Capítulo 44-Amizade íntima

Logan estacionou o carro e mesmo que eu insistisse que ele ficasse no mesmo. Ele não me ouviu e fez questão de entrar comigo. Eu sabia que Tate e Ben não iam com a cara de Logan, e eu esperava que não tivesse confusão. Não precisei bater na porta, simplesmente fui entrando eu era de casa. Senti os olhos de Logan sobre mim, mais não ousei olhá-lo.

—Você entra sem permissão?.—perguntou.

—Tenho permissão pra isso.—fechei a porta.—Tate!.—gritei.

Caminhei até o pé da escada. Olhando para cima e nem sinal de nenhum deles.

—Tate, você tá aí!?.—gritei, no pé da escada.—Ben, Chad, Will, Colen, James, alguém!.

—Devem está dormindo.—Logan disso.

—Vou subir.—faço menção de subir, mas sua mão me impede.

—Subir? Para o quarto do Tate?.—sua pergunta saiu áspera.

—Vou bater na porta dele. Para acordá-lo, preciso do meu celular.—digo e ele ainda continua sério.

—Charlotte...

Charlie?.—a voz de Tate soou e eu olhei pra cima.—O que tá fazendo aqui?.—perguntou, já descendo as escadas.—E com ele?.

—Eu vim pegar meu celular, Logan me deu uma carona.—sai do seu toque.—Desculpa te acordar.

—Não precisa se desculpar, catwoman.—sorriu e se aproximou mais de mim.—Seu celular ficou no meu carro, vou pegar para você.

—Eu espero.—sorrir e ele passou por mim.

Logan e Tate se encararam de forma séria. E Tate passou por ele sem dizer uma única palavra.

Catwoman?.—Logan me olhou.

—É um apelido que ele me deu. Desde a festa de halloween do ano passado.—dei de ombros.

—São tão íntimos, que ele te deu uno apelido.—cruzou os braços, parecendo emburrado.

—Tate tem sido um ótimo amigo. Não vejo mal algum, no apelido.—me encostei, na madeira da escada.

—Claro que no vê, é ingênua.—disse ríspido, e eu revirei os olhos.

—Deveria parar de implicar com o Tate. Ele é meu amigo.

—É, Io também sou e somos muito íntimos.—disse com o duplo sentido.—E você sabe que ele também quer ser assim.

—Eu não sei de nada.—desviei o olhar.

—Você sabe.—insistiu.

—Aqui!.—Tate voltou, com meu celular em mãos.—Acho que está descarregado.

Parou na minha frente e estendeu o celular, e eu o peguei.

—Ah, não tem problema.—sorrir para ele.—Obrigada, agora pode voltar a dormir.

—Não quer tomar café da manhã comigo?.—sorriu de lado.

—Ela já tomou.—Logan disse rude, e ficou ao meu lado.—Já pegou o celular, vamos.

—Eu estou falando com ela. Não se meta nisso.—Tate o encarou sério.

—E Io estou dizendo que ela, já comeu. No precisa comer con você.—Logan o encarou da mesma forma.

Parecia que iria matá-lo.

—Você não é nada dela para dizer alguma coisa. Charlotte e eu somos melhores amigos, se conforme no seu lugar, Logan!.—Tate disse de forma irritada.

Mio lugar garanto que é mais importante, que o suo, idiota!.—Logan retrucou de forma rude.

—Do que me chamou?.—Tate avançou seu corpo, e eu me meti no meio.

—Sem brigas!.—repreendo, e eles ainda se encaravam, na base do ódio.—Vocês dois são meus amigos. Deveriam se dá bem!.

—Ser amigo dele, é como ir para o inferno, Charlie.—Tate me olhou indignado.

—Não se preocupe, o inferno já está cheio de babacas!.—Logan zombou, e Tate travou a mandíbula.

—Para, Logan!.—o olhei séria.

—Sério, como você consegue andar com ele? Ele é um idiota, Charlie!.—Tate me olhou, questionado.—Você é melhor que isso.—olhou para Logan, com desdém.

—Você não entende.

—Não entendo mesmo, esse cara não é confiável!.—Tate disse, e bufou.

—Quem decide se sou é ela, no você. Então fique na sua!.—Logan disse e eu via nos seus olhos, irritação.—Charlotte, podemos ir?.

Ele me olhou sério. E eu sabia que estava se controlando, para não arrebentar o Tate.

Charlie?.—Tate me chamou.

—Eu preciso ir, obrigada por devolver meu celular. Até depois.—passei por ele, agarrando o braço de Logan.

Io no suporto ele!.—Logan disse bravo, quando chegamos do lado de fora.

—Eu percebi!.—soltei o braço dele.—Não podem viver brigando.

—Diga isso a ele!.—apontou para trás.—Ele tá achando que é algo suo.

