Capítulo 27 - Jogo final: Striptease (versão Sarah)
N/A: Salve, salve, minha gente! Chegay tarde, mas chegay com o tão aguardado jogo do Striptease na versão da nossa doutora Andrade 🤩
Pense em um capítulo que me deu uma dor de cabeça até aqui foi esse. Saiu aos 48 do segundo tempo 😅😅😅
Quero dedica-lo a MariaValria4, uma leitora que está de aniversário hoje. Parabéns, meu bem, que Deus lhe abençoe e faça de seus sonhos e metas, uma realidade. Xero, coração 🥰
Obs: espero que você curta o capítulo e todas as demais leitoras também. Não revisei o capítulo, portanto se tiver alguma incoerência me avisem, por favor.
Simbora ler.
Obs: Músicas do capítulo na sequência, caso alguém queira ler escutando. São elas:
I Found You - James Bay;
Never Tear Us Apart - INXS;
Let's Get It On - Marvin Gaye;
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"Mais do que o fato de tirar suas roupas, em um striptease importam a dança insinuante e os movimentos cheios de provocação."
❤️❤️❤️
Três semanas depois...
Só tinha um facho de luz entrando na sala pela fresta da cortina da janela e algumas velas LED espalhadas pelo cômodo, dando um ar de sedução no ambiente. Sentada em uma poltrona, Juliette de dez em dez segundos lançava um olhar ao corredor à meia-luz para ver quando sua namorada vinha.
Já estava ali há sabe lá Deus quanto tempo esperando e nada de Sarah. Sua namorada estava demorando bem mais do que a cardiologista demorou, mas segundo a loira bem disse antes de ir para o quarto se arrumar, a espera ia valer a pena. Disso, Juliette não duvidava, mas precisa demorar tanto para vim logo fazer esse striptease?
A cardiologista já se encontrava em total ansiedade para ver a namorada aparecer. Se mexendo melhor na poltrona, a morena deixou escapar um sorriso ao recordar que Sarah havia dito que além do striptease ainda tinha uma surpresa que preparou, e que ambos são um presente antecipado de aniversário para a cardiologista que estará comemorando seus 30 anos depois amanhã.
Que surpresa deve ser essa?
Sem a cardiologista estar esperando, a caixa de som Bluetooth na estante atrás de si começa a tocar do nada.
- Oxente!... Que susto, criatura! - diz com uma mão sobre o peito e olhando para a caixa de onde começava a sair uma confusão elétrica de guitarra, abrilhantando a abertura de uma canção por alguns segundos, antes de vir as batidas da bateria se misturando a guitarra e, então uma voz masculina com rouquidão entoa os primeiros versos da canção, que toma conta do ambiente.
Blue is all I've ever really known
(Tristeza é tudo que eu realmente conheci)
Playing records that I couldn't own
(Tocando discos que eu não poderia possuir)
Walking fast into the ticket line
(Andando rápido na fila de ingressos)
Walking slow to save a lonely night
(Andando devagar para salvar uma noite solitária)
A morena volta seu olhar para o corredor e arregala os olhos enquanto sua boca vai se abrindo lentamente, com a visão que tem de Sarah vindo em passadas lentas toda sexy em uma camisa social de seda cinza de botões e manga 3/4, saia lápis de couro preta e scarpin também preto. Os cabelos soltos e ondulados nas pontas, dando volume. A maquiagem perfeita, realçando seus olhos e a boca. E o perfume que ela usa, o qual toma conta do ambiente quase que de imediato, é SÓ o que a cardiologista mais gosta que a namorada use. Uma fragrância floral frutal, extremamente sedutora que conta com notas de romã, madeira, orquídea e almíscar.
- Eita, mísera! - sussurra a cardiologista antes de engolir seco ao ver a namorada parar há uns metros de distância de si, com as mãos na cintura e lhe encarando de um modo fixo e penetrante.
