Capítulo 73
Na casa dos pais de Otávio, Estevão continuava passando mal e Mário havia acabado de chegar do trabalho:
- Mário, olha, eu tenho duas coisas para te falar, mas uma é mais importante:
O Estevão está passando muito mal, mas acho que não é uma coisa normal...
Ele está vomitando e não está falando coisa com coisa.
- Isso não deve ser nada demais, Rita. Deve ser uma virose... Faz um chá para ele e logo ele melhora.
O marido da mulher pediu.
- Eu acho que não. Acho melhor a gente levar ele ao hospital e ouvir a opinião de um médico.
Rita disse.
- Se é para você se despreocupar, vamos, mas eu continuo achando que não é nada demais. Vou até lá ver ele.
O homem comunicou e saiu de perto da esposa que se perguntou:
- O que será que está acontecendo com o meu filho? Eu não posso perder ele...
Se isso acontecer eu não vou aguentar.
Ela disse a si mesma. Mário chegou no quarto do filho e viu que estava dormindo. Passou a mão na testa do garoto e viu que estava com febre:
- Estevão, meu filho, acorda.
Ele chamou.
- Oi, pai.
O garoto respondeu abrindo lentamente os olhos.
- O que aconteceu? Você comeu alguma coisa estragada no colégio?
O pai do rapaz perguntou.
- Não, pai. Deve ser só uma virose.
O rapaz inventou.
- Levanta. Vou te levar ao hospital.
Mário disse e Estevão arregalou os olhos.
- Nã... Não precisa, pai. Eu já estou melhor.
- Não me diga que você ainda tem medo de injeção?
Mário perguntou sorrindo.
- Não é isso, pai...
O marido de Rita interrompeu o filho:
- Então pronto. Levanta e se arruma, por que se você não for com suas próprias pernas eu te levo nas contas.
Mário disse e saiu do quarto do filho.
- E agora?
O rapaz perguntou desesperado e se arrumou para ir ao hospital com os pais, torcendo para que não descobrissem a raiz de seu mal.
- Convenci ele.
Mário disse a Rita.
- Que bom. Vou me arrumar.
A mulher disse e saiu de perto do pai de seus filhos.
Enquanto isso na casa de Luísa, era o dia dela realizar o primeiro ultrassom:
- Ah, meu amor, hoje vou ouvir seu coraçãozinho pela primeira vez...
Com certeza será a música mais doce e mais bonita que ouvirei em toda a minha vida.
Tenho fé de que um dia seu papai vai voltar e vai cuidar de você junto comigo, mas se isso não acontecer, eu sei que de alguma forma ele vai cuidar e proteger você.
Ela disse e pegou um carro de aplicativo indo até a clínica de ultrassonografia.
- Boa tarde. Eu posso ajudar?
A recepcionista da clínica perguntou.
- Boa tarde. Tenho uma ultrassonografia para realizar às 14:00 horas.
Luísa respondeu.
- Seu nome completo por favor.
A mulher pediu.
- Luísa Morgado Furtado.
A filha de Pedro e Cecília se identificou e a mulher começou a digitar algo no computador.
- Só um minuto.
Ela pediu e foi até a sala da obstetra.
- Com licença, doutora.
A mulher pediu.
- Sim.
A médica respondeu.
- A paciente das 14 horas chegou, Luísa Morgado Furtado.
A recepcionista comunicou.
- Peça para ela entrar por favor.
A médica pediu e a secretária assentiu.
- Pode entrar.
Ela permitiu e Luísa adentrou o consultório.
- Olá, como vai?
A mulher perguntou simpática.
- Oi, doutora. Vamos indo.
Luísa respondeu timidamente.
- Entendo. Vamos ouvir esse coraçãozinho então.
A mulher disse e alguns minutos depois já poderia ouvir o som do coração da criança.
- Esse é o som do coraçãozinho dele ou dela.
A médica disse.
- É o som mais doce que já ouvi. Mal posso esperar para tê-lo em meus braços.
A filha de Cecília disse.
- Dona Luísa, me desculpe a indelicadeza mas talvez o pai da criança achou que não podia entrar, mas na próxima ultrassom caso ele queira pode entrar.
A obstetra disse e as lágrimas caíram dos olhos de Luísa.
- O que foi? Se sente mal?
A mulher perguntou preocupada.
- Ah, doutora, o meu mal não é externo não. É no coração... O pai do meu filho se foi...
Dói muito, muito mesmo. Mais do que qualquer pessoa possa imaginar.
Luísa disse.
- Oh, meu Deus, peço desculpas pela minha indelicadeza.
