Capítulo 14-Tentação
Mais uma noite e eu estava aqui outra vez. Para trabalhar. Confesso que boate não era bem o lugar, que eu queria trabalhar. Mas eu precisava, e também, não era tão ruim. Tirando o fato do Logan ser meu chefe.
—Boa noite, raposinha.—Ethan sorriu pra mim.
—Boa noite.—sorrir e me aproximei dele.—Ainda tá tão vazio.
—É cedo ainda, mas tem pessoas nas mesas.—apontou.
Peguei o bloquinho e a caneta e dei a volta na bancada, indo atender a mesa. Todas eram garotas, muito bonitas por sinal.
—Boa noite, gostariam de pedir algo?.—sorrir simpática.
—Queremos uma garrafa de champanhe bem gelada, por favor.—a loira bronzeada falou.
—Algo mais?.—perguntei.
—Eu quero um martini.—a morena disse e eu anotei.
—É só isso, obrigada.—a loira agradeceu e eu voltei para a bancada.
—Ethan, me dá cinco taças e uma garrafa de champanhe bem gelado. E, prepare um martini por favor.—pedi.
—Claro gata.—sorriu e caminhou pelo seu espaço.
Ethan entendeu a bandeja redonda e preta,e em seguida das taças. As coloquei encima,e Ethan me entregou um champanhe, num baldinho de gelo. Eu tinha equilíbrio em carregar bandejas, aprendi trabalhando em lanchonetes. Voltei para mesa, colocando o baldinho sobre ela e as taças.
—Trarei seu martini em um instante.—avisei a morena, que concordou.
Sai de volta ao balcão, pousando a bandeja sobre ele.
—Ethan, o martini tá pronto?.—perguntei, e ele veio com uma taça arredondada na mão.
—Aqui.—estendeu.
—Tem um probleminha, eu não sei abrir champanhe.
—Sem problemas, fique aqui, eu vou. E levo o martini.—deu a volta no balcão.
—Obrigada.—agradeci e ele sorriu.
Dei a volta no bar, ficando em seu lugar. O vi sorrir para as meninas, que pareciam animadas com ele. Galanteador. Sorrir e dei uma limpada no balcão, com o pano e produto, enquanto os outros garotos atendiam. Observei às pessoas entrando, e voltei a limpar a bancada e Ethan se aproximou.
—Consegui dois contatos.—sorriu animado.
—Eu percebi, como elas ficaram animadas com você.—rir e ele deu a volta no bar.
—O que posso fazer, se sou sexy.—se gabou e eu dei risada com ele.—Pode deixar, eu limpo aqui, pode ir atender.
Sorrir e me afastei. Fui atender outra mesa, enquanto as meninas, atendiam às outras. Não tinha visto Logan, desde então. Não que eu estivesse o procurando, apenas não o vi. Será que haveria show hoje? E ele dançaria novamente?. Minhas pernas tremeram, ao lembrar de ontem, ele estava tão sexy lá encima.
Não, não, não, parou Charlotte!.
Neguei com a cabeça e foquei no meu trabalho. Tinha se passado cerca de duas que eu estava aqui, e nada dele ou de show.
—Aqui, o pedido da mesa sete.—colei a folhinha no quadro.—Não haverá show hoje?.
—Sim, daqui a pouco começa.—falou preparando uma bebida.
Dei de ombros e vi que as mesas já estavam todas atendidas, e que Ethan estava atendendo no bar. Então resolvi ajudá-lo. A música parou, e seu sabia que era hora do show. Mas, só a garota loira apareceu no palco, com sua máscara. Dixie.
Então os garotos tomaram os lugares das garotas, do pole dance e subiram. Dessa vez eles estavam vestidos diferentes de ontem, cada um com uma fantasia. O bombeiro, o médico, o policial, o mecânico e por fim, o motoqueiro. Todos eles estavam quentes em suas fantasias, que marcavam os peitorais. Foquei no motoqueiro, que tinha sua máscara de hacker, e eu sabia que era ele.
