62


Ele está de brincadeira comigo.

"Volto depois"

É a única coisa que eu tenho no momento.

Uma mensagem de texto.

Acordei e ele já não estava mais aqui.

Porém sei que se tivesse me acordado para falar apenas duas palavras eu ia xingar e muito.

Então tudo certo.

Nada certo.

Porque não é nem oito da manhã e ele não está aqui comigo.

Não deve ter nada aberto essa hora, então onde ele se meteu?

Não quero saber.

Estamos bem, eu acho.

Ouvi o que ele tinha pra falar e entendi um pouco.

Entendi que ele me ama, não vai me deixar e está apaixonado por mim.

Até aí tudo bem.

Porém, diz ele que seu lado obscuro também está apaixonado pela Amber.

Maravilha, sinto que a qualquer momento ele vai propor um trisal.

E eu não tô louca de aceitar e ainda saio na mão com ela. E com ele também pra deixar de ser safado e me valorizar.

Vamos ver como vai ser.

Ele se mantém longe dela pelo que percebo, porém ele pode muito bem ter saído hoje para encontrar a mesma.

Eu vou ficar maluca.

Eu não vou saber lidar com tudo isso e vou acabar fazendo muita merda.

Porém não tô nem aí, sou eu que vou me casar com ele e sei que ele não vai me deixar.

Espero que não ao menos.

Fora isso, nossos problemas estavam se resolvendo aos poucos e eu estou tentando tomar jeito na vida.

Esperei um pouquinho pra levantar por que eu tinha fé que ele voltaria logo porém não aconteceu.

Eu levantei, fui no banheiro e fiz o que tinha que fazer;

Chorar no banho.

Eu espero de coração que a vida não seja uma filha da puta comigo.

E quando eu digo vida eu me refiro ao Johnny Depp.





Dei a volta por cima.

Sou gata e não tenho problemas.

É isso mesmo.

Fiquei horas no telefone com minha amiga novamente por motivos de que eu precisava pra me distrair.

Não tomei café então eu estava com fome e olhando as horas, estava quase na hora do almoço e Johnny ainda não tinha dado as caras.

Ele está real me traindo e eu falei o que achava para sua filha.

- Seu pai deve estar me traindo, saiu de manhã e não voltou ainda e não me ligou e não mandou mensagem não fez nada simplesmente sumiu do planeta.

- Olha, não vem com esses papos por que se não eu vou até aí bater em você, meu pai não faria isso.

Tadinha, não sabe o que fala.

- Não irei me desculpar.

- É claro que não. Você é muito má por pensar isso dele, ele não é assim.

- Ai amiga... - eu ri de nervoso e da sua inocência. - Você é tão bobinha.

- O que você não está me contando, Chloe?

Eu até responderia ela se não tivesse visto Johnny passar pela porta com um buquê enorme de rosas vermelhas.

- Chegou o dito cujo, tchau, tchau, depois a gente se fala! - me despedir dela de qualquer jeito e desliguei, preocupada mais em brigar com ele por ter sumido. - Tava me traindo é safado? Onde você tava?

Estou brava.

Ele deu risada e eu não gostei disso por que não é engraçado, eu quero saber de verdade onde que ele estava, com quem, ficou até que horas, qual foi o caminho feito até aqui e se esbarrou com alguma mocreia sem vergonha bonita.

Ele se aproximou do sofá que eu estava sentada e ao invés de me entregar o buquê ele jogou na minha cara.

É brincadeira gente, tô zoando, ele é um anjo não faria isso comigo...

É que eu tô com ódio e imagino muitas coisas impossíveis de acontecer.

Enfim, ele me entregou as rosas e eu segurei aquilo tudo com muita força de vontade por que é muito bonito também.

- É pra você. - ele tocou minha cabeça e fez um carinhosinho. - E eu não estava te traindo.

Isso é o que ele diz...

- E por que das flores então? - ninguém da nada de graça, tudo bem que ele gosta de me mimar as vezes, porém ele nunca tinha me dado flores antes então com certeza está aprontando algo. - Você nunca me deu flores.

- Sempre tem uma primeira vez. - ele beijou minha cabeça e se afastou pra cozinha. - Você almoçou?

- Sim. - menti. - E você?

- Não, você não almoçou e não, eu não almocei por que vim comer aqui com você.

- Tanto faz. Eu estou com fome então já começa a fazer algo se não eu vou passar mal.

Então, meu buquê era bonito ok? Eu estava meio boba ainda por que Johnny era romântico quando ele queria e eu nunca tinha ganhado flores na vida.

Então eu estava boba, mas não vou deixá-lo saber.

- Eu amo você, Chloe. - ele olhou pra mim. - É apenas isso que eu vou dizer.

- Legal. - balancei minha cabeça. - Ama mais eu ou a Amber?

Pela cara dele eu percebi que ele estava puto... Pena more, por que eu estou mais.

- Não fala merda. - ele riu com desdém. - Não. Fala. Merda. Eu não a amo, em nenhum momento eu disse isso.

- Como não? - tô ficando brava já. - Ontem mesmo você falou que está apaixonado por ela ainda.

- Puta... - ele esfregou o rosto com as mãos, irritado. - Puta merda, Chloe, você prestou atenção no que conversamos ontem?

- Claro que sim.

Você ama ela e muito provavelmente, se ela implorar vocês voltam.

- E o que eu falei? - ele andou até perto de mim e cruzou os braços junto ao peito, me olhando. - Não estávamos bêbados ok, então você com certeza escutou exatamente o que eu queria dizer.

- Sim, escutei. - revirei meus olhos e me levantei. - Esse assunto já está me enchendo, e eu preciso achar um lugar pra colocar isso daqui...

- Chloe. - eu parei de falar por que ele segurou meu braço. - Senta. Agora.

Eu fiz.

Mas também larguei o buquê de qualquer jeito o derrubando e nem ai pra nada. Foi a minha vez de cruzar os braços e olhar pra ele.

- Vamos mais uma vez... - ele começou e eu já fiquei entendida. - Eu falei que uma parte de mim, parte essa que não é essa de agora; - ele apontou pra si mesmo. - Ainda está um pouco apaixonado por ela e um pouco, não totalmente.

- Uhum.

- Paixão essa que não será eterna.

- Uhum, entendi.

- Eu não a amo, amar e estar apaixonado é totalmente diferente.

- Diferente? - eu ri nervosa. - Para mim é igual.

