Capítulo 36🌙 A última batalha/Parte 4

Nota inicial:

Boa leitura ♥

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A Rainha da Terra dos Elfos, que levou [ele], no seu corcel branco como leite e mais veloz que o vento, veio cavalgando até a Árvore Eildon sob forma de uma senhora, embora de encantadora beleza.
Sobre os contos de fadas (Árvore e Folha),
– de J.R.R. Tolkien (1938-1939)


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PARTE IV

As pedras em torno dela estavam úmidas e geladas. Ela espiou por sobre as pontas cortantes da rocha e vislumbrou, através da grama ressecada e negra que manchava a paisagem, duas mulheres. Uma delas era Ayla Selene, a filha de Aragorn, e estava amarrada e amordaçada, deitada no chão com um grande corte na bochecha e nos braços. Desacordada e suja de lama e sangue, Ayla parecia lutar para viver. A grama seca em torno de si estava manchada de vermelho, uma poça de sangue quente circundava seus pés, e cintilava na luz do dia. As folhas das árvores balançavam e caíam pela relva em direção ao chão, muito machucado pela influência fúnebre e incesta da morte e da dor. Ayla resmungou algo, mas permaneceu desacordada.

Atrás dela, ajoelhada e com as mãos na cabeça, estava Eáránë, ou Morian – como era atualmente chamada. As sombras guinchavam em torno dela, mas ao invés de rir e se divertir, ela chorava. Soluçava e suspirava, parecia desesperada por ter feito aquilo. A foice repousava ao lado dela, suja com o sangue nobre da princesa de Gondor, e obscurecida pela raiva das trevas, pela maldade que assolava o coração dela.

Aranel se esgueirou mais um pouco afim de ouvir o que Eáránë sussurrava ao vento, através do choro e das vozes difusas.

— Socorro! Socorro! — Eáránë balançou a cabeça. — Faz isso parar!

— Não! — ela bateu o punho na grama e guinchou, mas aquela não era a sua voz. — Você é Morian, a Caçadora! Deve obedecer ao Mestre!

Aranel viu as Sombras mordendo o ar em torno dela e mordeu a boca. Suas suspeitas foram confirmadas. Eáránë foi enfeitiçada, dominada pelas Trevas, e ela precisava acabar com aquilo.

— Ajudem-me! — gritou Eáránë antes de seus olhos ficarem tão escuros quanto piche.

— Não! Você é má! Muito má! — guinchou as Trevas.

Aranel se pôs de pé, sugando o aroma seco e gélido, mortífero da floresta, e saltou para baixo. Muito abaixo. Seus pés, porém, aterrissaram com suavidade e destreza. A capa balançava em torno de si quando se colocou firmemente sobre os pés e encarou Morian, a Caçadora, com um semblante calmo e complacente. A rainha ergueu as mãos, lembrando-se de quanto ela era bela – de seus cabelos dourados beijando a brisa outonal, de seus olhos azuis admirando-a com respeito e carinho, totalmente encantada pelas histórias que ouvira durante toda sua vida. Lembrando-se de como era uma bebê encantadora e corajosa, e de quão poderosa e justa poderia ser quando fosse mais velha – quando atingisse a idade de sua mãe, a elfa Lossë, a Rainha Lossë. Aranel lembrou-se do quanto elas eram parecidas – mãe e filha – unidas por uma ligação fraternal, mas também, unidas por um só homem – o Rei.

O mesmo Rei que Aranel odiou no passado, mas que agora adorava como sua família. O mesmo Rei que poderia ter sido seu pai, mas que agora era seu sogro, avô de seus filhos – pai de seu marido. Aquele Rei influenciou tudo e todos. Influenciou o amor e o ódio. E influenciava Eáránë, e não Morian. E Eáránë era mais forte do que qualquer feitiço mítico sobre as Trevas.

Naquele momento, enquanto encarava as profundas alcovas negras que eram os olhos de Morian, Aranel pensava sobre o enigma da Lua.

“ Eu sou dado e sou tomado. Não sou visível, mas sigo você. Você não me pediu, mas eu acompanho você até a sua morte” – pensou Aranel, enquanto cavalgava em direção aquele desfiladeiro. E ela sabia a resposta.

