(7) Jimin, o namorador

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Boa leitura🌷

🍭💍🧢

De todas as coisas que Park Jimin na viveu, aquela com certeza era uma das mais amedrontadoras. Chegava tremer a todo segundo.

Seu pai e sua mãe estavam ali, na entrada da sala de estar enquanto o olhava assustados, com Jeongguk em ao seu lado, os lábios inchados e avermelhados. Era óbvio que os mais velhos sabiam o que eles estavam fazendo. E aquilo era o que assustava Jimin.

Porque seus pais descobriram sua homosexualidade de uma das piores formas, não foi ele quem contou. Eles viram.

— M-mãe…— Chamou baixinho, olhando para mulher que os encarava sem expressão alguma no rosto.

— Jeongguk? — Senhor Park chamou pelo garoto completamente corado e assustado ao lado do ruivo, o moreninho respirou fundo e levantou o rosto para encarar a quem lhe chamava — Suba para o quarto de Jimin, creio que saiba onde fica — Com a voz calma, o homem mandou.

Envergonhado, Jeongguk se afastou de Jimin e, com grande dificuldade, olhou para o ruivo  desejando que aquele olhar assustador saísse de seus olhinhos adoráveis. Queria ficar ali e dizer várias coisas para os pais do menino.

Mas era medroso, então somente obedeceu o que lhe foi mandado, subindo para o quarto do ruivo. Bem, era o que os demais ali já sala acreditaram.

Jeongguk, curioso como era, parou no meio do caminho e se escondeu nas escadas para escutar o que os mais velhos diriam à Jimin. Mesmo que doesse um pouquinho.

— Mãe... P-pai — Sem coragem para olhar seus pais nos olhos, o ruivinho os chamou com a cabeça baixa, desejando que aquilo não estivesse acontecendo.

O silêncio reinou naquela sala por alguns segundos, os necessários para que os mais velhos sentassem no sofá ao lado do filho.

— E-Eu posso explicar, eu p-posso. Juro que sim. — Sentindo as mãos tremelicarem em suas pernas, Jimin finalmente levantou o rosto.

Seus olhos vermelhos denunciavam a sua resistência para não chorar, assim como sua respiração quase descompassada e as mãos tremendo incansavelmente.

A mulher suspirou, tocando o rosto do filho e sorrindo pequeno.

— Não precisa explicar nada, meu amor.— Jimin jurou que desmaiaria ali mesmo, a forma suave que a mão de sua mãe tocou-lhe no rosto, acalmou o medo que nascia em seu coração. Mesmo que só um tantinho — Eu e seu pai já sabemos de tudo.

— O-O que? — Medroso, olhou para o homem ao seu lado, que lhe ofereceu um sorrisinho curto, reconfortante— Vocês... Sabem? S-sabem que eu...?

— Que é gay? — O homem completou, fazendo Jimin engolir a saliva com dificuldades. Sentindo o peito se apertar mais uma vez. — Sempre desconfiamos.

Jimin engasgou.

—E-e... Vocês ainda... Ainda m-me... — Medroso, envergonhado e nervoso, Jimin não consegui completar uma frase sequer.

— Se ainda te amamos? — Respirando fundo, o ruivo concordou com a cabeça.

Aquele era seu maior medo, deixar de ser amado por aqueles que mais ama. Já viu e ouviu muitos casos de homossexuais que foram despejados e abandonados por suas famílias, pelas pessoas que mais amavam e admiravam. Jimin, mesmo sabendo o quão bondosos e amorosos seus pais eram, ainda sim, sentia medo da rejeição.

Então, com muita coragem, acenou com a cabeça. Analisando as expressões nos rostos daqueles que amava.

E, ao contrário do que imaginava, não havia decepção alguma expressada ali. Apenas sorrisos compreensivos.

— Nós nunca deixaríamos de amar nosso menino por algo assim, meu amor. — Com cuidado, seu pai o tocou nos ombros. Jimin sorriu e suspirou, recebendo um beijo de sua mãe— Eu e sua mãe amamos você acima de tudo, filho.

— Nunca volte a pensar que vamos te rejeitar por amar alguém, seja do mesmo sexo ou não. — A mulher completou.

Ainda em choque, Jimin deixou as primeiras lágrimas abandonarem seus olhos, escorrendo pela bochecha corada e caindo em suas pernas trêmulas. Eram lágrimas de felicidade, emoção, alívio.

— Só estamos decepcionados por uma única coisa. — Sua mãe disse, levando a mão até o rosto vermelho do ruivo e limpando as gotículas de sua bochecha. Jimin sentiu o coração acelerar e uma sensação ruim apossar seu peito, mais uma vez.

— O-O que?

— Você não ter confiado em nós para poder contar algo tão importante em sua vida. — Seu pai respondeu, sorrindo com cautela. — Somos seus pais, filho, sabemos que é difícil contar isso para as pessoas, ainda mais vivendo em um pais tão homofóbico como o nosso. Mais te amamos, te apoiaremos em tudo que você decidir.

— Só não decida cometer algum crime ou coisas ilegais, isso aí você resolve sozinho. — A mulher sorriu ao falar, segurando em uma das mãos do filho.

—Desculpa...— Pediu baixinho — M-me desculpa mesmo, eu... E-eu tive medo — sincero, Jimin confessou, voltando a abaixar a cabeça.