- Não, porra, não é igual! - ele falou alto. - Não é igual por que eu te amo e odeio ela.

- Jura, Johnny? Se você não tivesse falado eu não iria saber.

Isso não está acontecendo...

- Chloe... - ele segurou meu rosto e me fez olhar pra ele. - Me escuta. Eu te amo, eu sei que te amo por que é algo que eu sinto dentro do meu peito e nesse momento tá doendo por causa que você está duvidando de mim! Amor é recíproco você sabe né? Eu sei que você me ama por que eu também te amo, caralho. Eu cuido de você, não cuido? Estou sempre pensando em você por que quero sempre o melhor pra ti. Estar apaixonado é totalmente diferente disso, não deixa de ser intenso porém é algo que não é duradouro.

- Uhum, entendi.

- Querida, é sério. - ele acaricio meu rosto. - Eu estou parecendo um louco fazendo isso com você só que eu estou desesperado, eu não quero te perder.

- Você não vai, Johnny. - assegurei por que é verdade, eu o amo demais pra deixá-lo apesar de tudo. - Está tudo bem.

- Eu não deveria ter falado sobre isso, sinto muito por você ter ouvido isso. Não é legal pra você, não é legal pra gente... Eu sinto muito, mesmo.

- Tá bom.

- Desde que eu te conheci tudo mudou, certo? Eu estou com você o tempo todo e quando não estou, eu sinto falta. Nunca vou te trair e não estava te traindo hoje, fui fazer uma tatuagem. - ele encostou a testa na minha e respirou fundo. - Por que eu te amo.

- Eu sei Johnny. - toquei seu rosto com minhas mãos tremendo. - Não deveria ter voltado ao assunto, estava tudo indo bem. - eu dei um selinho nele e me levantei. - Vou no banheiro.

Chorar. E depois voltar e agir como se estivesse tudo bem.

Praticamente corri até o quarto e me tranquei por tempo suficiente pra chorar.

E pensar em fazer coisa errada.

E eu fiz as duas coisas, chorei e pensei.

Me levantei do chão do quarto e fui até o banheiro lavar meu rosto depois de mais calma, joguei uma água e fiquei me olhando no espelho e pensando qual era o meu problema.

Eu não era a melhor pessoa do mundo e também não era a mais sã, porém eu era gente boa e não merecia estar passando por isso.

Minha cabeça vai explodir a qualquer momento.

Victor que não me deixa em paz.

Johnny apaixonado pela ex abusiva.

Eu não vou conseguir lidar com tudo isso.

Só de pensar em lutar contra isso e me impor, já me dá falta de ar e eu choro igual bebê.

Eu era muito feliz antes de conhecer o Victor, meu único problema era ser muito mimada pelos pais. Porém com a presença de sua pessoa na minha vida, me machucou de uma forma absurda.

E quando finalmente consigo me livrar dele e começo a voltar a viver minha vida e ser feliz, conheço um mais doido da cabeça que eu.

Até nisso combinamos, que desgraça.

Eu não aguento mais isso.

Quero que tudo volte ao normal, ao começo.

Quero ficar junto com ele, quero me casar com ele e morar com ele... Eu só não quero sentir essa dor que eu estou sentindo.

Algo dentro de mim me pedia pra me machucar.

E eu quase fiz por que sinto que de alguma forma isso vai me ajudar...

Acontece que não vai, vai apenas me machucar mais ainda.

Johnny ficaria péssimo por isso.

Então não fiz. Mesmo querendo muito.






Mais calma, eu desci e fui recolher o buquê que tinha derrubado de propósito.

As rosas não tinham nada a ver com isso e sofreram também, coitadas.

Johnny estava sentado no sofá, sua cabeça estava abaixada e seu cabelo um completo caos.

- Estamos bem, Johnny, sério. - eu toquei suas costas. - O que vamos comer? Estou com muita fome.

- Eu já vou pedir. - ele segurou minha mão e a beijou antes de se levantar. - Quer algo especial?

Você completamente pra mim.

- O que você quiser está bom, vou procurar um vaso pra colocar as rosas.

- Ok.

- Ok.

Comemos em silêncio.

A única coisa ouvida era o som dos talheres em contato com o prato.

Eu comi muito pouco porém nenhuma novidade, então, assim que terminei recolhi meu prato e coloquei na pia. Fiquei com um pouco de sede e fui até a geladeira pegar um pouco de água.

Além de ver que tinha água dentro da geladeira tinha também um mousse de chocolate em um prato.

É claro que é meu, Johnny nem gosta dessas coisas.

- É meu esse mousse aqui? - perguntei e já peguei o prato e depois uma colher sem esperar resposta. - Obrigada.

Fui pra sala, sentei e comi feliz.

Johnny veio um momento depois e se sentou ao meu lado. Ele passou o braço ao meu redor e ficou me olhando comer.

- Quer um pouco? - perguntei por educação, eu não iria dar por que estava muito bom. - Não né? Tá bom então.

Ele esfregou meu ombro e riu pra depois beijando minha cabeça.

- Não posso comer chocolate, por causa da tatuagem...

É, ele comentou algo assim mesmo.

Porém eu acho que é mentira, por que estúdio de tatuagem não abre tão cedo assim não.

Se bem que, quando ele fazia tatuagem ele sempre seguia a dieta de comer apenas o que pudesse, diferente de mim e Marilyn que bebia e comia chocolate...

Saudades dele.

E saudades um pouquinho da dor da agulha.

Mas é, ele é mentiroso.

Mas não vou dizer nada pra não brigar e pagar de louca.

- Não quer saber o que eu fiz? - ele perguntou contra o meu rosto. - É sobre você.

Eu senti o frio na barriga no mesmo instante, porém eu ainda estou brava e triste.

- Eu não. - comi mais. - Você que fez não eu.

Não acredito que ele fez outra tatuagem sobre mim... Por que ele é assim?

- Você é má. - ele falou e eu balancei a cabeça concordando. - Muito má.

É, eu sou sim. E por causa de quem será?

Nem dei muita bola e continue a comer, porém, reparei que, ele estava sem o anel. A sua mão direita que estava no meu ombro, que era a mesma que eu me lembro dele estar usando seu anel de noivado, não tinha a droga de anel nenhum.

- Cadê seu anel? Perdeu também foi?

Pior que eu não posso nem brigar com ele por ter perdido, por que eu já perdi um...

