- Eu não acredito que estou ouvindo isso de você, mãe. De onde você e meu pai tiraram uma coisa dessas?

Perguntou Nicole com lágrimas nos olhos.

- Filha, entendo que você pode não compreender isso agora, é tudo novo para você, mas, com o decorrer do tempo você verá o quanto será benéfico para você esse tempo no qual você irá se cuidar.

Eduarda tentava consolar a filha.

- Para que que você e meu pai querem fazer isso comigo? Eu estou ótima aqui com os meus tios. Já não basta ter perdido o Mathias, agora vocês querem me deixar sozinha por puro capricho.

Nicole disse a mãe.

- Não é capricho, você precisa de tratamento, precisa aceitar que não está bem e que precisa de ajuda.

Você tem que melhorar para poder criar o seu filho.

Eduarda tentava se justificar.

- Eu vou te dizer uma coisa, mãe e não duvide:

Se você e meu pai me colocarem em um lugar desse, eu juro que cometo suicídio.

- Filha, olha...

Eduarda começou a falar, mas, a modelo a interompeu:

- Me deixa, mãe.

Ela disse saindo da lanchonete.

- Para onde você vai?

Perguntou a mãe da moça.

- Não importa!

Respondeu Nicole dando as costas para a mãe.

- Não era para ela reagir assim. Era para isso ajudá-la e não deixá-la pior do que já está.

Lamentou Eduarda. Nicole andava sem direção. Não queria ver sua mãe, seu pai, seus tios ou seus primos. Queria simplesmente sumir sem dar notícias. Ela foi para a rodoviária da cidade:

- Para onde esse ônibus vai?

A modelo perguntou ao motorista que estava perto do veículo.

- Para Céu azul.

- Toma!

Ela entregou o valor da passagem e adebtrou o ônibus:

- A partir de hoje ninguém vai saber de mais nada sobre mim.

Ela disse a si mesma e o veículo deu partida. Nicole saiu da cidade sem saber como prosseguiria, mas, tinha plena certeza que sua descisão de não voltar mais para a casa ee seus tios era definitiva.

Eduarda chegou na casa dos pais de Otávio:

- A Nicole está aqui?

Ela perguntou a Estêvão.

- Não, Tia. Pensei que estava com a senhora...

Ele respondeu e Eduarda perguntou dessa vez mais desesperada:

- Cadê o André?

- Ele está lá na cozinha com o meu pai.

Respondeu Estêvão e Eduarda saiu de perto do rapaz a passos apressados:

- André!

Ela chamou e o homem virou para ela preocupado:

- O que foi? Por que está tão afobada assim?

- A Nicole... A Nicole sumiu.

Eduarda disse.

- Sumiu? Como assim sumiu?

O homem perguntou sem entender.

- A gente estava conversando e quando eu falei da clínica psiquiátrica ela ficou desolada e saiu andando sem direção. Eu não tive como seguí-la.

Explicou a mãe de Nicole.

- Pelo menos você sabe para onde ela foi?

Perguntou André.

- Não faço idéia. Tudo que eu sei é que era na direção de unas lojas.

Disse a esposa do homem.

- Compras é que ela não foi fazer... Mas é melhor a gente dar um tempo para ela... Talvez ema só foi dar uma volta para espairecer e logo vai estar de volta.

Supôs André.

- E enquanto ela não volta a gente vai ficar aqui de braços
cruzados?

Perguntou a mulher.

- Liga para ela. Talvez ela te atenda.

Disse o homem.

- Acho que não, e se eu ligar ela pode acabar desligando o celular e não atendendo mais ninguém.

Respondeu Eduarda.

- Eu sei rastrear, tia. Posso tentar rastrear o celular dela e conseguir a localização.

Disse Estêvão.

- Faz isso por mim, meu filho.

A mãe de Nicole pediu aflita.

- Para que esse desespero? Você não vê que Nicole só está fazendo isso para chamar atenção?

Perguntou André.