—Entendemos isso, meu amor — Sua mãe falou com carinho — E repito novamente, não vamos deixar de amar você nunca, mesmo que você mate alguém e tenha que ser preso, ainda iríamos amar você. Você na cadeia e nós aqui fora.

— Q-Que comparação hein, mãe. — Soltando a primeira risada depois que foi "descoberto", Jimin falou — Obrigado, de verdade.

—Não agradeça por fazermos o mínimo — Jimin sorriu para o pai, enxugando os restinhos de lágrimas em seus olhos — Te amamos muito. Muito mesmo.

Jeongguk, que estava do alto da escada observando tudo e se culpando por ser tão curioso. Sentiu o coração quentinho com aquela cena tão emocionante.

Como gostaria que consigo também tivesse acontecido assim, mas, seu pai não era tão compreensivo e carinhoso como o de Jimin.

— Como descobriram? — O ruivo voltou a falar.

Aquela era uma dúvida que realmente atormentava seus pensamentos.

— Digamos que você não é o melhor em esconder as coisas. — Jiwoo sorriu, dando tapinhas nas costas do filho. — Só tiramos a dúvida com seus amigos.

— Eles contaram? Quando?! — Franziu o cenho.

— Não é que eles contaram, só não são bons mentindo. — Ela riu ainda mais.

Jimin não conseguia acreditar nisso.

— E você não... Tem jeito de hétero, sabe? Pode ser muito esteriótipuoso o que eu estou falando, mas é isso. — O Park mais velho brincou, ganhando uma risada baixa do filho e da mulher. — Também achamos estranho sua aproximação repentina com Jeongguk.

— Que? — Confuso, encarou os mais velhos.

—  Você acha mesmo que acreditamos naquela mentirinha que Jeongguk contou? — A mãe perguntou risonha, cutucando Jimin pela costela — O coitadinho nunca soube mentir direito, só demos nosso melhor para ter certeza que vocês tinham algo.

Jeongguk, que estava ouvindo tudo, corou intensivamente.

Poxa, ele achava que tinha ido bem mentindo um pouco.

— E-e toda aquela animação, mamãe? Falando que... Q-que eu sairia com alguma garota? — Curioso e confuso, Jimin perguntou.

Sua mãe deveria ser uma ótima atriz para encenar tão bem.

— É divertido ver suas bochechas vermelhas e você tentando concordar com tudo — Ela sorriu, seu pai concordou e Jimin arregalou os olhos — E não ligamos para isso. Além do mais, nenhuma menina seria tão bem vinda quanto nosso genrinho Jeongguk.

Jimin poderia explodir de felicidade e Jeongguk de vergonha ali mesmo.

— Vocês são os melhores pais que alguém poderia ter.— Envolvendo o pescoço de seus progenitores com os braços, Jimin os abraçou. Sentindo-se realmente amado por aquelas duas pessoas. — Eu amo vocês. — Voltando a se emocionar, Jimin chorou, sendo apertando nos braços daquele que o protegiam de todo mal. Pelo menos naquele momento.

Jimin sentia alívio, muita felicidade e emoção. Seus pais não o odiava, aceitaram sua orientação sexual e ainda fizeram uma "brincadeirinha" Fingindo que não sabiam de nada, tipico dos Parks. Afinal, tudo naquela família era diversão e felicidade.

Por isso Jimin chorou e se agarrou mais ainda aos pais, porque sabia que nada mudaria dali para frente.

— Saia dai, Jeongguk, junte-se a nós nesse abraço— Senhor Park falou sorridente, chamando o garoto que pensava estar escondido.

Jimin mordeu o lábio inferior, limpando as poucas lágrimas que ainda escorriam por sua bochecha.

Já Jeongguk, paralisou no lugar ao notar que havia sido descoberto. Seus olhinhos já grandes, duplicaram de tamanho quando levantou lentamente de onde estava e observou os pais de Jimin o olhando, e Jimin sorria timidamente enquanto segurava mais uma vez o choro.

Ele era chorão, tinha que adimitir.

— E-Eu... Não... N-não queria, juro! — Abanando as mãos enfrente ao corpo, sentiu as bochechas quentes e seu interior  revirando-se em vergonha.

Porque tinha que ser tão curioso?

— Deixa de bobeira, querido — Senhora Park sorriu, chamando o menino com a mão. — Venha.

Envergonhado e sentindo-se culpado por ouvir aquela conversa importante, Jeongguk saiu de onde estava e caminhou lentamente até onde a família Park estava.

Jimin, observando toda a trajetória do garoto que era apaixonado, sorriu e voltou a limpar as lágrimas teimosas que saiam de seus olhos.

— Desculpa ouvir tudo... — Jeongguk falou com a cabeça baixa, as mãos em frente ao corpo e as bochechas mais coradas que nunca — S-so... Tive medo de fazerem alguma coisa com o hyung.

— E você o protegeria? — Senhor park perguntou risonho, ganhando um tapa na cabeça desferido pela mulher— Desculpe.

— Acho muito fofo sua ação, Jeongguk— Ela sorriu, segurando em sua mão e o puxando, afastando-se minimamente e colocando o moreninho entre ela e Jimin— Olha, amor, como eles ficam lindos juntos.

Jimin e Jeongguk taparam os rostos, tentando ao máximo aguentarem as provocações dos mais velhos.

— M-mãe — Jimin sussurrou constrangido.

