Chegou à hora
Dormi pensando no que tia Cida me contou. Talvez minha mágoa seja por saber que ela teve as mesmas atitudes racistas daquele velho asqueroso. Sei que nem tudo foi culpa dela. Entretanto, se talvez minha avó Carmem tivesse criado minha mãe ao lado do pai, a nossa história teria sido diferente.
Na época que minha mãe nasceu, era um escândalo uma mãe solteira. Minha avó foi vista como puta na família e expulsa de casa. Tia Cida mentiu em sua primeira versão. Minha avó não se casou e enfrentou por muitos anos a vida sozinha. Meu avô foi enganado por sua família que lhe disse que seu amor estava grávida de outro. Apenas em seu leito de morte, que tia Cida, na tentativa dele reagir lhe contou a verdade. Ele nunca viu minha mãe, mas exigiu que a família deixasse ao menos um pequeno lar para ela. E assim ele assinou os documentos lhe deixando o conjugado. Foi apenas isso que sua família racista permitiu. Tia Cida mesmo falou não se importar em dar mais, pois não achava justo uma negra morar com uma bastarda perto deles. Ela entregou a escritura a minha avó apenas quando ela prometeu nunca morar lá com sua filha.
Ouvir tudo isso da mulher que admirei e criei um enorme laço de amor, me deixou sem chão. Suas palavras mansas e arrependidas não esconderam o odio que ela sentiu naquela época. Odio gratuito por um tom da pele.
Sigo calada no carro de Thomas e não sei que atitude tomar ainda. Sei que estarei frente a frente com tia Cida em alguns minutos.
Chegamos...
— Júlia, terei uma reunião com meus irmãos, é urgente e apenas por isso não vou lhe acompanhar. Mas precisamos realmente conversar e passo pra te pegar ao meio-dia.
— Tudo bem. — Eu me sentia muito desanimada.
— Quando conversar com tia Cida, tente se lembrar de quem foi ela ao seu lado depois que te conheceu. Pense se as atitudes dela tiveram realmente algo de racistas. Essa senhora te ama assim como ama também a nossa filha. Seja a mulher sensata que sempre foi e não a condene por seu passado.
— É isso que estou tentando Thomas. — Eu estava mesmo.
— Eu te amo meu anjo. Amo vocês duas com toda a minha alma — beijou minha testa enquanto me entregava Juju. — Nos vemos ao meio dia. —Se despediu beijando novamente minha testa e dando um cheiro em Juju, que sorriu.
Entrei no prédio e fui direto para o apartamento dela. Um toque na campainha e ela abriu a porta abatida. Sorriu forçado e pegou Juju no colo me dando passagem. Desde que me mudei para o apartamento de Thomas, que Juju fica aqui com a nova babá. Foi um bom arranjo, eu a amamentava e ainda tinha a supervisão da tia Cida. Tudo isso à poucos metros de mim.
— Bom dia!
— Bom dia! Cláudia está no banheiro. —Me passou a localização da babá.
Que apareceu em seguida, me cumprimentou e levou Juju para o quarto. Certamente reparando no clima tenso.
— Tia Cida, eu sou grata por tudo que fez...
— Não fiz por obrigação Júlia, fiz por amizade. Você sempre foi tão meiga comigo. Nunca mostrou segundas intenções.
— Era isso que esperava de mim?
— Quando você apareceu, eu pensei que era para brigar, te contei aquela história idiota para saber se você conhecia a verdade. Eu errei querida, errei feio no passado e acabei a vida sozinha como castigo de Deus. Eu privei meu irmão de sua filha e Deus não me permitiu ter filhos. Eu entendi isso. Mas acho que depois de tanto tempo, Deus se esqueceu dos meus erros e enviou você para me mostrar tudo que perdi e também para que eu pudesse me redimir. Eu te amo criança. —Suas lágrimas escorriam, assim como as minhas.
— Eu também te amo tia Cida.
— Você me perdoa?
— Eu não posso te julgar por seu passado. A senhora sempre foi boa comigo e me estedeu a mão no momento que eu mais precisei. Quando eu estava sozinha e perdida, esteve ao meu lado. Hoje é exatamente ao meu lado que preciso da senhora.
— Eu não vou mas morar com vocês.
