez ficar com a boca cheia de saliva.
-Fica de quatro pequena. -mandou com a voz rouca.
Obidiente, deitei meu peito sobre a cama.
-Essa é a melhor visão do mundo pequena. -falou alisando sem pressa a minha bunda.
Como uma tortura, ele deslizou lentamente. Mordi o lábio evitando um gemido. Ele foi se retirando devagarinho. Fez essa tortura umas tres vezes e antes que eu implicasse. Ele entrou com força me fazendo gemer alto, ao mesmo tempo desferia um tapa em minha bunda para em seguida me pegar pelos cabelos e me fazer perder a razão com seus golpes curtos e enlouquecedores. Minha total satisfação veio quando ele deitou a cabeça na minha costa e rebolou. Porra! Eu amo esse homem.
🌻🌻🌻
💐Já passa da meia-noite, então é quarta.😊
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💋Beijos da Aline💋💋.
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