Capitulo 88

Carmem ligou para Cecília... O celular deu desligado:

- Que estranho.... A dona Cecília é tão ligada com essas coisas e não atendeu... Vou tentar de novo.

Ela disse a si mesma e ligou novamente, mas sem sucesso.

- Mas meu Deus do céu... Justo hoje que preciso dela aqui...

Vou ligar para o doutor Pedro... O pior é que se ele estiver no meio de uma reunião vou " escutar" até falar chega, mas não vai ter jeito.

Carmem disse a si mesma e estranhou ao ver que o patrão atendeu no primeiro toque:

- Olha, doutor, o senhor me desculpa incomodar, mas na verdade eu preciso mesmo é da dona Cecília , mas ela não atende de jeito nenhum...

Pedro interrompeu a mulher:

- Carmem, a Luísa está perto de você?

- Não, senhor.

A mulher respondeu.

- Pois bem, me escuta, presta muita atenção... A Cecília e a dona Ruth sofreram um acidente... Um acidente grave... A dona Ruth morreu antes de chegar no hospital.... A Cecília ainda está sendo avaliada, mas eu não quero que a Luísa nem sonhe que isso aconteceu, me entendeu?

Pedro perguntou.

- Sim senhor. Pode deixar, não vou comentar nada.

A empregada tranquilizou.

- E tem outra coisa também...

Pedro disse.

- O que?

Carmem perguntou.

- Eu vou precisar que você cuide do Henrique também... Ficar nesse hospital não vai fazer nada bem para ele e sozinho em casa também não é uma opção.

- Tá certo. Eu cuido dele também.

Carmem respondeu.

- Ótimo. Depois te pago um adicional.

- Ok. Eu vou ter que desligar. Ela tá vindo, tchau.

Pedro não teve tempo de responder e o celular já havia sido desligado.

O que foi, Carmem? Que cara é essa?

Luísa perguntou

- Cara de que?

Carmem perguntou se fazendo de desentendida.

- Cara de preocupada. O que houve? Já está querendo ir embora?

Luísa perguntou.

- Não é nada disso. Eu não estou preocupada. Eu estou bem. Isso é impressão sua.

A empregada tratou logo de dizer.

- Sei. Se não quer falar tudo bem.

Luísa deu de ombros e Carmem agradeceu mentalmente pela conversa ter acabado ali.

No hospital Pedro disse ao filho:

- Meu filho, você vai ficar na casa da sua irmã, tá bom?

- Mas eu estou preocupado com a mamãe.

O irmão de Luísa disse.

- Eu sei. Eu também estou e muito, mas você não precisa ficar aqui. Melhor ficar na casa da sua irmã.... Lá é muito mais confortável.

Pedro disse.

- Você acha mesmo que eu vou conseguir relaxar com a minha mãe lá dentro não de que jeito?

Henrique perguntou.

- Você... Você tem razão. Foi meio leviano da minha parte te pedir isso. Desculpa. Se quiser ficar aqui tudo bem. Pensando bem, Luísa iria desconfiar que tem alguma coisa errada, com certeza. Melhor que fique aqui mesmo. Mais tarde eu te levo para casa.

Pedro disse.

- Tá bom.

Henrique respondeu. O médico chegou perto dos dois:

- Vocês que são parentes da mulher que sofreu acidente?

O homem perguntou.

- Sim. Sou o marido. Como minha esposa está?

Pedro perguntou.

- Ela chegou aqui em estado instável e agora começou a reagir as medicações. Ela Passará por uma bateria de exames daqui uma hora. Aparentemente não se machucou muito, mas ela está com testa um pouco inchada o que dá indícios que bateu a cabeça e isso é um pouco preocupante.

Mas só poderemos dar o nosso parecer seguinte quando ela acordar.

O homem disse.

- Eu posso vê-la?

Pedro perguntou.

- Pode, mas não por muito tempo.

O médico disse e pediu a um enfermeiro:

- Acompanhe ele por favor.

O médico pediu e o enfermeiro assentiu. Ao chegar na porta do quarto o enfermeiro pediu:

- Procure não ter alterações de humor para que ela não se estresse.

- Tá bom.

Pedro respondeu e entrou no quarto:

- O, meu amor, eu te amo tanto... Preciso de você aqui comigo, com os nossos filhos, com os nossos netos... Quer dizer, netos não porque eu não sou avô... Sobrinhos... Melhor ainda:

Primos.

