Capítulo 13| Jorge
Momentos antes...
— Como assim se suicidou? — perguntei com os olhos arregalados
— Nos recebemos varias chamadas dizendo que a mulher se jogou do prédio — o detetive disse
— Mas porque vieram até mim? — pergunto — Eu sou suspeito? —
— Não, apenas precisamos fazer algumas perguntas —
— Está bem! O que querem saber? —
— O senhor e a Sra. Willis tiveram algum caso no passado?— ele pergunta
— Bom... não posso dizer caso, mas só nos encontramos umas 2 vezes
— Então não namoram?
— Não
— Nesse caso vocês tiveram alguma discussão ou algo assim?
— Primeiro eu e Dayane não namorávamos, talvez ela achou que sim. E depois isso foi passado — eu disse
— Mas apenas precisamos saber... o senhor disse alguma coisa a ela? Talvez algo que a deixou irritada ou triste?
— Não me lembro, depois de algumas semanas eu voltei para Nova York e nunca mais falei com ela
— Nós encontramos umas mensagens recentes entre o senhor e ela, pode nos explicar alguma coisa?
— Bom... ela estava me enviando muitas mensagens dizendo que viria passar umas férias por cá e queria encontrar-se comigo, mas eu disse que eu não queria e tinha coisas por fazer, ela continuou insistindo... mas não liguei, até depois ela me dizer que eu a tinha abandonado e que estava grávida
— Grávida? A autópsia revelou que ela não estava concebida — o detetive ficou espantado
— Bem que eu notei que isso era estranho... ela disse iria me denunciar por estuprar ela se eu não me encontrasse com ela, eu mesmo assim neguei e a disse que nunca teríamos nada porque eu não gostava dela
— Talvez isso deve ter incentivado isso, ela realmente parece gostar de você, as mensagens que trocava com as amigas era só sobre o senhor
Quem diria! Nada de novo, eu sabia que está estava caidinha por mim
— Não é novo mais. Já tinha dado conta que ela gostava de mim, mas eu não gosto e tenho namorada, não posso trair ela por Dayane — eu disse e os detetives olharam um para o outro
— É tudo por agora Sr. tenha um bom dia.
Presente...
Voltei para a minha casa e tirei o meu paletó, liguei a televisão e fui para a cozinha ver alguma coisa para comer, peguei uma taça e servi vinho enquanto preparava uma sandes simples quando ouvi alguns funcionário conversando enquanto estava parado em pé lendo alguns papéis
— Ouvi que a empresa do Fernando Charles declarou falência
— Mas não era um parceiro do chefe?
— Era mais quem diria, a culpa é dele que deu a empresa para a filha, deve ter sido um fiasco
— Não fale assim, a empresa também já não estava dando bons lucros, meu vizinho que trabalhou lá disse que a coisa estava dura por lá
— Fernando já foi um grande negociante, apesar de tudo é uma pena que isso tenha acontecido.
Foi uma conversa curta entre eles mas deu para ouvir o suficiente.
No dia seguinte era a minha folga e acordei com o meu celular tocando impaciente, era a minha mãe
— Mãe?
— Como você consegue dormir num momento desses filho?
— Momento mãe? o que aconteceu?
— Fernando Charles declarou falência e houve um acidente terrível — eu tentava me lembrar quem era Ferndando, aparentemente eu tinha que saber quem era — O pai da Lorena — eu abri os olhos e me sentei rápido na cama
— Eu ouvi por aí
— Eu estou aqui resolvendo alguns assuntos com os pais dela, e eu queria que você fosse ver como ela está
— É para já.
Eu me levantei tomei banho e vesti e fui a casa da Lorena, bati na porta e ela abriu e sorriu fraco para mim
— Você está muito linda — eu digo brincando
— Engraçadinho, entra — ela deu espaço — Estava dormindo certo?
— Estava e nem quis acordar mas por você, estou aqui — ela riu — Vem cá — eu abraço ela
— Eu poderia ficar aqui para sempre mas tenho que ir buscar minha irmã
— Eu vou com você. Quer descer abraçada? — eu perguntei e ela ri.
Charlotte tinha entrado no carro e parecia alegre, provavelmente seu dia correu bem.
— Oi — ela cumprimentou — Que caras são essas? Aconteceu alguma coisa?
— Nada... vamos conversar em casa — Lorena lhe disse
As deixei em casa...
— Obrigado — Lorena agradeceu
— Porque?
— Por ter estado comigo, eu precisava da sua presença
— Realmente... nesse momento você tem que apoiar seu pai, ele vai precisar mais do que eu— eu disse
— Claro! Ele deve estar bem pior, tanto sacrifício e acontece isso
Realmente, não dá para imaginar.
— Não pense nisso, se eu pudesse ficar... mas infelizmente tenho muito que fazer — dei um beijo na testa dela e fui embora.
Depois do que aconteceu, lembrei que Lorena não teria onde trabalhar, então eu pensei em colocar-la como minha secretária pessoal e executiva, onde quer que eu viaje ela tem que estar comigo, só não sei se ela irá aceitar essa proposta.
Mas Katia era uma ótima secretária, ajuda muito, e despedir ela não seria uma tarefa fácil, ela precisa tanto do dinheiro que ganha quanto Lorena, e o máximo que eu poderia fazer é despedi-la com uma quantia para ela se aguentar.
Mas primeiro teria que falar com Lorena para não despedi-la em vão.
Acordei com a luz do sol batendo forte em meu rosto segundo dia de folga.
Tinha prometido a minha tia que levaria Sophia para passear.
Enquanto estava no carro com Sophia fiquei me perguntando como eu conseguiria tornar esse dia tão divertido, nunca fiquei um dia todo com uma criança, precisaria de ajuda.
— O que quer fazer primeiro? Tomar sorvete? Brincar no parque?
— O tio quer tomar sorvete? — Ela pergunta com aquela vozinha fofa
— Claro
— Mas podemos tomar o sorvete no parquinho?
— Sim princesa
Fomos a uma geladaria e pegamos os nosso gelados em direção a Central Park.
Enquanto Sophia brincava no baloiço, uma jovem grávida sentou do meu lado, respirou fundo e olhou para mim, eu estava mexendo no celular
— Oi — ela cumprimentou e olhei para ela — Pode me dizer que horas são?
— São 14 — respondi — Quantos meses?
— 8 — ela respondeu e sorriu
— O pai do bebê? Não está com você
— Não, ele fugiu
Eu olhei para ela e ela me pareceu tão bem, e respondeu de um jeito tão natural.
— Quantos anos você tem?
— 16! Qual seu nome?
— Jorge e você?
— Harper — ela responde — Bom eu vou indo, preciso chegar a casa da minha irmã
— Tem com quem ir?
— Vou a pé mesmo — ela disse e se levantou
— Não precisa, eu levo você até lá, tenho muito tempo livre
— Obrigado
Eu me virei, meu coração gelou
— Sophia — gritei, ela não respondeu — Sophia onde está?
— Quem é Sophia? — Harper pergunta
— Minha sobrinha, ela tem 4 anos
— A gente procura por ela, não se preocupe
— SOPHIA — meu coração está acelerado, meu Deus o que está acontecendo
— Senhor está tudo bem?
— A sobrinha dele sumiu, tem 4 anos — Harper respondeu o policial, já tinha um monte de gente se aproximando e perguntando o que estava acontecendo, minha sobrinha sumiu, eu andei por todo o parque e ela não apareceu, passei a mão no rosto e nos cabelos
— Sophia não é hora para brincar — gritei — já pode aparecer — o que está acontecendo meu Deus...
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