Capítulo 60
Na cozinha da mansão, Carmem terminou de contar a Luísa o que Ruth fizera com Henrique:
- Foi isso que ela fez com ele...
- Eu... Eu não acredito que ela foi capaz de fazer isso com ele.
A namorada de Otávio disse. A mãe de Cecília perto deles:
- Eu só vim aqui para me despedir da minha netinha querida antes de ir embora.
Ah, e você rapaz...
Ela disse se dirigindo a Otávio:
- Eu não sei se nessa casa ainda perdura o mínimo de etiqueta possível, mas funcionários tem que saber o seu lugar e não devem ficar no meio da cozinha tagarelando com os patrões. Vai fazer o seu serviço, vai.
- Por algim acaso você acha que está na sua casa?
Luísa perguntou.
- Isso é jeito de falar com a sua avó?
- O Otávio não é nenhum funcionário, é meu namorado e sendo assim ele fica onde quiser.
E tem mais uma coisinha:
Que história é essa de você ter humilhado o Henrique?
- Você só tem a cara de sonso, né, garoto? Mas a língua não cabe dentro da boca pelo visto.
Ruth disse se voltando para o irmão de Luísa.
Mas você me... Xingou.
O homem se defendeu.
- Xinguei mesmo. Nunca gostei de você e não sou obrigada a gostar.
- Quer saber de uma coisa? Some daqui logo.
Luísa disse a avó.
- Só uma última coisa:
Você é tão burra quanto sua mãe. Largou um filho de médico super renomado para ficar com isso aí.
Quando chegar a se arrepender já vai ser tarde.
- Esculta aqui o " bruxa sem vassoura" eu não admito que me humilhem assim não, heim?
Vai caçar jeito de arranjar umas roupas melhores porque essas aí parecem mais os panos de chão que a minha mãe usa para limpar a casa.
Ah e também investe em plástica na cara que vaicte fazer muito bem.
- Bando de gente sem classe. Nunca mais coloco meus pés nesse lugar.
Ruth disse e saiu de perto deles. Henrique voltou a chorar:
- Ela já foi embora, Rique. Não fique assim.
Luísa disse abraçando o irmão.
- Mas ela me chateou, Lu. Eu não sabia que ela não gostava de mim.
Henrique disse.
- Olha, sem querer me intrometer, mas já me intrometendo:
Aquela mulher não gosta de ninguém, Henrique. O problema não é você. É ela.
Carmem disse.
- Ouviu? Para de se culpar. Enxuga esse rosto. Vamos dar uma volta.
Luísa propôs e junto com o irmão e Otávio saiu da mansão.
Carmem havia terminado o almoço e Cecília chegou na cozinha:
- Está tudo pronto, dona Cecília. Devo colocar a mesa?
A empregada perguntou.
- Não, Carmem. Acho que hoje todo mundo já perdeu o apetite.
Pedro me disse que você havia tirado folga então pode tirar o testo do dia para fazer o que quiser.
A mulher disse e a empregada assentiu saindo da casa alguns minutos depois. No Jardim ela vou Iago:
- Que dia triste, né, dona Carmem? Tadinha da dona Cecília. Deve estar arrasada.
O motorista presumiu.
- Nem me fale. Pior ainda está o Henrique que aquela peste chegou de dejeto.
Carmem disse.
- Que horror escutar isso da boca da própria avó.
Iago disse.
- Mas na verdade isso tudo foi só para atingir o doutor Pedro. Ela odeia ele e parece que o pai da dona Cecília também odiava.
Acho que é pela questão dele ter sido pobre e ela ter engravidado antes do casamento e tals.
A empregada explicou.
- Que sofrimento.
O homem disse e saiu de perto da empregada.
Camem saiu da mansão e já na rua ouviu quando alguém a chamou. Era Ruth:
- O que a senhora deseja?
- Quero te fazer uma proposta.
A mãe de Cecília respondeu.
- Faça. Quer me contratar? Obrigada, mas eu já estou muito bem na casa de sua filha.
Camem exclareceu.
- Não se trata de serviço, minha querida, mas saiba você que se aceitar a minha proposta estará com a vida mansa garantida por um bom tempo ou quem sabe por ela toda.
