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Capítulo 11: nunca confie em velinhas no mar, elas podem querer te jantar parte 2: memórias de uma história. 

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{ Narrador narrando }

Cheese olhou para Shark lutar contra a bruxa com toda sua vontade de viver, Ambos lutavam seriamente, Cheese agradecia ao rei do mar por bruxas das algas não possuírem muita magia. 

Cheese se levantou novamente pegando sua faca tentando atacar a bruxa, estava determinado a pelo menos feri-lá seria de grande ajuda já que Shark estava se esforçando para tentar ganhar daquela bruxa, coisa que não era fácil, bruxas das algas eram fortes demais pelo menos em força já em magia nem tanto.

Cheese correu pulou pronto para cravar a faca no peito daquela bruxa mas ela foi mais rápida o notou um pouco antes e seus cabelos de algas agarrou ele e o jogou contra a parede deixando Cheese zonzo, aquilo o pegou de surpresa. 

Enquanto tentava se recuperar da pancada, algumas memórias vieram a sua mente naquele momento, Cheese começou a se lembrar de algo de sua infância...

coisa que ele nem sabia que aconteceu, talvez os anos que teve crescer mais rápido para ajudar sua família o fizeram esquecer de boas memórias. 

{ Memórias on }

Cheese esperava ansioso em frente de casa, era o dia que seu pai voltaria de uma longa  viagem que teve que fazer para entregar algumas encomendas por vários lugares do oceano, Cheese com seus quase 12 anos era praticamente milagre ele ficar quietinho. 

A mãe dele o observou por uns momentos não estranhando esse comportamento do filho, ele sempre foi muito mais comportado quando o pai dele voltava de viagem.

Logo um homem baixinho com uma aparência cansada carregando uma mochila nas costas se aproximou, quando seus olhos cansados viram o filho e a esposa um brilho de alegria pareceu naqueles olhos castanhos o olhar cansado daquele homem logo desapareceu quando o filho veio nadando e o abraçou.

O homem logo entrou em casa levando o filho no colo, beijou sua esposa e sorriu para ela e foram tomar o café da tarde que naquele dia era farto já que era dia de festa, Roberto estava em casa.

Horas depois de Roberto ir dormir, Cheese abriu a porta do quarto de seus pais ambos dormiam abraçados. A criança subiu na cama e tentou acordar o pai sem acordar a mãe, ele tinha prometido lhe contar de sua viagem e lhe contar suas famosas histórias. 

- Pai, papai. - Cheese o chamou baixinho o balançando um pouco. 

- O seu filho está te chamando Roberto - Murmurou sonolenta Carolina. 

- Antes do amanhecer o filho é seu - Roberto murmurou respondendo sonolento.

- Vai logo - Carolina o soltou e voltou a dormir.

- Oi, filho tá tarde -Roberto abriu os olhos e olhou para o filho que estava emburrado- Você deveria estar dormindo mocinho! 

- Você prometeu me contar histórias - Cheese reclamou olhando para o pai com um olhar choroso, Roberto se levantou da cama o pegando no colo. Ele não conseguia dizer não ao seu filhote com essa cara tão fofa de choro, o levou para o quarto dele e o colocou na cama pegando as cobertas logo cobrindo o filho - Que história você quer ouvir?

- Você escolhe papai - Cheese se arrumou debaixo das cobertas animado, gostava tanto de ouvi-lo contar histórias. 

- Tudo bem, vou te contar uma história sobre as bruxas de algas em uma viagem minha meu companheiro de viagem e eu  passamos por algas enormes que pareciam não ter um fim de tão grande que eram filho... -Roberto começou a contar mas logo foi interrompido pelo seu filho curioso. 

- O que são bruxas de algas papai? - O doce e pequeno garotinho perguntou curioso. 

- Como eu conto sem te assustar? São bruxas que vivem entre as algas, elas têm cabelos de algas verdes ou azuis - Roberto se sentou melhor na ponta da cama - elas comem as sereias que encontram pela frente, são bruxas gulosas e malvadas elas se transformam em crianças ou velhas para você confiar nelas e depois come-lo - Olhou para o filho um pouco assustado com medo das bruxas e logo ri deixando o pequeno irritado - Ta eu vou contar outra história....

- Começou agora termina papai, eu fiquei curioso! E eu não estou com medo - Cheese mentiu na última parte. 

- Filho, bruxas das águas não tem muita magia só sabem mudar de forma e são super fortes - Roberto explicou - Antes elas podiam fazer magia, mas as bruxas e bruxos do mar bons lhe tiraram a magia elas só podem atacar se elas se sentirem ofendidas Se não elas não podem atacar. 

- Entendi.... Volta a contar a história papai!  - Cheese  ansioso, queria saber o final logo- e daí? O que aconteceu? 

