Cap. 13

Enfiada na mente de um estranho, fazendo toda e qualquer tipo de dominação psicológica. Mais um de meus poderes, mais uma coisa incrível que eu não sabia sobre mim. E o mais louco de tudo isso, era que eu podia fazer o cara ou a garota simplesmente me obedecer sem toca-los. E este fora o primeiro resultado:

— Grávida? — Eles falaram em coro, enquanto me encaravam com uma cara, que eu jurei que fosse conhecer Jesus Cristo antes da hora.

— Como grávida, Eidrian Escobar? Vocês tiveram relações antes do casamento? És maluco? Quer nos levar a desgraça? — Meu pai deu um surto, enquanto eu continuava a olhar para os dois, e isso me fez dar um sorrisinho falso, fingido.

— Papai, por isso estou dizendo que não posso me casar. Eu amo a Sol... E ela carrega um filho meu. Achei que não fossem aceitar nosso amor, porque ela é de classe media, não é da mesma classe que a gente. E porque ela veio das índias.

— Deixa ver se eu entendi. — Minha mãe passou a lingua pelos lábios, e cruzou os braços enquanto me encarava. — Ela é mediamente rica, você a ama, ela é budista, mas você a quer como esposa?

— Sim — Não. Se eu contasse para eles que ela era uma cigana, as coisas iam ficar difíceis. Ainda mais porque a quero só para sexo mesmo. — Vocês me dão a bênção? Eu já converso com ela.

— Ah...eu não sei se é uma boa ideia. Budistas não seguem ao nosso Deus, filhinho, eles tem uma forma diferente de pensar da nossa, meditam o dia todo, quando vão me dar um neto? Não...espera, ela já está grávida. — Minha mãe deu uma risada nervosa, e olhou para meu pai, em busca de uma resposta evidente para mim. — E então meu amor? Pelo menos ela não vai sair de casa, e budistas respeitam a virilidade dos homens. Ela vai ser uma boa esposa.

— Mas e o nosso neto? Vai ser o que?

— Ele vai ser cristão, papai, ela concordou em batizar ele na nossa igreja, e ter a bênção do padre.

Eles tiveram uma troca de olhares, enquanto sussurravam coisas aleatórias. E eu só fiquei olhando, deixando a língua pelos lábios inúmeras vezes. Minha vontade era de gritar naquele momento, porque eu desejava aquela garota. O único problema, é que mamãe era boa em matemática, e ia saber rapidamente que os dias do parto iam se atrasar, e saberiam que eu tinha mentido. Eu preciso dar um jeito de engravidar aquela ciganinha, nem que for a força. Ou fazer com que eles acreditem que a crianças havia morrido. Isso. E aos poucos eu irei seduzindo a garota, não deve ser tão difícil seduzir uma cigana qualquer. Deve só ter boa lábia e-

— Filhos, já tivemos nossa discussão.

— E o que decidiram?

— Pode se casar com ela, desde que a garota se torne cristã e nosso neto também seja. E amanhã mesmo, quero essa garota aqui dentro de casa, para ouvirmos sobre ela. E saber se está mesmo disposta a se casar.

— A, ela está sim. Ela me ama.

Eles sorriram ouvindo aquilo, e eu sorria de volta como se fosse verdade. Nos dois não tínhamos mais que um desejo obscuro as escondidas. Só. Nada mais que isso. E se fosse provado o contrário, meus pais nunca iriam permitir. Mas enfim, agora eu preciso achar a ciganinha.

Voltando novamente para minha mente, deu para notar como é bom ter esses poderes, fazendo uma dominação incrível.  O desejo sexual, sexual. Parece que a palavra sexo na mente das pessoas, é algo mais complexo do que para mim mesma. É estranho.

— E ai maninha? — Gula veio e se sentou ao meu lado, me fazendo sorrir fraco e estender um balde de pipocas. — A gula sou eu, e você quem me oferece comida? Quanta ironia.

— Então por que está pegando?

— Xeque mate.

Rimos ao mesmo tempo, enquanto ele se ajeitava ao meu lado no galho da árvore, e ria do que eu estava fazendo, me deixando com um sorriso lateral desenhado em meus lábios.

— Você tem um trabalho interessante. Fez um católico trepar com uma pagã e de quebra ela ainda está grávida. Simplesmente impressionante.

— Pois é.

Rimos ao mesmo tempo, enquanto conversavamos em distração, e bom. Eu tinha algumas dúvidas dentro de mim, e precisava falar com uma certa pessoa...digo...demônio. Ah, sei lá.

— Onde posso encontrar o nosso pai?

— Batata. — Ele riu, me deixando completamente confusa. — Ele é como nós, Maninha. Está em todos os lugares. É só chamar por ele.

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