parque de diversões.
─── Mãe! ── Exclama ao abrir a porta, logo depois abrindo um grande sorriso.
Sábado não demorou para chegar, e logo cedo de manhã, Sunghoon já estava de pé para esperar a sua mãe, e também cuidar do café da manhã de Seol, como sempre. O ônibus Hyeonsung chegaria um pouco antes do meio dia, e por sorte não houveram atrasos, e pode chegar ao apartamento do filho antes do almoço.
─── Meu filho, como teu cabelo está longo... ── Abraça-o de volta, com um pouco de dificuldade, por causa da mala que segurava em uma das mãos.
─── Você tem sempre que comentar sobre o meu cabelo, não é? ── Desgrudou-se e pegou a mala de sua mãe para levá-la para dentro. ─── Daqui a pouco vou ir pinta-lo de loiro, igual ao que eu tinha no ensino médio.
Hyeonsung o encarou feio, mas fingiu que não ouviu nada. Quando Sunghoon estava com os cabelos tingidos, além de parecer-se com um pintinho, estava cada dia com o cabelo mais ressecado e frisado. Era um horror, e o garoto sempre se recusava a cuidar.
─── Cadê a Seol? ── Perguntou ao lembrar-se da neta, e seu rosto iluminou-se novamente com um sorriso.
─── Vovó! ── Falou a pequena, que estava sentada no sofá, o qual ficava virado para o lado contrário da porta frontal.
Sunghoon foi até seu quarto para deixar a mala de sua mãe por lá, enquanto as duas se abraçavam na sala de estar ─ que, basicamente, se mesclava com a cozinha.
─── Feliz aniversário, meu amor. ── Com a menina nos braços, beijou a sua bochecha. ─── Cinco aninhos!
─── Sim! Agora que já sou grande, não posso ficar no colo. Gente grande anda a pé. ── Soltou-se da mais velha, e sentou novamente no sofá.
─── Bem grande, bem grande...
Sunghoon logo volta, para poder continuar o almoço. Hoje iria fazer o favorito de sua mãe, ou melhor, o favorito de sua mãe que ele tinha a capacidade de cozinhar, pois não era um cozinheiro tão incrível. Seria tteokbokki, ou um prato bem similar, pois estava seguindo a receita online. Uma vez que voltou a sua atenção para as panelas, sua mãe o segue, e senta-se em uma das cadeiras da mesa da cozinha.
─── Esse ano você deixou o seu aniversário passar batido de novo, não é?
─── Você sabe que eu não me importo muito com isso. A comemoração pode ser junto com o da Seol mesmo. ── Respondeu o mesmo que sempre.
Seol nasceu um dia depois do aniversário de dezesseis anos de Sunghoon, e depois que entrou para a faculdade, parou de comemorar, só fazia o do dia da sua filha. Seol e Hyeonsung eram umas das únicas pessoas que sabiam do aniversário de Sunghoon, e a garotinha sempre o dava um cartão feito a mão. Muitas vezes melhor do que uma festa. Ryujin também descobriu, mas acabou esquecendo-se da data depois de uns meses, e quando perguntou para Sunghoon qual era o dia, ele o deu um diferente, e a partir daí continuou a falar datas aleatórias.
─── Seu namorado sabe sobre o seu aniversário? ── Indagou, mas não esperou por uma resposta, pois sabia que seria não. ─── Se não falar logo eu mesma digo para ele hoje.
─── Mãe! Um dia eu conto. Quando ele perguntar.
─── Ele não perguntou ainda? Que tipo de...
─── Mãe! ── Repreendeu-a, encarando-a com as sobrancelhas franzidas.
─── Sunghoon. A comida.
Voltou sua atenção para a panela, e já estava chegando no ponto. Sorriu pequeno, parecia estar ótimo para as suas habilidades atuais.
─── Pode pôr a mesa? Vamos comer.
⏳
Logo após o almoço, começam a arrumar-se para ir ao parque de diversões. Seol corria para todos os lados, animada demais para ficar parada. Sunghoon quis fazê-la usar o vestido que Sunoo havia dado, mas não era a melhor das ocasiões, e ele poderia sair rasgado do parque. Portanto, a vestiu com um pequeno macacão jeans, um chapéu bucket amarelo e tênis da mesma cor. De longe, Hyeonsung o julgava, ele realmente gostava de brincar com as possibilidades de como poderia vestir a sua filha.
