Quatro
Olá, quem vai ser nosso narrador hoje!?
Se você amou, não esquece de deixar seu voto e aquele comentário :)
Uma boa leitura :)
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
Canadá
Sábado
08h30
Acordei um pouco mais cedo do que estou acostumado aos finais de semana, não é só porque estou no Canadá novamente para acompanhar a nova sede, mas porque tenho um costume desde que passei por algo na minha vida.
Aos 18 anos, eu namorava com uma menina que conheci no ensino médio, típico casal de ensino médio, jogador de hóquei e a patinadora olímpica, o casal perfeito sobre a neve. Por um descuido ela acabou engravidando e bom, no começo fiquei totalmente assustado com a ideia de ser pai, mas acabei aceitando e acompanhando a gravidez de Cathe, até o último segundo, e quando nasceu, descobri que na verdade eu não era o pai, ela estava em um relacionamento com meu primo, ele nasceu a cara dele, e aquilo acabou comigo.
Foi um dos piores momentos, ainda mais por ter alimentado esse sentimento, ter aceitado a ideia de ser pai, e tudo isso me destruiu no final. Um dos meus maiores sonhos destruídos, sei que tem outras maneiras, mas não sei se estou preparado pra isso.
Mas como de costume, venho todos os sábados (quando estou no Canadá) na praça onde tem bastante criança e fico imaginando como seria se eu estivesse aqui com meu filho, jogando bola? Correndo atrás dele, na pista de skate ou até mesmo ensinando ele a jogar hóquei? Não sei, mas sei que não teria esse vazio dentro de mim.
Enquanto bebericava meu café, observei um menininho correndo atrás da bola, e não sei se foi um sexto sentido protetor ou outra coisa, mas eu corri e puxei ele antes que o carro pudesse pegar o mesmo, derrubando bola, café e tudo que não era importante das mãos.
Sua mãe veio desesperada tirando ele do meu colo, enquanto observava a cena, coloquei as mãos no bolso e memorizei cada detalhe daquele momento. Principalmente em como a mulher à minha frente me chamou atenção, a elegância da sua roupa, combinando perfeitamente e sendo modelada em seu corpo, a forma como algumas peças simples deixaram a beleza de seus cachos e seu sorriso mesmo contido ser bem evidente. E quando nossos olhos se encontraram, foi como ter uma faca fincada no meu peito, um sentimento que nunca pensei que sentiria novamente.
— Obrigada moço — uma moça loira apareceu atrás da cacheada na minha frente.
— Não precisa agradecer. - respondi em seguida, enquanto olhava os dois ainda, querendo saber se estava tudo bem com ele.
— Obrigada mesmo, ele não é de sair assim correndo, não sei o que teria acontecido se você não estivesse aqui - vejo ela sorrir e ali não consigo ouvir mais nada direito. Mas desperto quando ouço: te pagando outro?
Gabrielly e eu seguimos até a cafeteria com Ethan, e tivemos um restinho de manhã agradável, descobri que ela é empresária também, e estava a trabalho no Canadá, Ethan é uma das crianças mais fofas que eu já conheci na vida, ele é fofo mesmo, e eu me apaixonei em tão pouco tempo.
Mas como tudo que é bom, dura pouco, precisava ir buscar minha irmã e meu futuro cunhado no aeroporto, então me despedi dos dois, peguei o número de Gabrielly e fui buscar Savannah e Krystian.
[...]
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
Canadá
Segunda-feira
08h00
Domingo foi a maior correria, não consegui parar em casa, motivo: Úrsula e Savannah me fazendo de motorista o dia inteiro, procurando mil coisas para o aniversário da minha irmã em algumas semanas, passei na frente da praça algumas vezes, mas não encontrei os rostos que eu queria encontrar, quando fui mandar mensagem para Gabrielly, meu celular descarregou e quando cheguei em casa era tarde da noite. Precisava dormir para encontrar o representante das empresas Soares 's para os últimos acertos.
