(8) Jeongguk: o corajoso
Oi! 😄
Mc ta chegando ao fim😔 estou feliz por conseguir concluir uma fanfic, mas meu coração tá apertado jcjzjxnkx
Leiam esse flashback com uma visão de Jeongguk!
Votem e comentem também ❤
🧢🍭
Jeongguk acordou com um barulho alto, passando a mão nos cabelos e olhando ao redor, ainda meio tontinho por ter seu sono interrompido.
— Hyung, desligue esse despertador, por favor! — Pediu baixinho, fazendo bico quando ouviu a risada baixa que Yoongi soltou.
— Já está quase no horário de ir para escola, Gukkie — Tirou o cobertor que cobria o corpinho preguiçoso na cama, sorrindo ao vê-lo resmungar — Primeiro dia de aula, lembra?
— Primeiro dia só se for para você, não é? — O moreninho deu risada, se levantando — Já tem uma semana que as aulas começaram, Hyung. Você e Tae hyung me deixaram sozinho por uma semana — Dramatizou, Yoogi revirou os olhos.
— Sozinho não, Doyoung estava com você — Deu de ombros.
Não gostava nem um pouquinho do namorado que Jeongguk tinha.
— Ele... Prefere ficar com os amigos jogadores dele — Suspirou — Vocês vão hoje, não é? Você e Taehyung?
— Vamos sim, bobinho! — Beijou o topo da cabeça do melhor amigo, puxando-o para ficar de pé — Agora vai se arrumar que eu vou falar para sua mãe fazer seu café.
O início de ano sempre eram incrivelmente mais conturbado para Jeongguk, mas esse, foi ainda mais.
Ele se lembrava perfeitamente daquele dia, quando acordou com preguiça de ir para escola e seu pai o xingou mais uma vez pelas roupas que usava e a forma que prendia seu cabelo.
"Parece uma mulherzinha com esse cabelo horrível preso dessa forma" Foi as palavras que escutou quando saiu de casa, segurando com força as mãos de seu irmão mais velho, porque era assim que tratava Yoongi, seu irmão mais velho ranzinza e protetor.
Taehyung era seu irmão mais velho doidinho e sem noção, era engraçado a forma que o acastanhado lidava com a vida de uma maneira tão despreocupada.
— Vem cá — Taehyung chamou pelo cabeludinho, sorrindo pequeno — Deixa que eu faço essas Marias Chiquinhas — Pegou os elásticos coloridos das mãos do menor, passando a amarrar o cabelinho do mesmo.
Era aquilo que irritava o namorado de Jungkook, a intimidade que ele tinha com os melhores amigos.
— Eu já disse que é para você parar com esse ciúmes bobo, Doyoung! — O baixinho exclamou enfurecido — E me solta, está machucando meu pulso — Puxou sua mão com força, olhando nos olhos do namorado.
— A forma que eles olham para você é completamente diferente do que amigos olham para alguém! — Ele retrucou, segurando Jeongguk pelos ombros — Você não vê o que eu vejo.
— Eu vejo que você está agindo de forma irracional — Soltou-se mais uma vez do garoto, olhando de uma forma nervosa — Não estraga nosso relacionamento com essa bobeira de ciúmes, Doyoung, Taehyung e Yoongi sempre foram e sempre serão meus melhores amigos.
— E eu sou seu namorado! — Ameaçou se aproximar de Jeonguk mais uma vez, mas foi parado.
— Isso não lhe dá o direito de me tratar como um objeto — Mordeu o lábio inferior, sentindo os olhos arderem e a vontade de chorar aumentar — Eu quero muito que a gente de certo, hyung, mas se você continuar agindo como se eu fosse só mais um cara, um objeto, alguém que...que você pode tocar quando quer, quando sente vontade. Sinto muito em informar, mas não, eu não sou assim — E deu as costas ao garoto, limpando uma única lágrima que atreveu-se a cair, se distanciando daquela quadra e saindo a procura de seus melhores amigos para lhe consolar.
Parou no meio do caminho quando escutou um barulho vindo do corredor que dava para a sala do terceiro ano, franzindo o cenho e caminhando até o grupo de pessoas que estavam paradas em forma de círculo, observando alguma coisa muito engraçada, pois todos davam risada.
— Ai, moço, me desculpa de verdade! Eu juro que não vi o senhor aí! — A voz era nitidamente desesperada. Jeongguk sorriu, ela tinha uma entonação engraçada.
— Deveria prestar mais atenção por onde você corre, garoto — Jungkook travou ao ouvir a voz do professor de matemática. Kim Namjoon.
"Como esse garoto não viu o professor? Ele é enorme!" Jeongguk disse para si mesmo, olhando com mais curiosidade para o aglomerado de pessoas e se aproximando para olhar quem havia feito toda aquela bagunça.
E quando viu quem era, travou.
— Não pode ser...
Talvez ele tenha dito alto demais, já que alguns dos alunos que estavam ali olhavam para si, mas o olhar daquela pessoa o fez estremecer.
Quando seus olhares se cruzaram e um reconheceu o outro, seus corações aceleraram e suas mãos suaram. Por segundos contados aquela troca de olhares durou, segundos esses que parecem todos os dez anos que não se viam.
Jeongguk admitia que foi covarde naquele momento, porque a única coisa que fez naquele momento... Foi correr.
Foi nesse dia que as coisas começaram a mudar para o baixinho de cabelos longos, ele sabia quem era, o rosto dele estava gravado em cada memória sua do passado. Seu sorriso, suas brincadeirinhas para fazer o moreninho sorrir, suas promessas...
— Tem certeza que é ele Gukkie?