Ele é meu amigo. Só quer me proteger.—defendi Tate.

—Ninguém precisa te proteger de me.—bufou.—Io nunca te machucaria.

—Eu sei.—suspirei.—Podemos por favor, parar de discutir sobre isso?.

—Ok, no quero discutir. Principalmente por causa daquele bastardo.—o repreendi com o olhar, e ele revirou os olhos.

Terminava de finalizar o gloss na boca e me vejo perfeitamente pronta. Sorrir abertamente sabendo o efeito que minha roupa, iria causar nele.

—Você tá tão gostosa!.—Molly elogiou.—Logan vai infartar!.

—É isso que eu quero!.—pus o gloss sobre a penteadeira.

Mexi nos cabelos que caíram em minha cintura. Eu usava uma saia de couro curta, e um cropped corselete preto que realçava o formato dos meus seios, e marcava minha cintura. Eu não era uma pessoa magra, sem curvas, eu não era um padrão americano. Para uma americana, eu tinha coxas grossas, bunda grande, cintura larga, quadris largos, o que chamava atenção.

A maioria das garotas americanas tinha o corpo magro, sem muitas curvas, porém, eram lindas do mesmo jeito. Meu celular vibrou e era Logan, dizendo que já havia chegado.

—Ele chegou?.—Molly perguntou, jogada na cama.

—Sim, preciso ir descendo.—dei mais uma olhada no espelho, e peguei minha bolsa pequena preta.

—Seja lá o que for que esteja rolando entre vocês dois. Está te fazendo bem.—se levantou, e veio até mim.—Parece até apaixonada.

—Não seja ridícula.—rir.—Somos só amigos, apenas.

—Me engana que eu gosto.—piscou e eu revirei os olhos.—Agora vá, seu garoto tá esperando.

—Não me espere acordada.—dei um abraço nela.

—Claro que não vou esperar. Vou estar ocupada transando.—zombou e eu rir.

—Use camisinha!.—gritei caminhando até a porta.

—Você também gostosa!.—gritou.

Rir e fechei a porta.

A ideia de transar com Logan me passou pela cabeça. Eu me sentia ansiosa e determinada. Eu queria isso, mesmo com o meu passado, eu queria. Eu tentaria ser feliz, ser livre, ser uma jovem normal, e esquecer o passado por mim, pela minha mãe, por Chloe.

Caminhei pela passarela me sentindo radiante e muito linda, como nunca me senti antes. Não sei o que estava acontecendo comigo, mas me sentia leve e contente. Não sabia explicar, mas meu coração batia forte e me sentia ansiosa em vê-lo. O avistei encostado no seu carro, tão lindo e sexy. Com sua jaqueta de couro preta, os cabelos bem penteados.

Meu coração acelerou e me senti como uma adolescente nervosa. Seus olhos pousaram em mim e me analisaram da cabeça aos pés. Tremi inteira sobre seu olhar, que parecia me comer viva.

Cazzo!.—esbravejou, e se indiretou.

—Gostou?.—dei uma voltinha, dando um sorriso provocador.

—Você está absolutamente, meravigliosa!.se aproximou e pegou minha mão, a levantando, e analisando minha roupa.—Você quer que eu enlouqueça!.

Joguei a cabeça para trás rindo e sua mão envolveu minha cintura, e me puxou para seu corpo.

—Você é linda pra caralho, Charlotte.—disse perto da minha boca.—Una bella tentação para me.

Espero que seja um bom menino. E não se perca.—deslizei minhas mãos, por seu peitoral.

—Serei uno buono ragazzo, se gosta assim.—apertou minha cintura, e mordeu o lábio.—Vamos, serei uno cavalheiro hoje.

—Vamos ver se você consegue.—pisquei e mexi nos cabelos, jogando para trás, deixando o decote amostra.

Logan desceu o olhar, e vi sua mandíbula flexionar e sua mão apertar minha cintura, com mais força.

No provoca, posso mudar de ideia rapidinho.—ameaçou e se afastou, abrindo a porta.—Entre mia dama, serei suo chofer.

Rir e entrei no carro, em seguida, ele fechou a porta e deu a volta no carro.

Veremos até quando esse cavalheirismo irá durar.

Surpreendentemente, Logan me trouxe a um restaurante. Não qualquer restaurante, e sim, um dos mais requisitados de Pullman. Era Italiano e pelo que eu vi falar, a comida daqui era excelente, porém caríssima. Só os ricarssos gastavam aqui.

—Logan, esse restaurante é muito caro.—digo enquanto encaminhamos até a entrada.

No se importe con isso.—ele agarrou minha mão.—É mia dama, isso é pouco, diante do que merece.—sorriu.

Meu coração acelerou, e sorrir abertamente, diante das suas palavras.

