Capítulo XXVI

N/A: Salve, salve, minha gente!

Chegay com atualização.

Simbora ler.

Obs: as partes em itálico são da canção Home - Philips Philips

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- Parece que todo mundo já está dormindo. - Juliette murmurou, lançando um olhar a esposa após entrarem em casa e notarem o silêncio e as luzes que em sua maioria se encontravam desligadas.

- Então acho melhor nem fazermos barulho pra não acordar ninguém. - Sarah adotou o mesmo tom baixo que a esposa para falar com ela. - Até porque nós duas... - apontou de Juliette para si. - ... Não queremos ver ninguém acordando agora ou queremos?

Ao perguntar isso a loira deixou um pequeno sorriso escapar-lhe, fazendo com que de sua esposa também escapasse outro.

- Não!... Em hipótese alguma queremos isso! - respondeu, alargando mais ainda o sorriso.

- Já disseram que você tem um sorriso lindo? - com extremo carinho, Sarah tocou a face da esposa.

- Você disse. E uma porção de vezes. - revelou. - Inclusive fez essa mesma pergunta antes de me beijar a primeira vez, quinze anos atrás. - contou ao ajeitar atrás da orelha da esposa, uma mecha de cabelo loiro dela.

- Que estranho! Por que será que eu não lembro disso, Juliette? - a loira fez uma careta engraçada, para em seguida apertar os lábios um contra o outro, reprimindo a vontade de rir do sarro que ela tirou de si mesma.

- Ai, como ela é boba e engraçada, né? - a professora golpeou de leve o ombro da esposa que abriu um sorriso largo, que arrancou de Juliette o elogio: - O seu sorriso também é lindo. O mais lindo que eu já vi, meu amor... minha flor... minha eterna garota dos números... por quem eu serei apaixonada até o último dia da minha vida. - declarou, encarando os brilhantes olhos verdes da esposa. Neles Juliette viu estampado dois sentimentos que há tempos não via e os quais sentia falta: amor e desejo!

Sarah tomou os lábios da esposa nos seus em um beijo que a esposa correspondeu prontamente. E diferente da maioria dos beijos trocados ao longo do passeio até o pier, que começavam doce e iam crescendo de intensidade à medida que o casal ia se aprofundando no gesto de carinho, esse beijo de agora já começou intenso, cheio de vontade e desejo.

Se para Juliette já estava sendo difícil ter a esposa por perto e não poder beijá-la e tocá-la como desejava; dormir com ela e não haver intimidades. Para Sarah também já estava sendo a mesma coisa.

Por algumas noites, a loira acordava do nada e ao olhar para o lado cama e ver Juliette dormindo com uma expressão serena, sentia uma enorme vontade de tocá-la. Porém não tinha coragem o suficiente para tal feito e com isso, se contentava em apenas admirá-la.

- Acho melhor subirmos antes que alguém apareça! - ofegante, Juliette murmurou para a esposa que assentiu.

Segure-se em mim enquanto vamos
Enquanto descemos por este caminho desconhecido
E embora esta onda esteja nos amarrando
Apenas saiba que você não está sozinha
Porque eu vou fazer deste lugar o seu lar


De mãos dadas, sorrisos bobos nos lábios, passos cuidadosos e silenciosos, o casal subiu as escadas que levariam-nas até o quarto onde dormiam.

Durante o caminho o casal fez umas três pequenas paradas "estratégicas" para trocarem alguns beijos. E foi aos beijos que elas alcançaram a porta do cômodo e entraram nele.

Após fechar a porta do quarto, Sarah que havia interrompido por um segundo o beijo trocado com a esposa para que pudessem respirar, encostou Juliette a porta.

Novamente suas bocas se encontraram em outro beijo quente. Sarah se agarrou a esposa tomando o devido cuidado para não apertá-la demais por causa da barriga de Juliette onde os dois filhos delas se encontravam, crescendo fortes e saudáveis.