— Eu nunca esqueci o jeito que ele sorri, Hyung, aquele garoto que derrubou o Professor Kim e mesmo o Jimin.
— E porque você não foi falar com ele? não sente falta?
— O-o que? — Questionou surpreso, olhando para Taehyung.
— Olha, Jeonggukie, eu entendo se você abandonar a gente para voltar a ser amigo daquele desastrado...
— O que?!— Encarou o acastanhado, tentando entender se aquilo era só mais uma de suas gracinhas ou realmente verdade.
— De todas as besteiras que você já disse, essa é a pior, Tae — Yoongi sorriu, dando um tapa na cabeça do amigo.
— Eu nunca vou deixar vocês por um garoto que eu mal conheço, Taehy! — andou até o garoto, sentando em seu colo e o abraçando — Vocês são meus melhores amigos.
— É, depois dele, não é? - Segurou na cintura de Jeongguk, sorrindo pequeno.
Adorava ver a carinha emburrada do mais novo.
—— Se você começar com esse negócio de ciúmes também, eu juro que vou surtar! — Jeongguk lamentou, olhando com sinceridade para o maior.
Taehyung e Yoongi se entreolharam, caindo na risada logo depois.
— Eu não me importo nadinha se você fizer novos amigos, Gguk. Ainda mais se for um velho novo amigo — Ele riu, beijando a bochecha do amigo — E se Doyoung fizer alguma coisa com você, eu mato ele.
E Jeongguk nem duvidava.
[...]
Jeongguk achou que poderia conviver normalmente com a presença de uma pessoa que marcou muito seu passado, mas não foi isso que aconteceu. Sua primeira troca de olhares com o ruivo foi intensa, denunciava saudades. Pensou até em finalmente falar como garoto.
Pensou em se aproximar, mas sempre que isso acontecia, Jimin sumia. Ele tinha feito amigos, tinha uma fama na escola e mal o olhava nos olhos. Pensou que o mais velho havia lhe esquecido, talvez não fosse ele? Mas porque ele era tão parecido com seu ex melhor amigo e tinha o mesmo nome? Porque ele o encarava tanto? Porque ele sempre estava por perto mas nunca se aproximava e falava consigo? Ele ficava tonto com tantas perguntas.
Ele não o culpava, ele mesmo não tinha coragem de falar com o ruivo.
— Hobi disse que esse Jimin e frouxo e medroso — Yoongi comentou na mesa de almoço, olhando fixamente para o ruivo no outro lado do refeitório — Tem certeza que ele é o mesmo Jimin que te salvou de um grupo de garotos quando tinha oito anos?
— Jimin... Eu não sei , Hyung. E não me importo, ele mal olha na minha cara — Mentiu, dando de ombros e comendo seu sanduíche gostosinho que sua mãe havia preparado.
Depois de certo tempo, contentou-se em apenas sorrir das bobagem que Jimin fazia na escola, era incrível como ele ainda não havia sido expulso mesmo depois de derrubar o bebedouro do corredor cinco, mais de três vezes. Jeongguk amava dar risada das coisas que o ruivo desastrado fazia.
E isso irritou Doyoung.
— Já vai fazer cinco meses que eu vejo você de sorrisinho pra cima daquele ruivo com dois pés esquerdos — O maior acusou em uma das visitas que havia feito ao namorado, segurando com força moderada as bochechas coradas de Jeongguk.
— Jimin?
— Sabe até o nome dele agora?
— Duyung, isso é sério? — Jeongguk o olhou surpreso e com vários pontos de interrogação rondando sua cabecinha confusa.
A tempos que seu relacionamento com o garoto estava desestruturado.
— Tenho cara de quem está brincando? Olha a forma que ele te olha! Como se quisesse tirar suas roupas e te comer em todas as posições possíveis.
Aquilo foi a gota d'água para Jeongguk. Estava farto.
— Você me olha assim, só você! Ele não! — Levantou-se da cama, tremendo as mãos com nervosismo — E-e a forma nojenta que você me olha, como se eu só fosse mais uma das... D-das v-vagabundas que você exibe como sua, que v-você controla! — Seu coraçãozinho apertou-se com aquele fala.
— E estou começando a achar que você é mesmo! Só que diferente — Aproximou-se novamente do menor, segurando forte em seu ombros — Com esse olharzinho inocente, esse jeitinho bobo e meigo. Tão infantil e esse corpo desestruturado com essas roupas…— Olhou o moreno de cima a baixo, um olhar que transmitia julgamento, apertando suas bochechas e formando um biquinho na boca avermelhada — Você é só uma vadia gananciosa, Jeongguk? Quer ter o pa-
— Não ouse completar essa frase! — Apontou o dedo no rosto do, até então, namorado. Lutando para afastar as mais que o apertava tanto.
— E você abaixe esse tom para falar comigo! — Doyoung se irritou, soltando Jeongguk com força, quase derrubando o menino no chão.
— O-ou... Ou você vai fazer o que? Me bater? Vai me bater, Doyoung? — Mordeu o lábio inferior, respirando fundo e controlando sua respiração acelerada.
Não aguentava mais aquele garoto o exibindo pelos corredores da escola como se fosse um troféu, um objeto qualquer de valor limitado.
— É o que voce merece depois de todo vexame que me fez passar por ficar rindo como um idiota p'ra quele ruivinho imprestavel! — Bateu com a mão na escrivaninha de Jeongguk, olhando furiosamente para o garoto que se encolheu no canto.
Aquilo assustou completamente o cabeludinho, não aguentaria mais nenhum segundo com aquele garoto.