É o karma dando as caras.

- Claro, sou desatento igual você. - que insulto! não tem respeito nenhum por mim. - Está aqui no meu bolso.

- E por que você não está usando?

Eu ainda estou com a minha aliança, não tiro pra nada e estou sempre conferindo se está comigo. Ainda mais estando aqui na praia, se eu perder novamente o Johnny vai me largar e não ao contrário.

Ele demorou a me responder então eu me distanciei um pouco.

- Johnny? Por que você não está usando?

- Eu só esqueci de colocar quando deixei o estúdio, Chloe, não pira. - ele pegou o anel do bolso e colocou no dedo de volta. - Satisfeita?

- Um pouco, confesso. Porém, quero saber por que você tirou e, já aviso que não estou julgando apenas curiosa.

- Eu estava decidindo onde que iria tatuar, apenas isso.

- No dedo? Que dor.

O que ele tatuaria no dedo? Não consigo nem imaginar...

Eu coloquei o prato no colo e peguei sua mão direita pra ver se tinha alguma tatuagem nova e aparentemente não. Pedi a outra mão e logo de cara já vi a tatuagem. Então eu peguei meu prato e me levantei.

Não vou falar sobre.

- Querida? - é claro que ele me seguiu até a cozinha. - Você gostou?

Eu ri de nervoso.

Por que ele tem que ser assim? Se expressar enchendo o corpo de tatuagem?

E sempre fazer algo relacionado as namoradas.

Minha nossa, eu não aguento.

- Você não deveria ter feito isso...

- Seu nome? - o cínico perguntou. - Por que não? Eu gostei.

- Claro que gostou. - revirei meus olhos e me virei para ele. - Por que você fez? Não precisa provar nada, Johnny, eu sei que você me ama.

- Não estou querendo provar nada, Chloe, eu apenas quis fazer.

- Do nada?

- É, do nada, e não ligo se você não gostou, eu gostei e está em mim, então...

Muito impulsivo meu deus.

- Vem aqui. - chamei. - Deixa eu ver.

Agora já foi né, tá feito, porém tinha que ser na mão? Todo mundo vai ver.

Ele se aproximou e me deu a mão esquerda. No seu dedo anelar tinha meu nome na vertical cobrindo metade do dedo e com uma fonte bonita.

A sorte dele é que meu nome só tem cinco letras.

- Por que no dedo? - perguntei depois de avaliar e dar nota três.

- Por que é com você que eu vou casar e vai ser nesse dedo que nossa aliança vai ficar.

Droga, eu sou boiola demais por ele.









- Johnny, eu queria muito ir no cinema.

- Eu queria dormir.

- Eu também, meu bem, porém eu queria mais ir no cinema.

Não era tão tarde assim, e ele já está com sono?

Tenho certeza que essa hora os senhores de idades estão saindo pra fazer uma caminhada ou algo assim. A maioria está em casa se preparando pra dormir igual o Johnny? Sim. Mas vamos mudar isso, a vida é curta.

- Outro dia. - ele segurou minha mão. - Estou cansado e não quero ver ninguém além de você.

- Ok.

E não quer ver ninguém além de mim... Mentiroso do cacete por que ele quer é dormir por que aí ele não vê ninguém mesmo.

Não me importo, vou ser feliz assistindo algum filme dele por que só assim eu fico alegre.

Queria ver na televisão, porém Johnny quer descansar e eu não vou atrapalhar o bonito e eu também não quero sair do lado dele.

Vou ver no celular dele mesmo e sem fone por que eu não tenho um no momento. Mas é sobre isso.

Talvez ele me odeie por que não gosta? Talvez sim, porém eu só queria ver um filmezinho e ficar de chameguinho com ele no escurinho.

Johnny acaba com os meus sonhos.

Com a mão livre, por que ele ainda segurava uma das minas mãos, eu escolhi qual iria ver. Todos ótimos, confesso, porém Sleepy Hollow vai ter sempre um lugar em meu coração.

Ele com quase quarenta anos na época e ainda todo gato, como é possível?

E como é possível que daqui uns anos ele vai fazer sessenta e continua incrivelmente gostoso?

Velhos também são bonitos, nunca julguei.

Tá, dei play no filme e esperei aparecer ele pra eu me sentir realizada e não demorou muito.

Com quatro minutos de filme e na primeira fala de Johnny, não assisti mais nada por que ele tomou o celular da minha mão.

- Ei! - reclamei. - Vou perder seu filme, me devolve.

- Se arruma. - ele falou sério. - Vamos ao maldito cinema.

Nunca fui triste.

- Sério? Te amo. - beijei ele. - E não fiz isso pra te irritar, tá legal? Sou sua fã.

- Anda logo antes que eu desista.

- Tá. - beijei ele mais uma vez. - Você é tudo pra mim, juro.








Estamos prontos lindos e cheirosos dentro do carro.

- Eu escolho o filme. - decidi. - Você pode escolher os lugares.

- Não. - ele falou. - Eu escolho tudo, o filme, os lugares e tudo que tiver pra escolher, eu escolho.

- Tá legal. - cruzei meus braços. - Faço esse sacrifício.

E por que ele é uma bela visão.

Está lindo essa noite.

Todo vestido de preto menos seus óculos que é de um laranja, amarelo, sei lá tudo junto. Ele tinha trago um chapéu porém não estava usando no momento por que seus óculos estava na cabeça segurado os fios de cabelo.

Ele deveria estar usando por que está dirigindo porém é teimoso e não está.

Ele também tinha um óculos de sol na gola da camisa e eu nem sei pra que, está de noite já.

Porém nem falei nada.

- Eu volto dirigindo. - falei. - Tá?

- Uhum.

Ele tocou minha perna e não tirou a mão até chegarmos.






Jantamos antes de ir assistir o filme que ele tinha escolhido.

A comida estava deliciosa e eu não deixava de babar no Johnny.

Ele estava mesmo muito bonito ou eu que estou mais safada que o normal.

Ele tinha escolhido um filme, os lugares e tudo que ele poderia decidir, ele fez.

Não sei se já é tarde, ou é algum milagre pois não está tão cheio o local e ninguém tinha abordado Johnny ainda.

Ele é muito conhecido, a maioria das pessoas sabem o seu nome e se não sabem, sabe o nome de algum personagem seu por que já viu o filme e se lembrou.

Ele é muito amado apesar de tudo.

