Duas semanas depois...

Mason realmente apareceu, cara a cara com os advogados, e me revelou que, como imaginamos, ele apenas queria dinheiro. Sua empresa estava falindo, e ele devia muita gente. E mesmo sendo totalmente crime e errado o que fizemos, fiz um acordo com ele, eu daria o que ele precisava para pagar as dívidas, e sumir da minha vida para sempre. Ethan não carregaria seu nome, não saberia quem ele era, porque o pai dele mesmo era Josh, e isso ninguém poderia mudar.

O que eu não sabia com esse acordo, é que ele devia muito dinheiro, mais do que eu poderia imaginar, o que me deu uma dor de cabeça maior, eu não tinha todo esse dinheiro, o banco me negou um empréstimo e eu me submeti há uma única solução. Vender a Soares.

Minha vida estava desmoronando aos poucos, Noah não havia concordado com nada do que decidir fazer.

— Any eu não posso deixar você fazer isso, tem que ter outro jeito. - ele dizia nervoso enquanto andava de um lado para o outro.

— Não tem Noah, eu vou conversar com o comprador, uma das cláusulas que ele não pode quebrar é não mandar todo mundo embora. Não vou fazer ninguém perder o emprego por minha causa.

— Não Any, não tem como, você falou com seu pai sobre isso?

— Noah eu só estou envolvendo você, porque além de irmão, você é meu advogado e eu preciso de você, meu pai não vai saber, ele nunca deixaria - ele me olha com os braços cruzados — Nem Josh está sabendo disso.

— Sabendo o que? - travo quando vejo Josh passar pela porta e encarar nos dois.

— A maior loucura que sua namorada está querendo fazer - Noah começa com a língua solta.

— Noah Jacob Urrea Deinert, cala boca - digo nervosa.

— Não Any, como você mesmo disse, eu sou teu advogado, mas também sou seu irmão e não vou deixar você fazer essa burrada.

— O que está acontecendo, gente? Que aconteceu amor? - Josh se aproxima de mim — Se você não me falar, o Noah fala

— Não é nada amor, eu só estou terminando de resolver os problemas com o Mason.

— Ele pediu mais dinheiro? - nego com a cabeça e suspiro — Noah, me conta

— Noah - digo suspirando — Me deixa sozinha com Josh, por favor, depois eu te chamo.

Meu amigo sai irritado da sala, e Josh se senta na minha cadeira, enquanto me puxa para sentar no seu colo, respiro fundo e fecho os olhos, tentando encontrar as palavras certas.

— O que aconteceu amor? Você está me assustando. - sinto sua mão no meu rosto, e continuo com os olhos fechados.

— Mason - respiro fundo — Eu não tenho todo o dinheiro que ele precisa - digo de uma vez e logo me levanto do seu colo — O banco negou o pedido, então eu arrumei um comprador para a empresa, vou vender a minha parte, e entregar tudo para Mason.

— O QUE? - Josh diz totalmente irritado e levanta da cadeira — Você não vai vender nada Any, isso aqui é seu sonho.

— Eu não tenho escolhas, tá bom? Eu não tenho de onde tirar dinheiro, não tenho outra solução, meu pai nunca aceitaria me ajudar, eu já conversei com o novo dono, ele não vai demitir ninguém, e eu vou conseguir me livrar de uma vez de Mason.

— E vai deixar seu sonho para trás? Vai deixar o lugar que você mais ama? Mais uma vez vai deixar Mason ter controle sobre você Gabrielly? - Josh realmente está irritado.

— Josh... eu não quero brigar, por favor, eu só quero resolver isso. - suspiro e tento me aproximar dele.

— Não Any, você está deixando alguém te controlar - ele diz se afastando e passa a mão no rosto — Qual é o valor? De quanto precisa?

— Não, eu não quero, eu sei o que você está pensando.

— Me diz... qual o valor Gabrielly - cruzo os braços, ele não tem direito de ficar bravo comigo não.

— Eu não vou falar Joshua, eu não quero que você se meta nos assuntos do meu filho - me arrependo no segundo seguinte quando ele baixa a guarda. — Josh... eu..

— Tudo bem Any, eu tenho uma reunião, depois conversamos - diz saindo da sala e eu respiro fundo.

Me sento na minha mesa, e respiro fundo, fechando os olhos, a porta é aberta e eu fico na esperança de ser Josh novamente.

— Any, o que aconteceu? - ouço a voz de Noah

— Agora não Noah, por favor, me deixa sozinha - abaixo a cabeça novamente e ouço o mesmo suspirar.