Mia dama.

Uma simples frase me fez quase saltar eufórica. Caminhamos pelo hall e Logan foi atendido rapidamente parecendo um deus ao atendente. Logan era educado e formal o que surpreendeu.

Sr. Vacchiano reservamos a melhor mesa, para o senhor.—o homem de terno disse, sorridente e formal.

Grazie Rafael, sempre é atento.—Logan puxou a cadeira para mim, e eu sentei.

—Pedirei ao garçom trazer os cardápios.—avidou Rafael.

—Faça isso.—Logan disse e Rafael pediu licença, e se retirou.

—Wow, você parece um homem formal.—zombri rindo.

—Quando quero, Io sou.—piscou sorrindo de lado.—E aí, gostou do restaurante?.

—Sim, é tão lindo, clássico.—olhei envolta.—As pessoas são tão chiques e bonitas.

—Você é a mais bella entre elas.—elogiou e eu corei.—Esse restaurante tem a melhor comida.

—Eu sei, ouvi falar. Mas nunca tinha vindo aqui, é muito caro.

No se preocupe con o preço, peça o que quiser, no precisamos pagar nada.—disse sorrindo torto.

—Como assim? Por que não vamos pagar nada?.—franzi a testa.

—Porque, Io sou o dono daqui.—ele sorriu e eu abri a boca num O, perfeito.—Surpresa?.

—Na verdade sim.—admiti.—Você é dono de boate, de um restaurante, tem algo mais?.

—Por enquanto, é só o que irá saber.—piscou.

O garçom veio e entregou os cardápios. Mas eu tinha perguntas.

—Logan, você é rico isso é óbvio. Mas isso tudo é fruto de trabalho ou você vem de família rica?.—pergunto curiosa.

—Fruto de trabalho, trabalho desde os dezoito, em negócios con mio fratello. Vim de família rica, mas o mérito é todo mio, eles no tiveram nada haver con isso.—respondeu simples.

—Não sabia que tinha irmãos.

—Tenho tre, Damon é o mais velho, Aaron e Adele, são os mais novos.—mexeu em seu cabelo.

—Eles moram aqui?.—o olho fixamente.

—Moram em Seattle.—suspirou e olhou para o cardápio.—Já escolheu o que vai pedir?.—mudou o assunto.

Eu sentia que ele não queria mais falar sobre isso. E por mais curiosa que eu fosse, decidi respeitar. Ele falaria sobre ele no seu tempo e eu esperaria isso.

—Não sei, não entendo de comida italiana.—dou de ombros.

Bucatini all’amatriciana e Bistecca alla Fiorentina, são excelentes opções, vale apena experimentar.—diz e eu olho no cardápio.

Os dois parecem pratos excelentes, um sendo massa e outro carne vermelha. Porém, Bucatini all’amatriciana me atraiu e por isso, acabo optando por ele. Logan preferiu Bistecca alla Fiorentina dizendo ser seu prato preferido. E eu guardei isso no memória.

—Devo dizer que essa roupa, cai bene em você.—disse enquanto esperávamos os pratos.

—Ah, é?.—me inclinei, apoiando às mãos no queixo, encarando-o fixamente.

Sì, principalmente con essa saia apertada.—me encarou de jeito malicioso.

—Lembre-se Logan, um cavalheiro.—sorrir de lado.

—Estou sendo, Fragola. Em nenhum momento enfiei mia mão por debaixo dessa saia.—sorriu cafajeste, e eu apertei minhas coxas uma na outra.

—Ainda.—sorrir de lado.

—Você quer isso? Mia mão aí embaixo?.—mordeu o lábio de modo sedutor.

—Por enquanto não. Estou gostando de ver você, como um homem respeitável.

Io sou uno homem, muito respeitável.—se gabou.

E nossos pratos chegaram quentes e cheirosos. Levei a primeira garfada de massa a boca e quase gemi. Era tão bom, o gosto era sensacional, o melhor. Definitivamente a culinária italiana tinha virado a minha preferida, graças a Logan.

—E aí, gostou?.—perguntou me fitando.

—Eu adorei, isso é maravilhoso!.—disse animada e ele sorriu.—Você me viciou na culinária Italiana, espero que esteja feliz agora.

—Estou, e ainda há muito mais comidas para provar.—sorriu e levou seu pedaço de carne, até a boca.

O vi soltar um pequeno gemido e encarei a cena. Ele degustando devagar fechando os olhos e sua mandíbula flexionado, a cada mastigada. Sua língua passou pelos lábios, e os lambeu. O pequeno gesto me prendeu a atenção, e parecia que tudo estava em câmera lenta.