- Vai querer comprar algo? - ele perguntou. - Pipoca ou algo assim?

Ele não estava de bom humor, porém não estava me tratando mal, estava até me mimando um pouquinho.

Isso é bem óbvio por que estamos aqui, como eu queria.

- Quero um refrigerante. - me sentei em um dos bancos enquanto esperava a sala abrir. - E chocolate, eu acho.

- Certo. - ele me entregou o celular e a carteira, tirando apenas o cartão de crédito. - Já volto.

- Quero água também.

Ele olhou pra mim com ódio e eu sorri pra amenizar as coisas.

Espero que ele volte logo, estou com saudades já.

Olhando em volta, não estava tão cheio, não tinha quase ninguém na verdade e acho que isso é bom.

Não sei nem que dia é hoje.

E nem o que vamos assistir.

Johnny que escolheu tudo e eu só espero que seja um filme bom.

Fiquei olhando ele falar com a moça e coitadinha, não queria ser ela pois ele não está nada simpático hoje.

Culpa minha né?

Não deixei o velho dormir e ainda fiz ele sair de casa...

Ele está puto e tem seus motivos.

Irei tentar recompensar.

O celular dele vibrou no meu colo e eu curiosa, peguei pra ver quem era;

Seu melhor amigo.

- Você não está em tour?

- Eu não quero falar com você, cadê o Johnny?

- Muito ocupado, sendo feliz comigo, pra te atender no momento. O que você quer?

- O cacete! Chama ele agora!

- Ele está longe, Brian, não vou gritar ele, espera ele voltar.

- Tá legal! - ele respirou alto e ouvi passos. - Grita ele logo que eu não tenho tempo, boneca.

- Sem estresse, homem, tá tudo bem, ele logo vem. Enfim, como está a tour?

- Bem. - contou. - Tenho dois dias de folga e resolvo vir pra casa e encontro ela toda destruída e eu gostaria de saber o que aconteceu aqui, e só Johnny tem a chave.

Puta merda, ele descobriu tudo antes do tempo.

Eu e Johnny é tonto também, saímos e deixamos tudo lá pra organizar.

Que pena, Brian que lute.

- Tem certeza que só Johnny tem? - perguntei. - Por que Johnny destruiria sua casa?

Vou sempre estar do lado do meu gatinho.

- Por que não é a primeira vez, boneca! - ele praticamente gritou. - Onde você estava que deixou ele fazer isso?

- Vai se fuder, e por que você não me avisou sobre isso? - praticamente gritei. - Como eu ia saber?

- Eu avisei! Você que é muito tonta e não presta atenção nas coisas que eu te falo!

- Brian, eu te odeio!

- Eu sei, boneca, também te amo. Agora, passe o maldito telefone para ele!

A sorte dele é que Johnny já estava vindo se não eu ia jogar o telefone daqui mesmo.

- Toma! - me levantei e peguei meu copo, a garrafa de água e meus doces. - Seu amigo está me enchendo, não gosto mais dele.

Johnny todo confuso pegou o celular e viu que era Marilyn.

- O que? - ele perguntou. - Eu sei. Eu sei, Brian, não fui eu. E quem foi? - ele olhou pra mim. - Chloe surtou e quebrou tudo. Juro. E eu que sei, você sabe que ela é maluca as vezes.

Eu vou bater nele.

- Estamos no cinema, em Malibu, quando voltarmos eu compro o que você precisar... Sim, eu sei, eu sei cacete, já entendi, não vai se repetir.

Duvido muito, seja lá o que seja.

Peguei o papel dos ingressos no seu bolso pra olhar a sala que passaria o filme e depois de saber, fui até lá e tinha uma moça na porta.

- Tenha um bom filme! - ela desejou com um sorriso no rosto.

Eu espero mesmo que sim minha querida, por que se não valer a pena eu vou ficar com ódio.

Mais do que já estou.

Aparentemente, pode escolher o lugar que queremos ficar por que não lembro de ter visto nada no papel marcando exatamente onde era nossos lugares, então, eu subi até lá em cima de me sentei na ponta da direita.

Odeio sentar na ponta porém se o filme for ruim e eu dormir, posso encostar a cabeça na parede e ir com deus.

Porém assim que sentei na poltrona, percebi que ela é reclinável o suficiente pra tirar um soninho aqui mesmo.

Ao menos isso ao meu favor.

Coloquei meu copo de refrigerante no negócio e meus doces na poltrona ao meu lado e a minha água também.

E analisando as opções que eu tinha, peguei um docinho pra ver se meu ódio passava.

Não passou. E parece que piorou quando Johnny entrou na sala.

E ele foi o único.

Estranho.

Ou o filme é ruim ou ele pagou pra ter a sala só pra gente.

Não ficaria surpresa, diz ele que não queria ver ninguém além de mim.

Escolho acreditar que o filme é ruim então estou com mais ódio ainda.

Preciso de forças.

Observei ele subir as escadas e caminhar até mim, acho que com uma certa falta de ar assim que chegou porém prefiro não fazer piadas.

- Não vai querer que eu sente do seu lado? - ele olhou de mim para os meus doces. - Vai querer mesmo que eu assista esse filme com você? Posso me retirar, se você quiser, basta dizer.

- Eu não sei nem que filme é. - olhei pra ele. - E tem um lugar logo ao lado, você pode ficar se quiser.

Muito contragosto, e me xingando na mente de todos os nomes eu tenho certeza, ele se sentou.

Assim que eu terminar de comer vou é sentar no colo dele por que eu não sou besta, então ficará tudo bem.

A tela se ascendeu e começou a passar diversas coisas antes do filme de fato começar, e, eu aguardei.

Eu bebi no canudinho e olhei pra ele por que me senti observada.

- O que? - perguntei. - Eu não fiz nada.

- Não disse que fez.

- Então o que foi?

- Nada, Chloe, não posso te olhar agora?

- Não com essa cara.

- Que cara?

Cara de quem me abandonaria aqui sozinha se eu não fosse morrer por causa disso, por que nós sabemos que eu iria.

- Esquece. - ele é cínico demais. - Vamos falar sobre o que você e Brian conversavam?

- Absolutamente não. Eu não quero discutir isso com você novamente e não quero começar uma nova briga por causa disso. Estamos bem, sabemos o que aconteceu.

- Tanto faz. - escolhi outro docinho. - E que filme é esse pelo amor de deus e por que não tem mais ninguém aqui?