— Claro que vai, a senhora é minha vó e também da Juliana. Se antes te queria perto, agora mais ainda. Afinal de contas, não estamos construindo uma casa tão grande para ficar vazia. Uma das primeiras coisas que pedi no projeto, foi uma suíte no térreo para a senhora. Sabe disso não sabe?
— Mas agora que sabe de tudo que eu fiz...
— Estou magoada, mas isso vai passar. O amor supera tudo e família é assim mesmo não é?
— Oh minha querida! —nos abraçamos emocionadas. — Obrigada minha neta amada. — Beijei sua testa e em seguida, ela beijou a minha.
— Obrigada a senhora também — sequei minhas lágrimas. — Agora deixa eu ir trabalhar um pouco.
Na cozinha o forno já estava ligado e sobre o balcão a segunda encomenda já estava pronta. Deixada pela equipe da noite.
Falei com todos e fui para meu pequeno escritório levando uma xícara de café.
Tentei avaliar alguns pedidos deixados por meus gerentes e os relatórios, mas minha mente estava em Thomas. Eu precisava me desculpar com ele por chamá-lo de mentiroso e com todos pelo vexame que dei ontem no orfanato. Menos com Theodoro.
Às 11:00 horas, fui amamentar Juju e tia Cida, perguntou se Juju poderia ficar com ela à tarde, pois Mada viria para ajudar com Juliana e mais tarde Thomas viria buscá-las. Acenti preocupada. Se Thomas queria Juju e Mada fora de casa, significava que o assunto iria render. Fui até o frigobar do quarto que juliana, passou a ter aqui
e conferi se tinha leite materno suficiente para uma tarde inteira. Fiquei aliviada ao ver quatro frascos.
Thomas
Assim que acordei, mandei mensagem para meus irmãos e meu pai. Sei que Thiago não vai para a empresa de manhã e até sugeri lhe passar tudo depois, mas ele fez questão de estar presente por saber que se tratava de Júlia.
Não dormi praticamente nada e estava uma pilha de nervos e bastante apreensivo com a hora do almoço.
Entrei na empresa e fui direto para a sala de Thales. Cheguei com 10 minutos de antecedência, mas todos já estavam a minha espera.
— Bom dia!
— Bom dia donzela! — meus irmãos responderam juntos e meu pai sorriu me dando bom dia também.
— Pai, sei que prometi te dar tempo, mas não posso continuar mentindo descaradamente para minha mulher.
— Sério que depois de tudo que ela falou pra mim ontem, você acha prudente falar a verdade hoje?
— É exatamente por tudo que ela falou, que eu preciso contar. Júlia não falou comigo ontem e hoje o fez por educação. Isso por um assunto que eu não tinha nada haver a não ser tentando ajudar, imagina com essa merda!
— Você está certo irmão, estou do seu lado. — Me apoiou Thiago.
— Cara, eu gosto tanto da Júlia e desde ontem que estou com medo dela nunca me perdoar. —Fala Thales, sem esconder seu nervosismo.
— Então vocês imaginem como eu estou. Eu nem sei como vou começar a falar. Sem contar o medo que tenho dela me deixar.
— Mano, eu cheguei a falar com ela sobre sua família e propus procurarmos seus irmãos, na época eu não tinha certeza e quando tive, ela passou mal antes de eu contar. — completa Thales.
— Acho que ela vai ficar feliz por ter vocês como irmãos. Fodidos mesmo, estamos eu e papai.
— Impossível ela me odiar mais do que odeia. Eu queria tempo e até achei que ela já estava me suportando melhor, mas ontem me provou que eu estava errado. Ela nunca vai me perdoar, independente de eu ser seu pai ou dela. — Falou com os olhos cheios.
— Júlia tem um coração de ouro. Aos poucos ela vai entender e nos perdoar. — afirmou Thiago.
— Eu não vou aguentar se ela me odiar, eu não vou conseguir esperar seu tempo para digerir essa merda e voltar a sorrir para mim. Porra! Estamos juntos a cinco meses e eu ainda não matei a falta que senti dela. E minha filha? Será que ela vai...
— Calma filho! Se preferirem, eu conto e falo que vocês nao sabiam de nada.
