Cecília foi até a cozinha:

- Carmem faça uma sopa de legumes para a Luísa.

Ela pediu.

- Sim senhora. Eu já levo.

Respondeu a empregada.

- Eu e Pedro vamos sair e se Luísa precisar de alguma coisa, qualquer coisa, você nos avisa.

- Tudo bem. Aviso sim.

Respondeu a empregada.

- Ótimo!

Cecília respondeu e saiu da cozinha. Carmem preparou a sopa e logo levou o alimento para a filha de seus patrões:

- Pode entrar!

Luísa permitiu ao ouvir um bater em sua porta.

- Com licença!

Carmem pediu entrando no quarto de Luísa.

- Sua mãe pediu para trazer essa sopa para você.

Comunicou Carmem.

- Deixa ali na mesinha de centro que depois eu tomo. Obrigado.

A moça agradeceu.

- Disponha!

Respondeu a empregada e saiu do quarto.

Luísa olhou para o recipiente que continha o alimento e sentiu um forte enjoo:

- Melhor tomar essa sopa depois... Agora não adianta nem tentar...

Ela mal terminou de pensar, saiu correndo e vomitou. Assim como tinha acontecidoa noite toda:

- Melhor tentar dormir um pouco porque a noite não consegui "pregar os olhos".

Ela disse a si mesma e ficou tentado dormir um pouco. Enquanto isso, Pedro e Cecília estavam indo até a clínica onde Henrique estava enternado e o homem recebeu uma ligação:

- Bom dia, doutor Pedro.

Thiago, o funcionário da empresa cumprimentou.

- Bom dia, Thiago! Posso te ajudar?

Perguntou o pai de Luísa e Henrique.

- É que eu tenho que fazer a viagem para buscar as mercadorias e como o senhor tinha dito que tinha arrumado um ajudante para mim...

Começou o homem.

- Sim. É o namorado da minha filha.

Explicou o marido de Cecília.

- Será que ele poderia ir comigo amanhã?

Perguntou Thiago.

- Acho que sim. Vou confirmar com ele.

- Ah, o senhor sabe se o Patrick revisou o caminhão?

Perguntou o homem.

- Eu dei o dinheiro e ele disse que fez a revisão sim.

Disse Pedro.

- Tá bom!

Respondeu o funcionário e a ligação foi interrompida.

- Quem era? Perguntou Cecília.

- Thiago.

O marido respondeu.

Aquele que busca as mercadorias?

A mulher fez outra pergunta.

- Sim. Ele me disse que tem algumas mercadorias para buscar e perguntou se o Otávio poderia ir também.

- Entendi.

Cecília respondeu e seguiu viagem com o coração cheio de ansiedade em rever o filho.

Enquanto isso, na casa de Otávio, Eduarda disse ao marido:

- Eu não vou esperar nem mais um minuto, André. Eu vou chamar a polícia.

Dois motivos para você não perder o seu tempo:

Primeiro: A polícia não vai dar um parecer até completar quarenta e oito horas de desaparecimento.

Segundo: A Nicole é adulta e sabe muito bem o que faz. Se não voltou para casa é porquê não quer.

Disse André.

- Deixa eu te dizer uma coisa:

Se não for para dizer nada que preste, não diz nada.

Eduarda pediu irritada.

- Agora a culpa é minha se Nicole resolve dar chilique de uma hora para outra?

Ele perguntou.

- Parece que nem está falando da sua própria filha... Que tipo de pai você é afinal?

- Eu sou tipo de pai que não fica " arrancando os cabelos" por causa de filho. Ainda mais filho adulto que sabr muito bem o que faz e que quer fazer tudo para chamar atenção.

Respondeu o marido de Eduarda.

- Por que você não gosta da nossa filha?

Eduarda perguntou.

- Eu amo ela como qualquer pai, mas, há uma grande diferença entre amar e mimar e mimar filho, isso eu não faço de jeito nenhum. Quer saber? Para mim já deu.

Ele disse e saiu de perto de Eduarda que em desespero se perguntava:

- Nicole, onde você está?

Pedro e Cecília estavam próximos a clínica onde Henrique estava enternado:

- Iago, pare o carro.

Cecília pediu.

- O que aconteceu?

Pedro perguntou.

- Olha ali aquela moça desmaiada e ainda por cima grávida. Deve estar quase ganhando bebê. Com certeza precisa de ajuda.

- Como a gente pode ajudar? Nem conhecemos ela direito. E se ao envés de ajudar acabarmos atrapalhando?

Perguntou Pedro e Cecília reparou no rosto da moça:

- Luísa já me mostrou uma foto dela, se não me engano se chama Nicole. Será que Luísa sabe alguma coisa sobre a família dela?

A mãe de Henrique perguntou ao marido.

- Acho que não. No máximo deve saber o sobrenome e onde ela trabalha... Essa história de família é difícil de saber assim.

Disse o marido.

- Não custa de nada tentar. Vou ligar para ela. Luísa estava ainda no quarto quando ouviu o celular tocar:

- Minha mãe? Será que aconteceu alguma coisa no caminho?

Ema se perguntou e logo atendeu:

- Oi, mãe!

A moça cumprimentou.

- Oi, minha filha.

A mulher respondeu e continuou:

- Você se lembra que a um tempo atrás me mostrou uma foto de uma modelo famosa que nasceu aí na cidade? Uma morena, alta, de cabelos cacheados?

Cecília perguntou e a filha se lembrou:

- Sim, mãe. É a Nicole Romantini. Ela é prima do Otávio e inclusive está desaparecida.

- Eu e seu pai vimos ema desacordada aqui em uma rua da cidade de Rio Azul.... Calma, chegou uma ambulância aqui, vou perguntar para onde eles vão levar ela.

Disse a mãe de Luísa.

- Tudo bem!

A filha concordou e a esposa de Pedro perguntou a um paramédico:

- Para qual hospital vocês vão levar essa moça?

- Para o Belo Monte.

Respondeu o homem e Cecília se voltou para o celular respondendo a filha:

- O nome do hospital é Belo Monte, segundo o paramédico.

Informou a mãe de Luísa.

- Tá bom, eu vou falar com o Otávio.

Disse Luísa.

- Faz bem. Depois te conto como foi a nossa visita ao seu irmão.

Disse Cecília.

- Tudo bem, mãe. Tchau!

- Tchau, filha.

Elas se despediram e a ligação foi interrompida. Luísa imediatamente ligou para Otávio:

- Conseguiu falar com ela?

O rapaz perguntou ansioso.

- Meus pais viram ela em Rio Azul. Segundo a minha mãe ela foi levada para um hospital chamado Belo Monte.

Explicou a namorada do rapaz.

- Nossa, Lu, você não sabe como nos ajudou. Nunca imaginei que ela estaria em Rio Azul. Muito obrigado!

Confessou o namorado da moça.

- Não tem nada o que agradecer, eu só fiz o que tinha que ser feito.

Respondeu a namorada de Otávio.

- É por isso que eu amo você.

Otávio disse sorrindo.

- Eu também te amo... Te amo muito.

Respondeu Luísa.

- Agora vou falar com os pais dela para eles poderem ir para lá e buscá-la.

- Tá bom!

Luísa concordou e a ligação foi interrompida.

- Quem diria que Nicole seria encontrada pelos meus pais.

A moça soriu e foi tomar um pouco de sol. Pedro e Cecília seguia viagem e ao chegar em frente a clínica ambos disseram em uníssono:

- Chegou a hora.

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