Sunghoon vestiu-se com uma calça jeans, camisa colorida de botões e um chapéu igual ao de Seol. Obviamente comprou os dois combinando. Foram de carro, pois provavelmente não voltariam muito cedo e de noite Seol estaria muito cansada para ficar acordada. Era um pouco longe, mas conseguiram chegar quase às duas da tarde, pouco depois do horário que marcaram de encontro com Sunoo e Yeri. Estava abrindo a porta para a sua filha, quando ouviu uma voz o chamar de longe.
─── Sunghoon! ── O grito chegava cada vez mais perto. Fechou a porta, e virou-se, deparando-se com Sunoo mostrando suas adoráveis covinhas, enquanto segurava a mão de sua irmã.
Sunghoon, sem pensar muito, joga-se no namorado, colocando seus braços sobre sua cintura.
─── Eu te vi ontem mas não consigo me cansar do teu sorriso.
Sunoo logo abraça Sunghoon pelos ombros, o aproximando um pouco mais.
─── Que romântico. Eu já estou perdoado então? ── Pergunta, baixinho no ouvido do mais velho.
Depois dos problemas que tiveram na casa de Sunoo, acabaram por desenrolar algumas discussões, as quais Sunghoon não levava muito longe pois não queria afastar-se, apenas mostrar o quanto estava triste com aquilo. Sunoo entendeu bem toda a frustração, mas insistia em manter-se por perto, pedindo abraços quando estavam sozinhos e coisas pequenas para agradá-lo.
─── Sim, mas também... ── Afastou-se um pouco, colocando as mãos nos braços do menor. ─── Eu tenho uma pequena surpresa para você agora, tenta não ficar muito nervoso.
Sunghoon não falou nada a Sunoo sobre trazer a sua mãe, não porque não queria, mas porque havia esquecido completamente até entrar no carro. Sua mãe podia ser meio exigente às vezes, então estava com medo de que seu namorado fosse desesperar-se na presença dela. Hyeonsung sai do carro ao ver a movimentação de mais pessoas do lado de fora, pois até aquele momento ainda estava olhando para o seu celular, explorando o aplicativo de GPS que seu filho havia usado para chegar no parque de diversões. Ao sair, logo vê Sunghoon abraçado naquele rapaz baixo e bonito, e não pode não ficar surpresa.
─── Sunoo, essa é a minha mãe. Mãe, esse é o meu namorado, Kim Sunoo. ── Meio envergonhado, os apresentou.
Sunoo congelou. Estava realmente a conhecendo tão cedo? Sunghoon conhecia sua mãe, mas era por motivos diferentes, não esperava ser apresentado tão cedo aos pais do namorado. Nunca havia feito algo do tipo, só teve paixonites de ensino médio. Abriu a boca gaguejando algumas palavras enquanto a senhora dava a volta no carro para aproximar-se, com aquele olhar meio feio.
─── Oi, senhora Park. É um prazer. ── Finalmente conseguiu falar o que queria, logo depois fazendo uma pequena reverência e abrindo um sorriso constrangido.
─── É bonito. Bem bonito. Quantos anos?
─── Mãe! Vai fazer disso um questionário? ── Repreendeu-a, novamente.
─── Eu quero saber um pouco sobre ele, não posso? ── Reclamou, cruzando os braços.
─── Obrigado, eu sou do curso do Sunghoon, tenho 19 anos, faço 20 no final do ano. ── Responde baixinho, com medo de atrapalhar a discussão. Assim que acaba, lembra-se de mais um detalhe que logo precisaria explicar. ─── Essa é a minha irmã, Yeri, ela estuda com a Seol.
A garotinha, que conversava com Seol animadamente, só encarou os adultos por alguns segundos, fazendo suas chiquinhas balançarem. Por um tempo, deu-se um silêncio, em que Hyeonsung encarava seu filho fixamente, não muito satisfeita com o que havia ouvido.
Definitivamente, soava com se fosse irresponsável da parte de Sunghoon flertar com o irmão de uma das amigas de Seol. Estava preocupado com isso, mas confiava que sua mãe não falaria nada, ou pelo menos não para a cara de Sunoo.
─── Tudo bem. Sunoo. Prazer, Park Hyeonsung, mãe do Sunghoon. ── Levantou a mão.
Sunoo logo apertou de volta, esperando que tenha ido bem o bastante. A mulher logo faz a volta neles, indo falar com as crianças, então o mais baixo aproveita-se para aproximar-se de Sunghoon.
─── Eu fui bem? ── Perguntou perto de seu ouvido.
─── Bem o bastante. Ela também não é tão fácil. ── Responde no mesmo tom. ─── Desculpa trazê-la, ela gosta de passar o aniversário da Seol com a gente.
