Oi gente, tudo bem?

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Canadá

Duas semana depois

Duas semanas se passaram desde o nosso passeio. Nesse tempo a obra da nova sede começou a todo vapor, com Sina aqui eu consegui acompanhar tudo de perto. Jo voltou para Los Angeles e assumiu seu novo cargo, ela se destacou tanto, e entendeu que a vaga era dela não por ser minha amiga, mas por merecer estar nela.

Noah e Krystian ajudaram Ron com alguns processos que apareceram de uma das sedes de New York e viram o quão se davam bem trabalhando juntos, levaram até em consideração abrir um escritório junto. Savannah, Sina e eu nos tornamos melhores amigas, é até estranho isso tudo, dado em consideração muitos acontecimentos nessas últimas semanas.

Josh e eu... bom, saímos algumas vezes, COMO AMIGOS depois de algumas reuniões e até mesmo visita na nova sede. Almoçamos, e nos finais de semanas ele sempre me encontrava no parque com Ethan, brincávamos até o pequeno cansar, e acabávamos sempre almoçando ou jantando juntos. Nos aproximamos muito nesse tempo. E nos tornamos amigos, deixando sempre a relação profissional da mesma forma de antes.

Em um dia eu estou retornando para Los Angeles, mas voltaria em alguns meses para acompanhar o final da obra. Ethan estava um pouco triste com isso, mas Josh prometeu que iria visitar ele qualquer dia. Lembra daquela conversa sobre: meu filho se apega rápido às pessoas? Então, foi o que aconteceu com Josh, e eu sei como vai ser quando a gente embarcar novamente.

Arrumamos as malas com ajuda de Sina, me perdi em meus pensamentos tentando organizar na minha cabeça os últimos acontecimentos. O dia que tivemos há duas semanas no gelo, os almoços e jantares, e principalmente às troca de olhares.

— 100 dólares pelo seu pensamento. - Me desperto com a voz de Sina.

— Não é nada amiga, lembrando como foi intenso esse mês no Canadá. - fecho minha mala e me viro para terminar de arrumar a de Ethan.

— Intenso só o mês, ou o que rolou especificamente com alguém? - Ela senta ao lado da mala e me ajuda.

— Já te disse que não tem nada rolando entre a gente amiga.

— Tem certeza? Any, da boca de vocês pode não sair nada, mas os olhares não enganam.

— Não temos nada, isso é coisa da sua cabeça. - me viro e vou em direção ao banheiro, pegando algumas coisas. — Somos apenas amigos.

— Eu era amiga de Noah, e hoje estamos casados há 3 anos com uma filha de 5 - ela diz enquanto olha suas unhas tentando disfarçar.

— Vocês são diferentes, não tente comparar o que eu e Josh temos com o que vocês tem.. - digo e no mesmo segundo me arrependo.

— Então vocês tem algo? - ela me olhando com um sorriso de orelha a orelha.

— Vai ver sua filha Deinert e me deixa terminar de arrumar minhas coisas, vai!

— Não adianta negar algo que está ai Any, não faça isso com você. - Ela sai e me deixa atordoada com meus pensamentos.

[...]

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Na manhã seguinte

Ethan acordou triste, e posso até jurar que ele estava com febre, e ver meu filho assim me parte o coração. Eu sei o motivo pelo qual isso está acontecendo, mas infelizmente não posso mudar. Noah foi dirigindo o carro de Josh, porque desde que ele chegou para nos ajudar com as malas até o aeroporto, Ethan subiu em seu colo e não quis sair mais. Não culpo Josh por ter se apegado e feito meu filho sentir o mesmo por ele, mas deveria ter evitado muita coisa.

Enquanto Noah dirigia, Sina estava acompanhando ele do seu lado e Ethan no colo de Josh atrás comigo, enquanto eu fazia carinho em Mel que dormia tranquilamente na cadeirinha, escutei cochichos do meu lado, o que seria capaz de entender direito, já que Ethan e Josh faziam questão de falar o mais baixo possível para que eu não escutasse nada.

Enquanto eu resolvia toda a questão de check-in, Ethan dormia no ombro de Josh, enquanto o mesmo ficava fazendo carinho no meu filho. Indo na direção da sala de embarque, observei Josh e então fui tentar matar a minha curiosidade.

