Capítulo 1
Jane passou aquele dia muito ansiosa pelo que estava por vir quando anoitecesse. Ela trabalhava como garçonete em um café não muito longe de casa, entrava ao meio-dia e saía às dezoito horas. Não era um emprego muito rentável, mas lhe dava a comodidade de ter um tempo livre para cuidar dos afazeres de casa e ainda tinha a noite livre para realizar seus desejos mais insanos.
Jane já tinha tudo planejado em sua mente, seu encontro estava marcado havia dois dias, ela só precisava esperar até que Robert, seu marido, saísse para trabalhar. Ele trabalhava na recepção de um grande hotel e ficava a noite inteira fora, dia sim, dia não. Jamais imaginava que aquela mulher doce e recatada pudesse ser tão cruel, tão macabra a ponto de tirar a vida de uma pessoa simplesmente por prazer e vingança.
Jane tinha apenas um metro e sessenta e cinco de altura, pele clara, olhos verdes e cabelos castanhos lisos, uma mulher linda com seus trinta anos. Naquela noite, logo que o marido saiu para trabalhar ela começou a se arrumar, ficou totalmente nua e depois de um banho relaxante colocou um conjunto de lingerie bastante sexy e um vestido de cor vermelha, com um decote que valorizava seus seios pequenos e firmes. A peruca loira era o complemento final, era com ela que estava na foto que usava no aplicativo de encontros, onde tinha escolhido a sua vítima daquela noite. Claro que seu nome verdadeiro não era Jane, não seria tola de expor sua verdadeira identidade na internet, mas precisava de um nome para que pudesse se encontrar com aqueles homens. John era um homem casado, claro, como a grande parte dos que estavam por lá, homens que não respeitam suas esposas, mas ao menos um deles se arrependeria amargamente por seus atos naquela noite. Depois de pronta ela se olhou no espelho mais uma vez, estava deslumbrante, qualquer homem cairia em sua armadilha como um patinho indefeso. Jane pegou a sua pequena bolsa que tinha dentro tudo o que ela precisaria, então saiu com destino ao encontro fatídico.
Fazia um pouco de frio naquela noite em New York, mas dentro do táxi estava bastante aconchegante. Jane disse o endereço ao motorista, mas o local que ele parou, na verdade ficava a duas quadras da casa de John. Ela não queria que ninguém a visse chegando na casa dele, muito menos um taxista que poderia entregá-la à polícia. Ela caminhou tranquilamente pela calçada até chegar ao número 125, era o endereço informado. Olhou para os lados e ficou feliz por ver que ninguém passava por ali naquele momento para atrapalhar o seu trabalho. John era casado, mas ainda não tinha filhos, Jane não queria saber se isso era verdade ou não, mas apenas livrar a face da terra de mais um ser desprezível. A esposa de John estava viajando, foi o que ele disse, ela teria uma grande surpresa ao retornar para casa. Jane fazia questão de saber todos os detalhes da vida do sujeito antes do encontro, se ele mentira em algum momento, isso já não era mais problema dela.
John era casado havia dez anos, o casal não tinha filhos, logo as noites de sexo dos dois não tinham qualquer interrupção, empecilho. Eles transavam sempre que tinham vontade, ou pelo menos quando sua esposa não reclamava que estava com dor de cabeça. Aparentemente John não tinha do que reclamar, mas estava cansado de transar com a mesma mulher sempre. Quando ainda era solteiro ele teve em sua cama incontáveis mulheres, de todas as cores, loiras, morenas, olhos claros e escuros. Era difícil se contentar com apenas uma mulher agora que estava casado.
Ele não queria se separar da esposa, tinha alguém para cuidar da casa e fazer comida e disso não queria abrir mão, mas arranjou um jeito de se divertir fora do casamento. Algumas vezes mentiu para a esposa que sairia com os amigos para beber e foi transar com outras mulheres. Mas naquela noite ele não saiu de casa, resolveu ser muito mais audacioso. Marcou um encontro através de um site de relacionamentos e pediu que a mulher viesse até a sua casa, pois a esposa estava viajando. Transaria com outra mulher na mesma cama onde fazia amor com a esposa. Isso era muito arriscado, mas ao mesmo tempo muito excitante. Contava os minutos para pudesse ter aquela gostosa nua em seus braços, seria uma noite muito especial, ao menos era isso o que ele imaginava.
Jane caminhou sobre a calçada rodeada por pequenos arbustos bem aparados e algumas flores que perfumavam o ar com a brisa fria. Flores que morreriam em breve com a chegada da neve que cobriria toda a paisagem de cor branca e totalmente sem vida. Ela se aproximou da porta e sem hesitar apertou a campainha, logo em seguida John a abriu com um grande sorriso. Estava feliz por ter aquela noite para se divertir com outra mulher, mal sabia ele que a diversão ficaria apenas por conta de Jane que estava muito excitada com a aproximação do momento.
