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*Melanie*



Como eu imaginava, o frio não passou quando voltei pra dentro seguindo Daryl. Na verdade o frio não passou, desde que sai pra fora aquela hora.

Minha suposição é que minha perna tenha infeccionado. Só fazem algumas horas que aconteceu, mas já está bem feio, daquele tipo que tem pus em volta. Eu preciso urgentemente de remédios pra evitar que se espalhe, mas só vou fazer isso quando chegar em casa.

O meu maior problema é a dor, e a dificuldade para andar, que aumenta a cada minuto. Já está chegando a ficar insuportável, mas tenho que continuar fingindo. Ninguém pode saber. Pelo menos não por enquanto.

Daryl para de andar subitamente, e dou de cara em suas costas. Porque isso sempre acontece comigo? Que saco.

A porta se abre silenciosamente e entramos, tentando não acordar ninguém, pois ser como é péssimo ser acordado, é realmente horrível.

Dixon solta minha mão, e se senta na cama, com a cabeça baixa. Ergo seu rosto até seus olhos encontrarem os meus, e sinto meu coração acelerar, só de olhar a cor espetacular que há em sua iris.

__ o que foi? __ digo, me sentando em seu colo.

__ nada.

__ como assim nada Daryl? Você ficou triste do nada. Me conta?

Passo as costas de minha mão em sua barba, eu amo fazer isso. Ele fecha e abre os olhos seguidamente, antes de me responder.

__ são as crises. As vezes tenho isso. Normalmente é em momentos em que eu não deveria ter, como agora.

__ calma, eu estou aqui. Sempre.

Encosto minha cabeça em seu ombro e beijo o local, carinhosamente.

__ o que você tá sentindo?

__ Mel, eu não quero falar sobre isso, ....por favor. __ diz, em tom de súplica.

Engulo em seco, pensando no que responder, então segundos depois ele desce a boca até meu pescoço, e prendo a respiração. Logo meu corpo reage ao seu toque novamente, causando um arrepio que vai de onde beijou, até o fim das costas.

Seguro suas costas, em busca de algum apoio pois estou completamente derretida nesse momento.

Escuto sua respiração no meu ouvido, entre gemidos baixos que saem de sua garganta. Suas mãos se movem até minhas costas, por baixo da minha camiseta, a procura do feixo do meu sutiã, mas quando encontra, não o tira. Somente passa os dedos suavemente por minha pele, deixando um rastro de formigamento.

No instante em que nossos lábios se tocam, ondas pulsantes de calor se espalham dentro de
mim, começando pela boca e baixando por meu corpo, formigando exatamente nos lugares onde a tensão se encontra. Meus lábios se abrem por vontade própria, e Daryl desliza a língua para dentro. Sinto a vibração dentro de mim. Eu quero mais.

Roço meu corpo contra o seu, apesar de ainda estarmos completamente vestidos. Eu estou me segurando, e sei que ele está também, posso sentir isso.

__Daryl... Me toque.

Ele reluta por alguns segundos, e eu estreito as sombrancelhas. Vou ter que implorar pra transar, é isso? Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele coloca as mãos novamente dentro de minha camiseta, mas dessa vez a puxa para cima, com a intenção de tirá-la. Sinto seu olhar queimando sob minha pele, assim que ela fica a mostra.

Nossas bocas se encontram, mas não estamos mais no mesmo ritmo de antes. Agora tudo é rápido e descompassado, como se o tempo fosse nosso principal inimigo.

Fico de pé para que possa tirar minha roupa, e é isso que ele faz. Totalmente em silêncio, decorando cada pedacinho de mim antes de nossa última vez.

Sei que ele ainda não deixou isso claro, mas pra mim está mais evidente que o azul límpido de seus olhos. Essa será nossa última vez.

Antes mesmo que me sentasse novamente, Daryl puxa meu rosto em direção ao seu, me tomando em seus braços.

Eu não sei porque, mas estou com uma vontade imensa de chorar, contudo não farei. Se essa será realmente nossa despedida, que seja da melhor forma possível, não com lágrimas salgadas escorrendo pelo meu rosto.

Quando me dei por conta, Daryl tambem já estava totalmente sem roupas, e trazia a boca na direção do meu peito. Me aproximo e sento em suas pernas, segurando novamente em suas costas, quando seus lábios chegam até mim.

Sinto a cabeça de seu pau roçando em minha coxa, conforme me movimento, em decorrência do beijo. Suas mãos trabalham juntas, uma segurando minha cintura, e a outra apertando meu peito de um jeito que... Puta que pariu.

Um dedo mergulha dentro de mim por um segundo latejante, e eu, me desmancho mais ainda. Enrolo os braços em seu pescoço, o corpo tremendo a cada carícia ardente que o percorre.

__ Daryl.. por favor....

Então seus braços me levantam delicadamente, segurando minha cintura com as duas mãos, pra segundos depois me descer novamente, já sentada em seu pau. Assim que sentei completamente, um grito escapou de minha garganta.

Deixo que se enterre em mim algumas vezes, e então empurro suas costas sob o colchão. Assim, sob ele, fica mil vezes melhor, e eu ainda estou no comando. Vou de encontro com seus lábios, que me tocam suavemente, apesar dos gemidos descontrolados que saem de nossas bocas.

__ Mel ... Eu te amo. Lembre-se.... disso.

Decido não ligar pra aquela frase. Não preciso estragar esse momento com alguma coisa triste.

Sinto que estou chegando... Me encaixo em seu pau mais algumas vezes, e no exato momento em que me inclino sob seu corpo novamente, o orgasmo chega. Ele me beija, com vontade, e eu contraio, mas continuo sentando.

Segundos depois o sinto mexer minha cintura mais rápido, e sei que chegou também.

Saio de cima de seu corpo e me deixo na cama, nua mesmo.

Daryl não diz nada, e prefiro assim. É melhor do que dizer algo sobre despedidas. Porque agora eu tenho certeza. Isso foi uma despedida.

__ o que eu disse.... É verdade. Eu te amo. Mais do que a mim mesmo, mais do que qualquer pessoa que eu já tenha amado na vida.

Por favor, não diga mais nada. Por favor.

Eu não sei o que fazer. Só deixo as lágrimas rolarem.

Me levanto e pego minha roupa no chão, não vou ficar aqui.

__ melanie, escuta por favor.

Não digo nem faço nada, somente fico parada olhando para o chão. Daryl vê aquilo como um sinal pra que continue falando, e assim o faz.

__ hoje... Foi incrível.... Eu tava morrendo de saudade de você. Mas... Não podemos ficar juntos. Por favor, tente entender, eu estou tentando te proteger.

Me proteger do que? Puta que pariu.

__ Negan. Ele sabe que você é importante pra mim, e vai fazer o máximo possível pra te machucar. Talvez se você não fosse mais importante pra mim, ele não fizesse isso. Ele quer se vingar, entende?

Sim.

__ você nunca vai deixar de ser importante pra mim... Eu só preciso que ele pense isso.

Subitamente, sinto uma crise de riso.

__ do que você tá rindo?

__ é engraçado você tentando me salvar..... E eu já tô praticamente morta.

Seus olhos se espantam ao escutar minhas palavras, e ele levanta da cama, em direção a mim.

Só que agora já é tarde demais.

Saio do quarto e vou até o da frente, que coincidentemente é o meu. Entro e tranco a porta atrás de mim.

Sento no chão e encosto na madeira, deixando as lágrimas escorrerem, enquanto ele bate na porta.




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