— O que estavam cochichando? - olho para Josh que sorri ao me olhar.

— Ele pediu que eu tentasse te convencer a não ir embora. - dá um impulso com o corpo do meu filho, ajeitando melhor em seu ombro. — E eu disse que infelizmente não daria certo, mas que eu iria visitar ele qualquer dia. Só não sei quando isso vai acontecer, em alguns dias vou precisar ir até NY...

— Fica tranquilo Josh, ele só estava acostumado com você, mas vai passar, não precisa atrapalhar sua agenda para visitar a gente.

— Não é atrapalhar, só preciso organizar, sei que vai dar certo. - ele sorri e me entrega Ethan assim que paramos em frente ao portão.

— Quando der, você liga pra ele, conversa com ele, se der também, sei como você é ocupado demais, e não quero trazer mais uma "obrigação". - digo ajeitando Ethan em meu colo.

— Não sei quantas vezes eu vou ter que repetir que vocês não são um problema pra mim Any, o que não tem de tamanho tem de teimosia. - ele ri e eu dou um tapa em seu ombro — Força tem bastante . - dou risada enquanto ele acaricia seu ombro devagar.

— Desculpa - digo envergonhada pelo que acabou de acontecer

Voo 674 com destino a Los Angeles compareçam ao portão 70. Voo 674 com destino a Los Angeles compareçam ao portão 70.

— Nos vemos por aí então? - digo olhando para Josh que acena e sorri.

— Até mais Gaby, se cuida - ele se aproxima e dá um beijo no topo da cabeça de Ethan, se abaixo um pouco mais, sinto meu coração parar nesse momento, enquanto ele beija meu rosto, há alguns milímetros de encontrar nos meus lábios.

— Você tam...bém. - minha voz falha e eu me afasto com pressa, entrando na fila sem olhar para trás.

Ajeito Ethan no meu colo assim que sento na poltrona e me permiti fechar os olhos por alguns segundos, tentando organizar a mente no lugar.

— Mamãe, cadê o titio Josh? - a voz de Ethan me faz abrir os olhos, ele está sonolento, e confuso.

— O titio já foi amor, volta a dormir no colo da mamãe, volta. - encosto a cabeça dele no meu peito novamente e ouço seu choro baixinho, seguido de um sussurro "queria o titio com a gente mamãe, chama o titio", contínuo os carinhos até que percebo que ele volta a descansar.

"Eu também queria filho" - fecho os olhos e me permito descansar na viagem de volta...

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Los Angeles

Novembro

9 meses depois

Os últimos meses tem sido uma correria total, a sede dos Beauchamps deveria ser entregue no final de Outubro, e depois de alguns imprevistos ela vai ser entregue apenas no começo de Dezembro, o que me faz ter que fazer uma viagem mais longa do que eu esperava para o Canadá.

Durante esses meses, Josh e eu nos aproximamos mais, ele precisou ficar em NY, mas me ligava sempre que conseguia para falar com Ethan e jogar conversa fora. Krystian e Sav conseguiram adotar um menino que tanto queriam, ele se chama Alex e tem 7 anos, Ethan está louco para conhecer o novo amiguinho.

Nesse tempo consegui fechar mais alguns contratos, ter o nome da empresa atrelado aos Beauchamps fizeram ter um reconhecimento maior, não só empresas, mas até casas conseguimos montar os projetos, o que me deixou bem feliz. Jo estava em seu novo cargo, namorando com Harvey, um amigo de Savannah que se mudou para Los Angeles depois que conheceu minha amiga. Sina conseguiu terminar de realizar seu sonho. Ser mãe novamente e abrir sua própria escola, e sem sombra de dúvidas, eu ajudei com a reforma deixando o local da forma como minha melhor amiga sempre sonhou.

Em algumas semanas seria aniversário de 6 anos de Ethan, e Savannah deu a grande ideia de juntar o útil ao agradável. Ela ordenou que a festa fosse feita onde? Isso mesmo, na casa dos Beauchamps, eu quase enlouqueci, é claro. Não que eu não iria chamar Josh para a festa, até porque Ethan fala do titio Josh o dia inteiro, desde quando voltamos, e até mesmo ficou doente quando Josh não pode vir fazer uma visita para ele.