- Ok ok, aonde eu estava - Roberto pensou por alguns momentos e logo se lembrou- começamos a nadar por lá tomando cuidado para não ficarmos presos nas algas, logo começou a anoitecer e ainda não tínhamos saído de lá. meu companheiro de viagem o Flos, achava que estávamos perdidos e achou melhor a gente acampar e continuar a nossa jornada pela manhã seria melhor de ver o caminho assim, mas quando começamos a montar o nosso acampamento uma doce velinha se aproximou da gente, ela parecia uma velha frágil e gentil e ela nos disse que sua casa estava perto e que poderíamos passar uma noite confortáveis na casinha dela e nos dois homens cansados e famintos da viagem concordamos, ela nos deu uma refeição farta e cuidou da gente como fossemos seus filhos. -Roberto cobriu melhor o filho que o ouvia com atenção - Tenho que te dizer que depois que concordei me arrependi, sim é muito errado seguir pessoas desconhecidas filho nunca faça isso ok? Flos e Eu éramos muito inocentes naquela época era nossa segunda viagem e também éramos jovens que acreditávam que todas as pessoas eram pessoas boas - Roberto sempre dava bons concelhos ao filho no meio de suas histórias - Quando Flos e eu fomos dormir, a velhinha foi até nos e começou a perguntar coisas sobre o que nos achamos dela se era bonita e etc... Respondemos cada uma das perguntas ela parecia ficar com raiva a cada resposta nossa, mas nos só a elogiavamos por ser uma boa mulher... so que....

- O que foi? O que aconteceu?  - Cheese perguntou rapidamente, odiava quando o pai parava no meio de uma boa história - O que a velinha fez papai? 

- Acabamos de sem querer a ofender com uma de nossas respostas, ela riu alto e disse finalmente. A velinha se transformou em uma moça jovem mas horrível, de pele roxa de cabelos de algas negras e dentes afiados como navalhas seus olhos pareciam de cobras venenosas que ficam em terra na superfície, suas mãos tinham unhas compridas como garras e sua cauda era vermelha como o fogo na ponta pareciam a ver espinhos duros e talvez venenosos... Flos e eu ficamos assustados, nunca tínhamos visto algo como aquilo em nossas vidas. Tentamos fugir o mais rápido possível mas ela nos pegou e nos trancou no porão de sua casa, ela disse que iria nos comer no jantar já que ela já tinha comido a semanas atrás, pelo menos foi isso que ela disse...

- E então papai? O que a bruxa má fez? Como vocês conseguiram fugir?  - Cheese interrompeu o pai com suas dúvidas. 

- Calma filho,  estou chegando lá você esperou nove meses para nascer consegue esperar mais alguns segundos para saber o final - Roberto disse rindo baixo e logo voltou a contar - Eu e Flos já estávamos esperando o pior acontecer com a gente a cada hora que se passava, quando ouvimos um grito ensurdecedor... achamos que era de uma das vítimas daquela bruxa ouvimos passos que se aproximavam do porão que Flos e eu estávamos, nos abraçamos e nos despedimos um do outro e de nossas famílias em pensamento quando a porta do porão foi aberta adivinha quem era? 

- A bruxa que veio pegar vocês papai?  - Cheese perguntou ficando com medo nessa parte.

- Não, errado. - Roberto bagunçou os cabelos do filho - Foi um tritão, um cavaleiro de um reino próximo ele tinha matado a bruxa e ouviu a gente pedir socorro dentro do porão e veio nos salvar, quando saímos da casa aquele monte de algas enormes tinham sumido, e a casa da bruxa desmoronou. O cavalheiro que nos ajudou disse que trabalhava como guarda real, e estava a nossa procura porque tínhamos o remédio da rainha e estávamos um dia atrasados e ele veio nos buscar, Isis,  o tritão que nos salvou nos levou a salvo para aquele reino e conseguimos entregar o remédio para a rainha. 

- Como ele conseguiu matar a bruxa? porque você disse que elas são muito fortes! Ele teve ajuda? - Cheese perguntou curioso confuso de como uma única pessoa conseguiu matar uma bruxa super forte.

- Não, ele não teve - Roberto olhou para as horas- só vou contar como o Isis matou a  bruxa e logo depois cama e dormir mocinho ok? 

- Ok!  Conta logo pai! Conta! - Cheese pediu sem mais ter medo da bruxa. 

- O Isis me contou que as bruxas das algas não poderiam ser mortas com ataques físicos elas se curariam e não adiantaria em nada ataca-las - Roberto tentou se lembrar das palavras exatas de seu salvador- Elas não se machucam porque não tem o coração delas em seu corpo, elas guardam seus corações dentro de caixinhas de madeira e as escondem no local aonde aparecem para os viajantes, Isis procurou essa caixinha por todo o lugar ao desconfiar que a bruxa nos pegou. Ele achou bem no lugar que ela apareceu perto do nosso acampamento abriu a caixinha e fez um corte no coração da bruxa que morreu... Isis é um guarda real muito corajoso para enfrentar uma bruxa sozinho. 

