Capítulo 98

- Boa tarde a todos.

O juiz cumprimentou.

- Estamos aqui reunidos para dar início ao processo de divórcio entre André Romantinni e Eduarda Nascimento. Dando início também aos tramites para a boa partilha de bens entre os dois, dando por inicio uma proposta de cinquenta por cento para cada uma das partes.

O juiz disse e os advogados começaram a conversar com os dois:

- Dona Eduarda é uma boa oferta e poderia muito bem ser a final, mas com certeza seu ex-marido não vai aceitar, visto que a senhora mesma me disse que ele sempre quis tomar conta de tudo, mesmo ainda sendo da sua falecida filha, mas preste muita atenção;

Não vamos recuar com uma porcentagem menor que essa. A senhora pode e tem direito a metade de tudo o que construíram durante todos esses anos. Não aceite menos do que a senhora tem direito.

O homem disse.

- Eu conheço muito bem André, sei que ele não vai aceitar essa primeira proposta... Ele me disse que eu me arrependeria de me separar dele e com certeza vai querer e alegar que merece uma porcentagem bem maior.

Eduarda disse.

- A senhora bem sabendo de tudo isso sabe que não podemos e nem vamos regatear, afinal de contas, a senhora vai ter o que merece, nada menos do que isso.

O advogado disse e Eduarda assentiu. André por outro lado disse ao seu advogado:

- Eu não vou aceitar apenas cinquenta por cento de todas as ações nem hoje nem dia nenhum. Sou a alma e o coração de todo o nosso negócio. Abdiquei muitos anos da minha vida para construir um nome, uma empresa... Eduarda não era nada além de imagem nessa empresa. Ela não merece nada além de trinta por cento de tudo.

André disse.

- O senhor bem deve saber que uma boa imagem é tudo para o deslanche de uma empresa e dona Eduarda sendo a imagem também merece uma boa porcentagem e por consequência deve saber disso. Ela não vai aceitar apenas trinta por cento. Eu o aconselho a aceitar a proposta do juíz.

O homem disse e André revirou os olhos:

- Conhecendo bem Eduarda como eu conheço sei muito bem que ela realmente não vai aceitar apenas trinta por cento. Acho melhor aceitar os cinquenta por cento que o juiz propôs.

André disse.

- Então, senhores já temos um acordo de cinquenta por cento para cada parte?

O juiz perguntou.

- Sim.

- Sim.

Os dois advogados responderam.

- Ótimo. Dando continuidade a patinha dos bens, os cinquenta por cento que correspondem a dona Eduarda Nascimento são: Um imóvel na capital, uma casa de praia de cinquenta por cento das ações da empresa "Romantinni corporações."

Já a parte que corresponde ao senhor André Romantinni corresponde a um imóvel nos Estados Unidos, um imóvel, uma casa de praia no litoral do Rio De Janeiro e cinquenta por cento das ações da empresa ''Romantinni Corporações''.

O homem disse e a audiêcia se seguiu. No hospital onde Otávio estava internado alguns médicos entre fisioterapeutas, fonodeólogos e neurologistas o avaliavam:

- Alanzinho, para que possamos nos comunicar vamos criar um código semelhante ao que já usamos com você, ok?

É assim: para dizer ''sim'' você aperta nossas mãos uma vez e para dizer '' não'' você aperta duas vezes, entendeu?

O homem perguntou e pegou na mão de Otávio que apertou apenas uma vez.

- Muito bem. E olha, nós só te chamamos de Alanzinho porque ainda não sabemos seu verdadeiro nome, mas assim que puder se comunicar de maneira mais clara você vai poder dizer seu nome para a gente.

O homem disse e percebeu como Otávio parecia pensativo e de seus olhos caiam lágrimas novamente.

- Ele parece estar tentando falar alguma coisa.

Outro médico disse e pegou na mão de Otávio novamente:

- O que você quer dizer? Pode dizer que vamos tentar entender.

- M...'' Máio''.

