Capítulo 102 - Último capítulo antes da fase final.

Seis meses depois....

Na casa de Luísa a moça disse a Carmem:

- Eu vou à casa dos meus pais com a bebê. Você pode terminar o almoço e ir para casa. Eu sei que deve estar muito cansada e merece esse dia de folga.

A moça disse.

- Tudo bem, você é quem sabe, mas se precisar de mim estarei à disposição.

Carmem disse.

- Eu sei. Você tem sido um auxílio muito grande, mas também merece e precisa descansar. Eu dou conta da bebê. Se tudo der certo depois da casa dos meus pais, vou passar na casa da dona Rita e do seu Mário também.

Luísa disse e a mulher assentiu. Na casa de Pedro e Cecília, Henrique disse ao pai:

- Eu posso ir para a empresa com você?

- É... É claro que pode.

O homem respondeu sorrindo.

- E quando você vai começar a treinar a Lu?

O rapaz perguntou.

- Eu não sei, meu filho. Isso quem decide é ela. Agora está no início da faculdade e também tem que cuidar da bebê. Acho que ainda não é preciso encher a cabeça dela com tantas coisas ela tendo outras prioridades...

Pedro disse.

- Entendi.

Henrique respondeu. Luísa chegou perto deles:

- Oi, Rique. Oi, pai.

- Oi.

Os dois responderam em uníssono.

- Estão de saída?

Ela perguntou.

- Vamos até a empresa.

O pai respondeu.

- Ah, entendi.

Luísa respondeu.

- Me dê a bebê aqui um pouquinho.

Pedro disse e pegou a neta do colo da filha:

- Oi, meu amorzinho. Que coisa mais fofa.

- Papai, você não vai se atrasar?

Luísa perguntou.

- Papa...

Mariana balbuciou.

Luísa olhou para o pai e o irmão assustada:

- Papai.

A filha de Pedro disse.

- A gente precisa ir, meu filho.

Pedro disse e entregou Mariana para Luísa.

- Tchau, Lu.

O irmão se despediu.

- Tchau, Rique.

- Tchau, minha filha.

Pedro também se despediu.

- Tchau, pai.

A moça respondeu e adentrou a mansão. Sentou no sofá e chorou.

- Filha? O que houve?

Cecília perguntou assustada chegando perto dela.

- A... A minha filha falou papai...

Luísa respondeu e desatou a chorar novamente.

- Oh, meu amor... Eu... Eu não sei nem o que dizer... Não fique assim... Vem cá.

A mulher pediu e abraçou a filha.

- Eu estou muito feliz com o desenvolvimento dela, mas ao mesmo tempo saber que o Otávio não está aqui e nem vai estar dói demais... Sinceramente não sei se algum dia essa dor vai deixar de me acompanhar.

- Oh, meu amor. Eu sinto muito por essa dor te assolar a tanto tempo, mas, sei lá... Já se passou tanto tempo da morte desse rapaz... Se abre para o amor novamente, talvez faça bem tanto para você quanto para sua filha...

Cecília disse.

- Mãe, entende uma coisa de uma vez por todas:

- O Otávio não foi só um namorado... Ele foi o homem que eu mais amei na vida. Amei ele desde a primeira vez que o vi.

Eu não posso e nem quero esquecer dele e de tudo de bom que ele fez na minha vida. Ele me despertou para um novo horizonte, fora desse "mundinho cor-de-rosa" que você e papai criaram para eu viver. Ele me mostrou que a vida vai muito amém disso.

Luísa disse.

- Desculpa, filha. Me desculpa mesmo. Eu não sei o que eu e Pedro pensávamos quendo descidimos deixar você imersa totalmente fora da realidade.

Mas na verdade, tudo só começou a desandar de verdade depois da suporta morte do Henrique. Aí eu e seu pai perdemos o controle e isso acabou
"respingando" em você e não podemos fazer nada para evitar.

Cecília respondeu.

- Podiam sim, mãe. Você me desculpe, mas podiam sim. Podiam ter confiado em mim. Podiam não ter me tratado como uma criança indefesa. Mas infelizmente parece que vocês não me veem como a adulta que eu sou.

Luísa disse.

- Olha, eu sei que não gosta de aceitar isso, mas você sempre foi muito frágil... Você tem que entender o nosso lado também.

A mãe da moça tentou se justificar.

- A cada vez que você e papai dizem que sou frágil me dá um ódio tão grande... Não importa o que eu faça, vocês nunca vão me ver como adulta e capaz de compreender e assimilar as coisas como elas são.

A mãe de Mariana disse.

- Olha, minha filha, eu vou te dizer uma coisa e quero que você preste muita atenção:

- Eu até entendo sua revolta e tudo mais, mas sinceramente? Eu já estou cansada de ter que me justificar para você e para todo mundo.

O único que não me julga é o seu irmão e sabe o que eu acho?

Que se ele não tivesse voltado eu teria morrido ou na melhor das hipóteses estaria em um hospício.

Cecília disse.

- Desculpa, eu só espero que as coisas melhorem entre nós e você e papai comecem a me ver como uma adulta. Eu tenho que ir.