— O nome! O nome é dado e é tomado. Não é pedido, mas nos segue até a nossa morte. — dizia ela, enfrentando a dura escalada até o pico daquela montanha.

A rainha engoliu em seco, vendo ali na sua frente a chave para a destruição de Blatter. O nome dela a traria de volta, mas Morian não era o nome dela...

Aranel deu um passo a frente e suspirou.

— Fique longe! — gritou a caçadora, erguendo a foice e apontando a ponta ensanguentada na direção da cabeça de Ayla. — Ou eu acabo com a vida dela.

Nel respirou fundo e deu um passo a frente.

Morian ergueu a princesa com uma mão e precionou a lâmina contra a garganta dela. Mesmo inconsciente, Ayla resmungou.

— Não! — gritou Aranel — Você não é assim!

Morian gargalhou, gorgolejando grotescamente. — Você não faz ideia de quem eu sou!

— Sei, sim. — afirmou Nel, calmamente. — Você é filha de Reis. Você é filha do Rei Élfico.

— É mentira! — urrou a caçadora. Seus olhos tão profundos não transpareciam o ódio e o rancor daquelas palavras. — Eu sou filha das Trevas! Não sou uma elfa!

— Mentiram para você. — anunciou Aranel, bufando.

Morian rangeu os dentes e começou a cortar a garganta de Ayla. Sangue gotejou em segundos.

— Sua mãe — Nel ergueu a voz fazendo Morian parar e a encarar. Ela sugou o ar com força. — Sua mãe foi uma Rainha, ao lado de seu pai. Ela era bela... jovem... encantadora, mas se sacrificou para salvar você.

— Minha mãe — Morian rangia — era uma vadia sem escrúpulos que mentiu para todos!

— Rainha Anelossë — A voz de Aranel retumbou entre aquelas rochas. — Era como foi chamada. Você se parece com ela.

— Cale a boca, elfa! — berrou Morian, agarrando com ainda mais força o cabo da foice. — Você não faz ideia do que fala. — A lâmina continuou a cortar a garganta de Ayla.

Aranel mordeu a língua. Ela precisava agir rápido.

— Seu pai — ela ergueu a voz, conseguindo a atenção de Morian mais uma vez. Aranel empunhou a lâmina que antes pertenceu a Thranduil, e o rosto mortalmente distorcido de Eáránë pareceu suavizar-se. A Simaghûn cintilou na luz da lua. — Você se lembra do seu pai? — a pergunta foi direta.

Morian estremeceu e balançou a cabeça. Um brilho azul cruzou seus olhos.

Aranel deu um passo a frente. — Como era seu pai?

— Meu pai... meu pai... — Morian camboleou, deixando Ayla cair no chão novamente.

A rainha sorriu. — Você sente falta dele?

Morian lutava contra algo, mas as Trevas em torno de si guincharam e morderam-na. Ela urrou e encarou Aranel com fúria latente.

— O meu pai morreu! — ela trincou os dentes — E agora — ergueu a foice e bradou — é a sua vez!

Morian investiu na direção de Aranel, mas ela não esperava que estivesse tão forte. A pancada que levou da lâmina suja da foice foi o bastante para arremessar Nel contra as rochas.

A rainha urrou de dor e balançou a cabeça, confusa e dolorida. A espada deslizou para longe e ela sentiu seus ossos reclamarem de dor e agonia. As pedras em torno dela foram manchadas de sangue e só então Aranel percebeu o corte em sua barriga; sangue cascateou para o chão gelado e ela gemeu com a dor latente que percorreu seu corpo.

Erguendo o olhar para a erquerda, viu Morian de pé em sua frente com um sorriso grutural em seu rosto. Ela ergueu a foice e trincou os dentes.

— Sua hora neste mundo chegou ao fim, Rainha. — ela cuspiu.

Aranel balançou a cabeça e gritou.

— ANË!

A lâmina na foice ficou parada na direção de seus olhos. Morian parou, mas não foi pelo grito de Aranel, e sim, pelo bater de seu coração. A rainha a ouviu e sorriu. Morian exitou, tremendo apesar das sombras gritarem em seus ouvidos. Então, ela se afastou, cambaleando.