— O que foi? Agora que eu sei que vocês são namoradinhos e que meu filho desencalhou, vou me gabar p'ra todo mundo sim — Convencida, ela falou.

— Não... Somos namoradinhos— Jimin olhou para Jeongguk, sentindo o coração bater forte e, quando ele sorriu mínimamente para si, derreteu-se em um suspiro apaixonado— Ainda — Completou.

Jeongguk sorriu ainda mais, o clima tenso que se estabeleceu naquela sala sumiu completamente, agora, eram só dois jovens apaixonados e dois adultos abobados conversando alegremente.

Depois de conversarem muito, repreenderem Jimin por não confiar tanto nos pais que tinha e se divertirem com o quão envergonhados aqueles dois jovens ficavam cada vez que os mais velhos os encaravam com sorrisos bobos nos labios. Era incrível.

— Ele realmente fez isso? — A mulher pergunto predendo a risada — Como você me faz uma coisa dessas, Jimin?

— N-não tenho culpa se Jeonggukie é tão pequenininho que eu não consegui ver, cai por cima dele sem saber — Cruzou os braços, ganhando um resmunginho do moreno indignado.

— Não sou pequeno! Você que é desastrado — Deu de ombros, Jimin o encarou surpreso.

Os pais do ruivo só sabiam sorrir e negar com a cabeça com aquela pequena e inofensiva discursão dos dois garotos, Jimin e Jeongguk eram tão fofos "discutindo" Que no final acabaram caindo na risada.

— Eu preciso ir... — Jeongguk falou um tempo depois, notando qua a noite já havia chegado e as ruas era iluminadas pelas luzes dos postes.

— Não quer dormir essa noite aqui? — Jiwoo sugeriu, Jimin escondeu um sorrisinho assim como seu pai.

— D-desculpe, mas não avisei para meus pais que dormiria fora — Deu um sorriso curto, tentando não soltar um suspiro entristecido. — Meu pai pode agr vir aqui me buscar se ficar sabendo.

Se levantaram, caminhando até a porta de saída e parando ali. Todos felizes.

— Certo. — Ela suspirou, olhando para os dois homens atrás de si e mandando mentalmente que eles se afastassem. Confusos, Jimin e seu pai afastaram-se e se sentaram no sofá onde estavam antes.

Jimin estava um pouquinho triste, poxa, só queria dar uns beijinhos em Jeongguk antes dele ir embora.

— Está tudo bem, senhora? — O moreninho perguntou confuso.

— Primeiramente, me chame de Jiwoo, sim? Ou sogrinha, como preferir.— Jeongguk balançou a cabeça, concordando levemente com o pedido da mulher é sorrindo envergonhado. — Segundo, obrigado.

— Porque está me agradecendo? — Perguntou ainda mais confuso.

— Por nada, só agradeço por voltar e trazer aquele brilho de volta para os olhos de meu filho — Levou uma das mãos para os cabelos soltos e compridos do menino, sorrindo sincera. — Quando fomos embora, Jimin... Perdeu alguém que ele amava muito, sabe? E anos depois, esse mesmo alguém aparece na vida dele e tráz aquele brilho apaixonado para seus olhos novamente. — Sorriu, deixando um beijo curto na testa do menino.

— Eu?

— Quando saímos de Seul, Jimin pode não lembrar, mas ele sonhava e chamava pelo seu nome todas as noites, isso aconteceu por um bom tempo — Confessou, Jeongguk sentiu o coração pulsar com mais força. — Pensei até que ele ficaria louco é precisaria ir a um hospital psiquiátrico, misericórdia

Seu hyung chamava por si a noite quando era criança… Certamente Jeongguk dormiria com mais um sorriso bobo nós lábios.

— Obrigado por aceitar Jimin depois de tanto tempo,  mesmo ele sendo doidinho e desastrado as vezes — A mulher voltou a agradecer— Ele pode não confessar por ser muito medroso, mas ele já te amava mesmo antes de sairmos daqui, não com as mesmas intenções que tem agora, porque vocês  eram crianças e agora são dois adolescentes apaixonados — Emocionada como era, Jiwoo sentiu os olhos arderem com aquela pequena conversa— Você é muito importante para ele, Jeongguk.

— E ele para mim, senho- Jiwoo — Corrigiu-se, sorrindo para ela — Muito mesmo.

Sorrindo ainda mais com aquela confissão, Jiwoo abraçou Jeongguk pelos ombros, feliz por ele ser seu — quase — genro.

Jimin estava nervoso e tentando ao máximo controlar suas vontades de acabar ouvindo o que sua mãe e Jeongguk estavam falando, não demorou muito e ele foi chamado para se despedir do moreninho, afinal, estava começando a ficar tarde.

— Hum... Oi? — Falou tímido quando parou em frente ao menino de cabelos longos, Jeongguk sorriu.

— Oi, Hyung — Soltou uma risada baixa, Jimin aproximou-se mais — Acho que eu tenho que ir...

— Quer que eu vá com você? Pode ser perigoso demais você ir sozinho e-

— Eu consigo ir sozinho, bobo — Deu um tapinha fraco no ombro de Jimin, sorrindo curto — Obrigado por hoje, amei assitir Harry Potter  com você — Sussurrou, abaixando a cabeça envergonhado — E obrigado por me convidar para ser seu par no baile de formatura.

Jimin ao menos lembrava que havia convidado Jeongguk para ir ao baile junto com ele! Quantas emoções.