Luísa respondeu.

- Espera, minha filha. Eu tenho que perguntar uma coisa e só assim ficarei em paz ou poderei começar a me preparar:

Essa história de você ir embora ainda está de pé?

- Não. Eu não vou mais. Pensei bem. Acho que não fará bem para a minha filha ficar longe da realidade que a cerca e não tem como fugir disso. Além do mais, eu tenho que pensar nos pais do Otávio. Não é justo com eles.

A filha explicou.

- Ouvir isso é como música para meus ouvidos. Não consigo imaginar como seria ficar sem você e sem a bebê.

Cecília disse aliviada.

- Eu preciso ir.

Luísa disse.

- Mais já?

A mãe perguntou.

- Sim. Quero tentar descansar um pouco e ainda tenho que ir na casa dos pais do Otávio. Prometi a dona Rita que deixaria ela passar um dia com a Mariana. Vou aproveitar esse dia para ir até a empresa para o papai começar a me treinar.

A namorada de Otávio explicou.

- Vou decorar uma sala para você... Do seu jeitinho.

Cecília disse.

- Não precisa se incomodar com isso, mãe. Está tudo bem. Eu me instalo em uma sala já decorada... E também isso vai demorar um pouco para acontecer... Mas se você faz tanta questão assim tá tudo bem. Agora eu preciso realmente ir. Até mais.

Luísa disse.

- Está bem. Até mais.

Cecília respondeu vendo a filha e a neta saírem da mansão:

- Ah, minha filha, se você soubesse o quanto dói em mim assistir a sua dor e não poder fazer nada a respeito...

A mãe de Luísa lamentou. Na empresa, Pedro e Henrique entraram na antiga sala do rapaz:

- Sabe, pai? Eu estive aqui e vi que os móveis parecem novos. Se alguém já estiver ocupando essa sala, eu ocupo outra sem nenhum problema.

- Não, meu filho... Não é nada disso. Qurm ia ocupar essa sala era uma pessoa que só fez nossas vidas andarem para trás. É uma longa história, mas depois eu te conto. O importante agora é comemorar a sua volta.

Pedro soriu.

- Tá bom.

Henrique respondeu. Na clínica onde Otávio estava internado o rapaz sonhara novamente com Luísa:

Sonho on:

É isso que você quer? Por que eu estou disposta a enfrentar as feras e ficar com você custe o que custar. Se eles me amam de verdade, vão aceitar a minha decisão.

- Espera, você está me dizendo que quer ficar comigo mesmo seus pais sendo contra?

- Sim! O preconceito deles não tem fundamento e quero muito que nossa paixão dê certo. Você aceita?

- Eu não acredito que isso está acontecendo! A gente junto finalmente....


Sonho off:

- Essa mulher de novo. Quem é ela? Eu tenho que saber... Eu preciso saber...

Um médico bateu na porta do quarto de Otavio. Depois de autorizar a entrada do homem, o filho de Mário e Rita percebeu que o médico estava com um papel nas mãos:

- Eu posso falar com você?

O funcionário perguntou.

- Pode. Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu, mas não se preocupe, não é nada de ruim.. Eu vim te dizer que finalmente você vai receber alta e vai poder sair do hospital. Vai poder reconstruir a sua vida e tentar descobrir quem é de verdade e de onde veio.

O médico disse e Otávio sorriu sem acreditar no que ouvia:

- Espera, você está falando sério?

- Estou. Não se preocupe, a assistente social já conversou com o diretor de um centro de apoio aqui de perto. Lá você vai poder ficar até arrumar um emprego e se estabilizar... Não se preocupe, você vai encontrar o seu lugar nesse mundo.

O homem disse e Otávio assentiu sorrindo. Em sua mente disse:

'' - Eu tenho que me reencontrar.''

Enquanto isso, Luísa chegou na casa de Mário e Rita:

- Bom dia, dona Rita. Tudo bem?

Ela perguntou.

- Tudo sim. E com você e a bebê?

A mãe de Otávio e Estevão perguntou.

- Sim. Estamos ótimas. Na verdade eu vim aqui porque faz tempo que a senhora pediu para passar um tempo com a bebê e acho que essa é a oportunidade perfeita... Eu tenho que ir até a empresa do meu pai para resolver algumas coisas, mas prometo não demorar.

Luísa disse.

- Tudo bem. Pode ficar tranquila. Eu cuido da bebê com todo o prazer do mundo. Sempre que precisar pode contar comigo para cuidar dela.

Rita disse e a namorada de Otávio sorriu.

- Tchau, meu amorzinho. Se comporta, tá bom? A mamãe já volta.

A mulher disse e deu um beijo na filha.

- Tchau, dona Rita. Mais uma vez muito obrigada.

- Que isso. Não precisa agradecer. Tenha um bom dia.

A mulher desejou e Luísa saiu da casa da sogra indo em direção a empresa do pai. Ao chegar lá disse a si mesma:

A partir daqui vai ser vida nova. A reconstrução dos meus sonhos e dos meus objetivos.

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