Capítulo Final
Cinco horas depois Sam estava andando de um lado para o outro na sala de espera da cirurgia. Fazia cerca de uma hora que eles haviam chegado ao hospital e exatamente 3 horas, 53 minutos e 12 segundos que seu irmão estava em uma cirurgia de emergência para reparar o pulmão perfurado.
Os pais dos adolescentes já os haviam levado para casa, a polícia havia aparecido para pegar seu depoimento, ele já havia preenchido todos os documentos com as informações de seguro falso e uma enfermeira havia removido as farpas e feito curativos em suas mãos. Tudo isso porém demorara apenas 1 hora 48 minutos e 47 segundos. O resto do tempo ele apenas ficou lá dando voltas e mais voltas pela sala vazia. Ele olhou para o relógio novamente, apenas 12 segundos haviam passado.
Quando finalmente, 13 minutos e 21 segundos depois, a porta se abriu, Sam atravessou a sala toda em dois passos para falar com o médico de meia idade que passou por ela.
- Conseguimos reparar o pulmão danificado - disse o homem antes que Sam pudesse perguntar - o estado dele é grave, além do pulmão e das costelas quebradas ele também tem um corte infeccionado na perna mas tudo indica que com os cuidados certos ele vai ficar bem.
Sam respirou aliviado com a notícia, seu irmão ia ficar bem e isso era tudo o que importava.
Na manhã seguinte Sam estava cochilando na cadeira ao lado da cama do irmão. Ele acordou sobressaltado com ruídos de passos no quarto. Ele se virou para encontrar Jesse parado em pé perto da porta.
-Ei Jesse. - disse ele sorrindo para o rapaz.
-Oi. - disse o rapaz de um jeito tímido que não combinava nada com a personalidade que mostrara no dia anterior - Então? Como ele está?
-Ele vai ficar bem.
-Isso é bom. - disse Jesse ele fez uma pausa e continuou - Eu queria agradecer, vocês me salvaram, salvaram meus amigos.
-Estamos quites então - disse Sam - Você me ajudou a salvar Dean.- o garoto sorriu e acenou com a cabeça antes de sair.
Poucos minutos depois que Jesse saiu, Dean abriu os olhos, ele já havia acordado algumas vezes antes mas era só por alguns segundos antes que os analgésicos fortes o fizessem dormir novamente. Dessa vez no entanto ele parecia mais atento.
-Ei Cara. - disse Sam sorrindo - como você está? - Dean tentou falar mas sua boca estava muito seca e sua voz quebrou. Sam pegou um copo de água e levou a boca do irmão. Quando ele havia bebido o suficiente Sam guardou o copo.
-Sinto como se tivesse sido atropelado por um trem.- disse ele com a voz ainda fraca e rouca. - O que aconteceu?
-A casa caiu em cima de você.
-As crianças estão bem?- ele perguntou.
-Sim.
-Você?
-Dean, você foi o único que quase morreu.- O rapaz tentou se mexer na cama mas todo o seu corpo protestou ao movimento.
-Então quais os danos ? - ele perguntou tentando ignorar a dor.
-Um pulmão perfurado; Seis costelas, um braço e uma perna quebrados; uma concussão leve e um corte infeccionado na coxa esquerda.
-Lei de Murphy?- perguntou Dean.
-Lei de Murphy.- concordou Sam.
-Eu Odeio esse cara.- disse Dean fechando os olhos para voltar a dormir.
-Eu também cara, eu também.
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