Capitulo 74

- Podemos!

Luísa respondeu.

- Filha, eu vim aqui porque não estou mais aguentando essa situação...

Ter que dizer para o Henrique que está tudo bem e no fundo saber que não é nada disso.

Pedro disse.

- O motivo é só esse?

Luísa perguntou.

- Não. Eu reconheço que te devo um pedido de desculpas por ter causado tudo isso.

Eu quero que saiba que vou te dar todo apoio que estiver ao meu alcance.

O pai da moça informou.

- Me desculpa, mas eu acho que não tem mais nada ao seu alcance.

Tudo o que você pode fazer é me deixar viver a minha vida do meu jeito... Sem se intrometer no que eu faço ou deixo de fazer.

Luísa disse.

- O que quer dizer com isso?

Pedro perguntou.

- O que eu quero dizer é que a partir daqui eu vou viver a minha vida do jeito que eu quero e não do jeito que vocês querem.

Aliás eu já comecei a fazer isso:

Tranquei o curso de Engenharia...

Luísa foi interrompida por Pedro:

- Você disse que fez o que?

- Isso mesmo que você ouviu. Eu tranquei o curso de engenharia e nada nem ninguém vai me fazer voltar atrás.

A moça afirmou.

- Você perdeu o juízo? Jogar tudo para o alto de uma hora para outra assim?

E todo dinheiro investido? E os anos que você passou estudando fora? Você tem noção de quanto eu pagava de mensalidade naquela escola? Acho que não... Era uma fortuna. E não era só isso:

O seu custo de vida não era nada barato não.

Luísa, eu deixei de investir no seu irmão para investir em você. De Repente você surta e joga tudo para o alto desse jeito.

Que isso, minha filha?

Pedro respondeu.

- De tudo o que você falou, a maioria das palavras eram relacionadas a dinheiro... Você só pensa nisso. Em momento nenhum perguntou os meus motivos...

Luísa disse.

- Minha filha eu conheço seus motivos, mas luto passa. Eu não quero que você pare sua vida por que isso vai te deixar deprimida. Coloca a cabeça no lugar.

Pedro pediu.

- Eu já coloquei... Eu já pensei e repensei... Tenho que recomeçar a minha vida e esse vai ser o primeiro passo:

Aspirar coisas novas.

A moça disse.

- Se essa é a sua decisão, eu não posso fazer nada para mudar mesmo não concordando nenhum pouco com isso.

O pai da moça disse.

- Fico feliz que tenha entendido ou pelo menos esteja tentando entender.

Luísa respondeu.

- Entender eu não entendo, mas estou tentando respeitar, por mais que eu saiba que esse passo é muito arriscado.

Pedro disse.

- Se arriscar será bom para mim para que eu saiba o que é viver de verdade.

A moça disse.

- Filha, olha, mudando um pouco de assunto, acho importante que você saiba o que está acontecendo com o seu irmão.

O empresário disse.

- O que foi? Ele está doente?

Luísa perguntou.

- Ele está ótimo da saúde, mas colocou na cabeça que quer ver o tal filho que Paola diz ser dele.

E por conhecidencia ela foi lá na empresa hoje para propor esse encontro por que o menino disse que quer conhecer o Henrique.

Pedro explicou.

- No Henrique eu acredito, mas nessa mulher nengim pouco.

Você sabe muito bem que existe a possibilidade dela estar atraindo ele para fazer mais tortura psicológica com ele. Se eu fosse vocês não deixava ele ficar muito tempo sozinho com ela.

Luísa disse.

- Com isso você não precisa se preocupar, por que eu e sua mãe vamos ficar o tempo todo do lado dele.

Pedro disse.

- Olha, eu não estou gostando nada dessa gosirriaz mas você e minha mãe já são adultos e sabem muito bem o que fazem.

- E você acha que se fosse pela minha vontade o Henrique teria algum contato com essa mulher?

Também me preocupa muito essa situação, ainda mais sabendo da condição que o doutor Masxuel impôs, mas se ele entrar em uma possível depressão vai ser pior.

Pedro explicou.

- Ah, paiz pelo amor de Deus, cuidado com essa mulher.

Luísa pediu.

- É claro que sim. E também não vou permitir que Henrique fique muito tempo na presença dela.

Pedro disse.

- Tudo bem. Espero que dê certo.

Luísa desejou.

