17

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*Maggie*

O homem começa uma pequena discussão sobre querer nos matar, mas a líder não deixa.
Ele se aproxima de Carol, pronto para a matar logo após dar um soco em sua companheira. Giro no chão e puxo suas pernas com a minha perna, ele cai no chão e logo se levanta, me puxando pelos cabelos e cuspindo na minha cara.
Carol chuta sua perna, e ele me joga no chão, dando atenção a minha amiga. O homem a chuta umas 5 vezes, fazendo ela se contorcer de dor.
A líder se levanta e dá uma coronhada em sua cabeça, e ele cai no chão.

_ você realmente é burra. __ ela fala, olhando pra mim.

Carol continua se contorcendo um pouco a minha frente, e meu coração se aperta. Quanto tempo mais vai durar isso? Sei que Rick já deve estar chegando, pois Daryl é um caçador, e essas pessoas são burras ao ponto de se achar melhores que nós, por isso nem fizeram questão de esconder os rastros. Idiotas.

_ tire ela daqui e veja se sabe algo. __ a loira diz pra morena. Esta segue até mim, me tirando de perto de Carol.

Sobre isso, eu nem sei oque pensar. Tenho certeza que toda esta ceninha é parte do plano da Carol, e não me importo. Só espero que dê tudo certo.

Glenn deve estar preocupado comigo e com o bebê. Eu sei que está. Mas jaja vamos nos encontrar denovo. Posso sentir.

A mulher me leva até uma sala, não muito longe. Por dentro é basicamente igual a outra.
Estou sentada em uma cadeira, e ela também, a minha frente.

_ você tem roupas legais.... Tempo para fazer bebês. Deve estar morando em um lugar legal. Me diga onde. __ ela diz, me observando.

Sinto um súbito enjôo e acabo vomitando ali mesmo.

_ não enrole vadia. Só me diga onde. Ajude você mesma, e o bebê em sua barriga.

Me limito a ficar calada, a olhando.

_ vocês não são os mocinhos. Você deveria saber isso. __ ela diz, praticamente cuspindo na minha cara.

[...]

Observo enquanto a morena enfaixa sua mão, seu dedo mindinho está cortado na metade.

_ o que houve?

Ela me olha. É uma mulher bem bonita, cabelos escuros e olhos também.

_ roubei algo, fui pega.

_ oque?

_ gasolina. Desse lugar.

_ porque? __ pergunto.

_ um carro. Pra procurar o corpo do meu namorado.

_ achou ele?

_ foi explodido. Não sobrou muita coisa.

Balanço a cabeça.
Em seu pulso, um nome me chama atenção.

_ frankie. __ sussurro. __ era o nome dele?

_ nada disso. Eu mal o conhecia, era um cretino.

Ela faz uma pausa.

_ Frankie era o meu pai. Ia ser o nome do bebê.

Um peso se forma em meu peito. Imagino o tanto que ela sofreu.

_ sinto muito. __ digo.

_ não. Você não sente.

_ não pretendo morrer hoje. __ falo, tranquilamente.

Observo a sala. É escura, só tem uma janela da qual entra uma pequena luz. Canos passam pelo teto, de onde com certeza pinga água, pois o cheiro de mofo é quase insuportável.

_ eu também não__ fala olhando pra mim.

_ só que uma de nós duas está errada.__ ela continua.

A arma em seu colo é apontada na minha direção.

_ só me diga onde.

Não respondo, e ela bufa, em resposta.

[...]

Assim que fico sozinha começo a cortar a fita em minhas mãos com um ferro, da parede.
Estou quase acabando, quando a porta se abre, e Carol entra.
Sabia que tudo aquilo era um plano.

Ela me ajuda a cortar a fita, com o crucifixo que pegou da zumbi, de algum jeito ela fez uma ponta na parte de ferro, e assim corta minha fita.

_ tudo bem? __ pergunto, quando ela me abraça.

Ela parece bem abalada.

_ tenho que estar. __ diz, contra meu pescoço.

_ elas estão espalhadas, mas acho que podemos tentar. __ diz, se referindo a fugir.

Mal posso acreditar. Temos que mata-las, temos que terminar isso, não vou embora antes de acabar.

_ não podemos deixar elas vivas. __ digo, firme.