— A-ah, certo — Sorriu — Quem deveria agradecer não era eu? — Meio confuso, Jimin perguntou. Jeongguk mordeu o lábio inferior, contendo uma risadinha — De qualquer forma, desculpa por meus pais... Não sabia que eles chegariam na hora que... Você sabe — Suspirou.

Estava mais que agradecido por seus pais não o rejeitar, mais ainda sim, a vergonha de ser pego aos beijos com Jeongguk em seu colo não passou despercebida.

— Não tem problema, Jimin-ssi— Sorriu, aproximando-se ainda do ruivo e deixando um beijinho em sua bochecha — Vou indo.

— Até amanhã— Mesmo com a sua fala, Jimin segurou na mão de Jeongguk, querendo que ele não se afastasse. — Você não vai? — Perguntou encarando seu rosto, sorrindo envergonhado quando notou as bochechinhas fofas de Jeongguk rosadas. Mesmo com a pouca iluminação.

— Para eu poder ir, você tem que me soltar — Respondeu risonho, olhando para o lado e notando os pais de Jimin os encarando com sorrisos bobos nos rostos. Corou ainda mais. — Hyung...

Jimin o beijou, selando com cuidado os lábios finos e rosados do menor. Jeongguk suspirou baixinho e apertou a mão de Jimin, retribuindo o selinho casto que deu-se inicio a um beijo um tantinho prolongado.

Mesmo que Jimin fosse um meio tímido, não conseguia resistir quando tinha a boca de Jeongguk tão próxima da sua. Não tinha culpa, poxa, era culpa de Jeongguk por ser tão bonito.

— Agora sim, você pode ir — Sussurrou ao se afastar, dando mais um selinho curto na boquinha bonita — Quando chegar, me avisa.

— Aviso sim — Soprou uma risada, respirando fundo e tentanto controlar os nervos que se abalavam sempre que recebia beijinhos do ruivo.

— Tchau, Jeonggukie...

— Tchau, Jimin-ssi. — Disse ao se afastar por completo, acenando com a mão para os casal Park que o encarava lá atrás.

Quando Jimin fechou a porta, faltou cair para trás ao ver seus pais ali, o encarando com um sorrisos abobados nos rostos.

— Meu bebê é um homenzinho agora! — Jiwoo falou sorridente, aproximando-se do ruivo e beijando seu rosto.

— Mãe! — Choramingou, abraçando a mulher. Sentiu os braços fortes de seu pai os apertarem também, juntando-se ao abraço — Vocês vão me matar assim.

— Você vai explicar muita coisa p'ra gente ainda — O homem avisou, sorrindo.

Jimin travou. A noite seria longa.

[...]

—A vontade que eu tô de te bater agora é grande, Taemin — Jimin disse assim que atravessou o portão da escola, querendo mais que tudo dar pelo menos um tapinha no rosto bonito do mais velho.

Mas Jeongguk o segurou.

— Eu não tenho culpa! Juro! — Disse fingindo desespero — Seus pais encurralaram a gente. Não tenho culpa se meu lado frangão dominou meu corpo quando seu pai me encarou com aquela cara de quem vai me matar — Deu de ombros, Jeongguk soltou uma risada curta. — Mas eu não disse nada, ta legal? Só não neguei.

Jeongguk não negava que sentiu um tantinho de medo quando senhor Park o mandou para o quarto de Jimin na noite passada. Ele era meio assutador quando queria ser.

— E só falamos depois que tivemos certeza que não fariam nada com você — SeokJin completou, sorrindo para o melhor amigo.

— Eu quase morri do coração quando eu vi eles lá, encarando eu e Jeonggukie como se tivessem visto um fantasma.

— No caso, dois fantasmas se comendo no sofá da sala deles — Jackson completou. Jimin corou e Jeongguk sorriu curto, mesmo que também estivessem com o rosto quente de vergonha.

O sinal indicando o início das aulas tocou e cara aluno foi para sua devida sala. Jimin, SeokJin e Hoseok acompanharam Jeongguk, Taehyung e Yoongi até suas sala — que era a mesma — e depois foram para o terceiro ano.

— Meninos! — Ouviram uma voz feminina e então pararam, virando em direção a voz e encontrando quem menos esperava ali.

— Jennie? — Jimin juntou as sobrancelhas, vendo a menina correr até eles.

Era estranho porque nunca, em hipótese alguma, Jennie se aproximava do trio de amigos. Além de quê, Jeongguk já disse várias vezes que ela implicava com eles por conta de sua sexualidade e outras coisas.

A menina era conhecida por não ter muitos amigos justamente por sua personalidade e as ações julgadoras que tinha com vários da escola.

— Vocês estão sozinhos? Onde estão os outros três? — Perguntou ao se aproximar, parando em frente aos três.

— Você sabe que eles estudam no andar de baixo, né? — O ruivo perguntou confuso, tentando entender o que ela queria ali — Porquê? O que quer com Jeongguk?

— E Yoongi? — Hoseok entrou na conversa.

— E Taehyung? — Seokjin completou.

Jennie ficou em silêncio, olhando para baixo como se estivesse tímida com aquelas perguntas. Era estranho ver ela assim, já que sempre mantêm uma pose superior a tudo e a todos.

— Não... Não era nada, obrigado de qualquer forma — Forçou um sorriso, passando pelos meninos e voltando para sua sala.