— Olá! Você é ainda mais bonita pessoalmente. Entre, antes que alguém possa te ver — falou depois de olhar seu corpo dos pés à cabeça, ficando excitado ao imaginá-la nua em sua cama dali a alguns minutos.
— Obrigada! Você também não é de se jogar fora — mentiu sentindo repulsa, mas ela sabia que não seria necessário transar com ele. Claro, se tudo saísse como planejado.
— Você aceita alguma bebida?
— Obrigada, mas gosto de estar sóbria quando realizo os meus desejos. Também não foi para isso que vim aqui, não é mesmo? — falou aquilo pensando no que estava por vir.
— Claro! Temos a noite toda, mas se estiver com pressa podemos ir para o quarto agora mesmo — falou se aproximando dela e beijando seus lábios de maneira vulgar.
Jane sentiu nojo, mas precisava ao menos fingir que estava sentindo tesão por aquele traste. Ela correspondeu ao beijo e John deslizou as mãos por sobre seu vestido, apertando em sua bunda, descendo até suas coxas tocando em sua pele desnuda. Subindo a mão e tocando o tecido de sua calcinha, colocando um dedo por debaixo do tecido rendado.
— Então vamos para o quarto agora mesmo, vejo que está com muita vontade — falou incomodada, mas sem deixar transparecer em sua expressão.
Os dois caminharam até o quarto do casal, era chegada a hora de colocar seu plano em prática. Jane precisava que John concordasse com tudo o que ela tinha em mente, ou então o plano poderia dar errado. Teria que transar com ele e fazer de conta que estava tudo bem. Não poderia ir embora sem fazer uma coisa ou outra. Matar John, ou simplesmente transar com ele. Se ela acreditasse que valia a pena, poderia deixar ao menos que John a penetrasse, mas não sentiu atração suficiente para isso.
John foi logo querendo arrancar o vestido dela, todo afoito. Até parecia alguém que estava sem sexo havia muito tempo.
— Calma aí! Para que tanta pressa assim? Temos muito tempo pela frente — falou jogando charme, querendo ganhar tempo para fazer aquilo como havia planejado, sem cometer erros. Não poderia deixar que ele tivesse o controle da situação, ou tudo iria por água abaixo.
— Tire a sua roupa e se deite na cama, quero algemar as suas mãos para que não me toque enquanto transamos. Imagino que já deve ter visto isso em alguns filmes ou livros, mas geralmente é a mulher quem é amarrada.
John franziu o cenho ao ouvir aquilo, de fato já tinha visto coisa igual, mas nunca tinha colocado em prática com as mulheres com quem levou para a cama. Na verdade, nunca se imaginou fazendo aquilo, muito menos sendo ele quem seria amarrado.
— Vamos inverter o jogo, você que será dominado. Tenho certeza que vai adorar o que pretendo fazer com você — falou passando a língua maliciosamente pelos lábios vermelhos, enquanto com uma das mãos apertava o membro dele sobre o tecido da calça, sentindo o volume que se formava ali, realmente ele estava muito excitado.
John achou aquela proposta bastante estranha e até perigosa, mas ao mesmo tempo gostou da ideia de ficar com as mãos imobilizadas enquanto teria uma mulher desfrutando de seu corpo. Afinal a maioria dos homens pensa apenas com a cabeça de baixo quando está diante de uma mulher linda e sensual, com ele não era diferente. Homens costumam ser mais fortes do que as mulheres, mas basta uma abertura de pernas para que eles fiquem nas mãos delas. Um mínimo pedaço da calcinha aparente é capaz de enlouquecer qualquer homem. John jamais imaginou que aquele fosse o maior erro que cometeria em toda a sua vida.
— Tudo bem! — disse ele se despindo rapidamente e se jogou sobre a enorme cama com lençóis brancos e perfumados. A mesma cama onde fazia amor com a esposa que provavelmente não desconfiava de suas traições rotineiras. Seu membro estava totalmente ereto, demonstrando sua excitação. Nisso as mulheres também levam vantagem, podem simplesmente fingir que estão com vontade de transar.
Depois da noite de sexo, John colocaria todas as roupas de cama na máquina de lavar, apenas para dizer que tinha trocado a cama para receber a esposa de volta, assim os vestígios da traição não seriam encontrados. Mal sabia ele que não teria tempo para isso.
Jane retirou o par de algemas de sua bolsa e mostrou as chaves para ele, indicando que não precisava ter receio de que ela fosse deixá-lo preso e depois ir embora sem transar com ele. Se ela fizesse isso simplesmente para roubá-lo, a polícia a encontraria através do perfil na internet. Ela caminhou até a cabeceira e prendeu as duas mãos dele na cama, colocando as chaves ao seu lado apenas para deixá-lo ainda mais tranquilo.
— Agora vou fazer um pequeno show para você. Espero que goste.
Dizendo isso Jane começou a se despir lentamente, logo seu vestido estava no chão e John ficou extremamente excitado com o que viu, mais ainda quando ela retirou o sutiã exibindo seus belos seios e por fim a calcinha, ficando totalmente nua com seu belíssimo corpo, restando apenas as luvas sexys que ela usava. Ele poderia ter um orgasmo apenas por ficar olhando para aquela mulher linda à sua frente.