Depois de muito relutar, iríamos para uma fazenda, onde aconteceria o aniversário do meu pequeno. Ethan estava super animado, até descobrir que Josh não iria participar. Confesso que fiquei um pouco chateada também. Mas infelizmente ele teria uma viagem de negócios no dia e não conseguiu desmarcar. Mas Úrsula e Sav estavam preparando tudo com muito carinho mesmo que Ethan não fosse nada da família, o que me deixa extremamente feliz por ver o quão amado meu filho é.

— Mamãe é hoje? - ele aparece animado pulando ao meu lado. — É hoje que eu vou viajar com a tia Sav?

— Sim filho, mamãe está terminando de arrumar suas coisas, ela vem te pegar pra você ir com ela.

— Ebaaa, eu vou poder brincar muito com o Alex né mamãe?

— Sim filho, mas lembra do que a mamãe combinou com você? - ele balança a cabeça dizendo sim. — Você precisa se comportar, não pode ser malcriado com a tia Savannah.

— Eu sei mamãe, e tem que brincar com a Mel também, pra ela não se sentir triste. - ele diz enquanto tenta subir nas minhas pernas, e eu o coloco em meu colo.

— Isso mesmo filho, tem que brincar com todo mundo. A mamãe chega depois de 4 dias.

— 'Axxim' mamãe? - ele me mostra 4 dedinhos e eu sorrio enchendo ele de beijinhos.

— Sim, isso mesmo filho, mamãe vai viajar, mas volta logo pra gente comer muitos "brigadeiros" - sussurro o final em seu ouvido e ele começa a pular de felicidade.

— Ebaaaa brigadeiros - ele bate palmas e logo me abraça.

— Eu vou sentir tanto sua falta, meu amor - agarro ele e aperto sobre mim — Vai ser difícil ficar sem você.

— Mas vai ser 'lápido' mamãe, você não vai nem sentir tanta falta assim. - ele diz me dando um beijinho.

Quando que meu neném cresceu e eu não percebi?

[...]

Semanas depois...

A viagem até o Brasil foi cansativa demais, a empresa está um caos, e meus pais estão pensando seriamente em fechá-la. Ainda bem que Ethan foi com Sav para o Canadá, eu surtaria se ele estivesse aqui e eu estivesse igual uma louca precisando resolver tudo.. Diferente do gestão de LA, no Brasil tudo está complicado. Eu voo era às 02h00 e sai tão tarde ontem da empresa, que acabei perdendo, tive que remarcar para as 04h00 e chegaria no Canadá apenas às 19h00 quase na metade da festa de Ethan, se eu perdesse o aniversário ele, ele ficaria tão chateado.

Pra ajudar, meu celular quebrou ontem, deixei cair dentro da privada enquanto corria para arrumar as coisas no quarto do hotel, e hoje ele não quer ligar. Então estou sem comunicação nenhuma até chegar na fazenda, por sorte tenho todas as informações para chegar na festa.

Dentro do avião, pego um livro e tento distrair minha cabeça com a leitura, os pensamentos de que: eu poderia perder o aniversário do meu filho rondava minha cabeça a todo instante, e eu não me perdoaria se isso realmente acontecesse. Mas cansada como ainda estou, acabo adormecendo minutos depois.

Quando o avião pousa em Toronto, sou acordada pela aeromoça e sem pensar duas vezes levanto correndo para pegar minhas coisas, olho no relógio do aeroporto, e conseguimos chegar 40 minutos antes do previsto, são apenas 1h até a fazenda, então eu teria tento o suficiente para chegar e me arrumar. Agradeço por ter descansado a viagem inteira e estar com uma baita disposição.

Entro no primeiro táxi que vejo, e logo passo o endereço da fazenda Beauchamp, ansiosa demais pela chegada, e claro para ver meu filho.

[...]

Savannah me recebeu assim que cheguei na fazenda, e me levou até seu quarto, para que eu pudesse tomar um banho e me arrumar, a festa acontecia no salão de festas, na parte exterior da casa, segundo ela, teve um pequeno problema com meu quarto, então por isso eu estava no dela, mas que isso seria resolvido logo logo. A loira sai do quarto me deixando sozinha, enquanto me preparo para a surpresa para meu bebê.

Não sei se estou mais ansiosa para ver Ethan, por reencontrar Josh (sim, ele desmarcou a viagem para vim na festa do Ethan) ou para as duas coisas ao mesmo tempo.