Capítulo 51 (Combo)
Otávio havia chegado em casa:
- Como foi, meu filho?
Rita perguntou.
- Tudo bem, mãe.
- Cadê a sua tia?
Dessa vez foi André quem perguntou.
- A tia Eduarda ficou com a Nicole e pediu para o senhor ir para lá também.
O sobrinho comunicou.
- Eu?
André perguntou.
- Sim. Acho que é para o senhor conhecer o Andrézinho.
Otávio presumiu.
- Andrézinho? O nome do garoto não era Rodolffo?
O pai de Nicole perguntou.
- Sim, mas a Nicole mudou e agora ele se chama André.
Otávio disse.
- Então deve ser por isso que Eduarda quer que eu vá para lá. Obrigado por ter avisado.
André agradeceu.
- De nada, tio. Com licença. Eu vou tomar um banho descansar. Amanhã tenho que viajar.
- Pode ir.
André permitiu e o sobrinho saiu de perto dele.
- Nicole só pode estar ficando doida de vez.
O homem disse.
Rita chegou perto do filho:
- Você tem mesmo que viajar amanhã?
- Sim, mãe. Eu seu que está um pouco em cima da hora, mas como o doutor Pedro pediu e eu descidi ir, assim pego um pouco de experiência.
O filho da mulher explicou.
- Bem que ele podia ter avisado com um pouco mais de antecedência. Não é mesmo?
Rita perguntou.
- Eu sei, mas com a volta do Henrique acho que nem o próprio doutor Pedro tinha muito conhecimento dessa viagem, se não já teria me avisado a muito tempo.
Otávio explicou.
- Ah, meu filho... Meu Deus do céu... Eu já estou preocupada. Será que é uma boa idéia você aceitar esse emprego?
Eu tô com um mal pressentimento.
Rita disse.
- Calma, mãe. Você só está preocupada e isso é normal, mas eu te garanto que tudo ficará bem.
Ou a senhora acha que vou morrer na minha primeira viagem a trabalho?
Otávio perguntou sorrindo.
- Credo, meu filho. Não diga uma coisa dessas nem de brincadeira.
A mãe de Otávio disse.
- Tá bom, mãe. Me desculpe.
Ele pediu.
- Como eu queria que as coisas fossem fáceis assim com Nicole, mas enfim... Cada um com o filho que merece.
André disse.
- Eu desacordo. Se fosse para ser assim você não teria filho nenhum.
Rita disse.
- Já chega. Otávio me ajuda a colocar essas malas no carro.
- Não liga para ela, tio.
O rapaz disse.
- Você vai me ajudar ou não?
O homem perguntou irritado.
- Claro.
O filho de Rita disse e foi até o quarto onde André e Eduarda estavam hospedados:
- É para pegar as malas da tia Eduarda também?
Otávio perguntou.
- Claro que sim.
André respondeu. A carteira do tio de Otávio caiu e entre diversas coisas caiu uma foto antiga...
Uma foto de quando Nicole ainda era criança e os dois estavam em um parque de diversões...
Era lembrança de um tempo feliz...
Momentos raros e que com o tempo foram deixados para trás, a partir do dia em que Nicole decidira seguir a carreira de modelo:
- Que foto bonita, tio.
O sobrinho elogiou.
- É sim. Nesse tempo eu ainda tinha uma filha...
Quando ela ainda me dava motivos para sorrir.
André disse.
- Não diga uma coisa dessas, tio. A Nicole ainda te ama e te ama muito.... Ela ainda vai te dar muitos motivos para sorrir e um deles é o bebezinho que terá o seu nome.
Otávio disse.
- Isso não quer dizer nada. Se Nicole me amasse tanto quanto você alega estaria me dando motivos para sorrir nesse momento...
Ela deixaria essa história de modelagem de lado e custaria administração para em breve tomar conta da minha empresa e eu poder me aposentar, mas não...
Como sempre decidiu me contrariar e sua tia ao invés de me apoiar passou a mão na cabeça dela e deu no que deu.