─── Tudo bem, você já, infelizmente, conhece a minha mãe, faz sentido eu conhecer a sua.
⏳
O pequeno grupo finalmente adentra o parque, o qual não era gigante, mas tinha coisas o bastante para divertir-se. Como estavam com crianças pequenas, iriam ficar apenas nas coisas menos radicais, nas atrações mais tranquilas, então começaram a ir em todos os brinquedos que as meninas queriam, como o carrossel, carrinho de choque e tiro ao alvo, no qual Sunghoon esforçou-se para conseguir uma pelúcia do Relâmpago Mcqueen para a sua filha apaixonada por Carros. Sunoo jogou logo depois, e conseguiu um coelhinho para a sua irmã com pouca dificuldade. Obviamente, não cansou-se de se achar.
─── Papai, eu quero ir naquela ali. ── Puxou a calça de Sunghoon, apontando para a montanha russa que era o ponto principal do parque.
─── Querida, naquela ali você não pode. Que tal um menos alto? ── Acariciou seus cabelos.
Seol, agarrada na pelúcia de Carros maior que sua cabeça, encara seu pai com o rosto prestes a cair nas lágrimas. Desesperado, pois sua filha costuma ser muito calma, agachou-se no nível da garota, e segurou o seu rosto.
─── Mas é meu aniversário. Eu já sou grande, eu posso... ── Choramingou.
─── Seol, ainda não, não vão te deixar entrar, é perigoso... ── Tentou explicar-se, mas a garota só parecia mais triste. ─── Não chore, não chore! Que tal um sorvete?
A menina fez um biquinho, claramente interessada, o que abriu um sorriso nos lábios de Sunghoon, que virou o rosto para a outra criança, que os ouvia curiosa, enquanto agarrada nas pernas do irmão.
─── Você também quer sorvete, Yeri? Podemos ir pegar agora mesmo.
Yeri sorriu com os lábios e assentiu. Sunghoon levantou-se, pegando na mão de sua filha, e guiando o resto do grupo para uma barraquinha que vendia sorvete, a qual havia visto no meio do caminho e estavam um tanto perto. Seol não chorava, mas ainda parecia meio chateada por não poder ir. Já Yeri estava sorridente, não gostava da ideia de andar em uma montanha russa, tinha medo.
─── Morango, dois de baunilha... E... ── Encara Sunoo.
─── Chocomint. A Yeri gosta de chocolate.
─── Isso! ── Respondeu a menininha.
─── Um de chocomint, dois de baunilha, um chocolate e um morango por favor. ── Entregou seu cartão ao atendente, antes que seu namorado fosse se meter novamente.
─── Você sabe que eu poderia ter pagado... ── Resmungou o mais novo.
─── Você não pode sempre pagar por tudo. Eu sou o anfitrião hoje, mesmo que não seja na minha casa. ── Respondeu enquanto recebia o troco e colocava-onde volta na carteira.
─── Sério? Então vais pagar pelos nossos ingressos? ── Provocou Sunoo.
─── Não abusa. ── Avisou-o com a cara fechada, mas não conteve a risada.
Os sorvetes chegam, e tranquilamente, aproveitam em uma das mesas postas logo ali na frente da barraquinha. Já haviam ido em uma quantidade considerável de brinquedos até aquele momento, o dia estava indo muito bem, a partir de agora provavelmente apenas repetiram algumas vezes.
─── Ah! Papai, naquele eu posso ir, não é? ── Seol chama a atenção de Sunghoon, e aponta para a roda gigante. ─── É tão alto...
─── Naquele ali? Claro, podemos ir logo depois. ── Sorriu pequeno. ─── Alguém com medo de altura aqui? ── Perguntou mais direcionando-se a Yeri.
A menina de chiquinhas balança as pernas, e ri para si mesma, confundindo um pouco Sunghoon.
─── Yeri? Tens medo de altura? ── Perguntou, tentando rir com ela.
─── Não, mas o oppa tem. ── Encarou Sunoo.
As bochechas do garoto imediatamente ficaram vermelhas, enquanto Sunghoon tentava segurar a risada.
─── Interessante... ── Comentou ainda com um sorriso.
─── Eu já superei isso, eu posso ir tranquilamente.
─── Mamãe disse que ele ficou preso em uma árvore e não conseguia sair. Ela teve que usar uma escada, mas o oppa poderia ter pulado.
─── Yeri, já aprendesse sobre bullying? ── Respondeu Sunoo.