- Algo sobre Aliens ou algo assim. - ele deu de ombro. - E, eu falei sério quando disse que não queria ver ninguém além de você.

Problema de rico, entendo.

E eu vou muito encostar minha cabeça na parede e ir com deus.

- Você por acaso gosta de filme com Aliens, Johnny? Ou então eu?

- Isso importa, querida? - ele riu e tombou a cabeça pra trás. - Provavelmente estarei dormindo com menos de uma hora de filme.

Eu também estarei pelo visto.

- Você fez isso por que me odeia né? - eu joguei a embalagem de chocolate nele. - Deixava eu escolher o filme então, cacete.

- Eu que escolho tudo essa noite, lembra?

Eu que odeio ele, não ao contrário.

E era melhor ter ficado em casa dormindo.



Com uns trinta minutos de filme, eu não tinha mais doce nenhum e muito menos a companhia do meu namorado.

Ele dormiu mesmo com menos de uma hora de sessão.

Johnny tinha colocado os óculos escuros e foi com deus.

Então foi por isso que ele trouxe, agora tá explicado.

Já estava com o plano todo arquitetado o safado.

Nunca mais vou querer vir no cinema com ele.

Eu não estava entendendo nada do filme e também não estava fazendo esforço nenhum, estava apenas esperando o milagre de acontecer algo incrivelmente bom ou irmos logo pra casa.

- Ao menos esse cara é bonito. - falei e suspirei, olhando a tela. - Olha, se eu fosse solteira...

- Estou te ouvindo tá Chloe? - parei de respirar por um momento. - E você não é solteira.

Tinha esquecido que ele estava aqui por um momento e ainda bem que não sou solteira e eu amo meu velhinho.

Eu olhei pra ele e ele estava do mesmo jeito.

Óculos no rosto olhando para o telão como se estivesse mesmo assistindo, suas pernas estavam esticadas e apoiadas na poltrona da frente e seus braços estavam cruzados.

- Você é gostoso.

É verdade.

Porém esse carinha do filme também é.

Não estou morta né? Posso achar as pessoas bonitas ainda.

- E você me trata muito bem também, me faz muito feliz, Johnny, está tudo bem, não gostaria de ser solteira.

Fiquei tentando entender o filme porém não estava dando certo, e sério, a história parecia ser boa porém tinha tanto bicho feio que provavelmente demorará a sair a imagem da minha mente.

No que Johnny estava pensando quando escolheu esse filme?

Se foi pra me atingir de alguma maneira ele conseguiu por que esse filme é péssimo.

Com todo respeito ao ator, você é bonito porém esse filme não é bom.

- Meu bem, você me ama?

Óbvio que ele está acordado então é óbvio que ele vai me responder, ele tava falando comigo a dois minutos atrás então eu espero que ele me ame.

- Sim, querida.

- Então por que você está me fazendo passar por isso? Eu tenho certeza que isso não é amor.

Eu estava olhando pra ele óbvio, eu não tinha nada melhor pra fazer e ele era uma boa visão.

Ele então virou o rosto pra mim e abaixou o óculos o suficiente pra me olhar nos olhos.

- O que exatamente não é amor, Chloe?

- Isso. - apontei pra tela. - E isso. - apontei pra ele. - Você dormindo.

- Eu acho que isso é amor sim por que estamos aqui. - ele colocou o óculos no lugar e se ajeitou na poltrona. - Estamos aqui por sua causa, você queria ver um filme e eu queria estar dormindo. Estamos fazendo isso, não estamos?

- Você é engraçado. - eu ri. - Surreal.

- Também acho, querida. - ele estendeu a mão e esperou que eu segurasse, porém não fiz, estou emburrada demais, não foi isso que eu pedi. - Chloe.

Odeio fazer tudo que ele pede.

Segurei sua mão e ele ficou quieto, provavelmente voltou a dormir.

Felicidade.

Muita felicidade.

O melhor dia da minha vida.





Quando o filme acabou eu até me levantei pra aplaudir, foi tão bom e eu fiquei tão feliz por ter acabado.

- Acorda, Johnny! - chamei pronta pra partir. - Vamos embora, estou cansada e quero dormir.

Ele demorou um pouco pra despertar porém quando fez eu agradeci.

- Gostou do filme, amor?

- Amei. - sorri grande. - O melhor filme da minha vida, não quero rever nunca mais.

- Fico feliz.

Ele pegou minha mão e a beijou. Recolhi as coisas pra jogar fora e de mãos dadas, nós descemos as escadas e saímos em silêncio da sala.

A mesma moça de quando eu entrei, estava na porta esperando por nós.

- Boa noite, senhor Depp! - desejou ela sorrindo e toda apaixonada, tenho certeza. - Gostou do filme?

- Achei incrível. - ele apertou minha mão. - Obrigado por fechar a sala, minha noiva também adorou o filme.

Mentiroso do cacete.

- Sempre que quiser, senhor. - ela piscou os olhos toda boba. - Estarei a disposição, digo, estaremos a disposição...

Que danada.

Ela não o ouviu dizer noiva?

Que sem vergonha você moça.

Ela deveria ser a gerente ou algo assim pra estar nos recepcionando tão bem. Mas não tô nem aí, ela tá toda boba pra ele, não gostei.

Nos despedimos dela e eu fiquei feliz por estarmos longe.

Com certeza ela é alguma fã e não julgo, sinto que já fui assim com o Johnny, acredito que eu ainda seja e super entendo.

Porém meu ciúmes fala mais alto.

- Estarei a sua disposição senhor Depp. - imitei a voz da mesma a ele enquanto íamos até seu carro no estacionamento. - Sempre que o senhor quiser, senhor.

- Cala a boca. - ele riu e me entregou a chave do carro. - Você vai dirigir né? Fique a vontade.

Ele abriu a porta pra mim entrar e depois deu a volta pra se acomodar no banco do passageiro.

Eu coloquei a chave no contato, tirei do ponto morto e coloquei na ré, pra sair da vaga.

- Coloca o sinto de segurança, Chloe.

- Ok. - tinha esquecido desse detalhe, quero apenas chegar em casa logo e descansar.

- Arruma o retrovisor se não você não vai conseguir enxergar. - avisou e ele mesmo mexeu no espelho. - Tá bom assim? - dei uma conferida e apenas balancei a cabeça.

Consegui sair da vaga sem ele dar palpite em algo mais e então, levei a gente de volta pra casa.