Naquele momento podia até haver um pouco de medo pelo desconhecido e também a falta de lembranças da parte de Sarah acerca de como era tocar a esposa com a intimidade que antes elas costumavam ter, como era senti-la em seus braços, e junto a seu corpo como acontecia naquele instante em que se beijavam. Contudo havia o mais importante, o Amor. Esse sentimento estava presente dentro de Sarah e de seu coração, e isso era tudo que bastava tanto para a loira quanto para a esposa.

Acalmem-se, tudo vai ficar claro
Não preste atenção aos demônios
Eles te enchem de medo
O problema pode arrastá-lo para baixo
Se você se perder, sempre poderá ser encontrado
Apenas saiba que você não está sozinha
Porque vou fazer deste lugar o seu lar

A necessidade por respirar falou mais alto e elas interromperam o beijo que trocavam.

As mãos de Sarah seguraram as de Juliette e as acariciaram levemente. Seus olhos verdes encaravam a esposa ternamente, assim como, Juliette também a encarava da mesma maneira. Sem que palavra alguma fosse proferida pelo casal, já que os olhos de ambas transmitiam tudo o que suas bocas queriam dizer naquele momento, Sarah devagar, foi levando a esposa em direção à cama delas.

Juliette se deixou ser levada por Sarah. Deixaria que a esposa tomasse a iniciativa do que se desenrolaria ali entre elas, já que Sarah quem era a parte 'vulnerável' delas duas.

Já na cama, de joelhos sobre ela e de frente uma para a outra, o casal voltou a se beijar lentamente, porém o beijo não durou por muito tempo, porque logo Sarah já abandonava os lábios de Juliette para traçar uma trilha de beijos pelo pescoço d esposa, sentindo a pulsação intensa sob sua pele macia, doce e com cheiro inebriante.

Juliette sentiu seu corpo se arrepiar inteiro ao sentir o toque dos lábios de Sarah em sua pele. Quase perdeu a força nos joelhos quando as mãos da esposa foram se insinuando por baixo blusa estilo batinha que usava, e tocaram sua pele, que há meses já ansiava pelo toque de Sarah.

Que saudade daquelas mãos passeando por sua pele!

Suas mãos também se insinuaram por debaixo da camiseta de botões que Sarah usava. Uma troca de olhar e a professora podia ver o desejo mais que escancarado de sua esposa por ela.

Foi Sarah quem tomou a iniciativa de com sutileza ir levantando a blusa da esposa até tirá-la por cima de sua cabeça. Com as duas mãos, ela deslizou pela extensão de seus braços finos, alcançou seus ombros massageando-os de leve e por último, tocou seus seios ainda cobertos pelo sutiã que segundos depois a loira já os tirava para que pudesse assim, vislumbrar e tocar seus montes macios. Antes de senti-los, Sarah lançou um olhar a esposa como se pedisse sua permissão. O sorriso de Juliette foi a resposta e o incentivo para que a outra fosse em frente.

Primeiro, Sarah tocou com as mãos, roçando os dedos pelos mamilos. Viu Juliette arfar diante de seu toque ao mesmo tempo em que agarrava-se aos seus ombros. A receptividade dela foi algo que lhe encantou e então, a loira se inclinou para frente e passou a língua suavemente em seu mamilo e o colocou inteiro na boca, sugando. Pode ouvi-la gemer e agora agarrar seus cabelos.

De certa forma, Sarah sentia-se como uma inexperiente, já que aquela estava sendo sua primeira vez, ou melhor, segunda-primeira vez, tendo em vista que ela não se recordava das outras vezes em que tivera relações com a esposa e nem com nenhuma outra pessoa que passara por sua vida antes. Estava puramente seguindo seus instintos e seu desejo que era enorme.

- Amor... - murmurou quando Sarah soprou de leve o seio que acabava de sugar.

A loira passa a mão pelo quadril da esposa e sobe até o outro seio. Segurando-o gentilmente, ela acaricia, aperta e fica maravilhada com a reação de Juliette quando roça o outro mamilo com o polegar.

Em frações de segundos, ele está rígido, igual ao outro. Mais uma vez passa a mão por corpo da esposa, acariciando-a pelo caminho, sem parar de provocar seus seios com os lábios.

