A mentira

Durante o caminho eu fui confiante dê que ela me entenderia.

Dentro do elevador eu já não tinha tanta certeza.

Ao tocar à campainha. Eu percebi que não seria justo fazer isso com ela.

Quando eu a vi. Descobri que eu é quem morreria sem ela.

-O que foi meu amor? -questionou me acolhendo em seus braços.

-Só vim em busca do seu abraço. - respondi a apertando mais contra meu peito.

-Aconteceu algo com seu pai?

-Ele está em observação no hospital, a pressão dele subiu, mais agora está controlada.

-Vem! Sente-se aqui comigo. -pediu ja me conduzindo para o sofá.

Assim que me sentei, ela se aninhou em meu colo afundando o rosto no meu pescoço. Eu fiquei mudo acariciando sua costa e agradecido por ter ela em meus braços.

Dentro de mim uma guerra era travada. As palavras de minha mãe martelavam em minha mente.
"Ninguém consegue ser feliz encima da felicidade do outro.

Respirei fundo, e com ela junto à mim minha mente começava a clarear.

Meu pai não era feliz e isso não era culpa minha, seu AVC aconteceu por ter perdido mais do que tinha em uma mesa de jogo. Perder a empresa também não era minha culpa.

Então porque cargas d'água eu tenho que sacrificar minha vida para resolver os problemas que ele mesmo procurou?

Nunca que vou conseguir fazer um filho em outra mulher. Se antes estive com outras era por ainda não conhecer o amor e depois por tentar esquecer, achando que ó havia perdido.

Que Deus me defenda e que nada de mal aconteça ao meu pai. Porém, chega de ser o filho que sempre resolve tudo. Chega de ocupar um lugar que não é meu.
Passei tantos anos sendo o filho exemplar e perfeito para ele, que simplesmente não percebi que ele também não era perfeito.

Me sentindo estranhamente leve. Procurei pelos lábios dela. E Mesmo não tendo mais dúvidas à certeza de que eu estava fazendo a escolha certa se formou com sua entrega.

Me perdi naquele beijo esquecendo o mundo lá fora.

E quando nossos lábios se afastaram eu sabia que precisava contar à ela o que tinha me perturbado e até mesmo me feito pensar em desistir do nosso amor.

Ela ouviu tudo calada e não tentou esconder o desapontamento momentâneo quando falei que eu pensei em aceitar a chantagem.
Rapidamente esclareci que eu nunca a perderia e que eu queimasse no inferno, mas meu pai teria que tirar forças para sobreviver sem a empresa.

-Você me deixa ajudar? -Lindamente, essa foi a primeira pergunta que ela  me fez.

-Deixo tudo que você quiser meu amor. mas, creio que não tem jeito.

-Vou ao menos tentar, enquanto isso finja que aceitou o jogo deles. Porém, não ouse noivar ou encostar naquela mulher.

Sorri feliz e também pensando em como conseguiria isso. Ela completou:

-Ao menos um mês. Vou mandar levantar tudo sobre Ivan.

-Não quero você envolvida nesta merda.

-Não é querer meu amor, estamos juntos e quando aceitei feliz está aliança, aceitei dividir minha vida com você é espero que você faça o mesmo comigo, separados sofremos e juntos nos fortalecemos. -Declarou olhando em meus olhos e depois me dando um beijo calmo.

Assim pela primeira vez em dez anos eu me senti acolhido e fortalecido.
Com as palavras dela, eu estava pronto para enfrentar o mundo outra vez.
Dormimos parecendo um só é acordei recebendo o mais lindo sorriso.

Após o café. tomei um banho é fui para o hospiral. Depois de conversar com o medico e ouvir mais uma vez suas recomendações de que meu pai não poderia de forma alguma passar por mais estresse. Entrei no quarto dele.

-Me perdoe. -dize ele ao me ver

-O médico falou que o senhor já pode voltar para casa.

-Eu sei.

-Está sentindo alguma coisa?

-Vergonha.

Me calei pois eu não tinha nada de bom para dizer a ele, minha vontade ainda era de agredi-lo.
Quando um médico residente entrou no quarto, eu o chamei para um particular. Talvez porque de alguma forma eu ainda tinha a esperança que meu pai estivesse mentindo e com isso eu não precisaria mentir.

Dirigi o levando para casa, minha mente somente me permitia pensar em Becca, mesmo eu sabendo que ainda tinha muitas coisas para resolver.

Assim que entramos ele me falou que Erika e os pais viriam para o jantar.

Me passou seus contatos de Las Vegas e  por causa dos calmantes ele foi dormir

Com meus irmãos me tranquei no escritório, minha cabeça latejava por conta de tudo que eu teria de resolver.

Levantamos muito dinheiro e todo este dinheiro estava na conta da empresa.
Dali mesmo liguei para Ruth e informei que ela viria trabalhar na casa do meu pai, pois este seria meu novo lar. Por meu pai viver viajando ele não mantinha mais empregados, somente uma empresa que fazia faxina uma vez por mês.

Minha conta pessoal assim como as dos meus irmãos tinha uma quantia modesta. E como eu já previa. Nada que pudesse saldar a dívida sem abrirmos não dos nossos apartamentos e eu do meu carro.
Nada disso me importava. Tudo valia se eu não perdesse Becca.