- Não tinha reparado no jeito de você dirigir e é, pode melhorar.

- Johnny, eu dirijo desde os dezesseis e nunca sofri um acidente.

- Ainda né querida, por que você ultrapassou o sinal no amarelo duas vezes e uma no vermelho.

- A rua está vazia!

- Se eu levar multa, você quem vai pagar.

Coitado, não tenho dinheiro pra isso não.

E eu só quero chegar logo.





Chegamos.

E eu saí correndo, entrei em casa, troquei de roupa e deitei.

Estou muito feliz.

Realizada.

Amo todos os momentos que passamos juntos.

No cinema poderia ter sido melhor? Claro. Como? Só transando tenho certeza por que aquele filme lá, dó apenas.

Deveríamos ter aproveitado juntos.

Nem liguei a televisão pois com certeza o bonito vai querer dormir em silêncio então, pra não ficar no escuro eu deixei a luz do quarto ligada.

Quando ele subir, ele apaga.

Eu só quero dormir em paz pois sou eu que estou com sono agora.

- Te trouxe água.

Tô dormindo.

Ouvi ele andar pelo quarto porém fiquei quieta e de olhos fechados.

Quando ele subiu na cama e não me abraçou, eu já fiquei atenta e abri meus olhos na mesma hora e me virei pra ele.

- Pode me abraçar?

- Claro. - ele riu. - Deita.

Gosto assim.

Senti quando ele levantou o edredom e deitou atrás de mim e, passando o braço a minha volta e pressionando a mão na minha barriga ele me puxou pra perto.

Incrível.

Vou dormir feliz.

Ele ficou massageando minha barriga e quando eu estava quase dormindo, ouvi sua voz.

- Você não quer mesmo ter bebês? - ele falou baixo, ainda acariciando minha barriga. - Eu gostaria muito de ter uma menininha com seus olhos.

Eu vou passar mal.

Se eu fingir que morri, ele vai entender ou então mudar de assunto?

Vou fazer pra ver se acontece.

Eu adoraria ter bebês com ele e apenas com ele, porém, eu não me imagino sendo mãe.

Tive um aborto uma vez quando tinha dezessete anos, claro que o bebê seria do meu ex namorado, porém eu perdi com três meses e a partir daí passei a me cuidar ao máximo.

Eu queria aquele bebê, mas entendi que não era pra ser e, como eu acreditava que iria sempre viver com Victor, não queria que acontecesse novamente.

Por que ele não o queria.

Começamos a namorar muito jovens, e, automaticamente, começamos nossa vida sexual bem jovens. Lauren me deu muitos conselhos e eu agradeço, porém, eu era muito desligada na época e sempre esquecia de tomar a pílula, então aconteceu de eu engravidar e perder o bebê por causa de Victor.

Ele brigou comigo por um motivo bobo, eu fiquei muito nervosa e, não foi bom para o bebê. E nem para mim.

A ginecologista indicou a injeção a cada três meses e, no começo minha mãe sempre me lembrava por que eu não me lembrava e as vezes eu dou uma esquecida também porém tenho ela pra me lembrar.

Então sim, eu adoraria ter bebês com o Johnny. Porém não sou a pessoa certa pra ter bebês com ele.

Só soube que estava chorando quando Johnny se ergueu e virou meu rosto pra ele.

- Ei. - ele limpou minhas lágrimas com o polegar e me deu um beijo na testa. - Está tudo bem, querida, não sabia que era um assunto que te machucava...

Não tinha como ele saber também.

- Está tudo bem. - funguei e tentei sorrir. - Você é muito bom pra mim, apenas isso, sou muito grata.

Eu olhei pra ele, agradecida por tudo. Menos pelo momento que ele me deixaria.








Acordei.

Com calor por que o quarto está abafado e Johnny está grudado em mim.

Não estou reclamando apenas analisando.

Peguei meu celular pra ver as horas e ainda é cedo.

Johnny não tinha fechado a persiana então o quarto está muito claro, incomodando demais.

Depois de tirar sua mão do meu peito eu me levantei e fui fechar.

- Volta pra cama, Chloe... - ouvi ele chamar baixo. - Ainda é cedo...

Saudades minhas ou do meu peito que ele estava segurando até agora?

- Vou beber água, gatinho. - avisei. - Já volto.

Ele tinha trago pra mim ontem, e foi muito gentil da parte dele, só que eu bebi tudo depois de chorar nos seus braços.

Não falamos muito e, eu chorei até dormir.

E agora eu estou com sede e quero água gelada.

Descalça e vestindo apenas uma camiseta sua eu saí do quarto e desci até a cozinha para me saciar.

E depois de feito, fiquei feliz por que amo água gelada.

Subi de volta para o quarto enquanto prendia meu cabelo no alto, pronta pra deitar mais um pouquinho com ele e voltar a dormir.

E vai ser fácil por que ficar agarradinha com o Johnny, em silêncio, é a melhor coisa do mundo.

Voltei a me deitar ao seu lado e, assim que fiz, ele se aproximou e deitou a cabeça no meu peito, me abraçando.

Gosto assim.

Toquei seu cabelo sedoso que crescia cadê vez mais e fiquei acariciando com as unhas seu couro cabeludo.

Parei de respirar um pouquinho quando senti sua mão acariciar e tocar minha coxa, para logo em seguida subir a mão pra cima, por dentro da camiseta, e tocar minha barriga e continuar subindo até chegar um dos meus peitos, o esquerdo, e segurar.

Simples assim.

Eu ri por que sempre que ele tem a oportunidade de pegar no peito quando a gente dorme junto, ele faz, e eu fico muito feliz.

Não menti pra Lauren quando disse que ele amava meus peitinhos.

E ainda bem, alguém tem que amar mais que a mim por que eu gosto mais do esquerdo do que do direito, ao menos ele gosta dos dois.



Johnny acordou um tempo depois e ele apertou meu peito com tanta força que eu gemi um pouquinho por causa da dor e pela surpresa, eu não estava esperando.

- Bom dia para vocês três.

Ele enfiou o rosto no meu pescoço e o beijou, para logo em seguida beijar meu queixo e, eu só fui entender quem era os outros dois que ele falava quando o mesmo se ergueu um pouco e subiu minha camiseta até encima, deixando meus peitos a mostra.