Vi ele movimentar a cabeça, parecendo está varrendo o lugar com o olhar, até parar em mim. Eu sabia que ele estava me olhando, seu rosto estava virado na minha direção. Eu podia ver facilmente o seu sorriso cafajeste, por trás da máscara. Ele tava simplesmente gostoso, naquela fantasia. A música soou pelas caixas tocando. Eles começaram se mexer encima do pequeno palco do pole dance, de maneira sexy, segurando na barra.
Seus corpos começaram a se mexer, inclinando-se um pouco para trás, e mexendo os quadris na batida da música. Logan segurava a barra firme, com ela entre suas pernas abertas e os joelhos dobrados, e o corpo inclinado para trás, mexendo a cintura, junto com os quadris. Os garotos fizeram o mesmo movimento, e Dixie acompanhava do palco, porém de forma mais sexy e feminina. Apesar dos garotos saberem dançar, seus movimentos não era afeminados, pelo contrário.
Era bem másculos e obscenos, o que levava as mulheres à loucura. Logan se ergueu e começou a retirar a jaqueta, revelando seus braços definidos e tatuados, acompanhados da regata preta. Sua calça tinha correntes de ambas as partes, assim como as botas nos seus pés. Seu cinto era todo decorado com pontos afiados e pratas, com a fivela de uma caveira na frente e sua calça tinha rasgos. Suas mãos tinha luvas, decoradas com as mesmas pedrinhas do cinto. Ele deslizou a regata até seu tórax, exibindo seu abdômen, enquanto mexia os quadris.
Olhei para os meninos que também começavam tirar a parte de cima, de maneira sexy, revelando suas barrigas definidas. Vi o policial tirar a camisa, e soube que era Gabriel, ele tinha duas serpentes desenhadas por cima dos ombros. Vi que Kai era o médico, pois não tinha nenhuma tatuagem em sua pele. Ele tinha o abdômen trincado e o peitoral duro, e quase perdi o ar, quando ele jogou os quadris pra frente, imitando uma esticada.
Eu reconhecia todos eles, pelas peles. Ontem os vi sem camisa e sem as máscaras, então sabia quem era quem, por trás delas. O mecânico era Phillip e o bombeiro, o Jack. E estranhamente, a fantasia se adequava em cada um. Eles sabiam seduzir, sabiam que eram quentes e usavam isso, ao seu favor. Eu nunca pensei que iria gostar tanto, em ver um show de stripper.
Mesmo eu não gostando deles, eu tinha que admitir. Eles eram de deixar, qualquer calcinha molhada. E eu apostava, que quase todas aqui, estavam molhadas. Voltei olhar para Logan, que virou seu rosto para mim, mexendo os quadris, e deslizando as mãos pela barra da regata e a retirando, jogando-a para longe. Eles deslocou as mãos pelo tórax, descendo devagar até o topo da sua calça, com sua cabeça virada em minha direção.
Ele fez um movimento com as mãos. Como se estivesse pegando um quadril e o cabelo de uma mulher, e começou movimentar seu quadris para frente e para trás, e aquilo era sexy para caralho. Ofeguei, porque eu sabia que ele estava fazendo aquilo, olhando pra mim.
Por que eu estava tão ofegante e quente?.
Minha parte íntima latejava e meu corpo queimava, e apesar de tentar ignorar isso, era mais forte que eu. Agarrei com força a bancada, o vendo segurar na barra, e empurrar seus quadris na direção da mesma, perecendo uma cobra deslizando pelo chão, suas costas, costelas, barriga, pareciam não ter ossos, de tão moldadas ficavam com os movimentos.