- Mário. É isso?

O homem perguntou e o filho de Mário e Rita apertou sua mão uma única vez.

- Será que esse é o nome dele?

Um demais perguntou.

- Pode ser e também pode ser o nome de alguém próximo a ele.

O outro respondeu.

- Pois é, mas esse nome a partir daqui tem que ser uma pista para sabermos quem é ele e de onde veio.

O médico disse e olhou para Otávio:

Tenha fé. Vamos encontrar sua família.

Na casa de Luísa a moça disse a Carmem:

- Já faz um mês que está aqui comigo. Vou acertar seu pagamento e se quiser voltar pata a casa dos meus pais eu entendo, já consigo me virar com a bebê e contrato outra empregada.

Luísa disse.

Tem certeza que quer que eu vá embora?

Carmem perguntou.

- Ai '' Carmenzinha'' de verdade? Fica. Eu não confio em mais ninguém para me ajudar com a bebê e cuidar da casa. Eu vou ter o maior trabalho para arrumar outra pessoa e confiança não se cria de uma hora para a outra. Mais que nunca vou precisar de você... Vou voltar a estudar.

- Que legal. É muito bom que volte a investir no seu sonho.

A mulher disse.

- Eu não vou voltar para a faculdade de engenharia.. Vou cursar administração...

Pedro e Cecília chegaram na casa de Luísa sem serem notados pela moça:

- Que história é essa de você cursar administração?

Pedro perguntou.

- Oi para vocês também.

Luísa respondeu.

Com licença... Eu vou para a cozinha.

Carmem disse e saiu de perto de Luísa e de seus pais.

- Está tudo bem com você e com a bebê?

Cecília perguntou.

- Sim. Estamos ótimas.

Luísa respondeu.

- Que bom. Que ótimo. Agora a senhorita pode me explicar que história é essa de ter trancando a faculdade de engenharia para cursar administração?

Pedro perguntou.

- Em primeiro lugar: vocês já estavam cientes de que eu tranquei a faculdade de engenharia. A faculdade de administração foi o que veio a minha mente e é isso que vou fazer.

A filha dos dois respondeu.

- Ah e você acha que é simples assim? Decide, tranca e se atira numa loucura? Se acha isso está muito engananda.

O pai disse.

- E se você acha que a sua palavra é que vai ser a última também está muito enganado. Eu não vou voltar para o curso de engenharia, quer vocês gostem ou quer não gostem.

Luísa completou.

- Filha, olha, pensa bem. Deixa a sua cabeça esfriar um pouco. Seus nervos devem estar à "flor da pele" por causa da gravidez. Espera um pouco. Deixa o tempo passar e você pensa nisso. Agora tem que se concentrar na sua filha. As coisas estão muito recentes ainda.

A mãe da moça tentava a convencer a mudar de ideia.

- A minha decisão já está tomada e pronto. Não tem nada que vocês possam fazer para me fazer mudar de ideia.

A namorada de Otávio respondeu.

- Vem cá, já que você está tão decidida assim me responde uma coisa:

Você pretende administrar o que?

Pedro perguntou.

- A empresa é lógico.

Luísa respondeu.

- A minha empresa?

Pedro perguntou.

- A nossa empresa. A empresa da família Morgado Furtado. Aquela que você leva nas costas a muitos anos sozinho. Eu vou te ajudar, pai. Vou te ajudar a alavancar aquela empresa assim como o Henrique ajudaria e ainda vai ajudar.

A moça disse.

- Você está completamente descompensada.

O pai respondeu.

- E eu posso saber porque?

Luísa perguntou.

- Filha, senta aqui e olha para o papai... Como é que eu vou dizer isso?

Ele perguntou.

- É que administração é um trabalho mais... Digamos... Masculino. São muitas dores de cabeça e você não vai aguentar por muito tempo.

O marido de Cecília respondeu.

- Pois eu vou e você vai ver como vou fazer esse seu machismo despencar.

A moça respondeu.

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