- Quando ela tinha quinze anos e eu não queria deixar ela ser modelo o que ela fez? Fugiu de casa só para chamar a nossa atenção e na primeira noite que passou frio voltou para casa como se nada tivesse acontecido. Hoje com certeza não vai ser diferente.

Disse o pai de Nicole.

- Como você pode ter tanta certeza disso?

Naquele dia a Nicole morava com a gente e se escondeu na rua da nossa casa, mas e agora?

Agora é diferente, completamente diferente, nós não sabemos onde ela está e ela pode estar correndo riscos... Agora ela está grávida e nas últimas semanas de gestação.

Ela pode ter esse filho em qualquer lugar:

No meio de uma rua deserta sem o auxílio de uma pessoa experiente...

André interompeu a esposa:

- Nicole tinha consiência disso quando fugiu e para mim já chega desse assunto.

Disse ele e saiu de perto da esposa:

- Eu não consigo entender como André pode ser tão insensível desse jeito.

Eduarda disse a Rita, que preferiu não comentar nada sobre o assunto. No dia seguinte, Luísa ligou para Otávio sem saber de nada que havia acontecido com Nicole:

- Bom dia, meu amor!

Ela cumprientou feliz.

- Bom dia, Lu!

Ele também soria.

- O que você acha de vir amoçar aqui na minha casa hoje?

Os meus pais vão visitar o Henrique depois do almoço acho que é uma boa oportunidade para se inturmar com eles. O que você acha?

Luísa perguntou.

- Eu até queria ir, mas, aqui na minha casa está uma correria total:

A Nicole desapareceu e está todo mundo atrás dela a horas.

Explicou oxm filho de Rita.

- Nossa!

Luísa exclamou espantada.

- Quer que eu tente falar com ela?

A moça perguntou.

- Acho que não vai surtir muito efeito não. O Estêvão ia tentar rastrear o celular dela, mas, justo hoje o computador dele pifou. Tentamos ligar restrito também e não deu certo.

Disse Otávio.

- Ela não tem o meu número,então talvez atenda.

Disse Luísa.

- Então tente. Eu vou te mandar o número dema por mensagem.

Disse o namorado da moça e a ligação foi interrompida. Luísa logo recebeu o número e fez várias tentativas, mas, sem sucesso:

- Coitada da Nicole. Tomara que apesar de tudo, ela esteja bem.

Desejou a moça. Cecília chegou no quarto da filha:

- Luísa, você não vai mesmo com a gente?

Ela perguntou.

- Não, mãe. Esse momento tem que ser de vocês. Diga ao Henrique que mandei um beijo e que estou com muita saudade.

Recomendou a filha.

- E por que você não vai? Ele ficaria muito feliz em te ver.

Disse a mãe de Luísa.

- Como já disse, esse momento tem que ser de vocês e além do mais, eu estou meio enjoada, não comi nada até então.

Explicou a moça.

- Quer que eu peça para a Carmem fazer algo para você comer?

Perguntou Cecília.

- Pede, mãe.

Ela permitiu.

- Ja já ela trás para você.

Cecília saiu do quarto e Pedro entrou:

- Você não vai mesmo com a gente, Filha?

Ele perguntou.

- Não, pai. Como disse para minha mãe, esse momento tem que ser de vocês

Explicou Luísa.

- É só isso mesmo?

Perguntou o pai da moça.

- Sim, pai. Por que?

- Você me parece tão abatida.

Ele disse preocupado.

- Está sim, pai. Eu só não dormi muito bem a noite... Vou passar o tempo descansando.

Disse Luísa.

- Faz bem.

Pedro disse e se despediu da filha, saindo do quarto logo em seguida. Luísa ficou sozinha:

- Será que...

Ela começou, mas, logo concluiu:

- Não... Não é possível que já tenha acontecido... Se bem que já faz um tempo que não tomo os anticoncecionais.

Não deve ser nada demais.

Ela disse a si mesma e ficou no quarto tentado descansar.

O que será que está havendo com Luísa? Vcs já devem imaginar do que se trata.

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Até breve! 💖