A mulher pediu envergonhada.
- Tudo bem. Você não tinha como saber. Estou tentando me acostumar com a ausência dele por mais difícil que seja.
Luísa a tranquilizou.
- Bom, espero que fique tudo bem e não se esqueça:
Não falte a nenhuma consulta, não deixe de realizar nenhum exame ou ultrassom. Lembre-se que eles são muito importantes para acompanhar o desenvolvimento do bebê.
A médica disse.
- Pode deixar. Não vou faltar.
A filha de Pedro e Cecília a tranquilizou.
- Que ótimo. Então até mais.
A médica se despediu.
- Até maís.
Luísa respondeu saindo da clínica e voltando para casa. Mário e Rita chegaram com Estevão no hospital.
- Boa tarde.
Mário a cumprimentou.
- Boa tarde, senhor.
A enfermeira respondeu.
- O meu filho precisa de atendimento urgente... Ele está vomitando, não fala coisa com coisa, não aguenta o próprio peso. As vezes recobra a consciência, mas isso não dura nem dez minutos direito.
O homem disse.
- Vamos colocar ele no soro e chamar o médico.
A mulher disse e um tempo depois o médico chegou:
- Boa tarde. Em que posso ajudar?
Ele perguntou simpático.
- Doutor, o meu filho desde que chegou do colégio está muito estranho... Ele saiu de casa perfeitamente bem e chegou desse jeito:
Ele não fala coisa com coisa, está vomitando e queimando em febre...
Eu sei que pode não ser nada demais, mas ele nunca passou mal desse jeito.
Rita disse.
- Não levem à mal a minha pergunta, mas eu tenho que saber para ajudá-lo:
O filho de vocês usa algum tipo de entorpecente?
O médico perguntou.
- Entorpecente? O que é Isso?
Rita perguntou sem entender.
- Algum tipo de droga, senhora. Quero saber se ele usa algum tipo de droga.
O médico exclareceu.
- Não. Ele não usa essas coisas.
Rita disse.
- Mesmo assim acho melhor realizar o exame toxicológico, assim saberemos se tem algo na corrente sanguena dele e assim eu saberei como reagir.
O médico disse.
- Tudo bem. Não fará nem um mal então realize.
A mulher permitiu.
- O resultado sai em quinze dias, mas assim que ele estiver melhor eu vou liberá-lo
O médico disse e o casal assentiu. Depois que o homem saiu, Mário se lembrou de uma coisa que a esposa havia dito antes de saírem de casa:
- Rita, antes de sairmos você tinha dito que tinha duas coisas para me contar, uma era a situação do Estevão e a outra? O que houve?
- Que bom que você está sentado por que o que eu tenho para te contar é inacreditável:
Aquela tal namoradinha que o Otávio arrumou foi lá em casa hoje na maior cara de pau para dizer que está esperando um filho dele.
A mulher disse.
- Um filho do Otávio? Nós vamos ter um netinho? Que maravilha.
O homem comemorou.
- Mário, acorda! Essa moça não veio falar dessa gravidez atoa não. Daqui a pouco aparece lá em casa com um advogado dizendo que temos que pagar pensão... Esse povo rico quanto mais tem dinheiro mais quer.
A mãe de Otávio e Estevão disse.
- Sinceramente, eu acho que quem está precisando acordar é você. Aquela família lá " nada" no dinheiro a muitos anos... Impossível essa moça ter aparecido só para requerer pensão...
Com certeza ela foi até lá para nos deixar felizes, afinal de contas também é um filho do Otávio. É sangue do nosso sangue.
Nem todas as pessoas ricas são tão ruins como você pensa. Relaxa um pouco e para de ser desconfiada.
Mário disse e Rita não disse nada.
Na casa de Luísa a moça pensava:
- Tenho que contratar uma empregada fixa urgentemente... Não dá para se virar só com comida comprada e diarista.
Ela foi tirada de seus devaneios com o interfone de seu apartamento tocando:
- Alô.
Ela cumprimentou o porteiro.
- Dona Luísa, o doutor Pedro está aqui. Posso autorizar a subida dele?
O porteiro perguntou.
- O meu pai?
Pode mandar ele subir.
Ela autorizou.
- Está certo. Obrigado.
A ligação foi interrompida e Luísa se perguntou:
- Será que aconteceu alguma coisa com o Henrique?
Um tempo depois Pedro tocou a campainha do apartamento:
- Oi, pai!
Ela cumprimentou.
- Oi, filha!
A gente pode conversar?
O empresário perguntou.
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