— Sai daqui!— Pediu, controlando-se para não derramar-se em lágrimas na frente daquele que lhe jurou amor — S-sai da minha casa agora, não volta nunca mais — Jeongguk arrepender-se absolutamente de ter chamado Doyoung para sua casa enquanto estava sozinho.
Doyoung semicerrou os olhos, aproximando-se de Jeongguk novamente.
— Está terminando comigo, Jeongguk? Tem certeza? — Segurou na cintura do menor, aproximando seus corpos — Tem certeza que vai terminar comigo, garoto? — Abaixou o rosto, distribuindo beijos no pescoço do menor.
Jeongguk sentiu vontade de vomitar. Completamente enojado daqueles toques que faziam seu corpo tremer de forma ruim e seus olhos arderem com vontade de chorar.
— M-me solta, Doyoung. Agora! — Empurrou o maior pelos ombros, não adiantando muito.
— Você acha que se terminar comigo, acha mais alguém vai querer comer essa bundinha aqui? — Ameaçou tocar no bumbum do menino, mas foi parado rapidamente. Jeongguk estava tremendo de ódio e medo.
—Eu falei para me soltar, Doyoung! Me larga agora ou eu t-te processo por assédio! — Empurrou com mais força o maior, afastando-se rapidamente dele, um tanto assustado pelas ações anteriores do mesmo.
— Você vai se arrepender de negar alguém tão-
— Nojento! — Jeongguk o interrompeu, correndo até a porta de seu quarto e abrindo com velocidade - Sai! Sai daqui agora! — Apontou para o lado de fora, limpando uma lágrima com a mão direita — Sai, agora!
Sem mais escolhas, o agora, ex namorado de Jeongguk saiu do quarto com passos pesados, possesso de raiva.
Jeongguk consegue se lembrar completamente do tanto que chorou naquele dia, tomando um banho rápido e quase irritando sua pele macia de tanto esfregar sua esponja ali. Querendo a todo custo se livrar de cada sensação que o toque nojento daquele garoto causou em seu corpo. E quando sua mãe chegou do trabalho, chorou em seu colo enquanto tinha seus cabelos acariciados com carinho.
Aquela foi a última vez que Jeongguk viu o garoto, depois de confessar para seus melhores amigos todas as coisas que aquele garoto havia falado e o assédio que havia sofrido, Yoongi ligou para os pais o mesmo e, junto a mãe de Jeongguk, acusou Doyoung de assédio, com Yoongi xingando o garoto com todos os xingamentos existentes no mundo.
Para livrar grandes escândalos envolvendo sua família, o pai do menino decidiu mandá-lo para outra cidade na Coreia, afastando-o de Jeongguk por completo.
Foi libertador para o moreninho ir para escola e não ser perseguido ou observado por Doyoung. Só ele, seus amigos e as palhaçadas de Jimin para animá-lo.
Mas ainda tinha Jennie, a garota que sempre implicou com Jeongguk. Desde sempre. Mas, depois que ele começou a namorar o agora ex-capitão do time da escola, a garota aumentou com suas gracinhas.
— Se aquela garota ficar de brincadeirinhas para cima da gente, eu juro que não respondo por mim — Yoongi falou aos outros dois assim que chegaram na escola.
— Bom dia! — Jeongguk cumprimentou o guarda da escola, olhando para o amigo azulado e depois para Taehyung — Vai deixar ele fazer alguma coisa com Jennie, Hyung? — Perguntou ao amigo maior, meio horrorizado porque sabia que Yoongi era capaz de fazer o que falava.
— Se ela fizer alguma maldade com
nós, sim. Não poderei fazer nada para impedir— Brincou, colocando uma mecha dos cabelos de Jeongguk atrás da orelha.
Naquele dia, Jeongguk descobriu que Jimin estava tendo um casinho com o guarda da escola, sempre estranhou a proximidade que o guarda bonito e o ruivo tinham, mesmo sabendo que ele era um de seus muitos amigos.
Sabia que ele era social, sempre foi, mesmo no jardim de infância - onde conheceu o mais velho. Jimin já era um garotinho brincalhão e amigável, sempre ajudando os garotos menores, mesmo que ele próprio não tivesse a mesma altura que os garotos de sua idade. E foi isso que levou o garotinho de olhos grandes e sorriso fofo a se encantar pelo mais velho.
Naquela época eram apenas crianças, óbvio que não existia o encantamento que Jeongguk tinha por Jimin agora, ele só sentia vontade de estar o tempo todo com o menino que, na época, tinha apenas oito anos.
Agora, mesmo se Jimin sequer se aproximasse do menor, ele tinha uma imensa vontade de conhece-lo novamente.
[...]
— Isso são horas de voltar, Jeongguk? — Seu pai perguntou impaciente, como sempre fazia — Já disse que não te quero na rua depois das nove da noite.
— Desculpe — Pediu baixinho, caminhando até onde o homem estava — Yoon Hyung precisava de ajuda em matemática, ele não quer repetir de ano novamente e mal notei o tempo passar...
— Matemática? — O mais velho soltou uma risada baixa, aproximando-se do filho e segurando com força sua mandíbula — E essa marca aqui? Foi Shakespeare quem fez? — Perguntou com ignorância. Jeongguk suspirou cansado.
— F-foi um mosquito que me picou, pai. O senhor sabe que sou sensível a isso — Mordeu o lábio inferior — E Shakespeare é filósofo...
— Já falei que não gosto de você e esses seus amiguinhos de viadagem, essa fase não vai passar nunca? — Soltou com fúria o rostinho dolorido de Jeongguk, o olhando — Ou você está dando para outro garoto e não apresentou ele para mim e sua mãe?