— Você precisa se acalmar, abrir os olhos e perceber que esse cara voltou só pra acabar com sua vida, e você está deixando Any Gabrielly

— Noah...

— Ele fez a mesma coisa antes, e agora ele voltou e teve o controle da situação de novo, olha as coisas que você anda querendo fazer por esse cara, olha tudo que você está fazendo.

— Noah me deixa, por favor. - ergo meu olhar e ele sai da sala negando com a cabeça

Respirei fundo diversas vezes, principalmente pra controlar mais uma crise e voltei a mexer no meu computador. Não sei quanto tempo fiquei, na verdade nem lembro direito o que eu estava fazendo eu só precisava ocupar a mente.

[...]

Mais tarde, voltando para casa, pensei se iria até meus pais ou se iria até Josh, ele deve estar extremamente chateado comigo, eu estava nervosa e não quis falar daquele jeito com ele.

Paro meu carro na frente da sua casa e vejo seu carro na garagem, pego minha bolsa e vou andando até a campainha, eu tenho a chave, mas depois de brigar não quero ser invasiva, toco a campainha e espero abrir a porta, sei que ele vai me ver pela câmera.

E quando a porta se abre, ele aparece com uma toalha na cintura e o cabelo todo molhado, ergo as sobrancelhas, entrando e fechando a porta logo em seguida. Em silêncio subimos para seu quarto e me sento na cama enquanto ele vai até o closet se trocar, assim que volta com apenas uma calça de moletom, ele se senta ao meu lado e encara meu rosto, e nesse momento eu sei que eu preciso começar essa conversa.

— Eu não quis falar aqui, me desculpa - olho nos seus olhos — Eu estou sem saber o que fazer, eu só quero que tudo se resolva.

— Eu já resolvi - ele diz e eu encaro — Sim Any, eu fui até Mason, paguei o que ele queria, e ele nunca mais vai aparecer para perturbar você ou o Ethan

— Amor.. - toco sua mão e suspiro, não adianta falar, eu sabia que Josh ia fazer isso, e sei que ele ainda está chateado — Você e o pai do Ethan, você sempre esteve com a gente, fez em 1 ano o que o genitor dele não fez todos esses anos. Obrigada por cuidar da gente

— Eu estou chateado, foram 2 palavras que me deixaram em choque, eu não vou negar, mas não somos crianças Any, somos adultos o suficiente para sentar e conversar. Eu não fiz isso porque eu sou teu namorado, não fiz porque quero provar que eu tenho dinheiro ou qualquer outra coisa. Eu fiz porque eu te amo, e eu amo o Ethan - meus olhos nesse momento se enchem de lágrimas e eu me controlo — Eu fiz porque eu não aceito que ele destrua seus sonhos, a Soares é da sua família, mas é seu sonho também, você sempre se dedicou aquela empresa, não iria aceitar ver você perdendo seu sonho.

— Desculpa amor, eu estava sem saída, sem saber o que fazer, me desculpa mesmo - Josh segura minhas mãos e eu sorrio de lado

— Eu sei, eu me exaltei gritando aquela hora também, mas o que eu quero que você entenda é que, eu quero cuidar de vocês, eu quero estar com vocês, quando Ethan me chamou de pai pela primeira vez eu me senti feliz, e ficaria mais ainda se ele conseguisse sentir o que eu também sinto. Eu não quero que você pense que eu estou me intrometendo no assunto do seu filho, eu estou querendo ajudar.

— Ele não é só meu filho Josh, é nosso, a gente te aceitou desde o momento em que tudo começou, eu não queria ter dito aquilo, me arrependo muito, muito mesmo.

— Está tudo bem agora - ele sorri de lado e ergueu minha mão, deixando um beijo sobre ela.

— Eu te amo Josh - digo olhando seus olhos

— Eu também te amo Any - ele se aproxima e me dá um selinho.

Sorrio com o ato vindo dele, e seguro suas mãos, levando meu olhar e vendo elas roxas, ergo novamente meu olhar para Josh e desvio para as mãos

— Josh, o que aconteceu com suas mãos?

— Não foi nada - ele continua sorrindo — Eu sabia que você viria, pedi para sua mãe ficar com o Ethan hoje, tudo bem?

— Sim, eu já ia pedir, mas esqueci de ligar antes de chegar aqui. Mas agora quero saber o que aconteceu.

— Eu odeio brigas, agressões, você sabe disso, mas desde quando vi Mason tocando seu rosto na praça eu senti a vontade de saber como era a sensação de ter minha mão na sua cara, e quando ele debochou novamente hoje, eu apenas coloquei ele no lugar dele.

