Capítulo 14 Flores, amores e blá blá pizza.
Cheguei ao meu quarto pirando de raiva, peguei um papel e uma caneta e escrevi:
"Agradeço imensamente pela festa, alteza. De certo, a maior parte foi incrível, em que pese muitas partes eu preferia não ter presenciado. Mas afinal, o que é um aniversário quando acaba bem, não é mesmo?
Laura Heyes"
Pedi a Megan que entregasse o recado, assim, sem assinaturas mesmo.
Tirei aquela fantasia imensa, tomei um banho e fui me deitar, muito desapontada. Festa? Como fui tola de pensar que teria uma chance? Eu pensei... Acho que realmente estava começando a sentir algo por ele...
Algumas horas depois, escutei uma batida na porta e não abri. As batidas continuaram até que Dilan falou do lado de fora:
– Laura, sei que está aí. Abre a porta, por favor.
Eu não abri. Não queria falar com ele naquela hora, acho que não queria nunca mais falar com ele. Cheguei a sentir vontade de tê-lo deixado levar aquele tiro.
– Laura. – ele gritou. – Não vou sair daqui até conversarmos.
Tomei coragem, levantei-me e abri a porta. Quase sem olhá-lo nos olhos, voltei para dentro, falando "entra" de forma seca e fazendo sinal com as mãos.
– Fiz besteira, não é? – ele disse, estendendo-me uma flor, a qual eu ignorei. – Desculpa, acho que eu exagerei um pouco. – ele disse, sorrindo meio sem jeito.
– Pode ser. – respondi fria.
– Veja, não sou muito bom com palavras e não acho que você deva me perdoar, mas te devo desculpas, realmente, não percebi quanto fundamental seria apenas te fazer companhia com pizzas e lareiras e, talvez, uma câmera para nos divertirmos. Não sei... – ele pensou por um momento, olhando para o chão. – Podemos recomeçar desde a primeira batida à porta?
Ainda tenho pizza. – disse, erguendo as sobrancelhas.
– Olha, não sei se estou pronta para isso, não sei o que dizer. – falei confusa.
Ele correu para fora do quarto e bateu à porta novamente, o que me fez esboçar um sorriso torto.
– Ah, por favor, eu deixo você escolher o sabor da pizza, se quiser, podemos voltar ao meu quarto, ainda tem uma lareira e posso pedir mais doces. Doces sempre animam. – ele falou, sorrindo sem jeito. – Faço o que quiser para te ver sorrir, vamos, seus pedidos serão uma ordem. – disse, fazendo pose de soldado.
– Eu quero a pizza. – concordei, séria. – De escarola e mussarela. – mantive a seriedade e prossegui: – E Catupiry...
E também uma de sorvete. – foi quando, finalmente, eu esbocei um breve sorriso.
– Tudo o que quiser. – ele falou, e pediu que um criado trouxesse.
– Podemos? – ele perguntou, dando-me o braço para irmos ao quarto dele.
– Acho que prefiro ficar aqui, já tirei aquela fantasia gigante. – falei, sorrindo de canto.
– Estava linda... Só para não deixar passar em branco. – ele falou com um sorriso bobo no rosto. – E ainda está. Seu pijama é incrível.
E realmente era, usava uma camisola creme com rendas pretas no barrado, era de meia-manga e a saia meio evasê.
– Minha camisola agradece. – disse, rindo. Ele riu junto.
– Vejamos o que mais posso fazer para te ver sorrir... Cantar? Dançar? Pedir mais comida para te deixar gorda e feliz? Posso escrever seu nome na lua, se quiser, ou recitar Shakespeare, pintar o céu de vermelho ou arrumar um estúdio fotográfico só para você. – ele falou, rindo. – Ou podemos pular na sua cama e fazer guerra de travesseiro, também é uma opção.
– Todas as ideias são boas, gênio. – falei com certo tom de sarcasmo. – Que tal a ideia do nome na lua? Sim, escolhi a mais difícil para te ver sofrer. – falei, rindo e dei uma travesseirada na cabeça dele.
– Em primeiro lugar, não volto atrás com a minha palavra e segundo, isso não foi justo. – ele disse, retribuindo a travesseirada.
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