Quando cheguei me surpreendi com o que estava a minha frente. Gabrielly, mais elegante ainda do que no dia do parque. Vestindo um calça preta, uma blusa branca com listras verticais na cor preta, que estava suavemente colocadas dentro da calça, um salto alto e sobre sua cadeira, um sobretudo preto que completava o look. Seu cabelo estava solto, como no dia do parque e seu rosto coberto por uma camada fina de maquiagem, que por mim ficaria perfeito até sem.
— Gabrielly/ Kyle? - falamos ao mesmo tempo
— Vocês se conhecem? - Savannah questiona
— Nos conhecemos no sábado, foi ela que comentei sobre ter ajudado na praça logo quando busquei vocês no aeroporto... - digo tirando meu sobretudo e pendurando na cadeira. O clima no Canadá despencou em dois dias, e estava muito frio.
— Meu Deus que mundo pequeno. - ela dá uma risada e olha assustada para sua assistente que segura o riso também.
[...]
Não vou negar que me perdi em seus olhares, e a forma como ela falava, apresentava e entendia do projeto, não erramos em ter fechado negócio com eles. Realmente Gabrielly faria um ótimo trabalho. Mas em um momento da reunião, Gaby saiu apressada e preocupada da sala, esperei alguns minutos e saí atrás.
Descobri que Ethan estava mal desde sábado e não pensei duas vezes antes de ir com ela até o Hospital, voltei para sala, peguei sua bolsa e avisei Savannah que precisaria sair com Any e que havia acontecido algo com Ethan, para continuarem sem a gente, que qualquer coisa que eles decidissem estava ok para mim.
Any e eu (descobri dentro do elevador que seu primeiro nome era Any) seguimos até o hospital, e quando chegamos, nós dois saímos em direção a recepção, então fui pedir informações sobre Ethan. E fomos em direção a ala de pediatria, onde encontramos uma moça com ele no colo. Any correu pegando o mesmo e abraçando, parei ao lado dela enquanto observava a cena.
— Ethan Soares. - Ouço uma voz conhecida e me viro, vendo minha mãe chamar o mesmo e se assustar quando me vê ali. — Joshua? O que está fazendo aqui? - ela se aproxima.
— Oi mãe, vim acompanhar uma amiga. - digo parando ao lado de Any. — Srta. Gabrielly é responsável pela nova sede, mas infelizmente o filho dela ficou doente, e estávamos em reunião, então trouxe ela.
— Muito prazer - Any diz estendo a mão para minha mãe, que cumprimenta a mesma e sorri dando espaço para que ela entre na sala.
Any então entra com Ethan e a babá dentro da sala para explicar o que havia acontecido, e eu fico sentado esperando os três, olhando todas as bolsas. Enquanto observava a televisão com um desenho de criança e dou risada lembrando as coisas que eu assistia na minha época. Minutos depois, Any sai da sala um pouco assustada, levanto e vou até ela preocupada.
— O que aconteceu? - vejo ela passar a mão em seu rosto.
— Ele vai precisar tomar uma injeção, mas eu não tenho estruturas para ver ele sofrendo com isso... - ela exclama e eu dou risada baixinho.
— Tem medo de injeção Any? - pergunto e ela concorda com a cabeça. — E a babá?
— Também, mas ela disse que vai tentar ser forte, porque eu realmente não consigo. - ela senta em uma das cadeiras.
— Eu vou lá, ele é forte e vai ficar tudo bem.
— Não precisa Josh, eu já estou incomodando demais. - ela suspira um pouco, chateada?
— Não vai ser incomodo nenhum, já disse. - digo indo até a porta do consultório da minha mãe, e entrando após bater. Vejo a babá de Ethan tremendo enquanto segura ele, e minha mãe tentando confortar os dois. — Vim ajudar, mãe. Pode esperar com a Any se preferir. - digo sorrindo e pego Ethan no colo que me dá um sorrisinho singelo. — E ai garotão? Vamos ficar melhor? - Ele balança a cabeça dizendo sim. —Ótimo, e assim que você melhorar, o tio vai te levar em um lugar bem legal, então vamos lá.