Os três amigos ficaram intrigados com aquilo, não era do feitio da garota fazer aquilo. E mesmo curiosos, eles foram obrigados a esquecer aquele assunto pelo menos naquele momento, porque o último sinal tocou e eles precisaram entrar para sala.

No intervalo, Jimin estranhou a demora de Jeongguk e os outros dois amigos para junta-se a eles. Mas, quando apareceram, foi inevitável não sorrir com a presença do moreninho.

— Por que demoraram? — Seokjin foi o primeiro a perguntar.

— Yoongi não estava achando o brilho labial de Jeonggukie —  Taehyung respondeu, segurando a risada fraca quando notou os dois melhores amigos com as bochechas coradas.

Jeongguk não tinha culpa se seus lábios eram tão sensíveis que ficavam ressecados com facilidade. E outra, sabia que cereja era uma das frutas favoritas de Jimin. Gostava de como ele dava sugadinhas em seu lábio inferior enquanto davam beijinhos.

— Vai na minha casa hoje a noite? — Jimin sussurrou para Jeongguk, aproveitando que os amigos entraram uma conversa.

— Não sei se posso, hyung — Suspirou, segurando na mão do mais velho por baixo da mesa onde estavam.

— Meus pais gostariam que você fosse comer com a gente, sabe — Começou a dizer, olhando Jeongguk com um biquinho na boca, tentando  convencer o menor.

— Jantar com vocês, é? — Segurou a risadinha, encarando o ruivo com uma expressão engraçada — So seus pais que querem?

— Hum... Eu também te quero. — Respondeu, vacilando a postura quando seus olhos desceram para a boquinha rosada e brilhante de Jeongguk, sorriu, selando-a logo depois.

Separou seus lábios dos do mais novo por breves segundos, apenas para lember os seus próprios e quase soltar um gemidinho curto, sentindo o gosto doce do brilho labial invadir seu paladar.

— Na verdade, quero sair com você no sábado. O que acha? — Sussurrou.

— O que você está aprontando, hyung? — Sussurrou de volta, achando que não estavam chamando a atenção de ninguém com aquele grudinho em que estavam.

— Surpresa. — Respondeu de volta.

— Parem com isso pelo amor de Deus. — Yoongi resmungou, sugando o suquinho de seu copo — Nem namoram e ficam com esse namorico na escola.

— Não namoram ainda — Hoseok respondeu, sorrindo  abobado olhando para Yoongi.

— Vocês não podem falar nada.— Jimin retrucou, cruzando os braços e sentindo o coração acelerar.

Queria mais que tudo chamar Jeongguk de "meu namorado" Mas  toda vez que se imaginava pedindo o menino em namoro, congelava.

— Quem disse que não namoramos? — Yoongi perguntou de volta, Jeongguk semi-cerrou os olhos na direção de seu hyung — Que foi? Não sou enrolado igual vocês dois, pedi Hoseok em namoro sim.

O queixo de todos os garotos presentes na mesa faltaram sair do rosto, surpresos com a novidade não tão novidade assim.

— E você não diz nada? — Jeongguk formou um bico na boca, indignado com a falta de consideração que o mais velho teve, pensou ele.

Notou então quando Taehyung soltou uma risadinha fraca, levantou o olhar, encarando o senhor Gucci com os olhos curiosos.

— Você não sabia? — Apontou o dedinho na direção do moreno, sua expressão brava só o deixava ainda mais adorável, deixando impossível a missão de seus amigos de segurarem o riso sempre que o moreninho abria a boca.

— Yoongi não é enrolado igual nós dois, você já deveria ter se acostumado — Jeongguk se contentou com aquela resposta.

Porque, sim, era verdade.

Pouco tempo depois a notícia do namoro entre Yoongi é Hoseok foi deixada de lado, já que Taemin contou que também estava saindo com o tal Jonghyun e que, dessa vez, talvez pudesse finalmente falar que tem um namorado.

Ele sabia muito bem dos sentimentos de Jimin  quando começou a se envolver com o ruivo, sabia — mesmo que ele nunca admitisse — que o ruivo sempre foi apaixonado pelo garotinho de cabelos longos, não era segredo para ninguém que se interessasse em entender o menino desastrado.

E nunca foi sentimentos que os atraíram, Taemin e Jimin só suprimam suas vontades carnais enquanto esperavam seu verdadeiro amor aparecer em suas vidas.  Mesmo que Jeongguk nunca tenha saído da cabeça e coração de Jimin.

O resto do semana correu normalmente, Jeongguk e Jimin cada vez mais unidos, de possível. O moreno praticamente vivia na casa do ruivo, assim como seus amigos.

O tão esperado sábado chegou, Jimin sentia o coração acelerar cada vez que lembrava  do que estava por vim.

— Eu tô nervoso pra caralho.— Jimin confessou ao se jogar em sua cama, encarando o teto de seu quarto depois de uma longa manhã na escola.

O tão esperado final de semana havia chegado.

— O que você preparou? — SeokJin perguntou, comendo um pouco dos salgadinhos que Jimin havia trago para seu quarto.

— Vou levar ele p'ra ver Os Vingadores, ele gosta bastante. — Sorriu bobo, relaxando o corpo em um suspiro. — Depois vou levar ele no mesmo parque que demos nosso primeiro beijo.

— Que clichê. — Seokjin deu risada, deitando-se ao lado do ruivo.

— A história desses dois é um clichê total — Hoseok entrou na conversa, afastando-se do PC de Jimin.