Sunghoon a esse ponto, já estava rindo alto, cada vez tentando abaixar o tom, para não chamar atenção.
─── Eu te protejo, eu te protejo, minha princesa. ── Brincou o mais velho, acariciando a bochecha do namorado.
─── Ninguém me leva a sério. ── Revirou os olhos, e lambeu o seu sorvete.
Hyeonsung estava meio quieta, apenas conversando com seu filho e principalmente com as crianças, mesmo que tenha acabado de conhecer Yeri. No entanto, estava assim pois estava observando o seu filho, e como ele agia com aquele jovem. Preservava muito a ideia de se achar alguém que seja vantajoso manter por perto, mas também precisava considerar a felicidade de seu filho. E aquele rapaz conseguia arrancar o riso muito fácil de Sunghoon. Ainda não gostava dele completamente, nem todos os jovens eram como seu filho, mas queria dar-lhe uma chance. Depois do sorvete, logo foram para a roda gigante, a qual não tinha muita fila. Um pouco antes de chegarem à frente, enquanto Sunghoon conversava com Sunoo, abaixou-se para falar com as meninas.
─── Seol, Yeri, que tal fazermos uma coisa? Vamos só nós três no próximo carrinho. ── Falou baixinho.
─── Por que? ── Perguntou Seol, que após olhar a expressão da avó, entende. ─── Ah! Vamos sim!
─── O Oppa vai gritar, tudo bem para mim. ── Responde a outra menina.
A staff da atração chama as próximas pessoas, mas antes que Sunghoon percebesse, Hyeonsung rapidamente sinalizou que elas iriam somente em três, e a grade foi fechada para o casal. Os dois olharam confusos para elas, enquanto as garotinhas apenas riam baixinho.
─── O que foi isso? É sério? ── Disse Sunghoon, olhando para cima.
─── Pois é, nos deixaram para trás... Nós ainda vamos? ── Perguntou, encarando o namorado.
Sunghoon sorriu sapeca, obviamente não o deixaria fugir daquilo, especialmente depois de falar que não se importava em andar de roda gigante.
─── Óbvio que vamos. ── Agarrou-se no braço do menor.
Logo foram chamados para dentro, e Sunoo entrou no pequeno cubo meio relutante. Sunghoon, por outro lado, estava bem animado. Gostava muito da vista de rodas gigantes, mas não havia andando em uma há uns bons anos. O carrinho começou a andar, e Sunoo assustou-se de leve, mas naquele momento qualquer uma de suas reações eram motivo de risadas quase histéricas do mais velho.
─── Pode parar de rir, por favor? Eu ainda vou superar. ── Resmungou.
─── Desculpa... ── Falou enquanto acalmava-se. ─── Eu só acho muito bonitinho.
─── Significa que eu ganhei pontos por ter medo de altura? ── Indagou com um sorriso ladino.
─── Com certeza. ── Sorriu envergonhado.
O carrinho subia cada vez mais, e enquanto Sunghoon olhava para a vista, Sunoo olhava para o chão, respirando fundo, para manter a calma.
─── Sunoo, vai perder essa vista mesmo? ── Perguntou, sem desgrudar os olhos da janela.
Sunoo levantou o olhar para encará-lo, mas Sunghoon estava muito distraído. Estavam sentados frente a frente, sendo que o mais velho tinha uma janela à sua esquerda, e Sunoo à sua direita. Em uma tentativa, olha para o lado, mas poucos segundos depois de encarar a paisagem, fecha seus olhos e se ajeita no banco. Voltando a respirar fundo, agora de olhos fechados, pensa em tentar de novo, até sentir uma mão sem seu ombro... E uma respiração tocar seu rosto. Sunghoon juntou seus lábios aos de Sunoo, o qual abre seus olhos pela surpresa, mas logo os fechou novamente, aprofundando aquele selinho para um beijo de verdade. Estavam se beijando no topo de uma roda gigante. Não poderiam estar fazendo algo mais clássico do que isso.
Depois de alguns segundos, após da parte mais alta passar, se desgrudam, e Sunghoon voltou para o banco à sua frente, com um sorriso satisfeito nos lábios.
─── Por que? ── Perguntou Sunoo.
─── Achei que fosse te acalmar. ── Respondeu, rindo. ─── Deu certo?
─── Acho que não, tenta de novo. ── Abriu os braços.
─── Parece que funcionou para mim. ── Deu um sorrissinho de lado, antes de voltar a sua atenção para a janela.