— Não pai. Não quero nada nos assombrando no futuro e se Thales comentou antes ela vai se ligar que ele sabia.
— Posso dizer que apenas eu sabia. — tenta Thales.
— Cara, pra você tentar mentir, é sinal que estou muito fodido.
— Ontem a postura dela me surpreendeu e de verdade, queria te incentivar a falar, mas realmente estou perdido sem saber se é o melhor no momento. Ela era doida por dona Cidinha e você viu como ela reagiu ontem. —Esclarece Thales.
— liga para dona Cidinha. Vamos saber como ela a tratou hoje. —sugeriu meu pai.
Na mesma hora, desbloquiei meu telefone e liguei.
Tia Cidinha me atendeu sorrindo e feliz dizendo que Júlia a perdoou, mesmo ainda estando magoada. Lhe falei que contaria tudo para Júlia hoje na hora do almoço e aproveitei para lhe pedir para ficar com Juju. Thiago e Thales me olharam quando fiz tal pedido e quando desliguei, me questionaram porque não pedi para um deles ficar.
— Acha mesmo que depois do que vou contar, ela vai querer buscar Juliana na casa de vocês?
— Acho melhor a Grazi, Becca e Eliane, irem com você. Se não quiser às três leve ao menos Eliane.
— Pelo amor de Deus pai! Estou com medo, não nego. Mas preciso falar com ela sozinho.
— Boa sorte! Se não me ligar até às 13:00 horas, mando a polícia ao seu encontro junto com uma ambulância. — Tenta brincar Thiago.
— Estamos falando da Júlia e não da Grazi.
— Donzela, se fosse Grazi, era melhor chamar o bombeiro para resgatar meu corpo.
— Porra Thiago! Assim você não está ajudando. —intervém Thales.
— Foi mal Thomas.
Às 11:30, eu já estava diante do prédio. Esperei por cinco minutos e entrei. Só Deus sabe o alívio que senti quando ela me deu um beijo e deitou a cabeça no meu peito. Por muito pouco não desisti da conversa e a levei para cima. Em seu antigo conjugado. Seria cruel amá-la como se não houvesse amanhã, por medo dele não existir?
— Podemos ir anjo?
— Podemos, já alimentei Juju.
— Estou vou lá ver meu anjinho e me despedir e já vamos.
Ela foi comigo. Abracei minha filha que botou a mãozinha em minha boca para um beijinho.
— Papai te ama e volta mais tarde com a mamãe para te buscar. — ela sorriu parecendo entender e eu só pedia a Deus para que minha volta fosse possível.
Saímos de mãos dadas e abri a porta do carro para ela. Que parou antes de se sentar e me deu outro beijo. Dessa vez mais profundo.
— Te amo Júlia, não deixe nada nos separar. — acabei pedindo quando afastou seus lábios dos meus.
— Nunca.
Em poucos minutos estávamos entrando no nosso apartamento. Ela como sempre colocou a bolsa no lugar correto assim como os sapatos e meu blazer. Sua calma me deixava mais nervoso.
Meu telefone apita e eu o abro, lendo a mensagem sem responde-lá.
Eu nem sabia em que cômodo deveria falar, sala, quarto ou escritório. Mas ela voltou e se sentou no sofá e eu nervoso, me sentei de frente para ela.
— Pode falar Thomas, está tão nervoso que esta me deixando assustada.
— Primeiro quero te dizer que só soube disso um dia depois de saber da nossa filha. Eu quis te falar na época, mas devido ao seu estado delicado, achamos por bem esperar.
— Você está bem? É algo com meus cunhados? — Deus! Porque é tão dificil?
— Você me falou que sua mãe trabalhava na casa do seu pai como empregada...
— Thomas, eu não quero saber quem ele é.
— Mas eu preciso te contar. Isso tem me incomodado e desde ontem tem me corroido.
— Se isso vai te acalmar. Pode falar.
— Seus irmãos já te amam e também estão com medo de sua reação.
— Não se ama quem não conhece.
— Verdade. Mas eles te amam por te conhecer e ouso até dizer que te amavam bem antes de saber.
— Thomas, para de enrolar e fala logo. — exigiu se lavantando
— Seu pai é o Theodoro. — falei me aproximando dela.
— Impossível, aquele nogento racista jamais teria dormido com uma negra.
