Megan entrou no meu quarto próximo da hora do jantar, toda apressada, pegando mil roupas e tirando os fones do meu ouvido. Acordei assustada.

– Ei! – reclamei.

– Laura, vamos. O representante da França está aí para falar com a família real. Você tem que descer para o jantar. – ela falou.

– Tenho mesmo? – perguntei, com cara de sono e sem vontade. – Espera, da França, você disse? – aquela pequena luz se acendeu dentro de mim e, por um momento, pensei: encontraram a prometida. – Eu não vou. – disse, séria, franzindo o cenho.

– Laura, você não tem escolha. A rainha me pediu pessoalmente que eu viesse te buscar. – falou, nervosa.

– Desculpa, Megan, mas daqui eu não saio nem arrastada. Não quero saber dele ou da esposa francesa dele. – debochei.

Meg me olhou espantada pelo que acabara de ouvir da minha boca.

– Laura, como você... – parou de falar e ficou me olhando.

– Como eu soube? – ri sarcasticamente. – Digamos que a própria rainha me contou, aliás, obrigada Megan. – falei, ressentida.

– Laura, ele me fez jurar que eu não contaria nada, por favor, não fica brava, você é minha amiga. – suplicou.

– Amiga, Megan? – eu ri. – Realmente estou cheia de ótimos amigos por aqui. Você me deixou suspirar por um cara comprometido e se diz minha amiga? Eu não vou descer para esse jantar, pode esquecer.

– Laura, por favor, se eu falasse, você certamente o trataria diferente e ele saberia... – falou, chorosa.

Sinceramente, odiava fazer qualquer pessoa chorar, eu sequer sabia como reagir, nunca precisei secar as lágrimas de um amigo porque todos os que eu tinha, até então, eram soldados e não choravam. Puxei-a para perto de mim, passando a mão no seu rosto e secando.

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