Capítulo 43: Em busca das vítimas
Léo Heinrich
Madruguei tentando encontrar o paradeiro de Ryota e Larissa, adicionei uma equipe de busca e aguardava sua resposta sobre a investigação.
07:24 da manhã, a equipe estava retirando o veículo das águas, o qual não afundou mais devido as rochas encontradas no caminho.
Chaya: Não tem nenhum corpo.
Léo: O que isso pode significar?
Chaya: Que eles não estão aqui.
Léo: Teriam sobrevivido?
Chaya: Os bombeiros acham impossível, as águas estão bem agitadas e perigosas. Não há certeza se estão vivos.
Encaro a tela do notebook incomodado.
Léo:(E além do mais... ela não sabe nadar...)- me recordando do seu afogamento.
Chaya: Mal entrou e já partiu.
Léo: Não tem graça Chaya.
Chaya: Foi só uma piadinha.
Léo: Quanto mais pessoas perdemos, mais vantagens terá o oponente.
Chaya: Não se perde uma equipe boa se os membros forem bons.
Bato a mão na mesa irritado.
Chaya: Apenas aceite que Ryota perdeu a vida por causa daquela mulher insignificante.
Léo: Já terminou de se pronunciar?
Nada respondeu.
Léo: Então saia daí, antes que eu a entregue as autoridades. - seriamente.
Desligando, penso em tomar um ar fresco, mas quando Richard me liga eu não sabia como encara-lo.
Léo: Sim?- atendendo.
Richard: Bom dia.
Léo: Bom dia.
Richard: Vi no noticiário que o carro foi retirado mas sem os corpos.
Léo: Não se sabe de nada ainda.
Richard: Eles não sobreviveram, não é?
Léo: As águas estavam agitadas e continuam, se houver uma chance será difícil. Mas continuarei a buscar o paradeiro.
Richard: Encontre , mesmo que seja somente os corpos, eles precisam ser encontrados, por favor.
Com isso desligou. Sabia que ele estava suportando e tentando liderar sem mostrar um desequilíbrio emocional, ainda mais por Larissa a mulher que ele prometeu proteger com a própria vida.
Léo:(Esse cargo não é fácil.)
Richard não estava com nenhuma esperança de encontrá-la com vida, e era compreensível dada as circunstâncias.
Saio do meu quarto e vou até a cozinha preparar o café. Paulo havia chegado, mal sabia das notícias, quando informei se sentiu culpado por confiar no homem.
Paulo: Como o rapaz está?
Léo: Está tentando acha-lo.
Paulo: Aquela mulher é importante para ele?
Léo: Acreditamos que sim, mais do que se possa imaginar. Mas se não encontrar os corpos, é certeza de que morreram.
Paulo: Ryota jogou o carro de propósito.
Léo: Acredito que não foi uma escolha fácil.
Paulo: Talvez houvesse a chance de sobreviver, um por cento, ele arriscou tudo nesse um por cento.
???: E funcionou...
Paulo olhou para a porta surpreso. Olhei para trás vendo Ryota com a mulher desacordada em seus braços.
Corro até ela para ver se estava viva.
Ryota: Ela está bem.- afirmou. - Mas, preciso falar com o Richard.
Léo: Espero que tenha pensado bem nas palavras que irá dizer a ele. Colocou a vida dessa mulher em perigo ao fazer aquela bobagem.
Ryota: Estou ciente.
Paulo pega a mulher e a leva até o quarto dela. Quanto a mim, entrei em contato com o Emanuel e troquei de lugar com ele para vê-la.
Paulo Moreira
Ao chegar, a primeira coisa que queria saber era se a moça estava bem, chamei uma doutora para analisar e ela tinha um pequeno hematoma roxo no pescoço. Depois de analisar foi embora.
Ryota: Eu precisei deixá-la inconsciente, caso contrário teria morrido afogada. Foi o único jeito.
Richard: O que você fez foi arriscado demais para os dois, não só para ela mas para você também.
