Capítulo 27

Luísa estava na porta do supermercado para ir embora e olhou para trás vendo Otávio destraíndo arrumando algumas mercadorias nas prateleiras:

Ele é tão lindo. Tão dedicado. Uma pessoa tão simples. Toamra que eu não esteja blefando, mas esse sentimento está a casa dia mais forte e uma hora ou outra eu vou ter que contar a verdade para ele.

Ela disse a si mesma e foi para casa.

Ao chegar no apartamento ficou esperando que tudo o que havia comprado chegasse para tentar fazer algo para comer pela primeira vez, mas, não era nisso que estava pensando:

- Tomara que seja ele que traga as compras aqui, eu não aguento mais, tenho que contar para Otávio o que estou sentindo... Mas, e se eu tomar um fora? E se ele já tiver uma namorada?

Que vergonha que eu vou passar... Mas, e se eu guardar esse sentimento é perder a única provável chance que eu possa ter com ele? E agora o que eu faço?

Respira, Luísa. Respira fundo.

Ela se dava o conselho, mas não conseguia o seguir.

Então teve a idéia de assistir um filme ou série para ver se o tempo passava mais rápido, mas ela não conseguia relaxar:

- Meu Deus, que aflição... Que incerteza... E esse tempo que não passa de jeito nenhum.

Ela começou a organizar algumas coisas na casa para ver se o tempo passava mais rápido.

Otávio por outro lado, mal se concentrava no que estava fazendo:

- Eu preciso me controlar... E se eu chegar na casa de Luísa e aquela empregada ficar me olhando torto de novo? Eu fiquei tão desconcertado com aquilo, que, nem tive reação. Mas, eu não posso demorar a dizer a Luísa  o que estou sentindo...

Acho que não tem ninguém ainda e ela me parece tão solitária.

Fico com tanta pena. Uma pessoa tão boa como ela parece ser tão boa não merece sofrer assim.

Melhor contar logo para ela o que estou sentido. Se tomar um fora pelo menos vou poder tirar essa incerteza e ansiedade do pensamento.

Ele disse a si mesmo.

- Otávio, você está bem?

Perguntou um funcionário do supermercado, vendo que o rapaz parecia estar em outra dimensão.

- Eu, é claro que eu estou... É esculta: A que horas é para levar as compras daquela cliente... A Luísa Furtado?

O filho de Mário e Rita perguntou.

- Bom, o mais rápido possível, mas, pode deixar, eu levo, pode ficar aqui ajudando a repôr as mercadorias...

Otávio o interompeu:

- Não, não, eu faço questão de levar, não se preocupe...

- Humm... Algo em especial com a cleite?

Perguntou o funcionário.

- Claro que não, ela é minha colega de faculdade, só isso.

Tratou logo de dizer o garoto.

- Ah tá, sei... Olha, se você não quer confessar tudo bem, mas, sabe? As paixões da escola ficam para a vida, acho que isso também funciona para a faculdade...

Sorriu o homem e saiu de perto de Otávio, que ficou pensativo:

- Será que está tão na cara assim o que eu estou sentindo por Luísa?

Ele se perguntou preucupado. Mas, na verdade, era isso mesmo, era difícil para ele assumir, mas, essa era a verdade. Otávio arrumou as compras e foi entregá-las na casa de Luísa.

Ao pegar o endereço percebeu que não se tratava da mansão de Pedro e Cecília, mas sim um condomínio de luxo:

- Ué, mas esse não é o endereço da mansão... Será que me deram o endereço errado?

Ele se perguntou.

- E agora?

Será que eu volto no supermercado e pergunto se está certo ou não?

Mas se eu voltar lá vou ser taxado de sonso e isso não pode acontecer... Ainda estou em processo de experiência.

Melhor ir nesse endereço aqui mesmo e senão for lá eu volto no mercado e pego outro endereço.

Ele descidiu.

Ao chegar na frente do condomínio onde a filha de Pedro e Cecília morava, Otávio estava muito agoniado:

- Será que eu estou certo em dizer tudo o que estou sentindo? É agora ou nunca.

O rapaz foi para a portaria do condomínio:

- Bom dia! Eu gostaria de entregar algumas compras para uma moradora, Luísa Furtado...

Disse ele ao porteiro.

- Qual o seu nome?

Perguntou o porteiro.

- Otávio Nascimento Bustamante.

- Certo. Eu vou interfonar para a dona Luísa e se ela liberar, eu abro para você subir.

- Ok!

Concordou o homem.

No apartamento, Luísa estava lixando as unhas quando o interfone tocou:

- Alô.

Cumprimentou ela.

- Dona Luísa, aqui é o João, o porteiro. Um rapaz chamado Otávio  está aqui na portaria e disse que quer entregar algumas compras para a senhora. Eu posso autorizar a subida dele?

O coração da moça disparou: havia chegado a hora de contar para o filho de Mário e Rita tudo o que ela estava sentindo, e ela com o peito cheio de alegria disse ao porteiro:

- Mande ele subir!

Ok.

O homem concordou e a ligação foi interrompida.

- Ela altoruzou a sua subida. É na cobertura.

O homem disse.

Otávio pegou o elevador e ao chegar na porta do apartamento tocou a campainha:

- Entra!

Permitiu ela.

- Licença!

Pediu ele com um sorisso.

- Eu vim trazer as suas compras.

Disse ele.

- Quer tomar alguma coisa? Você deve estar muito cansado.

A moça presumiu.

- Não, eu não quero beber nada... Na verdade, eu...

Ele não conseguia falar.

- O que foi? Você está passando mal?

Luísa perguntou preucupada.

- Não, não é isso não...

É que na verdade já faz um tempo que eu quero te dizer uma coisa, uma coisa muito importante...

Mas confesso que ainda não tinha criado coragem para isso.

A boca de Luísa ficou seca, mas, ela se controlou:

- Pode falar.

- É que... É que...

Ele gaguejava, e a moça não sabia o que Otávio poderia dizer.

- Eu também queria te dizer uma coisa... Deixa eu falar e depois você fala, tá bom?

- Tá bom.

Concordou ele.

- Já faz muito tempo que eu queria te falar isso, mas, a verdade é que, eu fiquei meio envergonhada, não te conhecia direito e também depois que Mathias fez o que fez comigo, eu fiquei com muito medo de me aproximar de alguém...

- Eu sei, mas, não precisa se envergonhar de se abrir comigo... Eu não sou como ele.

O rapaz disse.

- Agora eu sei disso, mas quando te conheci apesae de ter gostado muito de você eu ainda estava insegura, mas a verdade é que...

Otávio a verdade é que eu eu... Eu estou apaixonada por você.

Disse Luísa que parecia ter tirado um peso das costas.

Agora só lhe restava esperar o que Otávio tinha em resposta, e ele por sua vez, ficou sem reação.

Não parecia que era verdade, ele também amava a colega de faculdade, mas, sempre escultara desde pequeno que, por ser pobre nunca teria chance com uma garota de  família rica.

Aquilo estava acontecendo... Seu sentimento era recíproco.

- Então Otávio? Você está bem?

A moça perguntou olhando em seus olhos.

- Estou, é que, era isso que eu queria te dizer... Eu também estou apaixonado por você... Faz um tempo, mas, só agora eu tive coragem...

A moça  ficou sem reação e foi aí que aconteceu, olhos nos olhos e o prineiro beijo dos dois, um beijo especial, diferente de tudo o que ambos tinham tido na vida.

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