— Josh você bateu nele? - ele concorda com a cabeça — Josh você é louco? Ele pode te denunciar

— Ele não vai, eu sei que não vai. - ele diz e eu me levanto, indo até o banheiro e pegando a caixinha de primeiros socorros, me sento e vou limpando a mão

— Bateu bastante? - começo a rir logo depois que pergunto e Josh concorda — Obrigada amor - me aproximo e dou um selinho

— Ai isso dói - ele reclama e morde os lábios.

— Eu até brigaria, por você ter feito isso, mas Mason mereceu, aliás, eu vou te devolver ok?

— Se falar mais uma vez isso, vamos brigar de novo e eu não quero brigar

— Se não quer brigar, quer fazer o que então?

— Um irmãozinho pro Ethan? - Josh sugere com um sorriso malicioso e eu me sento no seu colo.

— Já? Acha que a cegonha vai trazer a sementinha - dou risada e levo minhas mãos em sua nuca, me ajeitando melhor no colo

— Gabrielly... Gabrielly, se você não quiser fazer nada, fica quieta e não fica fazendo isso no colo

— Quem disse que eu não quero? - sorrio maliciosa e passo minha língua pelos lábios

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Josh ataca meus lábios no segundo seguinte, enquanto eu passo minha unha devagar sobre seu pescoço, suas mãos passeiam pelo meu corpo, e uma chama parece me atingir em cheio, sem nem perceber começo a rebolar devagar sobre seu colo, e ouço um suspiro sair de sua boca. Sorrio sabendo que tenho poder sobre ele ainda.

Seus lábios encontraram o meu novamente, dando início ao um novo beijo. Suas mãos que estavam em minha cintura, agora pousaram na minha coxa, acariciando-as enquanto tracei uma linha imaginária entre seu pescoço seu peitoral com a minha unha.

Mantínhamos um beijo calmo, sem pressa para acabar. Mas ao mesmo tempo que o beijo era calmo, os sentimentos que existia entre a gente eram tão intensos. Eu estava sentindo todo desejo percorrer pelo meu corpo, misturados com carinho e paixão, seus toques, suas mãos e todas as carícias fazia com que meu corpo se arrepiasse por inteiro.

Seus dedos agora estavam embolados em meu cabelo, puxando-os lentamente, e a partir dessa pequena carícia tudo mudou, o beijo se intensificou. Josh mordeu meus lábios inferiores e puxou para si, encerrando o beijo em seguida, enquanto beijava minha bochecha em seguida descendo seus beijos pelo meu pescoço, onde aconteceu algo que eu achei que não fosse possível, me arrepiar mais ainda.

Ele sabe que ali é meu ponto fraco.

Empurrei lentamente seu peito, afastando meu corpo o suficiente para que eu conseguisse fazê-lo deitar e ficar sentada melhor no seu colo. Me inclinei e percorri meus dedos por todos os músculos do seu abdômen, mordendo meu lábio inferior, Josh era lindo, é lindo.

Não perdi nem um segundo, e voltei a beijar sua boca, nossas línguas interagiam de um jeito que fazia com que minha espinha se arrepiasse inteira. De algum jeito, Josh levantou comigo no colo e me colocou sobre a cama

— Você é tão linda - seus olhos percorreram sobre meu corpo, de cima a baixo sem esconder todo o desejo que ele estava sentindo — Mas ficaria melhor sem essa roupa - diz logo após colocar a mão sobre minha blusa e puxa-la para cima, sua mão passou pela minha barriga, enquanto chegava até o zíper da minha calça, no qual abriu e tirou, me deixando apenas de lingerie, seu dedo passou sobre minha calcinha rendada.

Fiquei de joelhos na cama, sentindo o desejo tomar conta do meu corpo, meu olhar desceu até o volume na calça de Josh, agora bem marcado, levei minha mão até sua calça, e abaixei deixando apenas com a cuca box preta. Ele me puxou para um beijo, dessa vez fazendo com que eu deitasse novamente e ele por cima de mim. Entrelacei minhas pernas em sua cintura, fazendo com que nossas intimidades se encostassem.

Meus dedos se embolavam em seus cachos, enquanto puxava seu cabelo devagar, com facilidade, ele encontrou o fecho do meu sutiã, abrindo e o arremessando pelo quarto. Em seguida senti seus lábios tocar meu seio, enquanto ele chupava e mordia um, sua mão apertava o outro e estimulava o bico com o polegar. Eu tentava controlar meu gemidos mas era impossível, fechei os olhos e joguei a cabeça pra trás. Enquanto uma das minhas mãos foram até suas costas, e passava minhas unhas.