Se não fosse a saúde dele eu ia preferir começar do zero ou quase isso, pois tenho duas empresas que sou sócio particular. Ainda não rendem muito, mais isso não me incomodaria.

Depois de alguns telefonemas. Marquei para saldar a dívida no prazo de um mês. Eu esperava ser capaz de vender nossos bens antes desse prazo.

Comemos um sanduíche e continuamos fazendo contas, meus irmãos à todo instante me olhavam procurando sinais de que eu realmente estava bem.

Somente deixamos o escritório quando a enfermeira nos avisou que tínhamos visita.

Entrei na sala escondendo meu desagrado e cansaço.
A morena daquela noite no restaurante agora estava loira. Ela me sorria com clara felicidade e eu somente a cumprimentei com um aceno de cabeça.

No minuto seguinte Érika se pôs ao meu lado, sorrindo o tempo todo sem tirar os olhos de mim. Até a voz dela me irritava e quando ela possou sua mão no meu ombro meu corpo de retesou e precisei de outro controle para não afastá-la imediatamente de mim.

-Senhor Ivan, saiba que estou agradecido por sua oferta e me sinto honrado por sua escolha. Entretanto, quero lhe pedir um tempo antes que nosso noivado seja anunciado. -pedi olhando para ele e para sua filha.

-Poderia me explicar o porquê? -Questionou aquela coisa irritante al meu lado.

-Érika, sou um homem de negócios e como bem vi que você procurou por minha aliança quando entrei na sala. Ficou claro para mim que você tinha consciência de que eu estava com outr pessoa.

-Era com aquela neguinha da outra noite? -Questionou sorrindo em desdém.

-O que faz para viver Érika?

-Vivo com meus pais, nasci em berço de ouro assim como você.

-Aquela neguinha é uma das melhores advogadas do país. Filha de Um grande e honrado homem de negócios e de uma mulher também honrada e empresária. Se somar o que seu pai e o meu tem juntos, não chegaria há um terço do quê aquela neguinha tem. Porém, mesmo assim ela tem uma profissão e não se tornou uma garotinha mimada do papai. -sem dar chances para que o pai dela abrisse a boca continuei., -Quero um mês para nós conhecermos, preciso que ao meu lada tenha uma mulher de verdade e não uma boneca para ser exibida. É isso ou acordo desfeito e seu pai pode por fogo na empresa se assim desejar. Eu não ficarei noivo de uma completa desconhecida. Vamos nos conhecer e aí sim anunciar o noivado e até mesmo a data do nosso casamento. Entretanto, tenho mais uma coisa a comunicar. Nunca mais quero ouvir qualquer um dos presentes se referirem a uma negra ou negro com desdém. Não ligo para a merda desta empresa. Então, acho bom pensarem antes de abrirem a boca.

Quando terminei meu pai nem ao mesmos piscava e o Ivan, estranhamente me olhava com admiração quando começou a dizer...

-Por isso escolhi Thales. E dê um homem assim que minha filha precisa. Me desculpe rapaz a mãe a estragou com tantos mimos. Mas creio que você resolverá isso em tempo recorde.

Suas palavras me trouxeram algumas percepções. Ele não aguentava mais aquela mimada e também me considerava uma compra valiosa.

Erika apenas me olhava com uma cara de quem não poderia brincar com seu brinquedinho caro.

BECCA

Assim que Thales foi para o hospital eu chamei Carvalho. Carvalho é um detetive que sempre fez serviços para mim ou para meu pai. Um homem discreto e de altíssima confiança.
Depois de lhe explicar tudo, ele partiu me prometendo novidades em breve.

Meus encontros com Thales terão que diminuir muitíssimo. E hoje quando ele me ligou para contar como havia sido o jantar a minha suspeita somente aumentou.
Tenho quase que certeza de quê Theodoro não apostou a empresa, ele pode ter dado ela como garantia, mais apostá-la! Eu acho muito difícil.

THALES

Estive tão envolvido com as contas que me esqueci de pedir ao meu pai a cópia da promissória que ele assinou há nove anos. Assim que despertei foi isso que eu fiz.

Para minha infelicidade, todos os papéis estavam autenticados e assinados por testemunhas.

Depois de passar em meu apartamento e tirar umas foto para poder vendê-lo, fui para a empresa e não me surpreendi em encontrar Ivan sentado em minha cadeira.

-Ficarei por aqui até que o casamento aconteça. -comunicou com um sorriso vitorioso.

-Fique à vontade. Provavelmente se você tentar me sufocar esta empresa nunca voltará para minha família. Então, você é o dono e faz o que vem entender.

-Gosto de você rapaz.

-Lamento não poder dizer o mesmo.

À tarde, Ruth me ligou avisando que tinha providenciado minha mudança.
Venderei com porteira fechada. Dê lá somente foi retirado meus objetos pessoais.
*

hoje tem três dias sem eu ver a Becca pessoalmente. A saudade estáva me consumindo e assim que atendi seu telefonema avisei que iria vê-lá hoje à noite.
Ela sorriu me dizendo que tinha me ligado justamente para me pedir isso.

À noite, enquanto eu ia ao seu encontro, fiquei me perguntando o quê ela poderia ter para me dizer. Pois, facilmente notei à ansiedade em sua voz.

                         🌸🌸🌸

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💋Beijos da Aline 💋💋.

VOLTO SABADO.




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