I found you
(Eu encontrei você)
I can't believe I get to know you
(Eu não posso acreditar que te conheço)
Woah, I can't believe I get to show you
(Woah, eu não posso acreditar que posso te mostrar)
I had no one 'til I found you
(Eu não tinha ninguém até te encontrar)
'Til I found you
(Até te encontrar)
É a partir destes versos do refrão entoado de forma sexy, com uma melodia que se entrelaça a docilidade de um coral gospel e do blues, que Sarah começa a dançar de maneira suave e sem tirar os olhos da namorada.
Não é a tarefa mais fácil para a loira e seu jeito de ser mais retraído e tímido, estar ali fazendo aquilo, mas lá no quarto, antes de vir, ela se dispôs a despir-se de todos os medos e inseguranças para fazer daquela experiência a melhor possível tanto para ela, quanto para sua namorada.
Adotando uma postura determinada, envolvente e atraente, ela caminha uns três passos à frente, com um andar confiante e provocante e um olhar penetrante e profundo.
Da sua poltrona Juliette têm os olhos atraídos pela namorada e toda aquela áurea erótica que Sarah já emana nesse começo de sua performance. A iluminação do ambiente à meia-luz, lhe deixa ver a fisionomia da médica loira, a paixão no seu olhar enquanto dança para ela. E pensar que Sarah disse que ia ficar ridícula fazendo aquilo. Quão errada ela estava! A verdade é que ela está magnífica e já arrasando nesse começo na opinião de Juliette.
Fazendo sutis movimentos com o quadril, Sarah toca seu corpo por cima da roupa com suavidade, sempre tendo os olhos o tempo inteiro em Juliette.
Suas mãos vão para o primeiro botão da camisa, a loira vai desabotoando a peça botão por botão até tê-la aberta por inteiro, revelando uma parte da peça escolhida para usar por baixo da roupa.
- Alguém andou fazendo compra escondida. - diz a cardiologista assim que bate os olhos no que deduz ser um body. A peça vermelha, transparente e toda em renda, com alças finas e decote V profundo, só pode ser nova, porque a cardiologista não se lembra de ter visto aquela lingerie antes entre as coisas de Sarah.
- Gostou? - responde a loira antes de atirar a blusa na direção da namorada, que pega a peça no ar, levando até o nariz e sentindo a fragrância do perfume de Sarah nela.
- Amei. - responde com um sorriso.
A segunda música, uma balada sensual, começa a tocar e com ela, Sarah dá continuidade a sua performance ao se livrar lentamente da saia, deixando a namorada ver por completo o body que comprou antes de ontem. Teve que inventar toda uma história de reunião com Dílson muito antes do horário do turno delas de trabalho para poder ir comprar aquela peça.
- Calma, Sarah! - exclamou a cardiologista se abanando com a camisa da namorada após ver por completo a lingerie no corpo da loira. - Eita! - assobiou a morena quando Sarah dá uma voltinha para mostrar melhor o body fio dental.
I, I was standing
(Eu, eu estava de pé)
You were there
(Você estava lá)
Two worlds collided
(Dois mundos colidiram)
And they could never tear us apart
(E eles jamais poderiam nos separar)
Atirando a saia no sofá ao seu lado, Sarah olha para a namorada de forma intensa, conta mentalmente até três e tira o olhar e, então, volta a encarar a cardiologista com provocação. Em seguida, anda na sua direção com um leve rebolado, parando bem próxima de Juliette.
A morena estava achando muito envolvente toda a cena. Sua namorada parecia tão segura e ciente do que estava fazendo, que Juliette estava adorando tudo aquilo. Nem nas suas maiores expectativas imaginava que Sarah ia demonstrar tanta desenvoltura como aquela altura já se via. Quão sortuda se sentia de ter um mulherão daqueles como sua namorada.
- Negativo! - Sarah trata de afastar as mãos que Juliette estende em sua direção, mais precisamente para suas coxas.
- Ô, mulher, deixa de ser má!
