Minhas lágrimas escorreram e cairam em seu rosto, ele abriu seus olhos com muito esforço e com o mesmo esforço as secou.

Richard: Entenda que sua vida é importante para mim... não quero ter esse arrependimento... eu te amo... e peço que compreenda o meu pedido...

Larissa: Podemos pedir um resgaste, posso ir e chamar o Léo e-

Richard: Não procure o Léo, não percebeu?

Larissa: Não percebi... o quê... ?

Richard: Léo tem trabalhado para o Callen.

Eu fiquei um momento surpresa.

Larissa: Como pode ter certeza do que diz?

Richard: Eu estranhei tudo o que vem acontecendo desde que pisamos aqui no RJ. Não... desde a morte do Adam.

Ele tosse um pouco aumentando a minha preocupação.

Larissa: Não diga mais nada, precisa descansar.

Sua mão tocou o meu pulso firmemente. Ele respirou e continuou.

Richard: Os remédios desapareceram, ele acreditou que tinham acabado, sua cabeça não andava bem e depois morreu, quando eu ia sair com o carro do Léo, encontrei uma caixa de uma das medicações do Adam. Léo disse que Adam havia deixado um no carro caso precisasse, acreditei, mas depois que houve a explosão no apartamento, me perguntei o motivo de ter algo perigoso.

Larissa: Eu estranhei também, pelo o que me contou era no centro do quarto, um faxineiro teria ativado há muito tempo ou qualquer outra pessoa.

O único que sabia da bomba era nós e ele estava por dentro da nossa investigação para pegar o informante.

Richard: Sim, e ao encontrar o recibo entre os destroços, foi uma compra recente no cartão de Diego Colombo, um dos codinomes do Léo, e desde o nosso encontro pedi para que Chaya investigasse, estávamos sendo perseguidos e eu imaginei que estávamos sendo rastreados, assim como a tentativa de homicídio na noite que o Harris ficou internado,
foi uma armadilha.

Fiquei sem chão.

Larissa:(Ele matou o Adam, quase matou o Harris... e está tentando nos matar.)- assustada. - Mas... Harris? E o Harris?

Richard: Pedi a transferência mudando o nome, está seguro. Saia daqui... Ryota está a caminho.

Mas ele tinha medo de Ryota não chegar a tempo.

Larissa:(O que eu faço?)

•••

Richard estava gravemente ferido, estávamos presos e se não saíssemos de lá rápido, morreriamos.

Larissa:(Será que consigo fazer um acordo com Callen?)

As imagens das pessoas assassinadas por ele assombraram a minha mente.

Larissa:(Receio que não tenho experiência o bastante para conseguir fazer um acordo... o que me deixa em um beco sem saída...)

Richard havia adormecido devido os golpes recebidos. Olhei para a única saída mas eu tinha medo de ir e Callen voltar e mata-lo de imediato.

Larissa: (Mesmo que eu saia... como vou conseguir achar o Ryota...?)

Saio dos meus pensamentos, olhei para a saída, tinha um armário perto, com algumas latas de tinta, uma corda, martelo, chave inglesa , chave de fenda , novelo de lã, além da poeira.

Vou até a prateleira, pego a chave de fenda e a coloco contra a porta, me aproximo dele e dou um leve beijo em sua testa, olho para estante e pego o martelo.

Larissa:(É tudo ou nada.)

Léo Heinrich

Callen havia pego os dois, ainda procurava o paradeiro de Harris mas sem sucesso, minha missão era executar a gangue por completo, e em minhas dúvidas escuto um leve som de uma arma.

Me viro e vejo uma arma apontada na minha testa, não só uma na direita como uma na esquerda.

Léo: Chaya, o que está fazendo?

Chaya: Como pôde trair seus amigos?

Léo: Eu não tenho amigos , sou uma arma assim como você, tenho habilidades favoráveis usadas para quem é mais forte.

Chaya: Deveria ter jogado do nosso lado.

Léo: Não deveria estar do meu lado?

Chaya: Eu não sou uma traidora.

Léo: Mas você discorda que nossas habilidades não são mais úteis nesse lugar desde a queda de Brandon? E nesse momento Emanuel e Larissa serão executados. Deveria ficar feliz, você nunca gostou dela.

Ela atirou no meu ombro, a dor era inevitável e o líquido começou a manchar o tecido.

Chaya: Eu tenho uma lealdade que meu povo carrega e desprezamos traidores como você! Se eles morrer será injusto que você viva!

Antes que eu pudesse lutar ela tirou várias vezes, minha visão foi se escurecendo.

Ryota Hashimoto

Enquanto dirigia, Chaya havia me informado sobre o falecimento de Léo, peço para ela me mandar a localização de Callen Hoffmann, achando ele eu acharia Richard e Larissa.

Me recusei a lamentar pela morte do homem ao saber de sua traição, o odiava com todas as minhas forças pois quase assassinou todos.

Esperava conseguir tirá-los de lá com vida, e comigo eu carregava três armas e uma katana.

Ryota: É tudo ou nada.

•••

Larissa Rafaely

Tentei ser discreta, acessei uma sala de reunião velha, onde quase cai , olhei pela janela me vendo num balcão abandonado.

Larissa:(Típico de assassinos, quando é que vai ter um assassino luxuoso com uma piscina?)

Escuto passos e me escondo no primeiro armário, onde piso em algo ao fechar a porta, ao olhar para baixo sentindo um odor, vejo um rato morto.

Tampo minha boca para não gritar, os olhos lacrimejando.

Larissa:(Rato? Tinha que ser um rato? Não podia ser uma barata?)

Dois homens entraram e se sentaram, um era negro, de olhos verdes, o outro era pardo , olhos pretos e um pouco gordo.

1 homem: Por que ele não deixa a gente matar a mulher?

2 homem: Callen quer que Richard sofra com a morte da mulher, morrer sabendo que não pode salva-la.

1 homem: Alvos fracos são mais fáceis de se livrar mas já que ele prefere assim então tá.

2 homem: Homem tolo, só prolongou sua morte.

Senti um ódio em mim, e algo subindo nas minhas costas.

Larissa:(Não seja uma barata... não seja uma barata...)

O bichinho circulava me fazendo sair do armário assustada, consigo tirar vendo uma barata e esmago com o meu sapato.

Larissa:(Que nojo!)

1 homem: Mas o que...

Eu olho para eles, havia estragado tudo.

Larissa: Boa noite, cavalheiros. Eu só...

Sem pensar duas vezes joguei o martelo na cabeça de um o fazendo cair no chão, e com o outro jogo a cadeira e entro num confronto físico golpeando seu rosto, e com um chute acerto sua cabeça o fazendo bater na parede. Pego dois revólveres e o martelo com sangue, limpo na camiseta de um e saio de lá trancando a porta.

Continua...