Capítulo 48 (Combo)

Pedro havia chegado na empresa:

- Patrick.

Ele chamou.

- Sim, doutor Pedro.

O homem respondeu.

- Cadê as notas fiscais da revisão do caminhão?

O patrão do homem perguntou.

- Eu tinha, mas no caminho para cá eu fui assaltado. Tomaram minha carteira e a garantia da revisão estava lá.

O empregado disse.

- Mas você está bem?

Pedro perguntou preocupado.

- Estou sim. Obrigado pela preocupação.

O empregado agradeceu falsamente.

- O meu ajudante vai poder ir comigo buscar as mercadorias?

Patrick perguntou.

- Vai sim.

Pedro respondeu.

- Tá certo.

- Com licença.

O pai de Luísa pediu e saiu de perto do motorista que disse a si mesmo:

- Não sei para que toda essa neurose. Homem maluco. A cada trinta dias quer uma revisão nessas porcarias desses caminhões.

O homem disse e foi cuidar de suas obrigações.

Pedro entrou em sua sala:

- Ah, como me simto leve. Em três anos em que carreguei o peso da culpa da morte do meu filho...

E como se fosse um milagre ele reaparece.

Como será que ele vai reagir ao voltar para casa? Será que os tratamentos vão surtir efeito?

Nada vai ser capaz de tirar a minha felicidade. Meus dois filhos ao meu lado, minha esposa e até mesmo o Otávio. Me parece bem-humorado demais, mas no fundo parece ser uma boa pessoa e o mais importante: ama a Luísa. Isso é evidente.

O homem disse a si mesmo e voltou a trabalhar. Passado um tempo, um pressentimento ruim começou o aflingir:

Algo em seu coração dizia que ele e sua estavam sendo observados, vigiados ou mesmo seguidos.

- Isso deve ser só uma impressão.

Ele disse a si mesmo tentando tirar toda aquela aflição de sua mente.

Enquanto isso, na cidade de Rio Azul, Paola foi até o presídio onde o namorado estava preso:

- Bom dia, Dona Paola.

O delegado cumprimentou.

- Bom dia, doutor Armando.

Paola respondeu.

- Veio visitar o Douglas?

O delegado perguntou. Paola disse em pensamentos:

"- Não. Eu vim visitar o papai Noel."

Mas com palavras respondeu:

- Sim. Eu vim visitá-lo.

Ela respondeu. Um guarda chegou perto dos dois:

- Acompanhe a dona Paola até a sala de visitas.

O delegado pediu e o guarda acompanhou. Logo depois Douglas foi levado até a sala de visitas:

- Minha gatinha... Meu amor.

Ele disse feliz e beijou a mulher que correspondeu.

- Estava com tanta saudade de você. Dos seus beijos, dos seus toques.

Ela disse a ele.

- E o meu advogado? Você conseguiu contratar algum?

Douglas perguntou esperançoso.

- Ah, meu amor, eu lamento muito, mas...

Ela deu uma pausa na própria fala.

- Mas o que, meu amor?

Seja o que for que quiser dizer, eu sou forte, já aguentei muita coisa e mais um baque não fará diferença na minha vida infeliz...

Douglas disse.

- Meu amor eu consegui o advogado e melhor ainda:

Ele me deu uma garantia de quase cem por cento de que em breve conseguirá um Habeas Corpus.

Paola disse e os olhos do namorado da mulher amostraram um brilho imenso:

- Eu não acredito nisso. Em breve estarei longe desse inferno e poderei estar ao seu lado e ao lado do nosso filho...

O vendo crescer e ter cada descoberta.

Douglas comemorou.

- E além de tudo isso ainda tem uma parte ainda melhor.

Paola disse.

- O que, meu amor? O que pode ser melhor do que a minha liberdade e o fato de estarmos juntos?

O homem perguntou.

- A vingança, meu bem. A nossa vingança contra a família do Henrique.

Paola esclareceu sorrindo.

- Não, Paola. Chega de levar a vida desse jeito. Chega de dar desgosto para a minha família e futuros desgostos para o nosso filho...

Sabe? Quando a mãe do Henrique esteve aqui eu confesso que depois de tudo o que ela me falou eu comecei a repensar.

Eu estou com tanta saudade de ter uma vida normal. Uma vontade imensa de passar uma borracha em todo esse passado.

O namorado de Paola disse.

- Eu não acredito que aquela madame te amoleceu. Acorda, Douglas!

A vida dela já está garantida e a nossa não.

Paola disse irritada.

- Eu já descidi. Eu prometo que farei de tudo para dar a você e ao nosso filho uma boa qualidade de vida, mas será a custo do meu próprio esforço e de maneira honesta.