— Ele dormiu. Depois sua mãe foi despedida pela minha que também mandou Theodoro embora. Foi nessa separação que ela dormiu com o motorista e eu nasci. Segundo nosso pai...
— Nosso uma ova...
— Segundo ele, Sua mãe fez contato semanas depois dizendo que estava grávida e o chantageou para conseguir dinheiro pro aborto. Ele deu...
— Ele não é meu pai. Como pode ver, ele mentiu. Eu não me lembro de ter feito nenhum exame que prove que sou filha dele.
— Thales conseguiu uma amostra do seu sangue no hospital quando ficou internada e apenas há dois meses ele fez o exame. Comprovando o que Ivan havia falado.
— O que esse outro nojento tem haver com isso?
— Ivan era amigo da sua mãe e seu padrinho — destravo meu celular. —Ele tirou fotos suas em vários momentos da sua vida e foi esse segredo que usou para tentar continuar chantageando meu pai depois que eu soube que ele não era meu pai. — mostro as fotos.
— Eu preferia não saber. — Chorou
— Sinto muito anjo, mas eu não aguentava mais te esconder isso. — Me aproximei mais, a abraçando.
— Imagino meu amor. —Falou me surpreendendo e me abraçando de volta.
— Não está com raiva de mim?
— Não. Mas ainda estou em choque querendo processar tudo isso. Ao mesmo tempo agradecendo por você não ser meu irmão.
— Deus! Eu também Anjo. — acabo sorrindo e ela me acompanha com os rosto molhado de lágrimas. Eu as seco com beijinhos antes de tomar sua boca... Porém, somos interrompidos pela campainha. — Merda!
Me separei dela para abrir a porta e sem surpresa, me deparo com Thales e Thiago tensos, que relaxaram um pouco depois de me avaliarem com o olhar.
— Entrem empatas foda.
— Não contou para ela? — Questiona Thiago.
— Contou. — ela mesmo responde aparecendo ao meu lado.
— Nos sentimos muito por te esconder isso. — fala Thlaes, entrando em nossa casa.
— Sentimos mesmo maninha —Concorda Thiago a puxando para um abraço. — Agora me conta se seu futuro marido te maltratou, que eu quebro a cara de playboy dele. —Falou rindo e beijando sua bochecha.
— Ele estava prestes a fazer isso, mas fomos interrompidos.
Todos irmos.
— Aff! Acho que não estou gostando dessa história. Porra donzela! Respeita minha irmã caralho! — Completa Thales sorrindo. — Eu também quero um abraço irmãzinha.
— Só se me chamar de donzela. — sorriu alto indo para os braços abertos dele.
Todos estávamos emocionados.
— Ao menos o Velho fez filhos bonitos. — Brinca Thiago.
— Podemos focar só no fato que somos irmãos e esquecer quem foi meu doador de esperma por favor?
— Por enquanto podemos. Mas ele também tem sofrido com tudo que fez e juro que ele está tentando acertar. — defende Thiago.
— Ele realmente tem tentado Ju. — reforça Thales.
— Não o estou julgando pelo que fez no passado com minha mãe ou comigo. Mas pela forma que me tratou na empresa. Me fez sentir um lixo.
— Ele tem consciência disso Jú. Mas vamos deixar isso para outra hora e comemorar em família. —anima Thiago.
— Concordo, mas podemos fazer isso mais tarde. — peço.
— A cara num fodeu! Está nos mandando embora para comer nossa irmã? —fala Novamente Thiago.
— Vão a merda! A irmã e de vocês, mais a mulher é minha. Já sabem que estamos bem e nos encontraremos à noite onde vocês desejarem. Agora podem ir.
— Nossa! Já vi que a química infalível é de família mesmo. Te amamos donzela. Te amamos também Júlia. Você foi o melhor presente que nosso pai pode nos dar em meio a toda essa merda! Seja bem vinda à família, desta vez não apenas como cunhada, mas como irmã. Já te amávamos antes de saber. — discursa Thales, lhe beijando as bochechas.
— Obrigada meninos! Assim que os conheci, senti uma conexão estranha e pude conhecê-los apenas com um olhar. Senti um carinho tão diferente por vocês dois...
— E eu?
