Capitulo 79
André voltou para o hotel e recebeu uma ligação de seu advogado:
- Bom dia, doutor André.
O homem cumprimentou.
- Bom dia, Nicolas. Novidades sobre o processo do meu divórcio com Eduarda?
O homem perguntou.
- Sim. O processo está em ótimo andamento. Em breve já não terá mais laços matrimoniais com dona Eduarda.
O homem disse.
- Ótimo. É o que mais quero.
- Em breve o juiz marcará a audiência para dar início ao processo de divórcio.
O homem disse.
- Lembra do que eu te disse? Eu quero Eduarda na sargenta de onde ela saiu quando se casou comigo. Sem nada. Nenhum centavo.
André disse.
- Senhor, eu tenho que lhe informar que o máximo que poderemos chegar é um acordo de cinquenta por cento para cada parte. Não muito mais que isso.
Dona Eduarda e o senhor se casaram em comunhão total de bens?
O homem perguntou.
- Infelizmente fiz essa burrada.
André respondeu.
- Pois então. Assim que for apresentada a comunhão total de bens a dona Eduarda imediatamente tem direito a cinquenta por cento de tudo que era de vocês dois. Não há como fugir disso.
O advogado disse.
- Faça o que tiver que fazer. Eu quero Eduarda sem nada. Até mais.
O pai de Nicole disse e desligou o telefone.
- Eu tenho que dar um jeito de conseguir tirar o filho de Nicole dela também mas isso é assunto para ser tratado outro dia. Com ele comigo tudo o que era de Nicole passa a ser cuidado por mim.
Eduarda vai se arrepender de ter me deixado.
Ele disse a si mesmo. Enquanto isso, Paola e o filho haviam voltado para a casa da mãe da moça:
- Vovó!
O menino gritou feliz, mas a avó não respondeu.
- Não grita, meu filho. A sua avó não gosta disso.
Paola pediu e sentiu uma sensação estranha. Algo lhe dizia que alguma coisa estava acontecendo com sua mãe:
- Alguma coisa está acontecendo com a minha mãe.
Ela disse em pensamentos e mais que depressa foi ao quarto da mãe.
Ela estava imóvel e não respondia ao ser chamada:
- Mãe.
Paola chamou e não obteve resposta:
Mãeee!
Ela gritou e Caio veio correndo assutado:
- Vovó! Vovó!
Ele chamou e também não obteve resposta.
- A vovó morreu?
O menino perguntou com voz chorosa.
- Não, me... Meu filho. Ela só está dormindo. Vou chamar um médico.
Paola disse para não assustar o filho.
Depois de chamar uma ambulância, Paola e o filho foram para o hospital com a mãe da moça que deu entrada na emergência do hospital. Um médico chegou perto de Paola:
- Você é a acompanhante da dona Sueli Timóteo?
O homem perguntou.
- Sou a filha dela. Como ela está?
- Ela teve um infarto. O socorro foi rápido, mas ela ainda está muito fraca. Se quiser entrar para vê - lá essa é a hora.
O homem disse.
- Eu quero.
Paola respondeu.
- Também quero ver a vovó.
Caio disse a mãe.
- Você é muito pequeno, meu amor. Fica aqui que eu dou um beijo nela para você.
Além do mais, logo poderemos levar ela para casa.
A mãe do menino disse.
- Promete que vai dar um beijo nela?
Caio perguntou.
- Sim.
Paola disse e saiu de perto do filho.
- Oi, mãe. Tá tudo bem?
A mulher perguntou.
- Oh, minha filha... Que bom que você chegou. Eu tenho tanto para te falar antes de... De morrer.
A mãe da moça disse.
- Oh, mãe. Não fala assim. Você não vai morrer.
A namorada de Douglas disse.
- E... Esculta bem.
Cuida direito do Caio. Larga esse tal de Douglas. Se endireita. O Caio só tem você e se você cruzar os caminhos errados isso vai dar futuros desgostos para o seu filho.
A mulher disse.
- Eu prometo que vou cuidar mais dele. Vou ser mais maleável.