- Olha quem fala.
A loira rebate sem deixar de dançar. Ela passa a mão no cabelo, fazendo um movimento como se estivesse se espreguiçando e, logo em seguida, passa lentamente a mão por seu corpo até alcançar a boca. De forma erótica e hipnótica, ela mordisca seu dedo antes de descer a mão devagar sobre o seio e, depois passa ambas pelas coxas, subindo pelas pernas enquanto finge estar arrumando o body e lança um olhar convidativo a namorada que se encontrava, literalmente, de boca aberta.
Assim que o solo do saxofone entoa, Sarah já mais desenvolta se arrisca em ousar mais no rebolado enquanto as mãos insinuantes deslizam por seu corpo.
Quando a terceira música se inicia, a loira caminha para trás da poltrona e desliza as mãos pelos ombros, seios até repousar ambas na barriga da cardiologista.
- Peraí, Sarah que eu sou difícil. - diz a cardiologista, virando o rosto para a namorada.
A loira apertar os lábios vermelhos um contra o outro, reprimindo um sorriso. Fica difícil manter a pose de séria e sedutora com sua namorada fazendo gracinhas.
Let's get it on
(Vamos deixar rolar)
We're all sensitive people
(Nós somos pessoas sensíveis)
With so much to give
(Com muito para dar)
Understand me, sugar
(Você me entende, amor)
Since we've got to be here
(Já que estamos aqui)
Let's live
(Vamos viver)
I love you
(Eu amo você)
Sarah cantarola esse trecho da música antes de sapecar um beijo rápido nos lábios da namorada.
- Não entendi nada do quê tu disse aí, mas tudo bem. Tô amando assim mesmo.
- Ai, Juliette! - a loira sorri e beija agora o rosto da cardiologista.
- É, sério, amor. Tô achando massa essa música, mas não estou entendendo nada dela, visse.
- Vem! - convida Sarah, estendendo a mão para a morena após sair de trás da poltrona. - Dança comigo! - pede ao se desfazer dos saltos.
Juliette abre um sorriso e no instante seguinte, a morena já está de pé, segurando na cintura da amada com ambas as mãos, enquanto Sarah passa os braços por trás do pescoço da cardiologista, juntado seus corpos. Em um lento "um pra lá, e um pra cá", as vão dançando bem juntinhas a canção de Marvin Gaye, com Sarah traduzindo ao pé do ouvido de Juliette um pequeno trecho da música.
- E então, como me saí? - indaga a cirurgiã ao encarar o rosto da morena antes de encostar sua testa na dela.
- Muito bem.
Seus olhos se encontram e as duas mulheres sorriem.
- Foi o máximo que eu consegui.
- E foi perfeito, amor. - tranquiliza.
- De verdade?
Assente a cardiologista antes de reivindicar os lábios da namorada para outro beijo demorado, cheio de paixão e com muita mão boba, principalmente por parte de Juliette.
- Vamos para o quarto, doutora, quero tirar esse body de você. - diz Juliette ao término do beijo, deslizando as mãos pela lateral do corpo de Sarah e sentindo sob a palma o tecido macio peça.
- Só se for agora!
- Pois é agora mesmo!
Juliette sai levando Sarah pela mão. A loira sorri sem que a cardiologista veja. Só quer ver a cara da namorada quando entrar no cômodo e vê a surpresa que preparou para ela.
Ao abrir a porta, Juliette pára ao se deparar com o quarto todo decorado com algumas velas LED e pétalas de rosas; na cama sobre o lençol branco também há pétalas de rosas, formando a frase: "Te amo, linda!"; e na cabeceira do móvel um varal de corações onde se lê: Parabéns antecipado!
Com os olhos envolto em lágrimas de emoção, a cardiologista se vira para a namorada.
- Você não existe, sabia?!
Por isso, ela havia demorado tanto, estava preparando essa surpresa. Mal sabia Juliette, que aquilo ali era só um aperitivo para a surpresa maior.