Assim que Sarah termina de se deliciar com os seios da esposa foi à vez Juliette de despir a outra de sua camiseta. Tirou a peça e atirou-a em um canto qualquer do quarto, o mesmo rumo teve o sutiã.

Seus lábios tocaram o espaço entre os seios da outra, sentindo o perfume e sabor da sua pele o qual há tempos não sentia, mas que guardava muito bem na mente qual era.

Juliette traça uma trilha de beijos que sobe e segue até o pescoço de Sarah enquanto suas mãos vão parar sobre os seios perfeitos e redondos da esposa, que se agarra a cintura de Juliette, diante do aperto recebido.

Sarah geme sem qualquer pudor quando a a esposa roça o polegar em seu mamilo, que fica enrijecido em segundos sob seu toque.

A boca de Juliette busca pela de Sarah, provocando e explorando com a língua inquieta enquanto acaricia sua cintura, para depois deslizar as mãos  pela lateral de sei quadril.

- Desejo tanto você, que chega a doer. - sussurra a morena ao afastar os lábios dos da esposa enquanto respira pesadamente.

Os olhos verdes insondáveis encaram os castanhos, e é como se Sarah estivesse examinando a alma de Juliette e descobrindo que até nela, a esposa lhe amava e deseja grandemente.

- Pois eu desejo você da mesma forma. - roçou os polegares pelos lábios de Juliette antes juntar o seu com os delas em um beijo avido e desesperado.

Instantes depois elas já haviam se livrado do restante de suas vestes. Sarah  então fez Juliette deitar na cama. Seus olhos esverdeados passearam por todo o corpo nu da esposa.

Deus, como ela era linda!

E como já a amava. Não precisoi nem que suas lembranças voltassem para se recordar do amor forte que sentia pela esposa.

- Você é linda demais, Ju!

Ela deita-se ao lado da esposa e toca seu rosto.

- Te amo!

Os olhos da professora se enchem de lágrimas. Como era bom ouvir de novo aquelas duas palavras saindo da boca dela. Seu coração transbordava de felicidade e alegria. Sua esposa já lhe amava e através de seus olhos, Juliette conseguia enxergar o mesmo grande amor de sempre. Ele estava ali. Assim como estava ali outra vez a sua Sarah.

Com a voz embargada Juliette respondeu, segundo o rosto da esposa:

- Também te amo, Sarah... E é pra toda vida!

Após a troca de declarações de amor de ambas as partes, o que se seguiu depois foi à consumação de um amor grande e forte que nem mesmo uma perda de memória pode apagar por completo.

Na penumbra daquele quarto, elas se amaram entre sussurros... Gemidos... E palavras de amor ditas baixinhas ao pé do ouvido.

Para Sarah aquele momento mágico que era estar fazendo amor com Juliette marcava para ela, o começo de sua relação com a esposa a qual ela teve que reaprender a amar após ficar desmemoriada.

Já para Juliette aquele mesmo momento mágico marcava a retomada de sua história de amor com Sarah. História esta que foi interrompida assim que a economista perdeu a memória.

Para Sarah aquela era sua primeira vez com a esposa.

Para Juliette era como se fosse uma segunda primeira vez.

Havia sincronismo em seus gestos...

Havia sincronismo nas batidas de seus corações...

E havia sincronismo em suas juras de amor.

Era lindo... Era mágico... Era perfeito o que acontecia naquele quarto. A sutileza dos gestos e das palavras ditas e as não ditas.

Palavras vindas do coração, palavras vindas da alma ora verbalizadas ora ditas através dos olhares trocados enquanto faziam amor.

Momentos depois veio à libertação de seus corpos em um orgasmo intenso e suas bocas se uniram para juntas abafarem o grito dado após chegarem ao ápice do prazer.

Após o momento espetacular compartilhado por ambas, nenhuma palavra fora dita até porque elas se faziam desnecessárias naquele momento.

Abraçadas, saciadas, felizes e trocando leves carícias, o casal acabou alguns minutos depois sendo sucumbido pelo sono que viera toma-las.

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