E de repente, os garotos de espalharam pelo salão, indo até às mesas, pegando uma garota de cada vez, dançando sensualmente para ela. Pulei de susto, quando Logan subiu rapidamente na bancada, ficando de pé. Olhei para cima abismada, vendo seu olhar sobre mim. Ele se mexia sensualmente, dobrando os joelhos e bagunçando os cabelos. Observei seu corpo, vendo linhas de veias, saindo pelo cós da calça, em sua pelvis, fazendo trilhas até um pouco abaixo do seu abdômen, não eram tão fortes, mas dava para ver. Seus antebraços também tinha várias, essas porém, eram mais fortes, o que deixava mais atraente.
Logan estava literalmente dando um show para mim, encima da bancada, e eu o olhava de boca aberta, abismada pela sua ousadia. E então ele foi descendo,até ficar de joelhos perante mim, com os olhos colados nos meus. Ele foi aproximando seu rosto do meu e eu engoli seco. Sua mão enluvada foi para meu queixo e seus dedos deslizaram para baixo, tocando minha garganta e indo para a lateral. Ele curvou e seu rosto mascarado, foi para minha orelha, senti que ele tinha afastado um pouco a máscara, de sua boca. Pois senti seu hálito quente, contra minha pele.
—Tá gostando do show, Piccolina?.—perguntou num sussurro, rouco.—Aposto que deve tá toda molhada, suo boceta deve tá contraída nesse momento, implorando para ser fodida.—ouvi seu riso contra meu pescoço.
Mordi o lábio, contendo a excitação que corria pelo meu corpo. Eu nunca me senti assim, tão necessitada por algo. E apesar de odiá-lo, Logan sabia como seduzir, o que era uma droga.
—Ela tá muito bem, esse seu show, não molha nem minha boca, quem dirá minha calcinha.—zombei, mentindo na maior cara dura.
—Ah é? Então no se importaria se, Io metesse a mão, para confirmar, no é?.—sua voz saiu mais profunda agora.
—Se tocar em mim, eu quebro suas mãos.—ameacei e ele riu.
Sua mão subiu para minha garganta, e as bolinhas cutucaram minha pele, e então, ele envolveu minha garganta com sua mão. Ele afastou o rosto do meu pescoço, e me olhou por baixo da máscara. Seu olhar era intenso e profundo. Eu percebia os olhares sobre nós, mas Logan e eu, estávamos focados em encarar um ao outro. Ele chegou seu rosto perto do meu, por baixo da máscara, mantendo sua grande mão na minha garganta, que a fechava toda. Ele não estava me sufocando, apenas a mantendo ali.
Meu corpo tremeu, e eu tinha uma vontade imensa de tirar sua mão dali, e correr. Mas me segurei no lugar, Logan não era eles. Aquilo não aconteceria de novo, eu não deixaria.
—Acha mesmo que faria isso? Fragola?.—sua voz ainda era profunda.—Io poderia facilmente, te pôr encima desse balcão, e deslizar mia boca pela suo boceta, e te chupar con vontade.
Cerrei os punhos, sentindo minha parte íntima latejar com suas palavras. Merda!.
—Logan..., você tem um show para terminar.—desviei o assunto.
Ele me puxou de repente e minhas mãos pousaram nos seus bíceps por extinto, e eu arregalei os olhos.
—No irá escapar de me, Charlotte.—e enfim soltou meu pescoço, descendo do balcão.
Respirei fundo, de pernas bambas. O vendo andar como um modelo, pelo salão.
Já era hora da minha partida, e eu estava cansada. Mas sei que era só questão de costume. Depois do ocorrido com Logan, o mesmo exigiu minha presença na parte de cima, novamente. E eu tive que ficar, só que, eu quase não fazia nada na área VIP. Só ficava lá, servindo pouquíssimas vezes, e ficava sentada no bar, de braços cruzados.
Eu não sabia qual era dele, mas eu já estava ficando farta, desse joguinho. Peguei minha mochila e sai pelas portas do fundo, eu já tinha chamado um Uber, então era só esperá-lo. Assim que a porta se fechou atrás de mim, o cheiro de cigarro inundou meu nariz e eu parei na pequena escada. O local era iluminado o suficiente, para enxergar o Logan. O mesmo levava o cigarro a boca, e dava uma tragada, e soltava a fumaça.