Minha mãe observava tudo sorrindo, enquanto eu conversava com Ethan e distraia ele, tanto que minha mãe aplicou a injeção em sua perna, enquanto ele conversava comigo sobre o parquinho e nem sentiu nada.
— Prontinho garotão. - Minha mãe entregou um pirulito pra ele que sorriu como agradecimento.
— Viu, falei que não ia doer pequeno! - bagunço um pouco seus cachos e ele encosta em meu peito, enquanto saboreia seu pirulito.
— Posso entrar? - Any apareceu na porta, apreensiva, mas logo quando me viu com Ethan no colo, e o mesmo quietinho, ela sorriu.
— Claro querida, fica à vontade. - minha mãe deu espaço para ela enquanto voltava para sua mesa. Anotando algumas coisas e fazendo a receita para Any. — Ele é um garoto forte demais, e vai ficar bem. Precisa apenas medicar ele, e fazer bastante repouso por uns dois dias e ele vai estar novinho em folha para aproveitar o restante da viagem.
— Obrigada Dona Úrsula. - Any sorri e faz um carinho no cabelo de Ethan.
— Sem o Dona, por favor, apenas me chame de Úrsula.
— Obrigado mãe, nos vemos mais tarde! - digo levantando com Ethan no colo.
— Josh obrigada de verdade por tudo isso. - Any diz assim que saímos da sala, já pegando Ethan no colo, que deita em seu ombro, assim que termina de chupar seu pirulito.
— Já disse que não precisa agradecer, não foi nada. Creio que querem voltar para casa, então vou levar vocês duas.
— Não precisa, eu chamo um táxi... - diz e quando me olha cruzo os braços e ergo uma das sobrancelhas.
— Não vou nem responder. - digo pegando a bolsa de Any sobre o banco e ajudando a babá com algumas coisas de Ethan e seguindo para meu carro novamente.
Any decide ir atrás com o pequeno, e sua babá vem sentando na frente, ponho o endereço no GPS e sigo em direção a sua casa. Confesso que em alguns momentos me peguei olhando pelo espelho os dois, Any fazendo carinho em seu rosto enquanto o mesmo dormia tranquilamente, seu sorrisinho de lado, e todo o jeitinho parecido.
Penso que fazem apenas 3 dias que conheço os dois, e me apeguei ao pequeno, como se tivesse acompanhado seu nascimento desde o começo.
— Estão entregues. - digo após ajudar Any com as coisas até a porta.
— Obrigada... Jenny, pode entrar e colocar ele na minha cama por favor? - diz entregando Ethan para a babá que assente e entra dentro da casa. — Mais uma vez, muito obrigada de verdade.
— Para de ficar agradecendo Any, não se preocupa, como eu havia dito, a saúde da nossa família é mais importante que o trabalho. Por isso, quero que mande apenas sua secretária para a empresa esses dois dias que o Ethan precisa de descanso e acompanhe de casa, não quero te encontrar nos corredores da empresa. A obra pode esperar. - Quando termino minha fala, a cacheada a minha frente sorri e me surpreende abraçando.
Envolvi minha mão calmamente em sua cintura, enquanto sinto seus braços em meu pescoço. Ficamos assim por alguns minutos até nos afastarmos e sorri sem graça.
— Qualquer coisa pode me ligar ok? - digo antes de me afastar lentamente até o carro. — Quando Ethan melhorar me avise, tenho uma promessa a cumprir.
— Que promessa? - ela pergunta confusa.
— Quando melhorar você me avisa, tá bom? Tchau Any. - sorrio e entro no carro, acenando pela janela e dando partida logo em seguida.
Como estão?
Gente, tentei achar um Josh na Amazon e não encontrei, juro, olha que perfeição de homem...
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