Capítulo 2 ~ | L E M B R AN Ç A S ~

Respiro fundo.
Deixo com que as minhas lágrimas caem. Não
acredito que ja faz três meses que você se foi Emily.

Olhar para aquela casa onde planejamos um futuro, com nossos filhos. Como seria incrível! Eu tinha uma vida perfeita, e ainda pergunto todos os dias para Deus, "Por que?" "Por que tirar o meu bem mais precioso?".

Sim ainda doí.
Doí pensar nela.
No sorriso dela.

Aqui tudo se resume a ela, e eu não podia ficar mais nenhum minuto se quer nesta casa.

Eu tinha que recomeçar.
Ou pelo menos me forçar a fazer isso. Me recostei sobre a porta de nosso quarto e tentei pensar em outra coisa.

Minha mãe estava me ajudando com a mudança e o meu pai estava cuidando da venda da casa, depois de pensar por muito tempo, resolvi sair dali por que era o melhor a se fazer, eu estava sofrendo de mais e ficar ali só me traria mais dor.

Depois de terminar de empacotar todas as minhas coisas pedi para que minha mãe me deixasse um minuto sozinho. Fiquei olhando tudo ao redor e me lembrava dos momentos em que passei com ela ...

Eu estava a deixando...
Era o certo a se fazer
So vai ficar as lembranças boas aqui.

[...]

Mais tarde...

— Está tudo aqui meu filho, essa é a última caixa — ela me deu um beijo no rosto — Sei que foi uma decisão difícil para você...

— Tem certeza de que não se importa de eu vir morar aqui?

— Que pergunta meu filho! Você sempre será bem-vindo.

— Eu não quero ocupar muito do seu tempo mãe, mas é só até vender a casa e depois procuro um lugar para mim.

— Não se preocupe, está tudo bem!

— Eu te amo, mãe.

— Oh, meu filho eu também amo você — ela me abraça —

— Onde está o meu pai?

— Bom, depois de resolver os assuntos sobre a venda de sua casa, ele deu uma passadinha no escritório dele, espero que não se importe meu filho, pedi a ele transferir você para uma faculdade aqui perto, pelo menos por enquanto.

— Não, está tudo bem é bom ocupar a cabeça.

— Então, mudando de assunto, você vai querer o que de jantar? Posso pedir a Luciana para fazer alguma coisa deliciosa para você!

— Não se preocupe mãe, não estou com fome, quero dar uma volta, pensar um pouco...

— Tudo bem, entendo que precisa de espaço, mas saiba que quando você voltar terá que comer! Não quero meu filho desnutrido!

— Ok mãe, sem problemas.

[...]

Não que eu não gostasse da comida de Luciana, na verdade eu gosto muito, mas eu queria ir à um lugar específico, talvez lá eu não me preocuparia com a falta de Emy, no fundo eu sabia que se ela me visse nesse momento iria querer que eu seguisse em frente, e eu precisava desse momento.

Paz ...

Não acreditava que ainda existia esse lugar, era onde eu e os meus amigos costumávamos ir beber umas cervejas quando éramos adolescentes, lembro que meu amigo Diego fez carteiras de identidade falsas só para nós podermos entrar, o lugar era épico, o mais famoso da cidade e sempre estava cheio.

Era bom demais lembrar desses momentos...

Resolvi entrar, e fui ao balcão do bar, só por curiosidade . Nada lá havia mudado, era como ser adolescente novamente...

Sentir aquela adrenalina ...

— O que vai querer, senhor? — perguntou o barista, enquanto enxugava um copo com um pano.

— Um chopp por favor — o homem se retirou.

— Típico de vocês homens — ouço uma voz feminina —

— Desculpe?— Me viro para olha-la —    Você falou comigo?

— Sim — ela se senta ao meu lado — Nada melhor do que vir a um bar encher a cara.

— E você tem algum problema com isso?

— Não, nenhum, mas só por curiosidade, você não é daqui , ou é?

— Já morei aqui tem muitos anos, hoje estou de volta. Costumava vir aqui na adolescência.

— Sério? E como conseguia entrar?

— Tinha os meus contatos.

— Você fala como se fosse muito importante.

— Eu...— antes de terminar minha frase fomos interrompidos por um cara alto —

— Vadia! — Sua mão pesada atinge o rosto dela com um soco — Como você se atreve a fazer isso comigo? Onde está o meu dinheiro que você roubou?

— Você...— Cospe no chão — Ainda tem a cara de pau de vir atrás de mim? Já falei que não estou com a sua grana — fez um gesto que o irritou — Não ainda, eu vou conseguir.

— Eu estou cansado das suas enrolações! Você vai se arrepender — tudo foi em questão de segundos, como se o tempo parasse bem na hora em que ele iria a agredir, eu enfiei meu corpo na frente dela e a defendi segurando a mão dele — O que? Quem é você ? você sabe com quem está se metendo?

— Não preciso — viro sua mão ao contrário e a trago para suas costas e jogo o seu corpo contra a mesa, apertando seu braço com muita força — Encosta mais um dedo nessa mulher e você vai perdê-lo com uma facada só — assentiu com a cabeça e se levantou sem nem olhar para trás.

— Obrigada, bonitão, mas não preciso de um herói, sei me defender.

— Claro, sabe tanto que levou um soco na cara — ri debochadamente.

— Era apenas questão de tempo.

— Ok, não vou discutir com você.

— Muito menos eu — Revira os olhos.

— Quer um chopp? Por minha conta?

— Uma mulher não recusa uma bebida — pisca os olhos.

                                             [...]

Eva Willians

Já se passavam da meia noite e nada de David chegar, eu o aguardava na sala de estar, até que ouço a porta se abrir lentamente, vejo meu filho com cabelo todo bagunçado, roupa amarrotada e sua mão direita estava sangrando.

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