—Pai... —Jeongguk murmurou, era tão humilhante a forma que o homem o tratava, sabia que aquele cara faria de tudo para infernizar sua vida a cada dia que passasse.
Isso dura desde quando Jeongguk assumiu-se gay para sua família, aos quinze anos, depois de beijar um de seus colegas de classe. Nunca sentiu atração por mulheres, mas depois que aquele coleguinha o beijou, teve certeza que não era "normal" como Jennie sempre dizia.
Seu pai sempre foi um chato preconceituoso, mas depois que descobriu que o próprio filho " gostava de mostrar a bunda por aí" como ele mesmo falava, ficou ainda mais insuportável viver naquela casa com aquele homem. Por isso Jeongguk passava metade do seu dia na escola e a outra metade na casa de Yoongi ou no apartamento de Taehyung, jogando algum joguinho, fofocando com eles ou estudando.
Só voltava para casa à noite por obrigação, dormia às vezes na casa dos amigos também, sua mãe, diferente de seu pai, sempre deu ao garoto apoio e liberdade para isso.
— Eu não estou saindo com ninguém pai! — Respondeu se distanciando do mais velho, pegando caminho para seu quarto — Boa noite. — E não olhou mais para ele.
Mesmo com os chamados do homem, Jeongguk apenas ignorou e subiu para seu quarto, lutando contra sua vontade de chorar.
Na manhã seguinte, tudo estava seguindo como normalmente acontecia, ele acordava, tomava seu café da manhã na presença da mãe e, quando ouvia as batidas na porta, dava um beijo na bochecha da mulher e caminhava com os dois amigos até a escola.
Mas, com a chegada das férias de verão, isso mudou. Jeongguk passou a ficar mais tempo em casa, não saia do quarto para nada, às vezes seus amigos iam o visitar ou ele ia os visitar. Mas ele sentia falta de uma coisa, uma pessoa em especial.
Jeongguk achou que um mês sem ver o ruivo era o suficiente para o esquecer. O pobrezinho achou que esqueceria alguém que ainda se lembrava do rosto mesmo depois de dez anos sem trocar uma só palavra.
— Você tem que falar com ele então — Em uma das ligações que havia feito com Taehyung, o maior falou — Já deu para perceber que ele é bem lerdinho.
— Talvez ele não se lembre de mim, hyung — Jeongguk contestou, suspirando — E eu nem o conheço mais, talvez aquele Jimin de dez anos atrás nem exista mais...
— Como você disse, talvez. Mas, e se ele ainda se lembra de você e não se aproximou por medo?
— Medo de que? — Franziu o cenho.
— Doyung, ué, aquele idiota era conhecido por assustar outras pessoas que estivessem interessados em quem ele namorava, e se ele assustou Jimin?
Jeongguk arregalou os olhos surpresos, aquilo era uma hipótese.
— Mas...Jimin não é medroso, hyung, ele colocou um grupo inteiro de garotos que implicavam comigo pra correr, quando estudávamos no primário - Riu ao lembrar-se vagamente do ocorrido — Se isso tivesse acontecido, Doyoung sairia tão machucado quanto Jimin. Talvez ele só... Não se lembre de mim - Lamentou.
Jeongguk estava errado, mesmo depois das aulas voltarem, aquela dúvida de que, talvez, Jimin tenha se tornado um babaquinha pegador do colégio, rondava sua cabeça. Mesmo que a fama que o ruivo tenha conseguido na escola seja de destruidor do que pegador.
Setembro chegou, e com ele, o aniversário de Jeongguk. Era uma de suas datas favoritas, bem, ele havia nascido nela.
— Bom dia!— Falou ao sentar-se junto com sua mãe na mesa da cozinha, começando a tomar seu leite. Sorrindo para ela.
— Bom dia, meu amor, dormiu bem? — Seohyun, sua mãe, perguntou-lhe. Entregando um pedaço de bolo.
Jeongguk apenas acenou com a cabeça, sorrindo para a mulher. Ela sorriu, tirando de baixo da mesa dois pacotes de presentes.
— Quem e o bebê que já está fazendo dezoito anos? — Seohyun perguntou balançando os dois pacotes de presente embrulhados com papéis coloridos, um maior e outro menor. Jeongguk sorriu animado.
— Não sou mais um bebe, mamãe —Ele riu, levantando-se de sua cadeira para abraçar a mulher.
— Feliz aniversário, meu amor — Ele segredou, falando baixinho no ouvido de Jeongguk quando ele a abraçou — E você sempre será o meu bebê.
— Obrigado — Jeongguk agradeceu quando ela entregou os embrulhos coloridos, sorrindo pequeno— Dois? o papai lembrou? —Perguntou entusiasmado, afinal, seu pai nunca se recordava de seu aniversário.
— Desculpe, filho, mas ele sequer comentou sobre — Seohyun lamentou, colocando seu melhor sorriso no rosto para tentar consolar o menino tristonho a sua frente.
— Então... a senhora comprou dois? —Ele chutou, fechando a cara e olhando feio para sua mãe — Mãe, eu já falei que não é para ficar gastando dinheiro atoa_ Fez biquinho, esperando a mulher falar mesmo que estivesse curiosinho para saber o que havia nos pacotes.
Jeongguk ficou ainda mais confuso quando ela soltou uma risadinha baixa.
— Este estava no na caixa de correio, filho — Ela explicou, sorrindo bobinha quando notou que o garoto havia ficado ainda mais confuso — Um admirador secreto deixou um presente para você, querido. Não é incrível?!