Nicole sempre fez o que quis e é por isso que hoje temos esse monte de problemas.
Otávio não respondeu o comentário do tio e logo André já havia colocado as malas para fora do quarto.
Rita viu o filho ajudando o cunhado e disse:
- Otávio, deixe todas essas malas onde estão.
Rita disse.
- Por que, mãe?
O rapaz perguntou sem entender.
- Gente auto-suficiente tem que fazer as coisas sozinho e quebrar a cara sozinho também. É por isso.
Rita disse.
- Quem vai quebrar a cara será você quando eu nunca mais permitir que nem Eduarda e nem Nicole coloquem os pés aqui.
O homem disse e saiu de perto da cunhada.
- Do que você está falando, mãe?
- Estou falando desse homem só viver para menosprezar as pessoas que ele acha que não estão " a altura" dele.
Rita explicou.
- Eu só vou colocar as malas lá fora, mãe. Já volto.
Otávio disse e saiu de perto de Rita:
- É uma pena você ir embora chateado, tio, mas calma, está todo mundo uma pilha de nervos, mas assim que as coisas se acalmarem tudo volta ao normal.
Otávio disse otimista.
- Deixa eu te dizer uma coisa:
Você não é pai e por isso não entende um por cento do que estou sentindo...
Além de Nicole, eu ainda tenho que me preocupar com Eduarda e com minha empresa.
André disse.
- Se preocupar com a tia Eduarda? Como assim?
O sobrinho do honem perguntou confuso.
- Eu conheço muito bem a mulher com a qual me casei... Eduarda tem um coração muito mole e Nicole sabe disso. Com uma única lágrima ela terá a mãe nas mãos.
O pai de Nicole disse.
- Me desculpa, tio, mas o senhor está exagerando muito nas suas falas. Nicole com certeza é uma filha ótima também.
Otávio disse.
- Isso você não sabe. Só vai saber quando se tonar pai e ganhar uma nova preocupação.
André disse e logo o taxi chegou:
- Tchau. Faça uma boa viagem.
O homem desejou.
- O senhor também.
Otávio disse e voltou para dentro de casa.
- O insuportável do seu tio já foi?
- Sim. Acabou de sair.
O rapaz respondeu.
- Que ótimo. Que ótimo mesmo! Eu queria estar lá quando Eduarda dar um bom pé na bunda dele. Aí como queria assistir essa cena de camarote.
Rita disse.
- Mãe, Você acha que ele vai aceitar a separação?
Otávio perguntou.
- Ele não terá escolhas. Terá que aceitar.
Rita respondeu.
- E o almoço na casa da Luísa? Ainda está de pé?
A mulher perguntou.
- Sim, mãe, mas na verdade o almoço é na casa dos pais dela.
Otávio explicou.
- Que seja, meu filho. Não importa onde os filhos estejam, sempre terão a casa dos pais como a sua casa.
A esposa de Mário disse com lagrimas nos olhos.
- Por que você está chorando, mãe?
Otávio perguntou a abraçando.
- Ah, meu filho, é que estou preocupada com essa tal viagem. Você nunca viajou sem mim ou sem seu pai.
E se acontecer alguma coisa?
Rita perguntou angústiada.
- Que coisa, mãe? É uma viagem a trabalho. Só vai durar alguns dias. Calma.
Otávio pediu.
- Ah, filho. Estou com uma coisa estranha. Um mal-pressentimento. Um aperto no peito.
Rita disse.
- Isso é porque é uma viagem que vou fazer sozinho, mas eu garanto que tudo ficará bem.
Otávio disse otimista.
- Tomara, meu filho. Tomara mesmo.
A mãe do rapaz disse.
- Bom, agora eu preciso me arrumar. Com licença, mãe.
Ele pediu e Rita permitiu vendo o filho sair de perto dela:
- Ah, meu filho, que Deus te proteja.
Ela desejou.
Gostou do capítulo? Não se esqueça de comentar o que acham que vai acontecer agora. Um grande beijo. ❤
Obrigada por ler até aqui!
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