- Bom dia pra você também, Johnny! - dei risada e parei de rir quando ele simplesmente abaixou a cabeça e colocou um dos meus mamilos na boca. - É sempre bom saber que você gosta deles. - toquei sua cabeça. - E eles da sua boca e das suas mãos.

Ele me mordeu e eu puxei seu cabelo com força.

- Eu amo eles, na verdade. - corrigiu.

Ele voltou a chupar um e segurou o outro seio com a mão livre, apertando com força sem parar de me lamber.

Eu não consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo, por isso não faço nada e apenas aproveito.

E também por que só dois minutos sentando já me dói tudo.

Então, quando o Johnny faz tudo e me pega de jeito eu fico muito realizada.

Como agora.

Ele gosta das preliminares, muito.

E realmente é muito bom, porém sou ansiosa e apenas quero ele sempre dentro de mim.

Ele é incrível por que sempre me estimula preocupado se eu estou pronta ou não o suficiente pra ele e eu sempre estou por que;

Olhar pra ele é igual assistir pornô.

E também, tenho certeza que só uma safadeza que ele falar baixinho no meu ouvido eu vou estar pronta pra quantas vezes ele quiser.

Preliminar?

Nunca ouvi falar quando se trata de Johnny Depp sussurrou no ouvidinho.

Ele parou de me beijar no peito e avançou para minha boca, pressionando seus lábios nos meus e, enfiando a língua na minha boca. E então ele se afastou o suficiente pra me olhar e, encostar seu nariz no meu;

- I love you, darling.

Eu amo esse homem demais, sério.

- Te amo também, vida. - toquei sua bochecha, sentindo os fios da barba arranhar meus dedos. - A gente vai transar amorzinho? Por que você tá bem carinhoso.

- Você quer assim? - ele sorriu e ergueu minhas pernas, afastando uma da outra deixando aberta pra ele. - Eu sempre faço como você gosta por que eu gosto de qualquer jeito.

- Eu também, meu bem.

Rindo ele me deu um selinho e desceu a mão por minha barriga e seguiu até chegar e ele enfiar a mão dentro da minha calcinha.

Eu segurei sua nuca com força e a apertei.

- Você já está molhada... - ele constatou quando acariciou entre minhas pernas e sentiu a umidade. - Já está pronta pra mim, não é?

Por que responder o óbvio?

E eu sempre fico imbecil quando a gente transa.

Não sei o que acontece, sei que gosto e aproveito.

Suspirei alto e puxei seu cabelo quando ele penetrou os dois dedos dentro da minha boceta e começou a enfiar com a mais calma do mundo.

Vou ficar maluca.

Ele não deixou de me masturbar com os dedos e, me deu um beijinho que me fez ficar toda boba e logo em seguida toda fraca por que ele tirou os dedos de dentro de mim e os chupou bem na minha frente, pra voltar a enfiar dentro de mim novamente.

Droga, eu vou morrer de tesão.

Maluca das ideias e por que eu não penso direito quando estou com ele, eu toquei sua nuca e o puxei pra me beijar e ele fez todo carinhoso, sem língua nem nada.

Eu não quero mais amorzinho.

Quando ele ia se afastar, eu o segurei e o mordi nos lábios, sorri quando ele reclamou e chupei seu lábio inferior pra compensar e ainda dei beijinhos.

- Assim não é amorzinho, meu amor. - ele falou contra a minha boca e deixou de me tocar onde estava bem bom, se ergueu o suficiente pra me lamber na boceta, cuspir em cima e voltar a meter os dedos com força. - Pega no meu pau.

Gemendo e sentindo seus dedos entrar e sair de dentro de mim, eu dei risada por que ainda fico desacreditada quando ele é descarado desse jeito.

E é muito bom por que ele só fica assim, quando é ele falando sobre sexo. Quando eu falo ele fica todo tímido e demora pra ele se soltar, mas quando é esse safado querendo coisa comigo ele não tá nem aí.

Eu acho fofo.

Ele é fofo.

- Vamos lá, amor. - ele incentivou e tocou meu rosto. - Nada mais justo.

Esse velho safado, ele não presta.

E pra não deixar ele na mão e por que comigo não tem essa de preliminar, eu abaixei sua cueca o suficiente pra pegar seu pau e puxar pra fora.

Ele já estava duro e com a cabeça brilhando por causa do pré sêmen e também por que eu sou gostosa, tenho certeza.

Eu dei um beijinho no seu queixo e fiquei o masturbando e ele a mim até cansar.

Não demorou muito ainda bem e Johnny decidiu me comer logo, fiquei feliz e ansiosa.

- Vira. - ele pediu e já foi me virando na cama, me fazendo ficar de bruços, ele soltou meu cabelo e o tirou das minhas costas e beijou meu ombro. eu segurei e apertei meu travesseiro quando senti seu pau na minha bunda e logo suas mãos a tocou e apertou, ele se mexeu e esfregou o pau duro entre minhas nádegas e eu estava pronta pra falar que não queria anal por que seu pau é grande e eu tenho amor a minha linda bundinha, eu gemi quando ele me penetrou na boceta. - Você é muito gostosa! - ele movimentou o quadril, empurrando pra dentro de mim devagar e segurou meu cabelo com força e se abaixou pra falar contigo. - Tudo bem, meu benzinho? Você não queria amorzinho?

Eu não sei nem o meu nome agora, quem dirá o que eu queria antes.

Eu não respondi, estava feliz demais de olhos fechados apertando o travesseiro e gemendo, apenas aproveitando enquanto ele me comia devagar.

Porém ele parou e soltou meu cabelo.

- Johnny? - eu abri meus olhos e me virei pra olhar pra ele - Continua, baby.

- Você quer usar camisinha?

- O que? - eu ri, eu não quero saber dessas coisas não, eu quero é que ele me foda. - Não, a gente não usa camisinha esqueceu?

- Da última vez você queria. - ele tocou meu rosto. - Você quer agora?

- Eu quero que você me coma, só isso. Com, sem, eu não me importo!

Eu estava pronta pra voltar a minha posição inicial e aproveitar só que ele não deixou, ele segurou minha nuca pra me manter parada e levantou minha perna esquerda até encostar no meu peito.

Puta merda.

- Fica assim. - ele firmou o aperto. - Quero você aberta pra mim.

- Pedindo desse jeito tão gentil, quem sou eu pra negar...

Ele segurou meu rosto com força e eu fiquei com taquicardia quando ele ficou bem pertinho do meu rosto e, me chamou de safada.