Ryota: Não poderia fazer nada a respeito, estava a quilômetros de distância de nós, se eu tivesse permanecido Otávio teria nos matado.
Richard: Sua arma serve pra que?
Ryota: É necessário que o encontremos com vida.
Richard: E poderia ter feito isso, não era necessário ter feito tudo isso, e se ela tivesse tido uma morte súbita?- irritado. - E se estivessem debaixo d'água por sua imprudência? Não cometa esse erro novamente.
Ryota: Vejo que mudou seus pensamentos.
Richard: Muita coisa está em jogo para não pensar nas consequências.
Ele sai e vai ao quarto da mulher.
Paulo: Fez o que pôde, apesar de tudo ele está agradecido por estarem vivos.
Ryota: Isso não vai mudar muita coisa. Eu perdi o meu carro e Otávio vai me dar um novo.
Paulo: Não entendo essa coisa de dar mais valor a um carro. Pra mim dinheiro é dinheiro, vai e vem.
Ryota: Não teria muita importância se não fosse do meu pai, ele me deu de presente de aniversário. Era um veículo muito importante. Apenas isso.
•••
Richard Emanuel
Quando Larissa acordou estava um pouco pálida, a coloquei em meus braços para que meu coração pudesse ter certeza que ela estava aqui comigo, estava bem.
Larissa: Richard, eu...
Richard: Você ficou com medo?
Larissa: Achei que íamos morrer.
Richard: Peço perdão, eu não achei que Otávio viria atrás de vocês, ainda mais por Ryota ser cuidadoso.
Larissa: Não foi sua culpa.
Richard: Ele não devia ter agido sem a minha autorização.
Larissa: Você está começando a falar um pouco como o Harris.
Dou uma leve risada e o mesmo fez.
Richard: Fiquei com medo de te perder. Parece que não consigo cumprir esse contrato.
Larissa: Não diga isso, você sabe que está fazendo o melhor que pode, se eu tivesse ido embora de táxi ou uber poderia estar morta, mas estive com Ryota e ele foi bem ágil diante da situação. Mesmo que tenha me desacordado como uma pessoa bruta...- tocando seu pescoço.
Richard: Aqui. - pegando uma bolsa de gelo. - Deixe-me ajuda-la.
Larissa: Está tudo bem. - um pouco sem graça.
Richard: Eu sei , mas eu quero.
Colocando, refleti um pouco sobre o ocorrido, embora Ryota tenha sido imprudente como eu já fui muitas vezes até Harris ficar internado, os dois saíram com vida.
Larissa: O Harris está bem?
Richard: Está do mesmo jeito.
Larissa: Sabe, eu me perguntei desde que sai do hospital... o por que de ele ter me agradecido...
Richard: Você fez algo que ele se sentiu obrigado a agradecer?
Larissa: Será? Mas, o que...?!
Richard: Como pode ser tão esquecida?
Larissa: Eu não sou um elefante.
Richard: Mesmo assim, você se encontrou com Zayan Gamal e nem se tocou que era o procurado que trabalhava pro Hoffmann. E se você encontrasse o Hoffmann? Precisa ficar mais atenta, pro seu próprio bem.
Larissa: Hoffmann?- pensativa. - Falando em imagens... eu tenho me incomodado com um homem.
Retiro a bolsa de gelo e a olho atentamente.
Larissa: Foi no corredor, Ryota também o viu.
Richard: Como era esse homem?
Ela começa a explicar sua aparência, por um segundo não acreditei mas peguei a foto do celular e mostrei a ela.
Larissa: Sim, era ele, havia me encontrado no bebedouro quando eu fui encher a garrafinha, depois Ryota apareceu e o homem saiu. Mas não parecia ser um incômodo para o Ryota, só para mim.
Richard: Ryota não sabe muita coisa dele.
Larissa: Não entendi. O que significa?
Richard: Significa que Hoffmann está no Brasil, e está mais próximo do que eu esperava.
Continua...
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