Sunoo fez um biquinho ao ter o seu abraço negado, e tentou olhar para a paisagem. Estava tão distraído pelo momento que haviam acabado de compartilhar que mal conseguia perceber o quão alto ainda estavam. Parecia coisa de filme, mas na verdade era apenas ele e seu namorado. Namorado, aquela palavra soava bem para Sunoo.
O carrinho logo chega no final do passeio, e os dois sairam como pedido, encontrando Hyeonsung e as meninas os esperando.
─── Como foi? ── Perguntou a mais velha, com um sorrisinho pequeno.
─── Legal. ── Respondeu Sunghoon, que já havia entendido qual era a intenção de sua mãe. Ela havia gostado, pelo menos um pouco, de Sunoo.
─── Poderia ter sido mais legal... ── Resmungou Sunoo.
─── Você é mais mimado do que essas duas! ── Exclamou antes de dar um tapa nas costas do namorado.
Não foram em mais muitos brinquedos, e logo tiveram que ir embora. Sunghoon avisou sua mãe sobre o ensaio que teriam naquele dia, então alguns minutos antes, foram em direção ao auditório onde seria. Naquele dia, trabalhariam mais nas fantasias, então não era tão essencial que as meninas fossem, portanto, Hyeonsung as levou ao apartamento de Sunghoon enquanto os dois mais velhos estavam fora. Como crianças quase nunca ficam cansadas, brincaram alegremente até os dois voltarem.
⏳
A sra. Park, na noite de domingo para segunda, disse que ficaria até o próximo fim de semana, o que o garoto não esperava, mas ficou muito feliz com a notícia. Quando ela estava por perto, além do óbvio benefício de ter sua mãe logo ali, também podia relaxar um pouco mais quanto a tarefas de casa, e horários de buscar Seol na creche. Teria mais tempo para descansar, ou apenas adiantar mais trabalhos, ou projetos do estágio.
─── Mãe, pode ir buscar a Seol? Eu estou já no final de código, só precisa de algumas modificações. ── Gritou do quarto, para a sua mãe na cozinha.
Hyeonsung não estava surpresa que teria que ajudar seu filho, pelo contrário, gostava quando ele se apoiava em si, sabia o quanto a sua rotina era trabalhosa.
─── Claro. Já volto. Vou trazer pão! ── Gritou de volta.
─── Obrigado! Tem trocados no balcão.
Ignorando o filho, saiu de casa apenas com o próprio dinheiro e as chaves do carro de Sunghoon. Ao chegar na creche, a qual era a mesma que havia visitado da última vez, seguiu o caminho até a recepção, onde juntou-se a uma mulher de aproximadamente a sua idade, só que mais alta e chique, como uma mulher rica. Hyeonsung era consideravelmente baixinha, era magricela e tinha os cabelos curtos cacheados, enquanto aquela mulher ainda os mantinha longos.
─── Eu vim buscar a Park Seol. Sou a avó dela, meu filho já deve ter me identificado, já vim aqui antes. ── Avisou à recepcionista, que assentiu.
─── Park Seol? Você é a avó da Seol? ── Perguntou a mulher chique. ─── Você é mãe do Park Sunghoon?
Hyeonsung impressionou-se, não esperava que alguém como ela fosse conhecer o nome de sua neta, ou o de seu filho.
─── Sim, e você...? ── Sorriu pequeno.
─── Kim Hyeri. ── Levantou o braço para um aperto de mão. ─── Sou a mãe de uma colega da Seol, Kim Yeri.
Hyeonsung abriu um sorriso ainda maior enquanto apertava a mão da mais alta. Que coincidência encontrar justamente da mãe da amiga de sua neta que havia conhecido.
─── Você também seria a mãe do Sunoo, então? ── Perguntou, animada.
─── Conhecesse meu filho? ── Perguntou, confusa.
─── Sábado, quando ele e a Yeri foram comigo, com a Seol e meu filho para o parque de diversões. ── Explicou-se, e Hyeri logo lembra-se de tê-los deixado ir.
─── Ah, claro. Não sabia que você estaria lá! ── Riu sem graça.
─── Tive que estar! Meu filho, depois de tanto tempo finalmente consegue um namorado, eu tive que conhecê-lo! ── Exclamou, sorridente.
Hyeri fecha o rosto no mesmo momento, mas Hyeonsung não percebe.
─── Seu filho é muito bonito, combina com o Sunghoon. Acho que eles fazem um...
─── Do que você está falando? ── Interrompe-a.
Hyeonsung percebe o que estava acontecendo, e arrepende-se no mesmo momento.
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