O ruivo o olhou com incredulidade, colocando a mão no peito e fingindo estar ofendido. Mas a quem queria enganar? Quanto mais negava, mais se apaixonava por Jeongguk.

— Nem vem com esse olhar. — Seokjin reclamou, dando um tapinha na cabeça de Jimin — Vocês se reencontraram anos depois e mesmo assim ainda se gostavam, agora mais ainda, se isso acontece comigo eu já casava com a pessoa.

— Não fala isso não. — Jimin sorriu desesperado — Já to nervosão com esse pedido de namoro, quero que saía especial. Quero que o Maria Chiquinhas goste.

— Se você usar um anel de pirulito p'ra fazer o pedido, Jeongguk já se emociona.— Hosoek falou, Jimin sorriu. Porque, sim, era a cara do moreninho.

— Eu ao menos comprei alianças... — Lamentou.

— Isso não importa. — Hoseok falou, sorrindo para o amigo ruivo.

— Que horas são?

— Três da tarde — SeikJin informou, olhando para seu celular — Que horas vocês marcaram de se encontrar?

— Três e meia... Ai, meu Deus, que nervoso — Jimin sorriu desesperado, sentando-se na cama — Mas, é só o Jeongguk... Não precisa de muita coisa para deixar ele feliz — Derreteu-se em um sorriso bobo. Mais uma vez.

— Cara ele é apaixonado por você, óbvio que precisa de muita coisa pra fazer ele feliz. — Hoseok pontuou, Jimin o olhou horrorizado.

— Filho? — Seu pai bateu na porta do quarto, abrindo-a com cuidado — Posso entrar?

— Claro que sim, pai — Ajeitou sua postura, olhando o mais velho entrar sorridente.

— Olá, meninos — Cumprimentou os garotos, Seokjin é Hoseok deu um pequeno sorriso para o homem — Como você esta?

— Nervoso e ansioso — Respondeu, tentando não se desesperar novamente com aquilo.

— Você comprou alianças?

Jimin arregalou os olhos.

— B-bem... Eu pensei em fazer algo mais simples— Engoliu em seco — Não tenho dinheiro para alianças agora.

— Se não tivesse gastado sua mesada com joguinho, você teria — Resmungou, procurando por algo em seu bolso.

Jimin suspirou, SeokJin e Hoseok prenderam a risada — Tirando o fato de que Hoseok estava jogando justamente o joguinho que Jimin havia comprado nesse mes.

— Pai-

— Aqui. — Jimin se assustou quando o homem colocou um par de alianças prateadas em sua frente... Oh, meu Deus!— Foi com essas alianças que sua mãe me pediu em namoro— Sorriu abobado, olhando para jimin. O ruivo não conseguia acreditar.

Seu pai, o homem que mais admirava no mundo, estava lhe oferecendo as alianças que foi pedido em namoro — o que é um tanto engraçado — isso sim fazia Jimin lembrar do porque admirava tanto seu progenitor. Ele era completamente a pessoa que Jimin queria ser quando se tornasse um adulto responsável.

— Pai... — Encarou novamente aquele par de alianças entendidos em sua direção, sua vontade era de chorar ali mesmo — Eu... E-eu não...

— Não venha me dizer que não vai aceitar — O interrompeu — Eu sei que vocês vão dar certo, 'ta na cara de cada um o quanto se amam— Sorriu novamente, tocando a mão do filho com cuidado — Eu vou te confessar que foi um pouquinho difícil acreditar que você gosta de meninos. — Confessou num murmúrio — Mas, depois de ver a forma que vocês se olham, o jeito apaixonado que você fala de Jeongguk... Eu sei que não existe pessoa melhor do que ele para você — Depositou as alianças na mão do filho, encarando-o nos olhos vermelhos de emoção — Eu sei que vocês vão ser felizes juntos, sinto isso.

— Puta que pariu, tio  — Hoseok resmungou, limpando as lágrimas de desceram de seus olhos teimoso — Eu só queria jogar, cara, vocês me fazem chorar assim.

Todos ali no quarto sorriram com a fala do moreno, Jimin não pôde evitar o abraço apertado que deu no mais velho, agradecendo-lhe baixinho e falando o quão bom pai ele era. Dizendo-lhe que  tudo que ele era hoje, era por causa dos pais.

Menos a parte desastrada de sua personalidade, isso ele adquiriu sozinho.

O horário marcado finalmente havia chegado, Jimin usava nada mais que suas roupas casuais, pensou em vestir um terno mais sua mãe achou exagerado demais — e com razão. Seu coração estava acelerado, sua respiração descompassada e tudo só piorou quando saiu de casa, esperando Jeongguk na esquina da rua que os levaria aos locais que havia preparado.

Cada minuto que se passava e o moreninho não aparecia, Jimin sentia que poderia desmaiar. Sua nuca escorrida suor naquela tarde não tão quente, justamente por ser quase final do ano, início do inverno.

E quando Jeongguk apareceu. Seu mundo brilhou.

Nunca cansaria de dizer que era completamente apaixonado por aquele garoto, mas toda vez que o vía, parecia que sua paixão aumentava.

Usando um moletom roxinho e uma calça jeans simples, jeongguk parar e céu sorridente para Jimi..

— Oi, Hyung! — Jeongguk cumorimetou sorridente, afinal, não sabia dos planos do ruivo para essa tarde.