Terminei de descer os degraus, sem dizer uma única palavra. Eu não puxaria assunto com ele, nem tinha o porquê disso.
—Já vai, Piccolina?.—perguntou.
—Já deu minha hora.
—Brad no veio hoje, para te dar una carona.—zombou, ainda tragando seu cigarro.
—É, pelo visto você o assustou.—acusei e ele deu de ombros.—O que disse a ele?.
—O que você acha que, Io disse?.—respondeu minha pergunta, com outra.
—Responda minha pergunta!.—exigi.
—No devo explicações a você, Charlie.—zombou com meu apelido.
—Você não tem o direito de usar, esse apelido.—o encarei fixamente, e ele jogou o cigarro no chão, pisando encima.
—E um desconhecido tem?.—retrucou caminhando até mim.
—É, acho que tem.—soei sarcástica.
—Deveria pedir carona, para outro desconhecido então.—debochou.—Aposto que, há muitos caras por aí, prontos para dar carona a una ragazza indefesa.
—Eu não sou indefesa, sei muito bem me defender. Seus amiguinhos sabem muito bem disso!.—provoquei.
—Sì, devo admitir que você é mais difícil do que pensei.—levou os dedos aos cabelos, os retirando da testa.
—Então não se meta comigo.—retruquei e ele riu.—O que você tá rindo?.
—Da sua coragem, achando que pode contra me.—balançou a cabeça negativamente.—É patético!.
—Sabe o que é patético? Eu ficar aqui, te ouvindo!.—bufei e dei meia volta, andando para longe dele.
—Joshua irá deixá-la!.—gritou atrás de mim.
—Eu já pedi um Uber!.—retruquei.
—Cancele.—mandou, e o senti mais próximo.
—Eu não vou cancelar nada.—falei e cheguei na rua movimentada, procurando o Uber.
Peguei meu celular, verificando a trajetória do Uber. Mas o celular foi retirado das minhas mãos, por Logan.
—Me devolve!.—gritei, avançando nele tentando pegar meu celular.
—Claro!.—devolveu o celular, e vi que ele tinha cancelado o Uber.
—Seu idiota! Por que você cancelou?.—gritei estérica, e algumas pessoas me olhavam torto.
Foda-se elas!.
—Porque Io disse que, Joshua irá levá-la.—retrucou cínico.
—Eu não preciso de nada vindo de você! Você é tão insuportável!.—bufei.
—E você teimosa, pra caralho!.—retrucou.
—Arrogante!.
—Chata!.—se aproximou, também parecendo irritado.
—Egocêntrico!.—me aproximei, também fervendo de raiva.
—Orgulhosa!.
—Idiota!.—nos encaramos cara a cara, e não tinha notado que o mesmo, tinha curvado a cabeça, ficando próximo a minha.
—Dá para você aceitar, a porra da carona?.—falou ainda cara a cara comigo.
—Por que faz tanta questão? Hein, Logan?.—o encarei séria.
—Porque Io quero, e é só isso que você precisa saber.—ainda me encarava sério.—Deveria me agradecer, por está disponibilizando mio motorista para você.
—Eu não pedi para você, disponibilizar porra nenhuma!.
—Que boca suja você tem, cara.—ergueu a cabeça, voltando a posição reta.—Mas Io quis, você tá na mia mão, Charlotte. Io te achei, Io te tenho.
—Vá se foder!.—virei às costas, e senti sua mão no meu pulso.—Me solta, seu cretino!.
—Isso grita, assim te internam num hospício!.—bufou e me puxou.
—Argh..., como eu te odeio, garoto!.—bufei irritada.
—Você também no é, una maravilha ragazza!.—retrucou e eu revirei os olhos.
Como não tem nenhuma palavra nova em italiano, nesse capítulo. Não há necessidade de colocar aqui, já que todas essas palavras, estão nos capítulos anteriores.
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