— O que você achou? — perguntou girando o corpo para se exibir totalmente, deslizando a mão sobre sua intimidade totalmente depilada, fingindo excitação.
John queria estar livre para poder pegá-la nos braços e se enterrar dentro daquela bunda maravilhosa.
— Você é linda, venha cá, abuse de mim, por favor, não estou aguentando de desejo. Faça o que quiser com o meu corpo.
Jane tornou a enfiar a mão em sua bolsa e retirou de lá uma venda de cor preta e caminhou até a cama, roçando seus seios sobre o peito de John enquanto dizia próximo do ouvido dele:
— Você já viu tudo o que deveria, por enquanto, agora você vai apenas imaginar, vou vendar os seus olhos, você irá apenas me sentir enquanto transamos. Tenho certeza que sua experiência será inesquecível.
— Não gostei dessa parte, você é linda, eu queria ver seu corpo enquanto cavalga sobre mim, também queria te tocar, beijar, lamber cada centímetro de seu corpo, isso não é justo.
— Depois eu tiro, vou deixar você ver outra vez e suas mãos também ficarão livres para você fazer o que quiser comigo — mentiu descaradamente sabendo que isso nunca aconteceria.
Jane colocou a venda nos olhos dele e certificou-se de que ele realmente não enxergava nada, ela foi até a bolsa e pegou as últimas coisas de que precisava e deixou ali por perto. Então fez um pouco de teatro, tocando o corpo de John suavemente, segurando em seu membro, masturbando-o vagarosamente, deixando-o ainda mais louco de desejo. Então ela achou que era a hora certa, afastou-se dele e rapidamente retirou as luvas que usava e colocou as luvas cirúrgicas, pegando sua pequena faca de lâmina afiada que reluzia contra a luz que iluminava perfeitamente o quarto que em poucos segundos se transformaria em uma cena de horror.
— Que barulho foi esse, o que você está fazendo? — perguntou ao notar que ela se afastou e também por causa do barulho das luvas. — Jane, cadê você? — insistiu, mas sem resposta alguma. De fato, ele nunca mais ouviria a voz de ninguém em sua vida.
Jane estava ali ao seu lado, respirando calmamente, com um sorriso macabro no rosto, como um anjo da morte. Ela se posicionou de maneira que o sangue não espirrasse em seu corpo, então aproximou a faca e num gesto rápido a deslizou sobre a garganta de John, de um lado a outro, abrindo um corte profundo, o sangue jorrou espirrando sobre o chão e formando uma grande poça sobre a cama. John não conseguiu gritar, nem poderia tentar segurar o corte numa tentativa inútil de estancar o sangue, o líquido vermelho com sabor metálico invadiu sua boca, sufocando-o completamente. Não demorou muito para que ele estivesse morto. Seu corpo naquela situação deplorável, totalmente nu e coberto de sangue, o cheiro de morte tomou conta daquele quarto, minutos antes imaculado.
Ainda com as luvas ela segurou seu membro que já não estava totalmente ereto e o decepou com facilidade, fazendo outra mancha de sangue se espalhar sobre os lençóis e o colchão. Depois Jane forçou a boca do defunto até que se abrisse um pouco mais e colocou a ponta dele ali, de maneira que ficasse com a maior parte para fora. Seu trabalho estava pronto.
Jane retirou as luvas sujas e as deixou do avesso, sem sujar as mãos, depois pegou um saco plástico e colocou-as dentro junto da faca, retirou a venda e as algemas e guardou tudo de volta na bolsa, tudo calmamente.
Ela ainda estava totalmente nua, ali olhando para o seu belíssimo trabalho. Certamente que a esposa de John teria uma grande surpresa ao retornar para casa, claro, se o corpo não fosse encontrado antes. Jane levou a mão até a própria intimidade e se masturbou olhando para o corpo de John. Depois do orgasmo Jane se vestiu tranquilamente e deu uma última olhada para o quarto, apenas para certificar-se de que não tinha se esquecido de nenhum detalhe, nada que a incriminasse. Ela foi até a porta de saída e com a ajuda de um pano a abriu, certificou-se de que ninguém estava a vendo e saiu caminhando tranquilamente. Caminhou duas quadras e então chamou um táxi para que pudesse retornar para casa, não era o mesmo que a trouxe até ali, e isso de certa forma era algo bom.
Jane chegou em casa e lavou a faca e se livrou das coisas que estavam sujas de sangue, em seguida tomou um banho e foi se deitar. Estava feliz por ter livrado o mundo daquele ser desprezível. Pela manhã seu marido chegaria em casa e fariam amor loucamente, como todas as manhãs que ele tinha passado a noite trabalhando. Os dois se davam bem, mas Jane esperava que ele nunca fosse tolo a ponto de cometer uma traição.
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