— Por você eu sentia desejo mesmo — Falou sorrindo e vindo para meus braços. — e depois esse amor que me dominou totalmente.
— Te amo tanto meu anjo. — lhe beijei. Mas, mais uma vez fui interrompido. Agora por um arranhar de garganta.
— Vamos embora Thales, não tenho psicológico para ver meus irmãos transando — Chamou Thiago. — Espero vocês lá em casa hoje à noite para um jantar em família.
Depois de muitos abraços apertados, beijos e declarações de amor incondicional, eles finalmente partiram.
Eu ainda estava atordoado com a forma que Júlia aceitou tudo, quando seus lábios se encostaram nos meus e eu a joguei faminto sobre o sofá.
Talvez a necessidade de estar dentro dela fosse uma forma de realmente saber que estávamos bem. Posso garantir que estamos ótimos. Graças aos anjos.
Com ela nua sobre meu peito, depois de nos entregarmos duas vezes. Meu celular toca. Na tela a palavra Pai.
Júlia tentou sair do meu peito, mas a mantive junto comigo, mesmo sabendo que de onde estava ouviria tudo que ele dissesse. Ela apoiou o queixo mas mãos sobre meu peito e ficou me olhando contrariada.
— Fala pai.
— Oi meu filho! Desculpa te incomodar, mas quero saber da minha filha. Seus irmãos falaram que ela está bem, mas quero saber de você se isso é verdade.
— Ela está sim pai. Mas ainda não...
— Eu sei que ela me odeia filho. Mas saber que ela aceitou vocês já me basta para ficar um pouco em paz. Cuide bem das minhas princesas filho.
— Pode deixar pai.
— Ela pode nunca me aceitar ou me perdoar, mais a amo de todo o meu coração e daria minha vida se pudesse voltar no tempo e fazer tudo diferente.
— Eu sei pai —respondi olhado para ela, que desviou o olhar, tentando esconder suas emoções. — Talvez um dia o senhor possa lhe falar isso pessoalmente.
— Eu o farei, mesmo que ela me rejeite. Em breve, a segurarei em meus braços e direi o quanto a amo e que ela foi enviada por Deus para minha vida. Ela realmente é um anjo. Cuide do nosso anjo com amor meu filho. Te amo Thomas.
— Também te amo pai. — respondi enquanto alisava os cabelos dela.
Ela não falou nada, apenas suspirou e deitou novamente a cabeça em meu peito.
Talvez não seja tão difícil assim ela perdoá-lo.
Mas seja como for, estou feliz e aliviado demais por ter finalmente contado.
Tomamos um banho e fomos buscar nossa Anjinha. O sorriso dela para tia Cidainha estava mais amplo quando falou:
— Eu tenho uma família grande vovó. Nunca mais estarei sozinha.
— Não mesmo minha netinha.
Enquanto elas arrumavam Juju, liguei para Fabiano, para lhe contar um pouco de tudo. Mas esse me atendeu ofegante. Sorri e desliguei. Não quero mesmo atrapalhar meu amigo. Apenas lhe mandei uma mensagem lhe convidando para jantar e lhe passando o endereço de Thiago. Obviamente estendendo o convite para Cátia e os filhos.
Tia Cidinha ou melhor, vó Cidinha. Também estava indo conosco. Eu não me continha de tanta felicidade em ver como ela estava bem com tudo isso.
Na verdade ela estava maravilhada por ser irmã de Thales e Thiago. Declarou isso várias vezes depois que eles saíram. Eu sabia como era isso. Realmente eles são irmãos maravilhosos e eu também estava feliz por eles serem irmãos dela. Irmãos honestos e zelosos.
À noite começou com Júlia sendo bombardeada de presente pelos dois.
Ganhou joias e outras várias coisas, até mesmo bichinhos de pelúcia. Ela inradiava alegria. Parecia uma criança em festa. Uma festa com muitos presentes dos amados irmãos.
Em casa. Agradeci a Deus por seus cuidados conosco, principalmente comigo. Minha mulher dormia em meu peito com um lindo sorriso no rosto e eu babava admirando sua beleza.
🌸🌸🌸
Por favor! Não esqueçam de votar e comentem à vontade.
💋Beijos da Aline 💋💋.
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