- Quando eu crescer vou ser um guarda real também pai e vou cuidar de você da mamãe e dos meus irmãos - Cheese falou animado demais para dormir.

- O que combinamos? Vá dormir! - Roberto saiu do quarto apagando as luzes.

Cheese depois de uma hora adormeceu...

{ Memórias off } 

Cheese quase esqueceu que estava correndo perigo quando se lembrou disso,  balançou a cabeça na intenção de deixar essa memória para lá e viu o Shark morder o pescoço da bruxa Coral, se levantou rapidamente.

- Espero que o papai não tenha inventado aquela história! - E saiu correndo dali a bruxa estava ocupada demais lutando contra o Shark para notar que sua "sobremesa" fugiu. 

{ Shark Narrando }

Shark lutava com todas suas forças contra aquela bruxa, que era surpreendentemente forte como uma muralha bem construída. O rei dos tubarões notou a ladra sair dali e ficou extremamente irritado " É Shark você não deveria confiar em uma ladra miserável, viu? Ela fugiu na primeira oportunidade e te deixou aqui para morrer nas garras dessa maldita bruxa " Ele pensou enquanto lutava para sobreviver, se ele parasse a bruxa com certeza o mataria e ele viraria a porcaria de um jantar para aquela bruxa. 

- Oh, o meu aperitivo fugiu que pena acho que vou ter que pular para o prato principal não acha? -  A bruxa perguntou ficando irritada, aqueleaera a comida que mais estava lhe dando trabalho se não estivesse faminta teria o deixado ir.

- Vai sonhando que eu vou deixar você me transformar em seu almoço - Shark disse mordendo ela novamente, ele estava com medo tudo que fazia a bruxa se recuperava rapidamente não sangrava não gritava " Ah mais que sorte uma bruxa imbatível! " Shark pensou mas não se renderia agora lutaria ate o fim.

{ Cheese narrando } 

Ele fugiu da casa indo em direção ao lugar que a bruxa apareceu pela primeira vez, torcia para sua memória não lhe pregar uma peça naquele momento de necessidade. 

Quando chegou ao lugar começou a procurar a tal caixa com o coração da bruxa, torcia para que a história fosse verdadeira não uma invenção de seu querido pai.

- Espera, porque eu estou fazendo isso? Eu consegui fugir...- Cheese se perguntou parando de procurar a caixa começando a pensar - Eu poderia ir embora e deixar ele a própria sorte... - Era uma idéia tentadora se colocar em primeiro lugar com certeza era tentador,mas um lado dentro de si não gostava da idéia era a sua razão falando mais alto, ele não poderia deixar Shark sozinho nesse momento o avô dele confiava em si para trazer o neto dele de volta vivo e também ele não teria uma consciência limpa se fosse embora e deixasse o rei dos tubarões ali para morrer - Não! O que eu tô pensando? Eu não posso deixar ele aqui para morrer, eu nunca me perdoaria - Ele voltou a procurar a caixinha que tinha o coração da bruxa. No fim sua razão e bondade o fizeram fazer a escolha certa, aquele era o poder das algas um poder que fazia as pessoas pensarem em si mesmas não ligar para o próximo, aquela floresta de algas mágicas que as bruxas plantavam aumentavam os sentimentos ruins, o egoísmo e etc...

Apenas algumas pessoas conseguiam quebrar o poder que aquelas algas tinham sobre si mesmas, muitos que conseguiram fugir das garras da bruxas só pensavam em si mesmas e não voltavam para salvar quem quer que estivesse consigo naquele momento.

Cheese finalmente achou enterrado na areia uma caixinha de madeira já podre pelo tempo a abriu e achou um coração que pulsava um coração negro como a noite mais escura, Cheese engoliu a seco e voltou para a casa da bruxa  não sabia se funcionaria como na história, se não funcionasse ele tentaria outra coisa.

- Espero estar tomando a decisão certa - Cheese Disse para si mesmo, Quando a bruxa conseguiu finalmente derrubar Shark estava pronta para mata-lo viu Cheese com a caixa de seu coração, o medo da morte a dominou e deixou Shark para lá e nadou rapidamente até Cheese, com a intenção de Mata-lo. 

Cheese fechou os olhos pegando rapidamente sua faca trêmulo vendo a bruxa ir rapidamente até si, esperava que aquilo funcionasse, Foi a única vez que Cheese esteve tão perto de conhecer a morte bem de perto. 

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O que será que vai acontecer? Descubra no próximo capítulo.  

Nossa acho que esse é o capítulo mais longo dessa história. 

Então o que estão achando?