Aranel se pôs de pé mais uma vez e estremeceu um pouco, pegando a espada que estava ao longe. Engoliu em seco e olhou para Morian, balançando a cabeça.

Ela sorriu. — Te encontrei. Atendi o teu chamado. — ela se aproximou a passos calmos, com a voz soando como uma canção antiga pelas montanhas. — Teu nome eu sei.

Morian caiu de joelhos, abandonando a foice. Ela chorava desesperadamente, tentando não perder o controle, ou tentando voltar ao controle. Nel chegou mais perto.

— Sua inocência foi roubada. — A rainha pôs de joelhos em sua frente e a olhou. Uma mecha loura nascia em meio a escuridão obscena de seus cabelos. — Mas isso acabou. — Aranel segurou firmemente o cabo da espada, engolindo friamente a saliva.

Os olhos de Morian vaguearam até  os da rainha e piscaram.

— Eu sou Morian, a Caçadora. — disse, mas sua voz saiu quase que inaudível.

Aranel sorriu, docemente. — Não. Seu nome é Eáránë, a Princesa da Floresta das Trevas!

A lâmina da espada entrou com firmeza dentro do estômago de Eáránë, e naquele momento, as sombras urraram de pavor. A boca de Eáránë se abriu e uma sombra densa saiu pela boca dela, fazendo seu corpo estremecer. Aranel retirou a lâmina e ela saiu limpa.

Eáránë caiu na grama e tociu. Seus cabelos pouco a pouco tornaram-se dourados novamente, lisos e belos, como eram desde bebê. A princesa piscou algumas vezes, balançando a cabeça e Aranel viu seus olhos azuis brilharem mais uma vez.

A rainha apoiou Eáránë sobre o próprio corpo e sorriu, ternamente.

— O que houve? — questionou a princesa, confusa. — Estou livre? — ela sorriu, mas logo sua alegria desapareceu. — Ou eu fiz alguma crueldade?

Nel deu de ombros. — Um pouco dos dois. — respondeu. 

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— Se você não tivesse sucumbido à maldade, isso não teria acontecido. — Ayla repreendeu a elfa com uma carranca zangada, enquanto colocava um curativo improvisado com folhas na garganta. Puxou a gola da blusa para cima e abotoando a capa logo após. Ela parecia ainda mais voraz, mesmo com um corte pequeno no pescoço e um hematoma no braço – uma verdadeira filha de Aragorn.

— Eu já pedi desculpas! — retrucou Eáránë, mas de modo doce e inocente. — Porém, você não faz ideia do quanto foi difícil para mim tudo isso.

— Duvido disso! — resmungou Ayla.

— Você, por acaso, sabe o que eu tive que aguentar esse último ano?! — Eáránë se alterou um pouco mais.

Ayla a encarou com rigor. — Vai se fazer de vítima agora?

— Mas eu fui uma vítima! — arquejou a elfa.

Aranel se aproximou a passos pesados e ficou séria. — Basta!, vocês duas! — protestou, intensamente — Estamos tentando não chamar a atenção, entenderam?!

As duas abaixaram a cabeça e se calaram.

— Ayla, não repreenda Eáránë por fazer tudo que fez. — disse, severamente — Ela não estava no controle, e sim, as Sombras. Entenda que nada disso foi culpa dela!

Ayla ergueu a cabeça e suspirou. — Perdoe-me, majestade. — disse de modo sensato — Não quis parecer uma ignorante.

Aranel soltou o ar com força e sorriu. — Eu sei. — ela se aproximou da princesa e colocou a mão em seu ombro. — Nós somos rainhas, governantes, e isso significa que temos que compreender a necessidade de nosso povo, punir quando necessário e defender quando é preciso. Ser justo não é fácil e sim, necessário. Retenha sua fúria de um inocente, preze pelo bem-estar do povo e honre sua coroa. Se há reis e rainhas neste mundo é porque há pessoas que necessitam de líderes, e um líder não se coloca acima dos outros, e sim, junto a eles.

