Pedro chegou ao hospital e ao ver o filho na recepção, estranhou:

- O que faz aqui, meu filho?

Ele perguntou.

- Ele não é meu filho...

Henrique disse.

- Mas disso todo mundo já sabia... Quero dizer... Eu lamento muito, mas tem males que vem para o bem. O melhor que tem nesse momento é que você fique bem longe dessa mulher e querendo ou não com o menino, ela seria inevitável.

Foi melhor assim. Melhor pensar em você e na sua recuperação e tentar esquecer que essa mulher apareceu na sua vida algum dia.

Pedro disse.

- Vai ser difícil demais para mim. Eu me apeguei muito com o Caio e agora acabou. Ela vai embora e não vai ter nada que eu possa fazer para impedir.

Henrique disse.

- Olha... Você tem a filha da sua irmã. Pode dar para ela o amor que daria para o menino. Tudo vai dar certo. Vamos embora.

Pedro disse e junto com o filho saiu do hospital.

No quarto Douglas e Paola conversavam:

- Viu, meu amor? Eu espero que tenha se arrprdnndido de dividar de mim.... O Caio é nosso filho e sempre vai ser... Só meu e seu.

A mulher disse.

- Mas você tem que levar em conta que nem você mesma sabia de quem ele era. Nós dois ficamos impressionados com os resultados dos exames. Se você tivesse tanta certeza não teria ido atrás do Henrique e nem deixado ele se aproximar.

Douglas disse.

- Isso é verdade, mas para ser sincera no fundo eu sempre soube que ele era seu filho. Ele se parece com você.

Paola respondeu.

- Espero que não se pareça no caráter. Quero que ele se torne uma boa pessoa e que saiba aproveitar as oportunidades que a vida oferece.

O pai de Caio falou.

- Você se arrependeu e isso já é um grande passo, meu amor. Tem que se orgulhar de si mesmo e agora temos que pensar nos próximos passos:

Arrumar um emprego, se estabilizar e quem sabe até comprar uma nova casa daqui a um tempo...

Passo por passo a gente chega onde quer.

Eu só vou dar um tempo para o Caio se recuperar e vou vender a casa que era da minha mãe... A partir daqui vai ser casa nova, vida nova tudo novo.

Paola disse.

- Querendo ou não o meu passado me assombra e me atormenta muito.

O homem confessou.

- É tudo culpa daquela mulher... Ah mas ela me paga e paga caro pode ter certeza.

Eu já disse uma vez e vou dizer de novo: aquela mulher já está com a vida feita e a gente tem que batalhar muito para chegar num ponto minimamente confortável...

Douglas interrompeu a namorada:

Paola olha para mim e presta bastante atenção:

Chega. Basta. Chega dessa história de vingança. A gente não vai se vingar de ninguém você ouviu?

O homem perguntou olhando fixamente nos olhos da namorada.

- Douglas, meu amor, agora eu que vou falar e você vai me ouvir:

A cada vez que você demonstra essa sua mudança maluca mais vontade de me vingar desse povo. Essa mudança não vai adiantar de nada.

A mulher disse.

- Eu te amo, mas você não vai ser um entrave para a minha reentegração na sociedade. Se continuar com essa história eu vou ser obrigado a me afastar de você e te garanto que não é o que quero, mas é o que será nescessário. Eu tenho que pensar em mim também.

O homem disse.

- Ok. Quer saber? Melhor você ir para casa. Pensar muito bem no que quer para sua vida daqui para frente porque eu não vou ficar insistindo em alguém que não tem os mesmos interesses que os meus.

Paola disse e o namorado se levantou:

- Tchau, meu filho. O papai tem que ir para casa.

Douglas disse a Caio.

- Você não é meu papai ainda. Você é meu amigo. O meu papai de verdade é o papai Henrique, né, mamãe?

O menino perguntou a Paola inocente.

- A mamãe já te explicou que você tem dois papais. Por favor não chateei a mamãe com isso. Se despeça direto do seu papai Douglas e peça para ele voltar amanhã.

A mulher pediu.

- Mas ele tá bem aqui na nossa frente. Ele já ouviu, não é verdade "papai Douglas"?

Caio perguntou.

- Sim. Eu já ouvi tudo. Você quer que eu volte amanhã?

O pai do menino perguntou.

- Deixa eu pensar um pouquinho.... Você vai vir para brincar com os meus carinhos igual o papai Henrique?

O menino perguntou.

- Vou e eu garanto que sou muito mais legal do que ele. Quando tiver um pouco mais de dinheiro vou comprar um monte de carrinhos para você. Ele já te deu carrinhos também?

Douglas perguntou.

- Não. Eu nunca pedi, mas eu queria.

O menino respondeu.

- Eu vou te dar, tá bom? Só vai demorar um pouquinho, mas eu dou.

O namorado de Paola disse.

- Tá bom.

- Tchau, meu amor.

Ele se despediu de Paola.

- Vamos lá fora um minuto antes de você ir embora.

Ela pediu e Douglas se virou para o filho:

- Dorme com os anjinhos.

- Você também.

O menino desejou e o homem saiu do quarto junto com Paola.

- Que cara é essa?

Paola perguntou.

- " Papai Henrique... Papai Henrique... Papai Henrique..." Eu não tô suportando ouvir ele chamar o Henrique de pai... Para que você ensinou isso para ele?

O homem perguntou irritado.

- Oh, meu amor, me perdoe por isso, mas com o Henrique se aproximando eu acabei dizendo para o Caio que ele tinha dois pais, até porque eu não sabia qual de vocês dois era o pai biológico e eu não queria que ele sofresse com isso...

Um dia ele me perguntou porque ele não tinha pai e isso me deixou horrível... Minha vontade era de enterrar minha cabeça em um buraco de tanta vergonha...

A mulher tentou justificar.

- Isso não importa. Você poderia ter dito que eu estava viajando, trabalhando, sei lá... Dado um jeito. Agora eu vejo que você mente como ninguém mais.... Eu juro que não te reconheço mais. Para mim é uma completa estranha... Está ardilosa, só pensando em vingança... Essa não é a mulher por quem me apaixonei um dia...

Paola interrompeu o namorado:

- Desde sempre você soube que eu não me contento com pouca coisa... Eu não quero uma vidinha qualquer para mim e para o Caio e naquele momento específico o melhor era ir atrás do Henrique e da família dele... - pelo menos eu achei que era - se isso não fosse conveniente a mim eu não teria o mantido naquela clínica...

Pelo contrário, teria mostrado quem eu era de verdade e deixado ele de uma forma triunfal e humilhante, mas isso era muito arriscado...

Ele não tinha me deixado no controle de nada ainda. A casa ainda estava no nome dele, os cartões ainda estavam com ele e ele liberava com uma certa frequência, mas aquilo me sufocava, por isso eu desisti dele e descidi me vingar e você chegou no memento certo. Você chegou para que eu conhecesse o amor de verdade e não aquela maluquice que vivia com Henrique.

- Quer saber o que eu acho? Que você não vale nada. Não vale o chão que você pisa. Até nunca mais. Quer acabar com a sua vida acaba sozinha e não coloca meu filho nisso.

- Você não pode fazer isso... Depois de tudo me abandonar desse jeito.

- Eu posso e vou. Até nunca mais. E quanto ao menino, não se preocupe, eu vou ser o pai que não tive para ele.

Douglas disse e saiu de perto de Paola a deixando a chorar amargamente.

E essa reviravolta, hein? Gostou do capitulo? Não se esqueça de deixar seus votos e comentários. Obrigada por ler até aqui.
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