Message man

Estava entre as estantes de livros organizando um por um em seus devidos lugares, eu gostava de trabalhar na biblioteca mesmo o salário não sendo um dos melhores, lá era um ótimo lugar para se manter distante do caos da cidade.
Ouço o ranger da porta de entrada e me levanto do chão que era onde eu estava sentada.
Chegando perto da porta vejo um garoto e uma garota conversando.
-Olá Bruce- falo com um sorriso lembrando do garoto de cabelos pretos.
-Oi Alice- ele diz retribuindo o sorriso- não sabia que você trabalhava aqui!
-Comecei faz pouco tempo, procura algum livro específico?- pergunto enquanto levo uma pilha de livro para o balcão onde estava o computador.
-Sim, preciso de um livro que conte sobre a história de Gotham.
-Me sigam, tem alguns nessa estante- falo enquanto Bruce me acompanha- dessa parte daqui até ali é tudo sobre Gotham, pode colocar no chão para procurar melhor e se precisar de minha ajuda é só me chamar- falo tentando parecer amigável.
-Obrigado- me viro de costas e sinto o olhar dele de longe sob mim.

Conheci Bruce por causa da obsessão de Galavan nele, depois da morte de Jerome, Bruce veio falar comigo, ele era um ótimo garoto.

Volto para o balcão onde estava e vejo que a garota que acompanhava Bruce estava caminhando por ali, ela tinha os cabelos loiros e curto e os olhos dela me lembravam um gato.
-Precisa de ajuda?- pergunto para a garota.
-Não, só estou esperando o Bruce- ela me responde sem olhar em meus olhos.
-Qual seu nome?- pergunto na tentativa de fazer amizade com a menina.
-Selina, Selina Kyle- ela responde sem ao menos estender sua mão.
-Prazer, me chamo Alice- digo baixo enquanto vejo que ela não presta muita atenção em mim.
A garota segue rumo a Bruce para o ajudar com os livros, eu me sento na cadeira em frente ao computador quando vejo que sob o teclado há um jornal aberto, o folheio e percebo manchetes de coisas que já haviam acontecido, fecho o jornal e percebo a capa estampada com o rosto de Jerome com a seguinte frase:

Theo Galavan mata Jerome Valeska soltando inocentes feitos de refém

Sinto uma dor de cabeça ao ler aquele jornal, me lembro das cenas que antecederam a morte de Jerome e da briga que tivemos, mesmo o odiando eu ainda amava aquele filho da puta.
Jogo o jornal na lixeira ao meu lado e tento esquecer daquela manchete, mesmo fazendo tempo que aquilo havia acontecido ainda era um fato que me marcou muito, me sentia culpada por aquilo mesmo sabendo que eu não tinha culpa.
Me pergunto então porque aquele jornal estava sob a minha mesa? Será que eu havia o trazido junto as pilhas de livros e não havia percebido?

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