- Eu também vim aqui para pedir para você voltar a frequentar a nossa casa... Aquela casa nunca deixou de ser sua...

Reconsidere. Se não for por mim faça pela sua mãe e pelo Henrique.

O pai da moça pediu.

- É complicado, mas vou tentar me reaproximar.

A moça comunicou.

- Eu entendo e respeito o seu tempo.

O pão de Luísa disse.

- Que bom.

A mulher respondeu.

- Bom, eu preciso ir. Só falta uma semana para o Henrique voltar para a clínica e eu preciso resolver algumas coisas referentes a isso. Até mais.

Pedro se despediu e saiu de perto da filha que pensou consigo mesma:

Meu pai tem razão. Por mais difícil que seja tenho que me reaproximar deles.

Mais que nunca aprendi que a vida é um "sopro".
3
Na casa de Pedro e Cecília, o homem chegou antes da esposa:

- Oi, pai.

Henrique cumprimentou.

- Oi, filho.

O homem respondeu.

- Cadê a mamãe?

O rapaz perguntou.

- Não sei. Ela não chegou ainda?

Pedro perguntou.

- Não. Pelo menos eu não vi.

O filho respondeu.

- Deve ter saído um pouco.

Pedro disse e ia saíndo de perto do filho quando ele o chamou:

- O que foi, meu filho?

- Você e a minha mãe estão brigados?

- É, claro que não. Por que a pergunta?

- Pai, eu não sou burro não. Eu sei muito bem que você e a minha mãe não estão nada bem. A minha avó tem alguma coisa haver com isso?

- Não, meu filho. É impressão sua. Está tudo normal entre mim e sua mãe.

Pedro disse mesmo sabendo que aquilo era mentira.

- Entendi.

Henrique respondeu.

- Filho, eu tenho uma coisa para te contar:

A Paola foi lá na empresa hoje.

O pai do rapaz disse e ele ficou tenso:

- Ela deixou você ver o menino.

Pedro contou.

- É... Ver... Verdade mesmo?

O filho do homem perguntou.

- É sim, meu filho, mas tem mais uma coisa:

Ela só deixou você ver o menino se ela estiver junto.

- Ah, nã... Não, pai. É cá... Capaz de ao envés de levar o menino ela levar o amante dela para acabar de me matar.

Henrique disse.

- Não, meu filho. Não diga isso. Tudo vai ficar bem. Eu e sua mãe vamos com você e além do mais, aquele homem está preso.

Pedro respondeu.

- Entendi.

O rapaz respondeu.

- Vai dar tudo certo, meu filho. Não se preocupe. Ao envés disso, fique feliz, afinal de contas você vai rever o seu filho como tanto quer.

O homem respondeu e saiu de perto do filho, que ficou pensativo:

- Como será que Caio está agora?

Que saudade do meu filho. Mal posso acreditar que vou o ver de novo.

Cecília chegou perto do homem:

- Oi, filho.

- Oi, mãe.

Ele respondeu.

- O que foi? O que está passando por essa cabecinha?

Ela perguntou sentando perto do filho.

- Você e meu pai estão brigados, né?

- Brigados? Por que a pergunta?

Cecília inquiriu.

- Não adianta vocês tentarem esconder...

Tem haver com a Lu ou com aquela bruxa?

Henrique perguntou.

- Por que você chama a minha mãe de bruxa, Henrique?

Cecília perguntou.

- Você quer mesmo saber?

O rapaz perguntou.

- Claro.

Cecília respondeu.

- No... No dia daquele almoço ela me cha... Chamou de dejeto e projeto de gente mal acabado.

Henrique disse.

- Como é que é?

A mulher perguntou incrédula.

- É ver... Verdade, mãe. Dês... Desculpa ter te contado isso, mas ela tam... Também disse que não gostava de mim e nem era obrigada a gostar.

Eu só não entendi por que ela gosta tanto da Luísa e nenhum pouco de mim...

O que eu fiz para ela?

O rapaz perguntou e Cecília respirou fundo:

- Filho, tem um motivo para ela gostar mais da Luísa.

Eu vou te contar, mas preciso que você se mantenha calmo.

A mulher pediu.

- Tá bom. O que foi?

- A sua avó gosta mais da Luísa por que... Por que ela não é filha do seu pai.

A mulher disse e o filho arregalou os olhos:

- O quê?!

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Obrigada por ler até aqui.❤️🥰🤩

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