Jeongguk surpreendeu-se.
—Para...mim? C-como a senhora sabe que é para mim? — Juntou as sobrancelhas, com um biquinho se formando em sua boca.
— Oras, está escrito aí!
Jeongguk virou o pacote, procurando pelo bilhete que sua mae tanto falava. Quando o achou, sentiu seu coração acelerar.
"Feliz aniversário, Goo, gostaria de lhe entregar isso pessoalmente, mas ainda me falta coragem"
Ele sabia quem era. Estava nítido, não só pelo recado escrito, mas também pelo apelido. Ninguém o chamava de Goo, Jimin lhe deu esse apelido quando ainda era uma criança. Somente ele o chamava assim... Mesmo depois de tanto tempo, Jimin ainda lembrava-se de seu aniversário.
— Filho? — Senhora Jeon ficou preocupada, seu menino havia se calado e estava tão concentrado naquele presente. Parecia que tinha visto um fantasma — Está tudo bem ? Você ficou pálido.
— E-estou bem sim, mamãe. Obrigado pelo presente, eu te amo muito! —Levantou-se sem ao menos terminar de tomar seu café e deixou um pequeno beijo na bochecha da mulher. Subindo apressadamente até seu quarto e jogando-se em sua cama, emocionado e com uma imensa vontade de chorar.
Curioso para saber o que tinha naquele pacote, abriu-o rapidamente. E faltou desmanchar-se em sorrisos bobos quando viu o que era.
Duas presilhas de cabelo, algo bobo, pode-se dizer. Mas, para Jeongguk, aquilo era uma coisa enorme. Não tinha tantas presilhinhas de cabelo, somente elásticos coloridos.
Seu pai já implica por prender o cabelo "como uma garota" imagina se o visse com enfeites fofos na cabeça? Mesmo assim, estava mais do que feliz por isso.
Jimin quem deu, duas lindas e fofas presilhinhas de cabelo com lacinhos nas pontas.
— São lindas…— Ele sorriu, tocando com uma delicadeza imensurável as coisinhas pequenas em sua mão — Lindas...
Tudo ocorreu bem no dia seguinte, e o dia seguinte foi exatamente como o anterior. Jeongguk gostava de sua rotina, pelo menos nela, ele não encontrava seu pai constantemente. Nem em seu aniversário o homem o tratou bem, era tão cansativo estar na mesma casa que aquele homem, desejava mais que tudo terminar de vez o ano e finalmente ir para o apartamento que sua mãe estava comprando - Secretamente - Para morar somente os dois, sua família completa em uma única pessoa.
Bem, uma não, tinha seus melhores amigos.
E assim o mês foi se passando, até chegar outubro. O aniversário de Jimin.
— Você vai dar alguma coisa para ele? — Taehyung perguntou a Jeongguk, massageando os ombros de Yoongi.
— Ele me deu as presilhas... —Mordeu o lábio inferior, ele nunca havia usado as presilhinhas pretas.
— Presente e dado com carinho, Jeonggukie. Não é sua obrigação gastar seu dinheiro com alguém que mal te olha — Yoongi respondeu, terminando de amarrar o cabelo do moreninho.
Ele havia cortado um pouco seu cabelo, quase chorou quando viu seu cabelinho menor do que estava. Mas foi preciso, Jeongguk é vaidoso e, mesmo a contragosto, cortou os fios compridos que já estavam com as pontas ressecadas. Sempre foi cuidadoso e atencioso quando o assunto é seu lindo cabelinho.
Aquele assunto ficou por ali mesmo, pois segundos depois, os três amigos estavam rindo de alguma besteira que Taehyung havia falado, jogando-se na cama de Yoongi e dando altas risadas.
Jeongguk amava ficar daquela forma com eles, felizes e descontraídos.
No fim, acabou que ele não comprou nada para Jimin, não era sua obrigação lhe dar nada. Mas, mesmo assim, ele lhe escreveu uma carta, carta essa que nunca foi lida pelo ruivo. Por pura falta de coragem de abri-la.
[...]
Então, o final do ano estava se aproximando. Jeongguk já havia desistido completamente de se aproximar do ruivo. Eles não trocaram mais que "Bons dias" ou "tchaus" durante os dias que se passaram.
Maria Chiquinhas.
Era assim que o ruivo chamava. E ele amou ser chamado assim.
Estava ciente que nunca mais teria algum tipo de contato com o mais velho, ele tinha amigos e outras pessoas para se preocupar. Mas estava feliz por ele, Jimin tinha amigos incríveis e era rodeado de pessoas felizes e bem humoradas. Conhecia cada uma daquelas pessoas e entendia o porquê deles terem se aproximado do ruivo, ele era alguém que chamava atenção e dava atenção a muitas pessoas. Mesmo que essa atenção não seja voltada para si.
Sabia que não devia se sentir tão magoado assim, foram anos sem se falarem, é óbvio que nada será como antes. Mesmo que ele pouco se lembrasse da amizade que eles tinham.
Mas Jeongguk não quer que seja como antes. As coisas que ele sentia quando via Jimin, quando sorria das bobagem que o ruivo fazia... Ele sentia que não era um sentimento amigável. Ele sentia vontade de estar com o ruivo a todo momento, mesmo que fosse somente vendo-o de longe, sentia atração e amor pelo maior.
Tudo estava sendo como todos os dias. Até novembro chegar. Estava tudo normal, os dias seguindo como todos os outros.
Mas, naquela manhã, foi diferente.
Para dar-se início às anormalidades daquele dia, podemos citar o fato de que Taehyung não havia ido junto com Yoongi buscar Jeongguk em sua casa, ele estava atrasado. E ele normalmente não se atrasa. Ele odeia atrasos.
