Tranquei todas as portas e fechei todas as janelas assim que cheguei em casa, depois disquei um número.

O telefone continuou tocando até que finalmente foi para o correio de voz.

Dr. Choi Jiung, deixe sua mensagem.

O modo como ela me olhou e o fato de ter me chamado de querida...

Yunjin nunca me chamou assim.

Deixei uma mensagem de voz detalhada, enfatizando a urgência da situação.

Surpreendentemente, recebi uma ligação exatamente trinta minutos depois de um número desconhecido.

— Eu disse para você não me ligar! — disse a voz familiar do outro lado.

— Jin? — perguntei.

— Claro, quem mais você estava esperando?

— Você não está atendendo o telefone no asilo, está?

— O que está acontecendo, Chaewon? — Yunjin perguntou, com um tom mais sério do que eu jamais tinha ouvido.

— Há uma mulher no asilo que as autoridades trouxeram e confinaram. Ela se parece exatamente com você. Todos acreditam que é você. Fui enganada por uns minutos até que olhei em seus olhos. Eles eram definitivamente um tom mais escuro que os seus. Por favor, diga-me que não estou enlouquecendo...

O silêncio aumentou do outro lado.

— Diga alguma coisa, Jin.

Essa revelação a perturbou mais do que qualquer notícia poderia perturbar.

Eu podia sentir a tensão através do telefone.

— Não pode ser. — disse ela quase em um sussurro.

— O que não pode ser?

— Minha... minha irmã Jennifer. — gaguejou.

Yunjin nunca gaguejava.

— Você tem uma irmã? O que ela está fazendo aqui?

Yunjin agiu como se não tivesse me ouvido.

— Você não está entendendo, Chae! — disse ela impaciente. — Não pode ser ela!

— Por que não?

— Porque Jennifer Huh está morta.

— Se sua irmã está morta, quem é aquela mulher no hospital? — eu perguntei.

— Não pode ser a Jennifer. Eu... Eu estava lá com ela quando nosso carro bateu. Eu fui a única que sobreviveu... a menos que...

— A menos que? — Eu insisti.

— A menos que ela não tenha realmente morrido e tenha se escondido por muito tempo. — disse Yunjin.

— Você acha que ela matou todas aquelas pessoas?

Yunjin ficou completamente em silêncio, mostrando a escalada de sua preocupação.

— Eu tenho que ir. Falarei com você mais tarde. Se aquela mulher que finge ser eu for a Jennifer, você deve ter muito cuidado. Se eles me rotularam como perigosa, é só porque ainda não conhecem minha irmã. Informe as autoridades e, pelo amor de Deus, Chae, não vá ao quarto dela sozinha novamente.

Não mencionei a parte em que a beijei. Achei que isso poderia esperar um pouco.

— Prometo que não vou. — eu disse.

— Isso torna as coisas mais complicadas. — disse ela.

— Mas...

Antes que eu pudesse dizer mais uma palavra, Yunjin desligou o telefone.

[...]

Liguei para a agente Minatozaki na manhã seguinte. Achando que tinha algo bom, ela me pediu para ir até a delegacia. Kibum estava comigo. Ele havia me avisado para não ter nenhuma conversa com a polícia na sua ausência. Embora eu não tivesse medo da agente Minatozaki, estava muito ciente de suas táticas para me enganar com suas palavras.

Sentei-me no escritório e tentei não demonstrar a raiva que senti no outro dia, quando sua equipe de policiais entrou no meu apartamento e quase o virou de cabeça para baixo.

Eu tinha certeza de que meus pais estavam se revirando no túmulo ao pensar em como eu havia passado de uma enfermeira inocente a suspeita em um caso de assassinato de alto nível.

De qualquer forma, os policiais não conseguiram encontrar nenhuma prova em minha casa que me ligasse à Yunjin, e a agente Minatozaki ficou desapontada. Ela havia decidido que eu estava envolvida de alguma forma, e isso foi como um chute em seu rosto.

— Então, que informações você tem, Srta. Kim? — perguntou ela.

— Tenho certeza de que você já sabe que Yunjin foi levada para o hospital recentemente e está confinada em uma sala de alta segurança.

Minatozaki parecia entediado. — Achei que não estávamos perdendo tempo. O que você está me contando são fatos. O que estou procurando é uma pista sólida, que nos ajude em nossa investigação.

