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*daryl*

Abro os olhos e meu primeiro pensamento é ela. Que porra.
Tomo um banho gelado pra tirar esse caralho da minha cabeça.

Michonne bate na porta do banheiro falando algo sobre Judith e a abro, pra encontrar a samurai com a neném no colo, me olhando.
Judy se joga em meu colo na hora, tirando um sorriso de meus lábios.

-- que é? -- Pergunto e Michonne me olha de um jeito confuso.
-- nada... -- ela diz, passando a mão no cabelo.

Desço as escadas com Judith em meus braços, brincando com algo em meu cabelo, e logo escuto várias vozes.

--..... okay, então vamos também.
Reconheço a voz, e viro a cabeça pra sala.

Rick, Maggie, e Melanie conversam e vasculham uns mapas, ele circula algo, e eu me aproximo.

Melanie me encara e sorri, de um jeito que... caralho. Assinto com a cabeça, e me sento ao lado de Rick, colocando Judy no tapete pra brincar com suas coisas que estão jogadas por todo o chão.

-- o que tá pegando?

-- patrulha. __ Maggie responde minha pergunta, sem tirar os olhos de Judith.

-- to dentro.-- Meus olhos vão até Melanie sem que eu perceba, mas não me olha, só meche em alguns mapas, circulando uma rodovia a 30 km daqui.

-- o que tem lá? -- Maggie pergunta.

-- Jeso's Corporation. -- eu, Rick e Shane, que acabou de chegar, falamos ao mesmo tempo.

Rick explica a Maggie que é uma fábrica de enlatados e não sei mais oque, enquanto meus olhos pousam em Melanie e na aproximação com o policial traíra. Muito perto.

Lembro da mancha no pescoço dela, e a raiva toma conta de mim por algumas merda de segundos.

Alguém bate na porta, chamando minha atenção pra outra coisa que não seja o casalzinho na minha frente.

Se Rick perdoou esse otário, eu não posso fazer nada. Não é assunto meu.

[...]

*melanie*

-- soube que Daryl e Rick foram em busca de comida hoje. -- Carol me olha curiosa, enquanto aperta a massa com as mãos.

-- sim... é em uma fábrica. não é muito longe não, seu chuchuzinho vai ficar bem. __ digo, abaixando a cabeça.

-- Daryl sabe cuidar dele mesmo, não se preocupe querida.

-- eu não estou. __ digo a olhando nos olhos.

Mas é claro que eu tô. Toda vez que penso no assunto, meu coração acelera, desgovernado.

Carol assente com a cabeça.

-- então... vai me contar oque tá havendo entre você e o caçador? -- Ela pergunta depois de algum tempo de silêncio entre nós.

Pego um pedaço de massa cru e enfio na boca, esperando que ela milagrosamente mude de assunto, mas ela não faz, me provocando uma careta.

-- não tá havendo nada.

-- Melanie, eu não sou boba. Eu vi os olhares. Com certeza tá havendo algo que nenhum dos dois quer me contar. Mas se não quiser falar tudo bem. -- coloca a assadeira no forno, finalmente.

-- não tem nada pra dizer Carol... só que, sei lá.... as vezes acho que ele me odeia.

Ela sorri de um jeito meigo.

-- Daryl odeia todo mundo meu bem__ liga a torneira, e começa a lavar a louça.

É incrível o fato de ter água e energia aqui, nem dá pra acreditar. Acho que lembro de alguém ter dito que esse bairro era pra ser auto sustentável quando foi criado. Por isso os poços e os painéis de luz solar.

-- sim.... mas... antes não era tanto. _ Finalmente a respondo.

Seus braços param de enxaguar a louça imediatamente, um sorriso se forma em seus lábios.

-- antes do que?

Caralho, não devia ter começado.

-- sabe oque é.... eu adoraria ficar aqui discutindo isso com você sabe... mas acontece que tenho uma festa pra arrumar, e um Shane pra enturmar... então já to indo.

Vou até a porta, mas me viro, pois ela me chama novamente.

-- você sabe que não pode ficar com os dois né? __ pergunta séria, provocando um sorriso meu.

-- que bom, pelo menos não vai ter homem chato pra encher o saco.

Carol sorri, enquanto balança a cabeça, e eu vou embora.

[...]

*daryl*

A fábrica no fim das contas não tinha porcaria nenhuma, por isso eu e Rick decidimos mudar a rota de última hora.