— Ele não contou para você porque do atraso, Hyung? — Jeongguk perguntou ao entrar na escola, recebendo um aceno negativo de Yoongi.
— Achei que ele tinha dito para você... — O azulado falou pensativo, suspirando logo em seguida — Vamos para sala que já estamos atrasados, Taehyung com certeza deve estar lá, nos esperando — Sorriu, segurando na mão do menor.
Outra coisa que não acontecia todo dia, Yoongi odiava atrasos e estar atrasado era um martírio para o azuladinho.
Só que, quando menos notou, Jeongguk estava no chão. Com um ruivo sobre seu corpo.
— Mas o que... —Yoongi franziu o cenho, olhando Jeongguk batendo os pezinhos no chão. Resmungando palavrinhas que Yoongi mal podia ouvir.
— Sai de cima de mim! — Ele protestou, a voz abafadinha no peito de Jimin e as mãos segurando seus ombros.
Yoongi sempre foi muito protetor com Jeongguk, desde pequenos ele tem conhecimento das coisas que o pai do moreninho era capaz de fazer. Já chegou a discutir com o homem para proteger o menino, segurando no braço do pai do garoto quando este levantou a mão para acertar o rosto do mesmo.
Sempre cuidou do menor como se fosse seu irmãozinho mais novo, lutando para proteger de qualquer mal que acontecesse com ele. E ver seu amigo sendo praticamente esmagado pelo corpo de Jimin, o enfureceu.
Já Jeongguk, não sabia o que pensar. Era um misto de sensações explodindo em seu corpinho que, quando notou ser a voz de Jimin pedindo desculpas, sorriu. Mas, ao mesmo tempo, sentiu vontade de socá-lo por o derrubar com tanta força no chão que fez seu bumbum doer com o impacto.
—Você tem vento na cabeça por acaso? — Yoongi puxou o ruivo, livrando Jeongguk daquele peso em seu corpo espatifado no chão — Não olha por onde corre? Já não basta quebrar os bebedouros, quer quebrar Jeongguk também? — Soltou Jimin no chão, o encarando com raiva.
- Eu já disse que foi sem querer, n-nunca faria mal a ele! - Cruzou os braços, olhando Jeongguk levantar do chão, intacto, sem nenhum arranhão - Viu só? O Maria Chiquinhas tá bem - Sorriu, passando as mãos no cabelo.
Yoongi revirou os olhos, correndo até Jeongguk e o ajudando a limpar suas roupas. O moreninho olhou rapidamente para Jimin, sorrindo disfarçadamente para ele e com um olhar de quem dizia "Eu estou bem" abrindo mais ainda seu sorriso fofo quando Jimin o retribuiu.
Mas, seu sorriso morreu quando ouviu as últimas palavras do ruivo e olhou para o chão, vendo seu pirulitinho espatifado no chão.
— Park Jimin! — Yoongi gritou e Jeongguk suspirou, disfarçando um sorrisinho quando viu o ruivo correr para sua sala.
E, desde então, tudo tem dado incrivelmente certo para Jeongguk.
Decidiu falar com o mais velho. Estava cansado de tudo aquilo. Mas, não era fácil falar com alguém que praticamente fugia de você.
— Três semanas, hyung! Já faz três semanas que eu tento falar com ele devidamente!— cruzou os braços, balançando a perna.
— Se fosse comigo, já teria desistido — Taehyung sorriu, sentando-se ao lado de Jeongguk — Essa sua insistência me faz perceber que você não quer só a amizade do cenourinha — Deu uma risada curta ao notar as bochechinhas de Jeongguk ganhando uma coloração rosada.
— Mas-
Sua fala foi cortada por uma batida em sua janela. Franziu o cenho em confusão.
— Quero dizer, não é isso-
Novamente, outra batidinha.
— Alguém viu muito Romeu e Julieta — Taehyung sorriu, levantando da cama — E aí, Julieta, não vai ver quem é seu Romeu?
Jeongguk olhou para sua janela e suspirou, caminhando até lá com Taehyung e , então, a abriu encontrando Jimin e o guarda bonito da escola.
Certo, ele estava sonhando?
— O que... ?
— Jeongguk! — O ruivo sorriu, soltando-se do outro que o acompanhava — Você está aí!
— Essa é a janela do quarto dele, bobão — Taehyung quem respondeu, Jimin mostrou seu dedo do meio, não gostando muito da resposta que o italianinho lhe deu.
— Jimin, o que está fazendo aqui nesse horário? — Jeongguk perguntou visivelmente confuso, apoiando-se em sua janela para ver melhor o ruivo. Seu quarto ficar no segundo andar não ajudava muito.
— E-eu... vim te ver! — Sorriu, aproximando-se ainda mais da parede — Eu sei que posso parecer um doido agora, mas to tão cansado que não consigo pensar direito — Bateu a mão na cabeça, olhando novamente para o rostinho confuso de Jeongguk.
— Você é tão estranho — Taehyung riu, revirando os olhos quando o ruivo lhe mostrou a língua.
— Você veio me ver...Com ele? —Apontou para Taemin, que o olhou tão confuso quanto o próprio Jeongguk os encarava ali de cima.
— Eita, eu não tenho nada haver com isso não, viu? — O mais velho se defendeu — Esse burro aqui que não tem atitude de nada e precisa de ajuda pra ver se consegue alguma coisa — Disse com tranquilidade, fazendo Jimin bater na própria testa.
— O... O que? — Jeongguk ficou ainda mais confuso.