- Fala logo, madame. Para de enrolação.
Carmen pediu.
- Quanto você quer para seduzir o Pedro e acabar com o casamento de minha filha!
Faça seu preço. Eu pego o que for preciso. Mesmo que isso se trate de milhões de dólares.
Ruth disse.
- Pera aí, deixa eu ver se eu entendi: Você quer que eu acabe com o casamento do doutor Pedro e da dona Cecília?
A mulher perguntou.
- Exatamente.
Ruth respondeu.
- Então faz o seguinte:
Vai a senhora lá e seduz ele porque eu não sou mulher de acabar com o casamento de ninguém não, dona.
Eu posso ser fofoqueira, posso já ter sido muito preconceituosa, mas não tenho vocação para ser a outra não, ok? Então faça-me o favor de ir fazer propostas indecentes a outra pessoa. Passar bem.
Camem disse se levantando.
- Pense bem, mulher. Se aceitar minha proospra vai estar com a vida garantida de duas formas:
A primeira é com o pagamento gordo que você vai receber. E a segunda...
Caso conquiste Pedro ele vai ter dar uma vida de luxo. Não tem como sair perdendo.
Ruth disse.
- Quer saber se uma coisa? Eu acho que quer acabar com o casamento de sua filha por inveja.
Carmem presumiu.
- Eu com inveja daquela "mosca morta" da Cecília? Não me faça rir.
Se quer saber o que sinto por ela é puro ódio. Só fez me atrapalhar desde que nasceu.
Eu tinha uma vida perfeita. Eu ia ser modelo e fiz a burrada de engravidar aos catorze anos.
Aí acabou. Minha carreira que nem tinha começado direito foi por " água abaixo"
Minha única sorte foi que Augusto era herdeiro de uma fortuna, então nunca tive que pegar realmente no pesado, mas isso não me fez sentir menos raiva dela, pelo contrário:
Sair com ela para cima e para baixo era um verdadeiro tormento. Me causava vergonha.
Tinha repulsa quando ela me pedia um abraço. Não criei a minha filha. Contratava uma babá atrás da outra para que tivesse o mínimo de contato possível com ela.
Foi assim por muito tempo até ela crescer e quando já estava pronta para ser trancada em um convento o Pedro apareceu e estragou tudo.
Ele fez o que quis com a mente dela e aí ela se revelou contra mim e contra Augusto.
Pedro pagou a parte da dívida que lhe correspondia com trabalho pessaso que hoje seria considerado escravidão, mas naquela época ele era pobre e não entendia nada de lei então foi fácil escraviza-lo, mas mesmo assim um dia Cecília me apareceu grávida e tivemos que autorizar o casamento dos dois.
Desde aquele dia a saúde de Augusto não foi mais a mesma. Cecília destinou a matar o pai dela de desgosto e conseguiu... Quando aquele.... Aquele dejeto do Henrique completou um ano, meu marido sofreu um infarto e morreu...
Camerme interrompeu a mulher:
- Vê lá como que a senhora fala do Henrique, hein? Ele não é nenhum dejeto não. Dobra a língua. E tem mais: Não foi a senhora que disse que não tocava palavras com funcionários?
Ou vai me dizer que já esquceu o que me disse quando chegou na casa da dona Cecília e do doutor Pedro?
Camem perguntou.
- Não cite o nome de nenhum desses dois na minha presença. Para mim de nada significam. Povinho sem classe, sem berço. Ricos com alma de pobre. Ninguém merece.
Ruth disse com desprezo.
- Bom, acho que você já falou tudo o que tinha para falar, não é mesmo? Minha resposta é não.
Boa sorte para acabar com o casamento deles, porque tudo que vai acontecer é você perder o seu tempo.
Camem disse, se levantou e saiu de perto de Ruth.
- Essa empregada era a minha esperança...
Se eu não pude ficar Pedro a Cecília também não vai poder. Nem que para Isso eu tenha que matar o Pedro.
Esse casamento vai acabar ou eu não me chamo Ruth Morgado.
A mulher prometeu a si mesma e voltou para casa.
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Amo vocês.
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