Na manhã seguinte, acordei com os braços de Dilan em volta do meu corpo, abraçando-me com carinho. A chuva já havia parado e o dia estava realmente frio. Levantei com certa cautela para não acordá-lo, calcei meus sapatos e caminhei em direção à porta.

– Eu te vi, Laurinha. – ele disse, acordando.

– Eu...

– Eu sei, você precisa ir, como sempre! – exclamou.

– E você também, Sete. – falei, sorrindo e saí da cabana. Caminhei pela grama ainda molhada até o meu quarto, na casa dos empregados. Abri a gaveta e reli o bilhete do príncipe. Ouvi batidas na minha porta e fui abri-la. Era Luke.

– Laura, onde você estava?

– Bom dia para você também, Lucas.

– Não me chame assim, sabe que eu não gosto. – reclamou.

Eu sorri radiante.

– Laura! Você está boba?

– E se eu estiver?

– Passamos horas te procurando. Você sumiu desde ontem.

O príncipe foi te procurar e... Espera, você e ele... – gargalhei.

– Sim, Luke, ele me encontrou e não, Luke, não aconteceu nada, só ficamos presos em uma cabana por causa da forte chuva.

– Ah Laura, minha pequena, sabe que meu maior desejo é que você seja feliz, não sabe? Mas esse cara já te magoou demais.

– Podemos, por gentileza, não falar da minha vida e sim sobre o porquê de você estar prostrado no meio do meu quarto?

– Você realmente não existe!

Naquele momento, ouvimos as cornetas de aviso sobre invasão e aquela correria nos corredores. Os empregados tentavam se agrupar e fugir para o jardim em busca dos túneis destruídos enquanto outros apenas corriam desordenadamente.

– Venha Laura, não podemos perder tempo. – Luke falou. Eu assenti com a cabeça, pegando minha arma sobre a cômoda e duas adagas e saímos do quarto.

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