Eu não queria que ele parasse, mas seus beijos desceram pelo por minha barriga, me fazendo arfar, e suas mãos apertavam minha cintura.

— Josh... - gemi ao sentir sua mão tocar minha intimidade, abri os olhos e Josh tinha um sorriso satisfeito nos lábios. Seus dedos escorregaram por dentro do tecido e mordo meus lábios novamente — O que você vai fazer?

— Shhhhhh - disse beijando minha coxa — Só relaxa e aproveita - seu rosto ficou sobre minhas pernas, e senti seu lábio tocar minha intimidade, minhas mãos puxaram seu cabelo com força, e os gemidos saiam como palavras, eu já não controlava mais, e não me importava com quem fosse ouvir.

Senti meu corpo inteiro tremer, eu estava prestes a ter um orgasmo, Josh parou com os beijos, mordidas e sua língua parou de se movimentar, então levantou a cabeça com um sorrisinho satisfeito, filho da mãe.

Quando ele se aproximou, empurrei ele para o lado subindo em cima dele. Era minha vez de comandar as coisas por ali. Passei minha unha pelo seu peito, e Josh colocou as duas mãos atrás da cabeça, coloquei minha mão por dentro de sua cueca, e toquei seu membro, Josh vacilou por um segundo e soltou um gemido, me encarando em seguida, tirei sua cueca, e um sorriso formou em meus lábios, afastei sua perna, enquanto me posicionava melhor sobre a cama, meus lábios tocaram seu membro, Josh trouxe uma das suas mãos até meu cabelo, segurando com força.

Josh gemia baixo, e eu desviava meu olhar para o seu as vezes, chupava seu membro, deslizava minha mão pra cima e para baixo. Levantei e me sentei sobre seu membro, mordendo meus lábios e fechando os olhos em seguida, comecei a subir e descer lentamente dando lugar ao prazer que eu estava sentindo nesse momento, as mãos de Josh deslizaram novamente pelo meu corpo e senti um tapa estralado na minha bunda, seguida de um aperto.

— Não me tortura - ele murmurou enquanto apertava minha bunda, e com a intensidade do aperto eu sabia que ficaria com marcas depois.

O suor começava a escorrer sobre nossos corpos, e nossos gemidos se misturavam, a cada minuto o prazer aumentava mais. Eu estava com as pernas bambas, meus músculos estavam começando a relaxar, Josh percebeu isso é no segundo seguinte, me virou ficando por cima novamente.

Entrelacei minhas pernas por sua cintura. A cama rangia de acordo com os movimentos. Ora forte, intenso, mas sem deixar o carinho e o amor ficar de lado. Finalmente o êxtase atingiu meu corpo, era uma sensação maravilhosa. Josh ao sessou os movimentos até atingir seu êxtase também.

Corpos suados, respirações desregularas, seu rosto ficou na curvatura do meu pescoço, enquanto recuperávamos o fôlego.

Esse era um momento único, nosso, algo que eu nunca tive com outra pessoa antes. Quando nós recuperamos, partimos para outro round, matando a saudade e o desejo que não havíamos matado o mês inteiro.

Eu podia sentir o peito dele subir e descer, ele me puxou para perto de seu corpo, e eu me enrosquei, colocando minha perna sobre a sua, Josh puxou o lençol e cobriu nossos corpos, ficamos um bom tempo aproveitando o momento e aquela sensação.

Desde a nossa primeira vez, Josh e eu nunca usamos camisinha, era um desejo que tínhamos de ter um filho, por mais que seja incerto, ou até mesmo uma grande loucura, deixamos com que apenas o remédio fizesse o efeito ou não.

Bocejei lentamente, e senti os dedos de Josh sobre meu cabelo, eu não gosto que ninguém mexe no meu cabelo, mas eu amo os carinhos de Josh e ele é tão cuidadoso com os cachos.

— Eu te amo - sussurro enquanto volto a fazer desenhos imaginários sobre seu peito

— Eu te amo princesa - ele beija minha testa e eu sorrio, virando e ficando de frente pra ele. Dando um selinho em seus lábios e me deitando novamente.

Ali era o melhor lugar para se estar, em seis braços, sentindo toda essas sensações, foi diferente de todas as outras vezes, dizem que um bom sexo depois de uma briga, é uma das melhores coisas que podem acontecer.

Josh adormece primeiro dessa vez, e me pego observando meu namorado, e como eu tenho sorte de ter ele na minha vida, ele e Ethan, os dois homens que eu mais amo.