Era tudo tão confuso quando se tratava de Jimin!
— Eu... vim pedir desculpas por fugir de você esse tempo todo — O ruivo confessou envergonhado, cruzando as mãos em frente ao corpo — Desculpa, eu só fiquei desesperado porque... Nossa, você tá tão lindo! Nunca tinha te visto com o cabelo soltou, ta lindão! M-mas eu gosto bastante das Marias Chiquinhas! — Jimin disse nervoso, Jeongguk sorriu.
— Não foi isso que a gente ensaiou para falar — Taemin se aproximou, beliscando a costela do mais novo — Se concentre, idiota — E deu-lhe um tapinha na cabeça.
Jeongguk sorriu abobado, sentando-se na janela e olhando para Jimin, esperando que ele continuasse com aquela declaração tão fofa.
— Certo, ok — Riu desesperado, balançando as mãos - Maria Chiquinhas, quero dizer, Jeongguk. Eu sou um covarde bobão que fugiu de você por nove meses-
— Dez.— Taemin corrigiu, rindo soprado. Ganhando um tapa na cabeça desferido pelo ruivo— Eu menti?
— Como eu ia dizendo, me desculpe por demorar tanto tempo para vir falar com você. Mesmo que não seja o horário certo e nem o momento correto porque eu posso acordar amanhã e me arrepender de confessar tudo isso que to falando e... Espera, falei demais — Balançou a cabeça, olhando para o rosto corado do menor quando ouviu sua risadinha baixa.
Era tão lindo.
— Não precisa se incomodar com isso, Jimin.
— Precisa sim. —Taehyung se intrometeu, resmungando baixinho quando recebeu uma palmada do moreninho.
— Só queria dizer que... não soube reagir direto quando te vi, nem quando lembrei de você, nem quando nós falamos pela primeira vez... Enfim, eu não soube reagir em momento nenhum, só fiz o que sou melhor em fazer: fugir — Riu, suspirando logo depois — Só queria dizer que... Eu lembro sim de você, mas estive tão preocupado em te esquecer depois que descobri que você namorava que não me importei com mais nada...
— Como... Como assim? — O cabeludinho piscou, balançando a cabeça logo depois.
— Eu não sei como explicar isso, m-mas me incomodava muito te ver com aquele garoto, sabendo que ele era alguém íntimo seu, mesmo ele sendo um babaquinha idiota. Uma vez ele tentou me assustar, confesso que conseguiu, mas não deixei barato e-
— Foco, Jimin — Taemin o interrompeu novamente. Negando com a cabeça.
— Certo, ok — Suspirou mais uma vez, voltando a olhar para Jeongguk — Eu decidi então... tentar te esquecer, não sabia o que sentia por você naquele dia, mas a melhor alternativa para mim foi... me envolver com outras pessoas, entende? Caramba, eu ficava surtado de ódio por não conseguir tirar esse seu sorriso irritante de tão lindo da minha cabeça. Não as usei, só me deixei levar e... Bem, não funcionou já que você ainda continuava na minha cabeça o tempo inteiro.
— Eu... Eu não entendo, Jimin — Jeongguk falou confuso, notando um suspiro baixo sair dos lábios avermelhados de Jimin — Você ficou longe esse tempo todo porque... porque queria está perto?
— Mais perto do que você imagina —Taemin respondeu, sorrindo curto.
— Eu só coloquei esse apelido em você, Maria Chiquinhas, porque...não podia te chamar de... amor...
— Que fofo, cacete! — Taehyung disse, rindo da expressão chocada do melhor amigo cabeludinho ai seu lado.
Então, Jeongguk entendeu. E ele quis chorar, chorar de felicidade e até mesmo emoção. Aquela declaração boba e engraçada do ruivo, fez o coraçãozinho do menor ficar tão eufórico que ele jurou enfartar ali mesmo, olhando o sorriso triste nascer nos lábios carnudos.
— Senti sua falta, por muito tempo. E eu nunca quis ir embora— E ele ainda completou, para aumentar ainda mais as emoções dentro do moreno.
— E você voltou... como prometeu fazer— Sorriu, querendo mais que tudo sair daquela janela e abraçar o ruivo com força.
— Isso foi mais boiola do que eu pensava — Taemin fungou, sorrindo contido.
— Jimin, você-
— Que barulheira é essa aí, moleque?! — Jeongguk saiu da janela rapidamente quando ouviu a voz de seu pai, assim como batidas brutas na porta de seu quarto— O que vocês estão fazendo ai?!
— Nada, pai. Vai dormir! — Resmungou, olhando para Jimin uma última vez antes dele e o guarda bonito se afastarem de sua casa.
— O que acabou de acontecer? — Taehyung perguntou, sentando ao lado do menino — Isso foi tão...
— De repente? — Sorriu, mexendo com suas próprias mãos — Emocionante, fofo…— Suspirou, mordendo seu lábio gordinho — Estou feliz, hyung. Não sei o que pensar. Parece que vou explodir, o que ele quis dizer com aquilo?
— Calma, Ggukkie — Taehyung sorriu, puxando o menino para sentar-se em seu colo.
— Você acha que foi sincero? — Deitou a cabeça no ombro do maior, acomodando-se ali.
— O que?
— Tudo o que ele disse, você acha que foi sincero? — Questionou ansioso.
— Se aquilo não foi sincero, desejo imensamente que Jimin se foda e que seja contratado para atuar, porque estou bastante convencido — Sorriu, abraçando o menino. Resmungando baixinho quando recebeu um tapinha no braço- Brincadeiras a parte, tenho certeza que aquilo foi real, Ggukkie.