Encontramos um armazém que milagrosamente está cheio de mantimentos dentro, pegamos o caminhão do lugar, e decidimos deixar o carro ali mesmo, pra pegar depois.

Depois de um tempo, paramos em um posto de gasolina que não tem porra nenhuma, como a maioria dos lugares ultimamente. Tudo está saqueado, ou infestado de mortos sanguessugas.

Rick me ajuda a virar o negócio que guarda refrigerante e pego algumas latas e enfio na mochila, lembrando do pedido de Denise, dias atrás.

Um filho da puta aparece correndo na direção dele ,e os dois trombam. Levanto meu crossbow na direção do desconhecido e Rick aponta sua arma. O homem de cabelos compridos e olhos azuis diz que tava correndo dos zumbis, e desaparece antes que Rick possa fazer as perguntas de sempre.

Sinto algo errado naquilo. Esse cara... ele tava muito limpo, barba aparada. Não parece alguém que vive sozinho, correndo dos mortos.

O som do nosso caminhão sendo ligado preenche meus ouvidos, e agora tudo faz sentido. Aquele desgraçado trombou no Rick só pra pegar a chave do caminhão, e fugir com as nossas coisas.

Filho da puta.

Corremos atrás dele, e depois de alguns quilômetros vejo o caminhão parado no meio da estrada, aparentemente teve que trocar o pneu.

Nos aproximamos silenciosamente e tentamos derrubar o cara, mas ele é bom de briga.

Mas do que adianta isso, se não tem uma arma?

Depois de algum esforço conseguimos imobilizar o tal homem, e seguimos viagem, o deixando amarrado na beira da pista.

Acontece que o corno conseguiu se desamarrar de algum jeito, e aparece em cima do caminhão, do nada.

Resumindo, o caminhão caiu no rio e agora temos um cara amarrado no banco de trás do carro.

Acho meio foda levar ele pra Alexandria, mas não falo nada, Rick que manda.

[...]

Chego em casa morto, e me jogo no sofá, deve ser umas duas horas da tarde.

Sinto minhas pernas formigarem, devido ao tanto que andei por causa daquele cabeludo.

-- ei... você não vai tomar banho não? tem a festa......... __ subo pro meu quarto, e deixo Carol falando sozinha.

Que porra de festa uma ova, coisa mais ridícula. Sem necessidade nenhuma, não vou nessa merda nem que me pague.

Tiro a camisa, e jogo em qualquer canto, me jogando na cama logo em seguida.

Acordo com Michonne batendo na porta do quarto, sinto que não dormi nem 10 minutos.

Porra não dá pra me dar um sossego não?

-- fala. -- digo abrindo a porta.

Sou surpreendido não só por Michonne, mas algum tipo de grupinho das meninas? Caralho eu sou o único zen aqui?

_ vocês são algum tipo de clube da Luluzinha?

As três ignoram.

_ então.... eu e Michonne temos umas coisas pra fazer.. e eu queria saber se você pode ajudar a Mel a ajeitar umas coisas...__ Maggie fala como se fosse a tarefa mais fácil do mundo conviver com essa ruiva insuportável.

Movo meus olhos até Melanie, que faz uma careta.

_ não quer ir comigo porque? __ Nossos olhos se encontram. __ antigamente você não reclamava de ficar sozinha comigo....

Sinto a raiva em seus olhos, e se pudesse com certeza me mataria agora . E eu mereço.

To nem ai, odeio que me acorde, to cansado pra caralho e ainda tenho que ser babá dessa garota, eu mereço.

Michonne e Maggie se olham, sem entender nada.

_ então... tá tudo certo... Mel fica com Daryl.

As duas saem, dando um sorrisinho esquisito.

_ você tem algum tipo de problema? __ Melanie se aproxima do meu rosto, suas sombrancelhas estão arqueadas, o que faz ela ficar com cara de brava.

_ eu disse alguma mentira?

A ruiva a minha frente bufa, e dá um passo pra trás.

_ não entendo porque tá me tratando assim....você é um ogro mesmo.

Na verdade nem eu entendo.

_ e você é uma chata insuportável.

Seguro em sua cintura, mas ela se solta sem dificuldade.

_ não toca em mim. _ diz, descendo as escadas.

_ quem disse que eu quero? _ digo, e sei que ela escutou. Posso até ver seus olhos rolando, mesmo não estando de frente pra mim.

Que caralho de mulher.

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