Ayla assentiu e voltou ao seu posto, acima da pedra mais próxima e se abaixou ali.

A rainha Aranel se virou para Eáránë, erguendo o queixo dela com a mão e sorriu.

— Eu... estou com medo. — murmurou ela, soluçando.

— Você é filha de Thranduil. — motivou Nel — Filha de Anelossë. A princesa da Floresta das Trevas, a guerreira élfica mais nova e fatal que conheço. — Ela molhou a boca e sorriu — Nunca se esqueça disso! Nada pode tirar isso de você, nem mesmo ele, e por isso ele a teme!, mas não temas! Você é mais forte do que ele, mais esperta do que ele. Você é Eáránë Shalbarain!

A princesa respirou fundo, enchendo o peito de ar, e pegou a lança de prata que estava apoiada no paredão de rocha.

— Deseje-me sorte. — pediu, suspirando.

Nel sorriu. — Alwa! Boa sorte!

A elfa correu para o desfiladeiro e se jogou para dentro da escuridão nociva do Monte Gundabad.

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Aranel se esgueirou pelos paredões de pedra fria e adentrou a escuridão. Aquele lugar era úmido, cercado de ninhos de ratos e morcegos por todos os lados, e ela não conseguia ver muito além do que um palmo a sua frente. No entanto, continuou avançando e empurrando seu corpo entre as rochas, machucando braços e pernas apesar das cotas de malha que usava. O silêncio ensurdecedor foi diminuindo a medida que ela chegava mais próximo ao arco de pedra esculpido na rocha cinzenta e hostil – daquele lado da montanha. Ao rolar para fora do buraco de minhoca, Aranel viu-se em um corredor amplo, cumprido, e mal iluminado. O piso era de pedras negras, assim como as paredes altas, robustas, curvadas sobre ela muito acima – formando uma abóbada –, e havia pontos fracos de luz aqui e ali; velas e castiçais mal distribuídos e distantes. Estava escuro e ela estava sozinha. Ayla ficou para vigiar a entrada e matar todas as serpentes que entravam por aquele local, muito apesar de ser extremamente apertado – mesmo para uma serpente.

A rainha se pôs de pé e puxou a espada, que reluziu fracamente na luz lúgubre e fria do local. Olhou para os dois lados do corredor, mas não avistou portas ou escotilhas pelo qual Legolas e o exército pudessem passar. Porém, Nel estava na parte oculta da Montanha, penetrando-a por salões nunca visto antes, mas que serviam para alguém se esconder, e Legolas e os outros elfos estavam na porta da frente – na entrada da casa de Rúbell Blatter Salazar.

Ela engoliu em seco e sentiu seu peito apertado só em pensar que seu plano poderia dar terrivelmente errado. Ela tinha que encontrar os prisioneiros logo e tirá-los dali, e então, eliminar a corja dos Blatter de uma vez daquela terra. Seu sangue maldito parecia não querer desaparecer, mas ela era Aranel, a Rainha, e faria o mal ser cortado pela raiz.

Respirando fundo, Aranel avançou para o sul do corredor, ouvindo sua respiração pairar pelos ares úmidos daquela caverna, pensando em como Kay e Eruel estavam? Seu peito palpitava com a vontade que tinha de descobrir. E foi a esperança quente de encontrá-los sãos e salvos, que a levou até uma porta de aço, poderosamente trancada com grossas correntes de ferro forjado.

Ela ouviu choramingos, sussurros e tosses, e chutou a porta com força, fazendo as correntes tilintarem e urrarem pelo extremo do corredor. Porém, sem medo de ser descoberta, Aranel ergueu a lâmina alto e desferiu um único golpe na tranca de aço que prendia as correntes no lugar; e o cadeado veio ao chão, quebrado pelo golpe da lâmina de aço élfico – forjada em Doriath, a muitos, muitos, anos atrás. Então, como um sopro gelado, a porta se abriu e Nel viu as celas.

Kayke e Eruel estavam em uma, eretos e agitados, segurando as barras de ferro com força. Pareciam bem, sem o menor arranhão possível, mas estavam visivelmente desnorteados. Cansados e famintos, com as roupas aos trapos e os cabelos cobertos de lama seca. No entanto, pareciam ter sobrevivido a tudo aquilo muito bem.