Até seus amigos sabiam, todos eles.

— Oi... Jeongguk... — Disse encantando, encarando os olhos bonitos do menor, não conseguia desviar o olhar, ele era... Completamente perfeito.

— O que foi? — Perguntou confuso, abaixando o olhar e avaliando suas roupas — Tem alguma manchinha na minha roupa? — Inocentemente, perguntou.

— Não... É que... Meu Deus, você é muito lindo — Jeongguk corou fortemente com a confissão do mais velho, deixando um sorriso envergonhado emoldurar seus lábios.

— Para, seu bobo — Deu um tapinha curto no ombro do maior, deixando sua mão ali mesmo.

Jimin não se segurou, levou sua destra até a cintura camuflada pelas camadas de roupa de Jeongguk e aproximou-se totalmente to outro, quase grudando seus corpos.

— Hyung... Alguém pode ver...

— Eu não consigo me segurar — Confessou baixinho, selando a testa coberta pela franja não presa do moreno — Não sei que droga você tem, mas me viciou.

— Onde vamos agora? — Jeongguk resolveu mudar de assunto, já que esse o deixava tímido e um tanto aceso.

— Vem comigo.

Jimin havia planejado muitas coisas para fazer com Jeongguk, sabia da paixão do menino pelo herói da Marvel, Homem de ferro. Então, levou-o até o cinema, assitindo o último lançamento da franquias de Os Vingadores, mais especificamente: O Ultimato.

Só não esperava tirar Jeongguk da sala aos prantos.

— Eu juro que não sabia! — O ruivo tentou se defender, entregando um lenço de papel para Jeongguk.

O moreninho ficou completamente abalado quando seu herói favorito virou, lamentavelmente, cinzas.

— Ele morreu, hyung! — Fez biquinho, limpando as lágrimas que escorriam de seus olhinhos vermelhos.

Jimin prendeu a risada, estava triste pela morte do personagem, mais não tanto como Jeongguk, que chegava a chorar toda vez que lembrava daquela cena específica.

— Olha, tenho certeza que ele não morreu — Tentou tranquiliza-lo, mesmo não acreditando em suas próprias palavras — Esse filme saiu agora, tem que ter continuação e sem o Homem de ferro não funciona. — Sorriu, o cara não era seu personagem favorito, mas para ver aquele sorriso no rosto do moreno, era capaz de ignorar seu orgulho.

Mesmo achando o Capitão América sempre o melhor.

Passaram na praça de alimentação do shopping e compraram algumas coisas para comerem, Jimin até comentou que queria assistir aquele filme novamente — Já que passaram boa parte do tempo trocando beijinhos no escurinho do cinema. Mas Jeongguk negou rapidamente, não suportaria ver Tony Stark morrendo novamente.

Jimin o encheu de docês, comprou vários pirulitos e balinhas antes de sairem do shopping e, mesmo não gostando muito do saber adocicado, deixou Jeongguk enfiar uma balinha de cereja em sua boca.

O que não fazia por ele? Ainda bem que era seu sabor favorito.

— Onde vamos agora, hyung? Esta ficando tarde...

— Sabe aquela praça onde te beijei pela primeira vez? — Perguntou sorridente. — É aqui perto.

— Eu beijei, hyung. — Jimin diminuiu o sorriso, resmungando palavras que Jeongguk não conseguiu entender.

Andaram cerca de dez minutos até chegarem na pracinha iluminada pelas estrelas e as luzes dos postes ao redor. Suspiraram juntos.

— Hoje foi um dia muito legal. — Jeongguk comentou sorrindo pequeno, retirando seu pirulito da boca, olhando para Jimin — Nunca vou me cansar de ficar com você.

Jimin engoliu a saliva com dificuldades. Tocando com cuidado o bolso esquerdo de seu moletom, onde estava a pequena caixinha com as alianças prateadas.

— Nem eu, Jeonggukie... — Sorriu então, tranquiluzando a si mesmo.

Afinal, era só Jeon Jeongguk. O garoto que nunca saiu de sua cabeça, o mesmo homem que chorou assitindo Vingadores e é viciados em doces
— comendo com limites, é claro —  E Jimin sabia que não tinha o que temer, mas mesmo assim, estava nervoso.

Estava nervoso porque o amava e isso estava mais que óbvio. Jimin amava Jeongguk, ele tem certeza disso.

E não pode deixá-lo sozinho novamente, não com sentimentos tão fortes e vívidos em seu coração.

— Jeongguk... — Chamou baixinho, girando o corpo um tantinho para conseguir encarar perfeitamente o menino — Eu te amo.

O moreno arregalou os olhos, o coração descompassado e a respiração acelerada. Sabia dos sentimentos do ruivo, mas era tão bom ouvi-lo dizer...

— Eu... E-eu também-

— Calma, deixa eu terminar de falar por favor. — Respirou fundo, segurando mas mãos de Jeongguk — Eu te amo, sempre amei. — Voltou a dizer. — Mas eu sou medroso e covarde, tanto é que fugi de você por quase um mês — Jeongguk soltou uma risadinha baixa, concordando com a fala do mais velho — Porque eu não queria aceitar... não queria aceitar que ainda amava o menino que nunca saiu da minha cabeça.

— Hyung...

— Você era tão fofo quando era criança, eu não sei o que eu sentia quando te vía, mais não era um sentimento normal — Soltou um suspiro, abaixando a cabeça levemente — Eu fui embora, voltei, te reencontrei, neguei tudo o que voltei a sentir e... Não te procurei.

