Capítulo 2 parte 2 - ATAQUE
Thereza.
O caminho todo foi percorrido em silêncio, eu não conseguia parar de pensar naquela voz e minha amiga estava provavelmente pensando em desistir da viagem para ficar com a nossa pequena o que tenho certeza de impedir, ela merece essa oportunidade de emprego depois de tudo o que fez para estudar e se formar em pediatria.
Estávamos quase entrando no aeroporto quando sou puxada para um abraço apertado de minha melhor amiga.
_Estou com medo Vovó...
Diz me abraçando cada vez mais com força.
Meu apelido surgiu por eu ter cabelos brancos iguais aos das vovós que visitavam o orfanato levando suplimentos e por mais que eu reclamasse esse apelido fixou e como Beatriz estava sempre colada à mim foi apelidada de "Mamãe", uma vez que a filha de uma avó é mãe.
Estava prestes a dizer que não precisava ter medo, quando ela continua a sua frase.
_O pai de Giulia entrou em contato comigo à 1 semana atrás.
Sussurra em em meu ouvido para a filha não ouvir.
_O quê?
Sussurro assustada.
_Seu nome é Luis Fabiano Mendonça e ele quer a guarda dela, até entrou em processo para comprovar a paternidade, o que não entendo, quando entrei em contato com ele no passado pela probalidade alta dele ser o pai, me disse que não estava interessado em saber e que indiferente se fosse sua filha, não estava interessado em assumir, mas agora está... E se eu não conseguir esse emprego não vou poder provar que sou ápida para cuidar de uma criança e ele vai tirar ela de mim, estou apavorada amiga, não quero perder ela.
Sussurra com lágrimas nos olhos.
Antes que ela contunuasse sua fala, seguro a suas mãos e digo:
_Capaz? Você é a pessoa mais capaz que eu conheço, sei o quanto se esforçou e faz de tudo para oferecer apenas o melhor a ela, por isso digo que irá conseguir esse emprego e esse cara não vai conseguir tirar ela de você nem se eu tiver que bater em alguém! Ele nunca esteve presente em suas vidas e nunca teve interesse antes de encontrar você, tenho certeza que tudo vai dar certo! Está me entendendo Beatriz?
_Sim... obrigada amiga!
Diz abrindo pela primeira vez no dia um belo sorriso.
Mas infelizmente não tivemos muito tempo para despedidas já que o avião já estava prestes a decolar, trocamos um rápido abraço e eu, assim como Giulia ficamos olhando o avião sair da pista de decolagem.
_Então, pronta para voltar?
Pergunto a menininha que fazia uma expressão de choro.
Porém ao ligar o carro o motor simplesmente pifa.
Estava prestes a falar um palavreado que arrepiaria os pelos de um marinheiro quando lembrei de que estava ao lado de uma criança pequena que não deve aprender esse tipo de vocabulário então apenas sussurro um biscoito, antes de perguntar a minha adorável "neta".
_Já que amanhã é seu aniversário, que tal escolher qual transporte voltaremos? Infelizmente o carro da vovó morreu.
Digo querendo animar ela o que funcionou melhor que eu imaginava.
_Sério?
Diz quase pulando de animação.
_Claro, porque não? Temos a opção de voltar de táxi ou de ônibus. Escolha um!
Vejo ela fazer um biquinho adorável enquanto pensava em qual escolher.
_Eu acho... Que quero o tachi!
_É táxi querida!
Digo corrigindo com um sorriso no rosto.
Enquanto esperávamos liguei para mecânico buscar meu carro ao mesmo tempo que ouvia sua animação ao mesmo tempo que deduzia o que teria em seu aniversário.
Ela tentou de tudo para me fazer dizer mas minha boca é um túmulo.
Apesar da sua tristeza de que pela primeira vez sua mãe não estaria para comemorar, ter imaginado quais presentes ganharia animou ela ao ponto de quando o taxista chegou, mesmo sendo um cara enorme de corte militar e de expressões sérias, sorriu ao ver sua animação que só me deixou em expectativas para quando visse a capa vermelha que eu mesma fiz para ela, já que é sua cor favorita, fiz num tamanho maior para durar bastante tempo, além de um bolo de frutas vermelhas e vários doces favoritos dela, pois além de ser muito boa na cozinha, sou não de obra para qualquer atividade.
Estávamos quase na metade do caminho de volta quando um vulto surge em frente ao carro fazendo ele freiar repentinamente.
_Desculpe senhorita, pensei que tinha visto algo...
Antes que ele terminasse a fala, uma garra enorme o arranca com um puxão para fora do carro, quebrando o parapeito ao mesmo tempo que eu soltava um grito de terror...
Em minha frente havia um lobo ruivo gigante que simplesmente arrancou a cabeça do motorista numa mordida.
Porém mesmo apavorada, não conseguia tirar os olhos dele enquanto uma pequena parte de mim queria acariciar seu fucinho, a parte predominante lutava para abrir a porta junto de Giulia que chorava em silêncio.
Quando ele olhou em meus olhos, o medo que eu senti foi alucinante.
Porém o que eu vi me deixou pasma, seus olhos eram extremamente humanos...
E porque raios essa porta não abre?
Estava prestes a desistir quando a porta finalmente abre e o mais rápido possível pego a menina no colo e corro em direção a floresta.
A única coisa que tinha em um raio de 20 quilometros.
Porém antes que eu pudesse me afastar dele sou bruscamente pega pelos cabelos e arremessada numa árvore.
Minha cabeça bate com tanta força que antes que eu pudesse me levantar sou pressionada contra a mesma.
Estava prestes a desmaiar quando vejo Giulia apavorada caída no chão.
_Por favor fuja!
Sussurro sem forças para me levantar.
A dor era alucinante estava esperando o meu fim, a dor final antes de morrer quando escutei algo estranho.
_Minha!
E tudo desaparece quando sinto a forte mordida em meu pescoço arrancando a minha cabeça.
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