Capítulo 15
Na casa de Mário e Rita, Otávio estava tomando seu café da manhã sozinho, o pai tinha ido para o trabalho, a mãe tinha saído e o irmão estava no colégio:
Ele se lembrava de coisas que o pai falava quando era mais novo e que não dava tomara importância, mas que hoje sabia que tudo aquilo fazia muito sentido:
" Apaga a luz quando sair do quarto porque a conta está um absurdo..."
" Não deixa comida no prato... Só vão dar valor as coisas quando forem pagas com o dinheiro de vocês..."
Quando votem o quanto é difícil arrumar um emprego e não é um emprego qualquer não...
Um emprego que pague um salário digno que não seja uma mixaria usada como desculpa para explorar vocês... Só aí vão dar valor a cada grãozinho de arroz que tem no prato de vocês...
- Meu pai como sempre acertando nos conselhos...
Como é difícil procurar um emprego e tomar um belo " não" na cara, mas não vou desistir de jeito nenhum...
Sem emprego significa der uma pausa no sonho da engenharia que não sei quanro tempo vai durar.
Tenho que tomar uma atitude e vai ser agora.
Ele disse a si mesmo, terminou de tomar o seu café da manhã, vestiu sua melhor roupa e foi em busca de um emprego com plena certeza:
- Vou conseguir.
O rapaz parou em uma papelaria na volta para casa e imprimiu alguns currículos que entregaria em alguns comércios:
- Essa tentativa tem que dar certo.
Disse ele em pensamentos.
Entregou um currículo em uma loja de eletrônicos, pois, entendia bem do asunto, porém, tudo que os donos diziam era:
- No momento, o quadro de funcionários está completo. Entramos em contato se surgir uma nova vaga.
Ele tentou insistir:
- Por favor... Eu preciso muito dessa chance. É uma questão muito nobre... É pelos meus pais e pelos meus estudos...
Ele explicava torcendo para que houvesse um convencimemto por parte dos contratantes, nem que fosse por pena dele, mas, nada adiantava:
- Meu jovem, você não é o primeiro e com certeza não será o último a passar aqui a procura de emprego, mas, compreenda que é impossível fazer uma contratação no momento...
Além de ser impossível, também é irresponsável de minha parte, pois, eu não teria como garantir o seu salário fixo todo mês. Lamento muito.
Escutar aquela frase era um completo tormento...
Otávio já sabia que teria de voltar para casa sem o seu emprego garantido, mas, era só o primero dia e ele sabia que iria desanimar assim, tão fácil, pelo contrário, tentaria até conseguir, não importava o seguimento que lhe oferecesse o emprego, desde que, fosse um emprego digno:
- Eu vou tentar e vou conseguir um emprego... É o meu sonho que está em jogo e eu não vou deixar que ele se dissolva assim.
O homem descidiu e foi para casa... Embora estivesse envergonhado por não ter conseguido nada, nem mesmo um emprego de uma semana de duração que fosse, mas, ele estava tentando e não ia desistir até ter o dinheiro suficiente para pagar seus estudos e acima de tudo, ajudar Mário e Rita a sustentarem a casa onde moravam.
Ele chegou na porta de casa, respirou fundo e disse a si mesmo:
- Agora tenho que encarar de frente todo mundo perguntado como foi e eu tendo que responder:
- Ninguém quis me contatar.
Nesse rítimo não vai ter outra alternativa a não ser fechar a faculdade e esquecer desse sonho de ser engenheiro... Pelo menos por enquanto.
Tenho que acordar por mais difícil que seja:
Dou pobre.vosra gente igual a mim é quase impossível seguir um sonho. Tem que se conformar com o que vem e pronto.
O rapaz voltou para casa cabisbaixo, desanimado, envergonhado pela tentativa falha de conseguir um emprego...
Não era uma questão apenas de manter o curso, mas também de ajudar os pais a colocar sustento em casa.
- Oi, meu filho. Saiu para passear um pouco?
Rita perguntou.
- Na verdade não... Eu saí para procurar emprego.
O rapaz respondeu.
- Emprego? Meu filho, você tem que se consentrar em estudar...
Esqueceu que você é bolsista na melhor faculdade do estado?
Esse pessoal arruma todos os jeitos possíveis de tirar bolsistas de lá e colocar mais gente rica.
A mãe disse.
- Mãe, eu e o papai conversamos e ele me disse que o orçamento tá muito apertado aqui em casa. O dinheiro de vocês não tá dando para tudo...
Eu não entendo o porque vocês não terem falando o que está acontecendo a mais tempo...
Talvez as coisas não estivessem nesse ponto.
O filho disse.
- O seu pai tem uma boca de balde, isso sim. Que raiva, meu filho...
A gente já tinha conversado sobre isso. Não era para nem você nem o Estevão ficarem sabendo de nada, mas o Mário só faz o que quer.
Mas pode deixar que quando ele chegar vai escutar tanta, mas tanta coisa que ele nem imagina o que aguarda ele.
Rita disse irritada.
- Não, mãe. Não precisa brigar com ele por causa de mim. Isso vai me fazer me sentir horrível.
Se papai fez isso é porque tinha motivo. O peso nas costas de vocês já tá muito grande e ele sabe que daqui um tempo vamos ter que sacrificar muita coisa para podermos ter uma mínima qualidade de vida.
Otávio disse que tentando acalmar a mãe.
- Meu filho, você nunca nos deu trabalho de nada. É seu direito correr atrás do seu sonho.
Conseguiu uma bolsa de mais de oitenta por cento com tanto esforço e agora seu pai tem coragem de enfiar esse monte de minhoca na sua cabeça só para te preucupar e atrapalhar seu desenvolvimento no curso.
As vezes acho que seu pai não tem cérebro.
Não pensa nas consequências dos atos dele.
Rita disse.
- Mãe, eu tinri uma decisão após a conversa com o meu pai e eu vou te contar com plena certeza que você vai respeitar, mesmo que não concorde plenamente.
O filho disse.
- Ah, meu Deus, Otávio, não pense nem imagine cogitar a possibilidade de trancar essa faculdade...
Ela é a pronta de entrada para o seu futuro.
Não quero que você e seu irmão tenham um futuro incerto como o que eu e seu pai tivemos.
Rita disse.
- Mãe, não se preucupa, tá bom? Eu não vou colocar pesos na lá costas que maiores do que o que consiga suportar.
Otávio disse.
Tem certeza?
Rita perguntou.
- Tenho sim. Hoje foi o primeiro dia de procura de emprego.
Otávio disse.
- Como foi?
Perguntou a do rapaz.
- Nada ainda mãe, todo mundo fala que o quadro de funcionários está completo, mas, como, hoje foi só o primero dia, acredito que daqui um tempo, consigo alguma coisa, nem que seja um trabalho temporário.
- Logo-logo, você consiguirá, meu filho.
Garantiu a mulher.
- Mas eu vim te contar uma coisa que a Nicole me disse hoje de manhã, quando ligou para mim.
- O que?
Perguntou o filho de Rita.
- Ela me disse que está grávida.
Respondeu a mãe, vendo que a feição do filho havia mudado drásticamente:
- O que você tem Otávio?
- Nada Mãe, eu só estou um pouco cansado, eu vou tornar um banho e descansar.
- Pode ir.
Liberou a mãe de Otávio, vendo o filho ir em direção ao quarto:
- Eu não quero que o seu sonho seja ceifado meu filho. Espero que essse emprego chegue logo porque não podemos esperar por muito tempo.
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Obrigada por ler até aqui.
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