Ele voltou a me penetrar e eu fiquei toda boba, ouvindo ele falar o quanto me ama e o quanto eu sou gostosa e linda enquanto enfiava o pau em mim até cansar.

E ele cansou.

E me fez ficar por cima.

Eu segurei seu membro e deslizei até em baixo, sentindo ele dentro de mim e adorando a sensação disso tudo.

Porém já cansada, não gosto de fazer tudo mas entendo que ele precisa de descanso.

Olhei pra ele. Seu cabelo molhado de suor, e seu peito também por conta de todo o esforço físico. Porém um gato mesmo assim. Sua boca estava levemente aberta por causa da respiração pesada e ele me olhava e eu devo estar a coisa mais linda por que eu me sinto gata.

- Você é uma bela visão. - ele falou e acariciou minha meu joelho. - Vamos lá, senta com força.

Eu tenho é dó.

Eu ri e me inclinei para beijar sua boca e fiz enquanto apenas rebolava sentindo seu pau entrar e sair, e quando ele começou a meter junto comigo eu apertei seus braços e arranhei, adorando a sensação de ser preenchida.

Eu ia gozar e muito, porém, ele parou e se sentou na cama, me levando junto e segurou minha cintura me fazendo parar de me mexer.

- Chloe...

Ele chamou meu nome porém eu não liguei e continuei a rebolar no seu colo, e a sentar com força e apertar seu pau dentro de mim por que eu iria real gozar.

- Chloe...

- Baby! - eu agarrei seu pescoço e o beijei, impedindo ele de falar. - Eu vou gozar, por favor... - choraminguei. - Mete comigo.

- Não grita.

Eu gritei por que ele se levantou comigo no colo e eu gemi alto por que ele ainda estava dentro de mim. Do nada estávamos no banheiro, e, ele me encostou na porta e passou a tranca.

- Você é gulosa demais e não está me ouvindo! - ele sorriu contra o meu rosto. - Brian está aqui, cacete. Vamos ter que deixar pra mais tarde.

Falou ele, ainda dentro de mim.

- O que? Nem fodendo, Johnny. Vamos terminar agora.

E eu odeio seu melhor amigo e o que esse inútil está fazendo aqui?

Eu nem ouvi nada.

E tem que chegar logo agora?

- Johnny seu puto! - ouvi a voz do capeta em algum lugar distante. - Onde você tá?

- Querida...

- Johnny, é sério, se você não me fizer gozar agora não vamos transar nunca mais, e eu to falando sério.

- O que? - ele riu achando graça. - Tá brincando né?

- Meu amor... - me esfreguei nele por que ainda me sentia latejar na vagina e, com o pau duro dele ainda dentro de mim não facilitava. - Eu sei que você consegue, vamos lá.

Ele não me respondeu, apenas me beijou com força e começou a me fuder com vontade. E eu gemi sentindo ele me comer e gemer no meu ouvidinho o quão deliciosa eu sou.

E sou mesmo.

Eu toquei suas costas me segurando e arranhei com tanta força que vai ficar marcado e provavelmente dolorido. Igual minha amiguinha também ficará.

- Você é gostoso, Johnny. - falei olhando ele fazer todo esse esforço pra me deixar feliz e aproximei meu rosto mais perto do seu. - Você pode me dar um tapa, se quiser, eu deixo.

Na mesma hora ele segurou meu pescoço e apertou.

- Se toca. - mandou. - Esfrega essa bocetinha gostosa pra você gozar logo e apertar meu pau.

E eu fiz.

Desci minha mão entre nossos corpos e toquei meu clitóris, esfregando com meus dedos e sentindo ele me penetrar até que eu gozasse.

E eu fiz, gemendo não tão alto quanto eu gostaria por que tem pessoas indesejadas na casa.

Johnny me apertou o pescoço com força quando gozou dentro de mim e logo em seguida me beijou com carinho, dizendo o quão me amava.

E odiava o Brian.

Eu também, baby, eu também.

Ele me colocou no chão e me abraçou, enfiando o rosto no meu pescoço e me apertando forte.

- Eu te amo. - ele falou mais uma vez e tocou minha bunda, acariciando. - Vai me deixar comer sua bunda bonita quando?

- Nunca, é claro. E ficamos muito feliz em saber que você gostaria e ficamos muito honradas também, porém não vai rolar.

- Você é má, querida.

Eu o abracei apenas e ficamos em silêncio um minutinho, apenas fazendo uns carinhosinho. E não durou nem dois minutos em silêncio por que Brian começou a socar a porta.

- Que tipo de recepção é essa, droga? - se queixou do outro lado. - Eu sei que você está aí, então venha logo pra cá, porra!

Eu estava tão feliz com ele longe, toda minha felicidade passou.

- Vai tomar banho. - Johnny pediu e me deu um tapa em cada nádega. - Vou fazer a recepção que ele merece.

- Ok, gatinho.

Fui até o box e abri o chuveiro e antes que eu lembrasse que Johnny estava sem roupa alguma, ele abriu a porta e saiu.

- Estava se escondendo por que, cacete? - ouvi a voz do Brian, esperando que ele surtasse ou algo assim por Johnny estar pelado, porém ele não fez. - Escondido, suado e sem roupa? Tava fazendo o que e por que não me chamou?

- Vai a merda, Brian. - ouvi a voz do velho mais gostoso do mundo e eu ri. - E me solta, por favor, eu vou tomar banho.

Eu não aguento esses dois juntos.

- Da próxima vez, me chama por favor, gostaria de participar.

- Brian, eu estava transando ok?

- Você está traindo eu e a Chloe? Com quem? Por que eu a procurei por toda casa e não achei ela. - ele falou alto. - E tá legal, ela é meio maluquinha mas é gente boa e isso não é motivo.

Meu deus do céu, por que ele é assim?

Do nada, a porta do banheiro foi aberta totalmente e eu gritei tampando meu corpo com as mãos.

E Brian também gritou tampando o dele e eu não entendi por que ele está de roupa.

- Johnny! - gritei. - Fecha essa merda!

- Eu estava transando com a Chloe, Brian seu cuzão! - ele deu um tapa na cabeça do mesmo e se virou pra mim. - Desculpa, baby, ele me irritou. - e fechou a porta.

- Eu vou matar vocês dois! - gritei. - Deixa só eu terminar meu banho, vocês vão ver.

Eu odeio eles.

Muito.

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