Logan me olhou e eu desviei o olhar rapidamente, envergonhada. De  soslaio pude o ver sorrindo para mim de forma convencida.  Decidi me concentrar na comida e ignorar o fogo embaixo da saia. Pude sentir seus olhos em mim, mas não ousei olhar poderia me perder no seu olhar.

Terminamos de comer e eu estava satisfeita. Conversamos com calma, o que era estranho porquê vivíamos brigando.

—Espero que tenha gostado.—disse.

—Eu adorei.—sorrir sincera.—Nunca tinha saído para jantar com ninguém. Me fechei para encontros ou garotos. Nunca soube o que era sair para jantar, com alguém.

—Agora saberá, comigo.—sorriu.—Farei você viver, experimentar coisas novas. Fazer você viver sua vida, Charlotte.

—Já está fazendo isso. E eu agradeço, Logan.—digo sincera, com meu coração disparado.—Nunca imaginei que estaria aqui com você. Mas estou, você me ouviu, guardou meu segredo, me ajudou. Nem sei como agradecer.

—Agradeça sendo una persona feliz que vença seus medos.—agarrou minha mão, por cima da mesa.—Somos amigos agora, no irei te deixar vou te proteger sempre.

Sorrir sentindo meu coração esquentar. Segurar sua mão, me trazia uma sensação boa e segura. Nunca imaginei ouvir essas palavras dele. E agora eu ouvia elas, e era tão bom. Olhei para trás dele  vendo uma pequena pista de dança com músicas românticas. E pessoas dançando calmamente, com seus pares.

—Vamos dançar?.—o olhei.

—O que? Dançar?.—perguntou confuso.

—Sim, o restaurante é seu. É o certo o dono dançar uma música.—me levantei.—Vai me negar?.—sorrir.

—Claro que no.—sorriu e se levantou, agarrando minha mão.—Sou uno ótimo pé de valsa.

—Veremos.—sorrir e o puxei até a pista.

Logan rodeou minha cintura me trazendo mais para perto, e eu inalei seu cheiro. Deslizei minhas mãos até seu pescoço o segurando, olhando para seu rosto. Mexemos nossos corpos devagar, sem pressa, no ritmo da música.

—É, até que você é bom.—elogiei e ele sorriu.

Um sorriso genuíno, não debochado ou sarcástico. Era um sorriso sincero e bonito.

Io disse, sou uno pé de valsa.—disse e em um movimento rápido.

Pegou meus braços e os deslizou pegando minha mão, e me girando. Fazendo minhas costas ficarem viradas para ele. Seus braços circularam minha cintura e guiou meus passos. Girei olhando para seu rosto apoiando minhas mãos, em seus braços. Logan me olhava de um jeito diferente, eu não sabia explicar. Parecia admiração, cuidado, carinho, proteção.

—Por que me olha assim?.—perguntei, olhando em seus olhos.

—Você é incrível, sabe disso, no é?.—perguntou.

—Eu..., Bem, não sei dizer.—abaixei o olhar.

—Olhe para me.—pediu de um jeito calmo.

Assim fiz, olhando para seus olhos pretos profundos.

—Você é, e no deixe ninguém dizer o contrário.—prosseguiu.—Você irá se ver assim, Io sei que vai.

—Por que diz isso?.

—Porque Io te entendo. Sei como é se sentir un nada, vulnerável, sem importância para as persone.—suspirou.—De que nunca irá se reerguer e que suo passado, nunca irá deixá-la.—levou uma das suas mãos para minha bochecha.—Io te entendo, Charlie. Por isso, estou ajudando você, por isso estou aqui. Sempre estarei aqui no vou tirá-la da mia vida, nunca mais.

—Obrigada.—falei e o abracei.

Ele envolveu meu corpo com firmeza. Parecendo com medo de me soltar.

No irei te abandonar, como ele fez.—disse baixo, contra meus cabelos.—Io prometo, Fragola.

Apenas concordei com a cabeça ainda agarrada a ele. Sentia meus olhos molharem. A sensação do seu abraço era tão boa e aconchegante. Eu me sentia protegida, pela primeira vez na vida. Está perto do Logan me trazia um misto de emoções. Eu sempre ficava nervosa, sempre ficava na defensiva, ao mesmo tempo, eu gostava da companhia dele, do toque dele. Das nossas implicâncias, da forma como ele dizia me proteger.

Nunca me senti de fato protegida por alguém. Sempre me protegi criei barreiras entorno de mim, para evitar a dor. Mas Logan estava sabendo atravessar essas barreiras, e eu não tinha mais como impedir isso.

Senti seu queixo no topo da minha cabeça, enquanto nos movíamos, devagar. Seus braços a minha volta me traziam segurança, e eu sabia, que ele nunca me machucaria.







Perdoem a demora, ando ocupada ultimamente, tentarei postar mais um mais tarde ♥️

O próximo capítulo terá hot 🔥

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