_ não, devíamos só ir embora. __ Carol diz, e sinto dor em sua voz.

_ nós temos que terminar isso. __ continuo firme.

Ela me olha, cansada, e assente.

Saimos da sala, e vamos até o outro lugar em que estávamos antes. As mulheres não estão ali, só o homem, ainda caído no chão.

Me aproximo e tiro a corda amarrada em seu braço, entregando a Carol.

O braço do homem não passa de um membro ensanguentado e frio. Com certeza ele já morreu.

_ ele já estava morto. __ sussurro, ninguém pode saber que escapamos.

_ nós deveríamos ir.__ Carol continua com sua ideia de escapar daqui e deixá-las vivas. Não vou fazer isso.

_ nós precisamos de uma arma.

Ela me olha espantada, talvez pensando que eu sendo uma mulher grávida não deveria pensar em mata-los, e sim em fugir.

Pego a corda em suas mãos e amarro no cinto do morto, o pendurando na parede da porta.

Parece que elas vão ter uma pequena surpresinha.

Nós duas ficamos escondidas no corredor ao lado, esperando uma delas entrar na sala.

Assim que ela entra na sala, o grito ecoa pelo corredor. Foi mordida pela nossa armadilha.

Essa é a minha deixa.

Vou por trás da mulher e pego a pistola enganchada em seu cinto. Um golpe com o cabo da arma em sua cabeça e ela cai no chão, de cara. Continuo batendo, até que não sobre mais cérebro, afinal, não queremos um zumbi na nossa cola.

Finalmente chegamos até a saida desse inferno. Infelizmente tem pelo menos uma duzia de mortos impedindo nossa saída.

_ usaram eles pra impedir que nós saiamos e que os outros entrem. __ Carol sussurra.

Tudo oque eu quero é ir embora e chegar em casa em segurança, com meu marido e minha família, e não vou medir esforços para conseguir isso.

_ vamos achar outra saída.__ ela diz, enquanto enfio a faca que peguei da mulher no crânio de um zumbi que vem pra cima de mim.

O barulho de tiro ecoa pelo local, e nos abaixamos.

A vadia loira nos achou.

_ atira!__ digo a Carol, pois ela ficou com a arma.

_ isso, faz isso. Vocês mataram todos mesmo. __ ela diz e se aproxima de nós.

Não temos como ir pra trás, devido aos zumbis impedindo a passagem.

_ Carol, atira! __ grito mas ela não faz questão de escutar.

Que caralho que ela não atira????

_ corra. __ Carol adverte a loira.

Porque ela não atira logo?

_ vocês não fazem ideia das coisas que eu já fiz. Do que eu tive que desistir. __ a loira diz, se aproximando.

Carol parece meio paralisada ou sei lá oque.

_ eu já perdi tudo. __ a inimiga conclui.

Um zumbi que estava preso cai em Carol, e ela atira no ombro da loira, por puro reflexo. Vou até o morto e o finalizo antes que ele morda alguém.

Carol fica lá, encostada na parede e a mulher cai no chão, sangrando.

A voz da terceira mulher chama pelos corredores. Encosto na parede, esperando ela se aproximar pra eu a matar finalmente.

Foi legal todo o papo do namoradinho e do pai dela e tals, mas eu só tava enrolando. Realmente fiquei triste pela perda do bebê, mas não muda o fato de que tenho que matar ela. Temos que finalizar isso, e não vai ser Carol.
Não quero que carregue mais esse peso nas costas.

Assim que tenho certeza que ela está bem próxima, a surpreendo, empurrando seu corpo contra a parede.
Ela me empurra de volta, e o movimento faz sua arma cair no chão.
Ainda assim a morena se aproxima com uma faca, na direção da minha barriga, fazendo um corte na minha camiseta.

Meu coração acelera e abaixo a cabeça olhando o corte.

Ela poderia ter matado meu bebê, desgraçada!

A mesma não queria fazer isso, posso ver em seus olhos, mas mesmo assim vou pra cima dela.

Antes que eu chegue, Carol aparece e atira em sua cabeça, estourando seus miolos.

O corpo cai no chão e o sangue se espalha.

Pego a arma que ela deixou cair e voltamos pra vagabunda loira, machucada no ombro.

