Capítulo 14

- Onde eu estou?

Luisa olhou a sua volta, e se viu em uma cama de hospital:

- O que aconteceu?

Ela se perguntou confusa.

Um médico simpático chegou perto dela:

- Olá. Como se sente?

Zonza, confusa... Quem é você e porque eu estou aqui?

A filha de Pedro e Cecília perguntou.

- Você está aqui por que, desmaiou numa farmácia... Você não se lembra do que aconteceu?

- Eu...

Começou ela.

- O Mathias disse que Henrique...

A moça não conseguiu terminar a frase e seu choro  foi comovente:

- Não pode ser verdade, isso tem que ser um pêsadelo.

Ela dizia a si mesma apertando os lados da cabeça.

- Eu vou aplicar um calmante em você, espere só um minuto.

Pediu o médico.

- Eu não quero calmante nenhum, eu estou bem.

- Eu sinto muito pelo que quer que tenha acontecido, mas eu preciso que fale para eu perder te ajudar...

O homem disse.

- Eu... Eu soube da morte do meu irmão da pior forma possível...

Sem esperar. Por uma pessoa que não teve o mínimo de cuidado ou mesmo de compaixão para me contar uma coisa tão delicada quanto essa.

Ao contrário disso, teve prazer em me dar da pior forma possível a pior notícia da minha vida...

A perda de uma das pessoas que mais amo na vida.

A filha de Pedro e Cecília disse com lágrimas nos olhos.

- Eu vou chamar os seus pais, eles estão lá fora.

O médico saiu e deixou Luísa sozinha:

- Como vai ser olhar para eles?

Como eles tiveram coragem de fazer uma coisa dessas?

Onde estavam com a cabeça para fazer uma coisa dessas comigo?

Me privar de me despedir do meu irmão... Isso não tem cabimento...

Mathias tem que ter mentido.

Ela disse a si mesma sem querer acreditar que era verdade que nunca mais veria o irmão, nunca mais ouvia sua voz, nunca mais escultaria suas risadas e seus conselhos...

- Ah, meu Deus, por favor, que isso seja mentira...

Que meu irmão volte para perto de mim...

Ela pediu e chorou.

Na recepção Cecília disse ao marido:

- Olha, Pedro, eu juro, eu vou esperar mais dez minutos e se nenhum médico aparecer aqui eu mesma vou atrás de informações...

Não é possível que ela não tenha passado por um atendimento.

Meu Deus, será que ela teve algum outro problema?

A gente tem que entrar lá e agora.

A esposa disse.

- Cecília, pelo que estou vendo aqui, daqui a pouco quem vai precisar de atendimento médico é você...

Isso aqui não é um hospitalzinho de quinta que dá uma bolsa de soro com um remédio qualquer e manda para casa.

Além do mais, Luísa é uma mulher saudável... O que aconteceu com ela foi no máximo uma queda de pressão...

Calma. Jajá alguém aparece com uma notícia.

- Pedro, eu entendo que talvez esteja sendo um pouco dramática, fazendo tempestade em copo d'água, mas é que... É que... Já perdemos um filho e só de pensar que podemos perder a outra... Eu não gosto nem de imaginar.

Cecília disse com lágrimas nos olhos. Antes que Pedro pudesse dizer alguma coisa o médico chegou perto deles:

- Vocês são os parentes da paciente Luísa Furtado?

Ele perguntou.

- Somos os pais. Como ela está?

Pedro perguntou..

- Bom, eu já realizei uma bateria de exames e posso garantir com exatidão que o quê houve com a filha de vocês foi uma crise nervosa.

O homem explicou.

- Menos mal.

Cecília respondeu.

- E o motivo? Ela disse alguma coisa com relação ao motivo?

Pedro perguntou.

- Olha, senhor, em respeito a minha ética não só moral como profissional eu acho melhor vocês entrarem e conversarem com ela pessoalmente...

Mas é importante que seja sem pressão. Lembrem-se que ela acabou de sair de uma crise nervosa. É importante que não se estresse.

O homem disse.

- Doutor, ela não disse que está grávida não, né?

Pedro perguntou.