— Não precisa relembrar isso, hyung, já está tudo bem — Soltou uma das mãos de Jimin, tocando sua bochecha corada — Eu também deveria ter procurado você quando soube que voltou.

— Você namorava.

— Mais não namorei por muito tempo — Retrucou, tentando dar um sorriso pequeno para Jimin. — Doyoung não era você.

Jimin piscou os olhos com força, segurando a mão de Jeongguk que estava em sua bochecha.

Não que Jeongguk tenha usado Doyoung para esquecer Jimin, até porque quando começou a namorar o garoto, lembrava vagamente do melhor amigo de infância. O motivo de seu termino foi os ciúmes desnecessários e doentio de Doyoung consigo. Chegava ser insuportável.

— Eu quero que saiba que nunca te esqueci.— Tocou Jeongguk na bochecha, acariciando a superfície macia, assim como o moreno fazia em seu rosto.

— Sua mãe contou que você chamava meu nome a noite. — Disse com um sorrisinho dançando nos lábios, encarando Jimin todo bobinho.

O queixo de Jimin veio ao chão. Não podia acreditar que sua mãe o expôs assim!

— Eu não consigo mais enrolar — Disse rápido, soltando suas mãos de Jeongguk e respirou fundo, enfiando a mão no bolso de seu moletom.

Jeongguk paralisou.

— Oh, meu Deus... Jiminie... — Abaixou o olhar, vendo a caixinha preta nas mãozinhas do ruivo.

Jimin suspirou, ajoelhando na frente do moreno.

— Eu não sei o que dizer porque essa é minha primeira vez fazendo isso — Deixou um sorriso meio desesperado escapar, respirou fundo — Eu sou desastrado, meio distraído, quebro coisas o tempo todo e precisam de paciência comigo. E você teve essa paciência, Maria Chiquinhas — Jeongguk sorriu e Jimin sorriu porque Jeongguk sorriu — Gosto de você, eu amo você. Obrigado por tudo, por estar comigo quando meus pais descobriram minha sexualidade e por ser você. Obrigado por ser Jeon Jeongguk, o garoto que eu amo — Respirou fundo, Jeongguk sentia os olhos ardendo e as mãos suando. Aquilo era inacreditável.

— Eu também te amo, Jimin-ssi.

Ao ouvir aquilo, Jimin sentiu que poderia explodir de tanta felicidade.

— Eu posso estar quebrado coisas por aí, mas saiba que eu nunca vou quebrar seu coração. Nunca. — Deixou as palavras saírem conforme seu coração pulsava.

Jeongguk era uma junção de felicidade e emoção. Seu coração faltava pular pela boca, as palavras de Jimin o deixou pra lá de emotivo. A paixão que sentia pelo maior era tremenda.

— Então, senhor Jeon Jeongguk, você aceita esse desastrado  como vosso namorado? —Mesmo nervoso, Jimin usou um pouco de seu humor para descontrair o momento, Jeongguk soltou uma risadinha baixa.

A falta de resposta estava deixando o ruivo ainda mais nervoso. Observou Jeongguk ajoelhar-se em sua fentre, franziu as sobrancelhas com a expressão confusa dominando o rosto corado. Suspirou.

Jeongguk o abraçou. Jimin sorriu.

— É óbvio que eu aceito ser seu namorado, seu bobo! — Sorriu afastando-se mínimamente, segurando nas mãos de Jimin e o puxando para ficar de pé — Não precisava de alianças... Só de você fazer o pedido, eu já estaria feliz. — Analisou as alianças prateadas e soltou um suspiro emocionado, tocando com cuidado nas superfícies de cada uma.

— Eram dos meus pais — Puxou a menorzinha, apoiando a caixinha pretinha no banco onde estavam sentados a poucos minutos atras. Segurou a mão direita de Jeongguk, colocando então a aliança em seu dedo anelar. — Fica ainda mais bonita em você.

Jeongguk mordeu o lábio inferior, sentindo uma lágrimas solitária descer pela sua bochecha. Jimin e enxugou.

Emocionados e felizes, eram os sentimentos que definiam aqueles dois. Quando Jeongguk colocou a aliança no dedo de Jimin, suas mãos direitas se uniram e as joias prateadas se tocaram. Os dois se abraçaram e ali sentiram amor, uma amizade que se transformou em namoro, agora, eles eram namorados.

— Meu namorado — Jimin sussurrou, apertando Jeongguk contra seu próprio corpo.

— Meu namorado— Jeongguk repetiu, quebrando o abraço e juntando as mãos novamente, apreciando a forma bonita que as duas alianças moldavam suas mãos dadas.

E então, deram o primeiro beijo como namorados.

🧢💍🍭

Faltam dois capítulos :(

Eu não sei o que dizer desse capítulo. Falem ai o que acharam só pra eu saber e talskkkkk que nervoso.

Enfiiiiim, MC ta acabando e eu vou sentir falta de escrever essa obra boiolinha, o próximo capítulo ta meio 🚫🔞 e metade dele será pelo ponto de vista de Jeonggukkkk.

Não tenho muito o que dizer, obrigado pelo 6K leituras aqui, ver que gostam do que eu escrevo me deixa cada vez mais feliz, vocês são incríveis!

Beijinhos e até o próximo♡

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