Ela se levanta, rindo da nossa cara.

_ você até que é boa franguinha nervosa. __ olha pra Carol.

_ eu não queria__ Carol se explica, as lágrimas escorrem.

_ se você conseguia fazer tudo isso, do que tinha tanto medo Carol? __ a loira provoca.

Eu observo tudo encostada na parede, perto do que restou da morena.

Carol mira na cabeça dela, e vai se aproximando.

_ disso. __ ela diz.

A loira dá risada e abaixa a cabeça, se levantando logo em seguida pra derrubar a arma da Carol no chão e a empurrar na parede.

Logo depois é empurrada para a parede contrária, onde Carol soca seu rosto, e enfia o dedo no buraco da ferida.

A loira grita de dor, se jogando contra Carol novamente.

Finalmente, minha amiga joga a salvadora longe, enfiando seu corpo em uma estaca, onde os zumbis ficam presos. O morto na sua frente se aproxima, arrancando a pele do seu rosto com os dentes.

Os olhos azuis de Carol choram, enquanto observa a cena.

Com certeza ela não queria fazer isso.

O radio que a mulher falava com Rick começa a chiar, e o homem que vinha resgatar eles em 20 minutos diz que está chegando.

_ nós encontre na sala do abate. __ Carol fala, imitando a viz da falecida.

[..]

Bolamos outro plano para acabar com os que estão chegando e nesse momento estamos escondidas, esperando que cheguem.

O silêncio entre nós é um pouco ruim, mas prefiro assim. Ela precisa de um tempo.

_ acho que matei 18 pessoas. Vinte. __ ela sussurra.__devia ter matado o homem também, lá na mata, antes que você atirasse. Nada disso teria acontecido se eu o tivesse matado.

Não sei oque responder.

_ não pense sobre isso.__ sussurro.

_ não consigo. Estamos quase acabando.

Escutamos passos no corredor, e ela encosta a porta, deixando somente uma frestinha.

_ cuidado, o chão está grudento. __um dos homens fala.

_ tem certeza que é aqui? __ outro deles pergunta.

_ ela disse "sala do abate". __ um terceiro homem comenta.

Nesse momento corremos até o compartimento que eles estão, e Carol acende um cigarro, o jogando no chão molhado de gasolina antes de fechar a porta e os trancar lá dentro.

Encosto na parede, pensando.

Acabamos de matar três pessoas queimadas.

Carol parece realmente transtornada. Estou bem preocupada com ela.

Seguro sua mão, e a puxo até a saída.

Passamos pelo corredor com a mulher morena ainda no chão, sua cabeça mergulhada em uma poça de sangue.
A loira, na estaca, já se transformou em zumbi e estica os braços pra mim, tentando me puxar.
Finalizo cada um deles, deixando a saida livre, finalmente.

Movo minha mão até o puxador, quando a porta é aberta e Glenn aparece.

_ Maggie?

Ele se aproxima, e me abraça.
Meus olhos estão cheios de água, tudo parece confuso.

_ todos estão mortos. Todos que pegaram a gente. __digo, meio tonta.

Me agarro em seus braços e escuto ao longe alguém dizer que tinham encontrado uma trilha. Não me preocupo em responder. Só quero ficar aqui, nos braços do meu marido, finalmente.

Não consigo mais, não posso mais.

Rick se aproxima com o tal salvador, perto de mim.

_ ta vendo? Estão todos mortos. Ninguém tá vindo te buscar. __ ele rosna para o desconhecido.

_ deixe ele queimar.__escuto Daryl dizer.

_ o Negan, ele estava no complexo, ou ele estava aqui? __ Rick pergunta.

_ os dois. __o homem responde, meio sem acreditar que matamos todos.

_ oque? __ Rick continua.

_ eu sou Negan seu bosta. Tem um monte de coisa para conversarmos sobre, então vamos conversar.

_ É uma pena que tenha que terminar assim.__ Rick diz, movendo o rosto, um pouco pro lado, como sempre faz quando fica bravo.

Sua arma é apontada em direção ao Salvador, em sua testa.

O estralo, faz meus olhos se fecharem, o sangue espirrando em todos nós que estamos em volta.

Finalmente isso acabou.

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