Paola disse.
- Te amo.
A mãe disse e fechou os olhos. Os bips do computador indicavam a ausência de respiração. Neide já não estava mais entre os vivos.
Os médicos entraram no quarto e atestaram a morte da mãe de Paola. Apesar de todas as brigas, no fundo a filha sabia que na maioria das vezes a mãe estava certa quando pedia que ela cuidasse mais de Caio, acompanhasse e amasse o filho como ele merecia, mas sua cobiça sempre falava mais alto:
- Sem você aqui mais que nunca eu preciso de dinheiro. Preciso que Douglas saia logo da cadeia e que Henrique comece a sustentar Caio e a mim também.
Tantos anos tendo que aturar aquele "meloso" tem que ter um motivo.
Ela disse a si mesma e voltou para perto do filho:
- Cadê a vovó?
O menino perguntou.
- Senta aqui, meu filho...
Paola pediu.
- A mamãe já te contou que um dia as pesossas vão morar com o papai do céu, não é mesmo?
A mulher perguntou.
- Sim. Quem é bonzinho vai morar com o papai do céu lá no céu.
O menino respondeu.
- Isso, meu amor. A vovó sempre foi muito boazinha com você, não é mesmo?
A mãe do menino perguntou.
- Sim. Ela disse que vai me dar um cachorro quando eu crescer...
Paola interrompeu o filho:
- Meu amor, eu preciso que você seja forte. A vovó não vai mais voltar para casa... Ela foi morar no céu agora.
Paola disse.
- Mentirosa! A minha avó não morreu.
O menino disse e saiu correndo.
- Meu Deus do céu... Filho, meu filho.
Ela foi atrás do filho. Ao chegar na porta do hospital ouviu um barulho forte e já sabia o que era:
- Meu Deus do céu... Meu filho... Meu bebê.
Ela gritou e viu o filho caído no meio da rua.
- Me desculpa, moça. Ele entrou na frente do carro de uma vez. Não deu tempo de frear.
O homem tentou se explicar.
- Dani-se. Me ajuda a levar ele para dentro do hospital pelo menos.
Paola pediu e junto com o motorista da casa de Pedro levou Caio para dentro da unidade de saúde.
- Meu Deus, moça eu juro, isso nunca me ocorreu. Eu jamais imaginei que isso fosse acontecer.
O homem disse envergonhado.
- Meu querido, você pagando a estadia dele, os gastos da pediatria e os medicamentos já está ótimo.
Não importa o que você poderia ou não ter feito. O mal já está aí. Não tem mais como mudar nada.
A mulher disse.
- Claro. Você tem toda a razão. Eu vou ligar para o meu patrão enquanto o menino é atendido. Com licença.
Iago pediu e saiu de perto de Paola.
- Doutor Pedro, eu preciso muito da sua ajuda.
Iago disse.
- O que houve?
O marido de Cecília perguntou e tomou um gole de café.
- Eu atropelei um menino.
Pedro engasgou com o café:
- Como? Como assim? Como isso aconteceu?
- Eu me destrai por um minuto. O menino entrou na frente do carro de uma vez.
O homem explicou.
- Mas o menino morreu?
O pai de Henrique perguntou.
- Não. Graças a Deus não. A mãe dele está aqui também.
O motorista respondeu.
- Tá bom. Fica calmo. Tô indo para aí.
Pedro disse e desligou o celular. Rebeca bateu na porta da presidência:
- Entre.
Ele permitiu.
- Doutor, o representante da filial de Seatle ligou e quer falar com o senhor. Posso transferir a ligação.
- Ah, meu Deus, mais problemas. Não posso atender. Diga que retorno mais tarde.
Pedro respondeu.
- Mas, doutor...
- Rebeca, você entendeu o que eu disse ou estou falando grego?
Pedro perguntou.
- Claro. Com licença.
A mulher pediu e saiu de perto do pai de Henrique.
- Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Eu realmente não tenho um minuto de paz.
O homem disse a si mesmo e foi encontrar Hiago.
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Obrigada por ler até aqui.
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