Naquela noite, Jeongguk não conseguiu dormir. Seu coraçãozinho palpitava forte toda vez que lembrava de cada palavra dita pelo ruivinho.
"Só coloquei esse apelido em você, porque não podia te chamar de amor" Suspirou novamente, aquilo não era um pedido para voltarem a serem amigos. Era uma declaração de amor, Jimin gostava de Jeongguk da mesma forma que Jeongguk gostava de si.
A partir daquele dia, as coisas começaram a dar certo para o moreninho. Mesmo chateado com o afastamento de Jimin — Mais uma vez — Sabia que se fosse paciente, o maior voltaria a ter coragem de lhe procurar. E foi exatamente o que ele fez.
Na noite em que Jimin o chamou para, finalmente, terem um encontro, Jeongguk jurou que morreria de tamanha ansiedade e felicidade que apossou em seu corpo. Pulou pelo quarto como um coelhinho, sendo parado por Yoongi que o abraçou forte.
— Olha, hyung! — Apontou o celular no rosto do azulado - E-ele me chamou para um encontro!
— Comigo e com Hoseok ainda, amou? — Brincou, cutucando as costelinhas do menino que lhe abraçava — Finalmente o cenourinha tomou uma atitude, achei que o ano chegaria ao fim e ele continuaria sendo um covarde.
— Hyung! — Jeongguk sorriu, batendo no peito de Yoongi- Estou tão feliz...
— Você se contenta com tão pouco — O azulado deu risada, ganhando outro tapinha de Jeongguk.
O moreninho pensou e pensou bastante, quando estava quase pegando no sono, despertou Yoongi do seu.
— Hyung, hyung! — Chamou baixinho, balançando o mais velho— Hyungie, acorda! — Fez biquinho, balançando Yoongi com mais força.
— Que merda, Ggukie, o que aconteceu? —Resmungou zangado, coçando os olhos sonolentos.
— Eu estive pensando e... Queria saber se você e Hoseok poderiam d-deixar eu... E-eu e Jimin hyung sozinhos — mordeu os lábios com timidez, brincando com suas mãos inquietas.
— Me acordou só pra dizer que quer ficar sozinho com o sem atitude? — Bocejou, suspirando — Tudo bem, neném. Pode ter seu encontro sozinho com ele — Puxou o menor para se deitar novamente, abraçando sua cintura — Agora voltar a dormir, tá bom?
— Você está chateado? — Perguntou apreensivo, olhando Yoongi por cima de seus ombros.
— Que nada, estou aliviado — Confessou, voltando a fechar os olhos.
Naquele noite, Jeongguk também não conseguiu dormir, estava tão ansioso e tão feliz que essas emoções não deram trégua para o sono. Quando o sol deu seus primeiros raios brilhantes, ele já estava de pé, aguardando a noite chegar.
E foi a melhor noite que ele já imaginou que teria. Estava nervoso, ansioso, animado e, quando viu a figura ruiva de Jimin, ficou afetado com a beleza intensa que aquele garoto tinha. Não era alguém muito sociável e não teve tantos encontros na vida, mas aquele foi, sem dúvida alguma, o melhor de todos.
Conversaram, beijaram-se e choraram juntos. Não tinha como aquilo ficar ainda melhor.
Mas teve, quando Jimin chamou-o para dormir junto a si, em sua casa, Jeongguk faltou pular de alegria e felicidade.
— Filho? — Assustou-se ao ouvir a voz sonolenta de sua mãe — Não estava na casa de Yoongi? Aconteceu alguma coisa?
— Mãe... — Mordeu o lábio inferior, esse que estava manchado e avermelhado pelos beijos que trocou com Jimin — Desculpa — Pediu, antes de passar pela mulher e entrar em seu quarto.
—Uh? Desculpa? O que aconteceu, Jeonggukie? — Seohyun o seguiu, preocupada.
— E-eu menti — Confessou, procurando por seu uniforme escolar, apressado— Não fui dormir na casa do hyung. Eu f-fui a um encontro, mamãe — Soltou a mochila na cama, olhando envergonhado para sua mãe— Me desculpa, por favor, não queria mentir para você, mas... O pai, eu não suportaria ouvir ele falando aquelas coisas quando descobrisse que estou saindo com outro garoto, mãe. Me desculpa mesmo…— Suspirou, esperando uma resposta da mulher, mas ela apenas o abraçou, deixando um beijinho em sua cabeça.
— Tudo bem, meu amor — Sorriu, colocando uma mecha do cabelo comprido do filho atrás da orelha — Só fiquei preocupada, mas, para quê é essa mochila?
— O garoto que estou saindo, Jimin hyung, me chamou para dormir lá, mamãe — Envergonhado, pegou a mochila sobre a cama, a abraçando— Posso?
A mulher sorriu, abraçando o filho mais uma vez.
— Só tome cuidado, querido, não quero que se machuque novamente— Lhe deu um beijo na testa — E esse Jimin, é confiável?
— Sim! — Ele sorriu, colocando a mochila em suas costas— Obrigado, mamãe, eu te amo! — Sussurrou animado, abraçando a mais velha com mais força.
— Também te amo, meu amor. Tome cuidado quando voltar para casa amanhã, viu? — Afastou-se do filho, sorrindo pequeno— Boa noite.
Jeongguk suspirou aliviado, agradecendo aos céus por ter uma mãe tão amável como a sua. Voltando a colocar seus produtos de higiene na mochila, ele está pronto para dormir com seu hyung gostosinho de beijar.
🍭🧢
Mais um capítulo e então o próximo é o epílogo:(
Beijinhos e se cuidem!
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