— Você não me deixou terminar. — eu disse. — Estou chegando a isso.

— Por favor, continue. — ela insistiu.

— A pessoa no asilo que finge ser Yunjin não é ela de fato. É sua irmã gêmea, Jennifer.

Sana olhou para mim por cerca de trinta segundos antes de cair na gargalhada. — Isso é algum tipo de piada?

Ela olhou para Kibum, que estava sentado em silêncio ao meu lado, ocasionalmente pisando no meu pé.

— Não estou inventando isso! — insisti. — Tenho certeza disso.

— Você provavelmente não sabe disso, mas Huh Jennifer morreu há três anos em um acidente. Yunjin pode lhe dar uma versão detalhada da tragédia, pois ela escapou por pouco com apenas alguns ferimentos, o que é bastante estranho, não é?

— É possível que Jennifer tenha sobrevivido ao acidente, de alguma forma sobreviveu, e agora... e agora ela...

— Você acha que a Jennifer matou todas aquelas pessoas e manipulou tudo para parecer que a Yunjin fez isso?

— Sim.

— Como você pode ter tanta certeza de que ela é a gêmea da Yunjin e não a própria Yunjin?

Eu não podia confessar que havia pago a uma enfermeira para me infiltrar em seu quarto na outra noite, e não podia dizer que a beijei e a mulher não me beijou de volta.

— Eu... eu senti isso. Ela está um pouco diferente.

Minatozaki assentiu, mas eu sabia que ela não acreditava em uma palavra do que eu dizia. — Não tenho certeza de como chegou a essa estranha conclusão, Srta. Kim, mas posso garantir que a mulher que temos no asilo é, de fato, Huh Yunjin. Ou você está tentando nos levar para o caminho errado ou repetindo as palavras que Yunjin lhe disse. Tenho que admitir que a história das irmãs gêmeas é tão exagerada que parece mais engraçada do que o filme do Kevin Hart que assisti com minha esposa no outro dia.

— Por que é tão difícil acreditar nisso?

— Porque ela está morta! — gritou Minatozaki. — A menos que você esteja sugerindo que talvez Jennifer tenha cavado a própria cova e saído dela. — ela continuou. — Você não está vendo o que eu vejo aqui.

— E o que é isso?

— A Yunjin está manipulando você novamente. Ela está fazendo com que você a veja como uma mulher inocente, culpando sua gêmea morta.

— Eu lhe disse o que sei, agente Minatozaki, é seu trabalho tomar as precauções necessárias. Se outra pessoa morrer, agente, o sangue estará em suas mãos.

— Vou ter isso em mente, Srta. Kim. — disse ela sarcasticamente. — Eu gostaria de saber outra coisa.

Kibum permaneceu alerta.

Até agora, ele não havia dito uma única palavra.

— Que prova você tem de que a mulher não é Yunjin, mas Jennifer? Porque, até onde eu sei, elas são idênticas, com a mesma altura, cor de cabelo e olhos.

— Eu senti isso. Jennifer tem uma cicatriz perto da testa; Yunjin não tem.

A agente Minatozaki estreitou os olhos para mim. — Como você conseguiu perceber esses detalhes? A menos que tenha ido vê-la pessoalmente, não foi?

— Minha cliente não vai responder a essa pergunta. — afirmou Kibum. — Ela está ajudando, fornecendo informações importantes. Seu dever está cumprido.

— Se a mulher no asilo for a gêmea, e se Yunjin estiver em contato com você, diga a ela para se entregar. Essa é a única maneira de acreditarmos que há uma gêmea. Se ela se render, o caso tomará um rumo diferente. Se Yunjin for inocente, ela será liberada. Se não, ela terá o que merece.

Pensei sobre isso por um tempo.

— E se você conseguir as impressões digitais de Jennifer? Se elas não coincidirem com as da Yunjin, você saberá que não estou mentindo.

— Eu lhe ofereci outra opção.

— Posso ir embora agora, agente? — perguntei, sentindo-me cansada.

Ela fez um gesto para a porta. — Você pode, e pense no que eu disse, Chaewon.

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o plot twist de milhões, amaram? 🤠
yunjin a maior inocente injustiçada que temos aqui