- Não senhor. Isso eu posso assegurar.

O homem respondeu.

- Por que a pergunta?

Cecília inquiriu.

- E se ela e Mathias tiverem voltado e nós não estivermos sabendo?

O marido da mulher perguntou.

- É melhor perguntarmos isso diretamente a ela.

A esposa respondeu.

- Ela está no apartamento cinco.

O médico disse.

- Ok.

Cecília respondeu.

- Não se esqueçam: Cuidado para não causarem estresse nela. Muito cuidado com as perguntas e até mesmo com o tom da conversa.

O homem disse.

- Tá certo. Pode deixar. vamos tomar muito cuidado.  Não faremos nada para piorar o estado dela...

Pedro disse e junto com o marido foi até o quarto da filha.

Luísa ouviu um bater na porta do quarto e ao imaginar quem era respirou profundamente:

- São eles... Calma, Luísa, calma...

Ela dizia a si mesma.

"- É tudo mentira do Mathias.... O Henrique está vivo e bem... É tudo mentira."

Ela dizia a si mesma a fim de acreditar em um milagre...

- Pode entrar.

Ela permitiu ao ver  os pais adentrarem o quarto:

- Oi Minha filha. Como você está?

Perguntou Cecília com um sorisso no rosto.

- Eu... Eu estou bem.

Ela disse sem olhar nos olhos da mãe.

- Você lembra do que aconteceu?

Perguntou Pedro.

- Eu... Eu estava na farmácia e eu desmaiei.

- Só isso?

- Tá bom Pai, eu vou falar a verdade:

- Fala então.

Permitiu Pedro.

- Eu estava na farmácia e o Mathias foi até mim.

- Eu não acredito que você falou com ele, Luísa!

Censurou Cecília.

- E ela não foi a única, né?

Disse Pedro olhando para Cecília.

- Como assim? Mãe você também foi atrás dele?

- Eu, eu fui sim, minha filha, mas, eu fui pedir para ele te deixar em paz.

- Faziam meses que eu não o via, não fazia sentido isso Mãe.

Luísa ficou sem entender a atitude de sua mãe.

- Prosegue, Filha, você viu o Mathias e então?

Perguntou Pedro.

- E então, ele me disse que ia ser pai e depois me disse que, sentia muito pela... Pela morte do Henrique.

- É o que?

O pai de Luísa se levantou alterado.

- Do que adianta ficar bravo agora, Pedro? Ela já ia saber, não desse jeito, mas, já estava mais que na hora dela saber a verdade.

- Então é verdade?

Perguntou ela em desespero.

- Sim, minha filha, isso é tudo verdade, eu contei para ele a muito tempo, vocês ainda namoravam, a gente estava esperando o momento certo para te contar.

Respondeu Pedro.

- Quanto tempo faz isso?

Perguntou a moça, imaginado alguns meses talvez.

- Foi logo quando, você estava fora estudado, terminando o ensino médio.

Respondeu seu pai.

- E vocês estavam esperando o momentto, " certo"?

Que momento é esse a final de contas?

Daqui uns vinte anos quando canssasem de me enrolar?

A moça perguntou inconformada.

- Não, filha... Claro que não. Só estavamos esperando você se estabilizar emocionalmente... Vocês tinham acabado de terminar e você estava muito triste.

Pedro disse.

- Mathias me disse que ele foi assasinado, isso também é verdade?

- Sim minha filha, ele reagiu a um assalto e os bandidos tentaram contra a vida dele.

- Me deixem sozinha, por favor.

Pediu Luísa com lágrimas nos olhos.

- Não, Filiha, a gente vai ficar aqui com você.

Cecília respondeu.

ME DEIXA SOZINHA!

- Ela usou um tom nunca apresentado diante de seus pais.

Um médico entrou no quarto e viu que Luísa não passava muito bem:

- Se retirem por favor, eu vou aplicar um calmante nela.

Eu disse que não deviam estressar ela.

Explicou ele e antes de sairem, Pedro e Cecília viram sua filha em desespero naquela cama de hospital e de uma vez por todas, viram o quanto sua atitude foi prejudicial a sua filha.

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