Cecília começou a acordar:

- Oi, meu amor. Como você está?

Pedro perguntou.

- Eu... Eu tô sonsa.... Confusa... Minha cabeça está doendo...

Cecília disse.

- Você lembra do que aconteceu?

Pedro perguntou.

- Só lembro da minha mãe pedindo para eu levar ela para a casa dela... Tá tudo bem com ela, né?

Cecília perguntou.

- Ela... Ela infelizmente faleceu. Eu sinto muito.

Pedro disse.

- Ela... Ela o quê?!

Cecília gritou.

- Meu amor, Cecília calma. O \médico que você não deve se estressar.

O marido disse.

- Como não vou me estressar? Você acabou de dizer que minha mãe morreu... E o pior de tudo é saber que a culpa foi minha.. Fui eu que peguei aquele carro com sono... Eu matei a minha mãe.

- Cecília, olha para mim, presta atenção:

A morte um dia chega para todo mundo de uma forma ou de outra.... Não adianta se martilizar... O melhor que você tem a fazer é ficar com as boas lembranças.... Se é que você tem alguma, né?

- Ela era a minha mãe e por mais que fosse difícil de lidar eu a amava muito. Tem coisas que podem ser evitadas.

Eu poderia ter evitado isso se não tivesse pecado aquele carro. Podia ter dito para ela esperar, mas ela já não queria mais ficar naquela casa.

O que mais me dói é saber é não ter podido me despedir dela. Saber que ela se foi chateada comigo.

Cecília disse.

- Olha, me desculpa pelo que vou dizer, porque sei que isso pode te deixar pior do que você está, mas infelizmente sua mãe só deixaria de estar chateada com você no dia que nós nos separássemos.... Você goste ou não, por mais que te doa ouvir e concluir isso essa é a verdade... Sua mãe me odiava com todas as forças dela e sem motivo... Quer dizer, eu acho que não tinha motivo, né? A não ser o fato dela ter tomado a dor do seu pai e além de tudo que fez comigo ainda teve coragem de fazer tudo o que fez com você.

- Pedro, sobre isso, eu não quero que a Luísa saiba de nada disso em época nenhuma... O André Romantini não merece que ela saiba disso.

Cecília disse.

- Tudo bem, meu amor. Não vou contar nada.

O homem respondeu e se lembrou de uma coisa em relação a Henrique:

- Ah, meu Deus.

- O que foi?

Cecília perguntou.

- Eu acabei de me lembrar que amanhã tenho que levar o Henrique de volta para a clínica.

Pedro disse.

- Tem certeza?

Cecília perguntou.

- Tenho. Eu esqueci completamente disso. Ele vai ficar triste.

- Tomara que o doutor o libere desse tratamento.

- Senhor, o tempo acabou.

O enfermeiro chegou perto dos dois.

- Eu tenho que ir, mas vou chamar o Henrique para que ele venha se despedir de você. Não fique com esses pensamentos tortos na mente. Você tem que se concentrar na sua recuperação.

Pedro disse e saiu do quarto. Ao chegar na recepção do hospital, ele disse ao filho:

- Agora você pode entrar e não pode demorar muito. O médico disse que sua mãe precisa descansar.

- Tá bom.

Henrique respondeu e junto com o enfermeiro foi até o quarto de Cecília:

- Oi, mãe. Como você tá?

Ele perguntou.

- Oi, meu amorzinho. Tá tudo bem agora. Só estou um pouco triste por causa da sua avó, mas estou bem.

Cecília disse.

- Não fica assim, mãe. As coisas acontecem porque tem que acontecer.

O ex-namltado de Paola disse.

- O seu pai te disse que você tem que voltar para clínica amanhã?

A mãe do rapaz perguntou.

- Ele não disse nada para mim, mas eu não queria ir. Queria ficar aqui com vocês.

- Meu amor, o seu tratamento está acabando. Você agora está com a gente, com a sua irmã, com o seu filho que você tanto ama. É isso que importa. Promete que vai ficar bem?

Cecília perguntou.

- Prometo.

Henrique respondeu.

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Obrigada por ler até aqui. ( Próximo capítulo terá narração no hospital onde Otávio está)

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