Douglas disse.

- Você é quem sabe, mas eu lamento que queira perder o seu tempo bancando o " cão arrependido." Pense bem. Eu tenho que ir.

A mulher disse se levantando.

- Quando você vai voltar?

O rapaz perguntou.

- Não sei. Depende de como estarão as coisas.

Paola disse.

- Tomara que você consiga vir. Eu sinto muito a falta.

Douglas reclamou e beijou a namorada que foi levada pelo guarda até a saída do presídio.

Douglas ficou pensativo:

- Será que ela não gostou de saber que estou mudado?

Ele se perguntou e foi conduzido a cela novamente.

Paola ia saindo da penitenciária irritada:

- Não pode ser! Não pode ser! O Douglas não pode mudar do dia para a noite e desistir de se vingar da família do Henrique.

Se ele não se vingar eu não terei motivos para me vingar e isso é o que mais quero fazer.

Ela disse a si mesma.

Enquanto isso, Eduarda e Otávio estavam prestes a embarcar para Rio Azul quando o rapaz recebeu uma ligação de Pedro:

- Ah, oi, doutor Pedro. Bom dia!

O rapaz cumprimentou.

- Bom dia, Otávio. Eu liguei para perguntar se você vai poder viajar com meu motorista amanhã e ajudar ele com as mercadorias que estão para chegar.

O sogro do rapaz disse.

- Posso sim.

Otávio respondeu.

- Que ótimo!

Pedro comemorou.

- E quanto tempo vamos levar para voltar?

O namorado de Luísa perguntou.

- Uma, duas semanas no máximo.

Pedro disse.

- Tá bom.

Otávio disse e concluiu:

- Bom, eu tenho que desligar. Estou resolvendo uns problemas pessoais.

- Ah, claro. Até mais.

Pedro se despediu e a ligação foi interrompida.

- Como vai ser isso?

Ele se perguntou.

- O que houve, Otávio? Você me parece tão preocupado.

Eduarda reparou.

- Ah, tia, é que amanhã vou ter que fazer a minha primeira viagem a trabalho e do nada me bateu uma preocupação. Uma coisa ruim, sabe?

O sobrinho perguntou.

- Eu entendo, mas é só porque é a primeira viagem. Sempre dá uma ansiedade, mas é normal.

A tia do rapaz disse. Os dois passaram mais um tempo em viagem e logo estavam na maternidade:

- Bom dia.

Eduarda cumprimentou.

- Bom dia, senhora. No que posso ajudar?

A recepcionista da maternidade perguntou simpática.

- Eu gostaria de visitar a minha filha. Ela estava em trabalho de parto e acho que foi aqui que ela deu à luz.

A esposa de André explicou.

- Ela pode estar aqui ou também em outra maternidade porquê aqui na cidade temos cinco, mas me diga o nome completo dela que eu procuro no sistema.

A mulher disse.

- Nicole Nascimento Romantini.

A mãe da modelo respondeu.

- Só um minuto.

A recepcionista pediu e Eduarda assentiu, aproveitando para ir até o sobrinho que estava sentado em um banco perto da recepção:

- E aí, tia? Ela está aí?

O rapaz perguntou esperançoso.

-
- A recepcionista está confirmando mas eu espero em Deus que ela esteja.

Eduarda disse e voltou para a recepção:

- Então, moça? Já tem uma resposta?

A mulher perguntou.

- Ela está aqui sim.

A recepcionista respondeu.

- Graças a Deus.

Eduarda comemorou.

- Ela está no quarto vinte e dois que fica no segundo andar. A visitação começa daqui a vinte minutos.

A mulher comunicou.

- Tá certo. Eu vou esperar.

Eduarda disse e saiu de perto da moça.

- A visita começa daqui a vinte minutos. Eu vi uma cantina ali na frente e você deve estar com fome... Se quiser ir até lá acho que dá tempo de fazer um lanche.

Eduarda peresuniu.

- Tô bem, tia. Não se preocupe.

O filho de Rita respondeu e junto com a tia esperou que a visita começasse.
Um tempo depois, Eduarda foi autorizada a  entrar no quarto da filha:

- Eu vou entrar, depois você entra.

Ela disse ao sobrinho que assentiu.

- Quarto vinte e dois. Segundo andar.

A moça disse a outra enfermeira que acompanhou a mãe de Nicole até o quarto:

- Pode entrar.

Nicole permitiu achando que se tratava apenas de um funcionário do hospital:

- Mãe? O que faz aqui?

Ela perguntou assutada ao ver Eduarda.

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Obrigada por ler até aqui.

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