Aranel deu um passo a frente e na cela ao lado, ao vislumbrar tamanha imagem, caiu de joelhos e deixou uma lágrima cair. Era Ruby e Eären, e estavam vivos! A velha senhora carregava marcas de tortura e seu braço estava enfaixado como se estivesse quebrado, mas seus olhos escuros ainda brilhavam de maneira inocente e esperançosa. Ao se lado, Eären deitava-se encolhido em um canto, suado e estremecendo, mas que observava Aranel com infinita alegria.

A velhinha colocou umas das mãos para fora e a chamou. — Minha menina — disse com aquela doce e inesquecível voz. —, eu sabia que você viria.

Aranel balançou a cabeça, tentando se convercer que aquilo era uma ilusão. Ruby e Eären não poderiam estar vivos... eles morreram a anos atrás. Queimados, gritando. Ela ainda conseguia sentir as chamas ardendo em sua volta quando chegou em casa e viu as labaredas incessantes destruindo cada pedaço memorável daquela fazenda.

— Não pode ser. — A voz dela saiu quase que inaudível — Não pode ser verdade!

Ruby sorriu da mesma maneira terna e acolhedora que ela fazia. — A Lua me disse que você viria me buscar. Que bom que resisti a esse tempo todo! — ela suspirou.

A rainha se ergueu e correu até a cela dela, agarrando suas mãos e chorando. — Eu vou tirá-los daqui! — disse, se pondo de pé e erguendo a espada.

— Não me lembro de ter permitido isso!

Aranel se virou ao ouvir a voz feminina e áspera. Uma mulher entrou na sala e vestia um manto simples, vermelho como sangue. Seus cabelos eram escuros e seu rosto severamente distorcido de ódio foi iluminado pela luz fraca das estrelas, que adentrava pela janela ao lado direito do local. Em seus dedos deslizava um punhal de aço brilhante, e seus olhos brilhavam de modo furioso. Havia castigo e ira neles. Aranel não a conhecia, mas notou que as sombras ao seu redor guinchavam, e viu que ela era mais um dos brinquedinhos hediondos de Blatter.

— Eles não irão a lugar algum, Rainha dos Elfos. — Sua voz fria entrou nos ouvidos de Nel como afiadas agulhas de gelo.

Nel, porém, não se intimidou com tal oponente, e sorriu, rodando a Silmaghûn. — Bem, eu não pedi sua permissão, pedi? — Ela ergueu uma sobrancelha.

A mulher rugiu e avançou na direção de Nel, que logo viu que ela não tinha habilidade nenhuma em qualquer batalha. O punhal abaixou na direção dos olhos da elfa, mas Nel foi mais rápida e desviou, estocando a ponta aguda da espada nas costelas da inimiga. Ela foi ao chão rapidamente e se contorceu até ficar imóvel. As sombras gritaram e desapareceram, enquanto que uma poça de sangue ficava cada vez maior ao redor de seu tronco; seus olhos sem vida encarando a escuridão, seus lábios abertos deixavam sangue gotejar e sua pele pouco a pouco se tornaria fria e dura. Ela estava morta.

Eu esperava uma luta melhor. – Pensou ela, limpando a lâmina da espada.

Aranel suspirou e pegou as chaves que estavam penduradas no cinto da mulher. Então abriu as celas, e abraçou Ruby e Eären com força.

— Pensei que tivesse perdido vocês, para sempre. — murmurou, enquanto agarrava ambos em um abraço apertado.

— Nós também, querida. — disse Ruby — Nós também.

Assim que retirou os grilhões de todos, eles correram para fora daquela sala.

Aranel precisava encontrar Blatter, pois a aquela altura, já estava ocorrendo uma guerra nos Salões de Entrada.

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Nota final: E então? Gostaram? Espero que sim.... Partiu batalha? PARTIIIIIUUUUUUUU!!!!!!

Mais uma vez..... Afffs! Estou precisando de umas férias rsrsrs

Tenn'enomentielva

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