Capítulo 19

A olhei pelo canto do olho. Isabella estava assustada com cada palavra que eu acabara de falar, o que significa que ela ainda é virgem, e saber que eu serei o primeiro e único homem da vida dela, me dava o ar de vitorioso.

Retirei as chaves do meu bolso e abri a porta. Fui obrigado a conter o sorriso ao ver a admiração dela observando cada detalhe do lugar.

Ela gostou!

Constatei ao vê-la sorrindo.

-Paula! - chamei.

Rapidamente uma jovem com longos cabelos negros, um olhar azul, e um sorriso misterioso na face surgiu no local.

- Leve Isabella para o nosso quarto. Tenho que resolver uns assuntos no escritório. - ela assentiu caminhando em direção as escadas, com Isabella a acompanhando.

                                ...

Suspirando de ódio.

Ódio puro!

Era a única certeza do que eu sentia por Davi. Eu o odiava com todas as minhas forças. Mas se ele pensa que vai me fazer de idiota, está muito enganado.

Eu tenho um presente especial de casamento.

Entrei no quarto, seguida da jovem sorridente.

- A senhora é mais linda do que eu imaginei. - Paula deixou escapar.

- Nem de longe me comparo a você! - sorri verdadeira - E sinceramente amei seus olhos azuis.

- Obrigada senhora.

Sorri sem entender.

Eu não posso aceitar ser chamada de senhora, enquanto me sinto como uma empregada. Somos todos iguais. Os funcionários deste lugar trabalham por dinheiro, e eu me casei por não ter dinheiro, o que não nos torna tão diferentes assim.

- Se não se importa, não gostaria que me chamasse de senhora. Não me sinto bem.

Antes que ela dissesse qualquer coisa, a porta se abriu, dando lugar a Davi.

- Acho que eu e minha mulher precisamos de um pouco de privacidade agora, Paula! - a jovem assentiu correndo em direção a porta.

Ela parecia um pouco medrosa.

Virei as costas, enquanto Davi se aproximava de mim, sua respiração quente em meu pescoço, me fez arrepiar. Suas mãos duas mãos, tocaram meus ombros, e quando ele mordeu minha orelha, eu não contive um pequeno gemido. Ele sorriu, ao me abraçar por trás.

___ Gostaria que vestisse algo. - sussurrou em meu ouvido.

    Estendeu sua mão, entregando-me algo embrulhado. Ainda sem conseguir me segurar, peguei o embrulho.

   Se eu contasse o que ele me deu, certamente me achariam louca, ou diriam que eu menti.

    Mas eu vou contar!

   Lá, continha um belo par de uma  langerie branca de renda. Eu não sei o que ele pretendia com isso.

    Acha que simplesmente, eu vestiria aquilo e transaria com ele?

   Por outro lado, encontrei o jeito certo para me vingar. Sorri da minha mente sórdida. Virei para olha-lo.

___ Claro querido! - falei o mais sarcástica que pude.

     Segui em direção ao banheiro, me troquei rapidamente, peguei um roupão e me cobri.

  Assim que voltei para o mesmo lugar de antes, Davi estava deitado na cama completamente despido. Fechei meus olhos com a mão, e abri a boca ainda sem reação.

___ Você está louco? - disse desesperada.

___ Está tentando não ver o inevitável? - ele se levantou, soube disso porque ouvi seus passos pelo chão amadeirado. Ele segurou minhas mãos, me fazendo abrir os olhos, o olhei assustadas, minhas mãos frias e tremendo. - Sou seu marido agora, temos que nos tornarmos um.

     Ele tentou me beijar, mas eu desviei meu rosto para baixo. Suas mãos, soltaram a minha, indo em direção a cordinha que prendia o roupão. A abriu, enquanto eu mantinha minha respiração ofegante. Ele me tirou o roupão, começando a beijar o meu pescoço, uma de suas mãos, desciam sobre minhas costas em direção as minhas nadegas, a apertando, enquanto a outra massageava meus seios em círculos.

   Por um momento, eu achei que algo iria rolar, e impedi tal acontecimento, o empurrando, fazendo o mesmo se soltar.

___ Eu não posso trair Miguel! - murmurei mais para mim do que para ele.

___ Isabella, Miguel morreu! - Davi gritou irritado.

___ Está vendo esse corpo? - perguntei me exibindo como se eu fosse uma jóia cara. - Nunca irá possui-lo, o único homem capaz disso morreu.

Falei antes de seguir em direção ao banheiro. Tranquei a porta ainda amedrontada.

___ Abre essa porta! - Davi gritava - Eu mandei você abrir! - ele gritava me fazendo temer. - Se você não abrir, eu vou arrombar! - gritou uma última vez, antes de esmurrar a porta.

   Comecei a chorar. Meu coração doía de saudades do Miguel, e um medo do que Davi poderia fazer comigo, me assolava, ainda mais!




                                 ...




Oie!

O que acharam?
O que Davi vai fazer?
Estão gostando?
Se comuniquem por favor!
E não se esqueçam de votar!

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