- Como eu sabia que não ia me sair tão bem assim no striptease.
- Você se saiu bem, sim. - afirma a cardiologista interrompendo a namorada.
- Enfim... Eu quis compensar te preparando essa decoração romântica.
- Amei. Tá lindo, meu amor. - diz, passando os braços em torno do pescoço da loira.
Com gestos delicados como esses e tanto outros cheios de cuidado, que mais e mais Juliette se via amando a médica loira.
As duas mulheres se beijam. As mãos da cirurgiã seguram a cabeça da morena enquanto sua boca saboreia devagar a boca da outra. Sem interromper o beijo, elas vão em direção a cama até Juliette sentir atrás dos joelhos o móvel.
Seus lábios se separam e aos poucos as roupas de Juliette e o body de Sarah somem e a cardiologista faz questão de beijar cada parte do corpo da loira.
Com ambas já deitadas na cama, sendo que Juliette estar por cima e acomodada entre as pernas de Sarah, lhe beijando o colo, a loira arrasta a ponta dos dedos pelas costas da morena.
De volta a boca de Sarah, Juliette a beija, deixando corpo e alma em sua boca. As pernas da cirurgiã se prendem em torno do quadril da morena.
A morena interrompe o beijo segundos depois e encara a amada, observando sua expressão extasiada. Seus olhos estão bem abertos, e as pupilas mais dilatadas e escuras do que nunca.
- Você é tão linda e eu te amo tanto, Sarah.
Sem dar tempo de resposta para a loira, a cardiologista a beija outra vez. Uma de suas mãos descem até o seio da outra e a morena provoca seu mamilo com os dedos polegar e indicador. Momentos depois seus lábios já deixam sua boca para percorrer o queixo e pescoço de Sarah, que solta um gemido rouco de ouro prazer, fazendo o de centro do quadril de Juliette pulsar em resposta.
A morena afasta os cabelos da outra para o lado, revelando seu alvo. Sarah arda, cravando os dedos no couro cabelo de Juliette enquanto a cardiologista passa a língua suavemente em seu mamilo e o coloca inteiro na boca, sugando com força.
- Ah! - grita a loira.
Juliette sopra de leve o mamilo sugado e vê Sarah se contorcer sob si. Passando a mão por seu quadril, a cardiologista vai para o outro seio. Segurando-o gentilmente, ela o acaricia, aperta e fica maravilhada com a reação da outra quando roça o outro mamilo com o polegar. Em uma fração de segundos, ele está alto e rígido, igual ao outro.
- Ju! - geme Sarah ao sentir um dedo da cardiologista deslizar para cima e para baixo entre seus lábios vaginais.
A morena sabe que naquele momento tem a namorada nas mãos. E geme ao senti-la molhada e pronta.
Bem lentamente, desliza o dedo para dentro da outra, retirando quase todo em seguida, para deslizar para dentro mais uma vez.
- Linda! - com o corpo em chamas aquela altura, Sarah agarra o lençol.
- Isso! Geme, amor. - os lábios de Juliette tocam entre os seios da outra. - Sinto tanto tesão por você.
Sarah inclina a cabeça para trás, pressionando a almofada. Juliette então sobe o rosto até seus lábios estarem outra vez de volta aos de Sarah. Ela beija a cirurgiã, colocando todo o seu desejo e ânsia no ato enquanto seu dedo desliza para dentro e para fora da outra.
A loira está perdia em uma tempestade de sensações. Aperta com força os ombros da outra à medida que se aproxima da beira do precipício. Está quase lá.
Juliette continua a beijar a amada provocando-a com a língua hábil. Então a penetra debate com dois dedos e passa a movê-los rápido.
Abandonando os lábios da loira, a cardiologista esconde o rosto no pescoço de Sarah e não pára de mover os dedos.
Alguns instantes depois, Sarah cai no abismo, o orgasmo reverberando por seu corpo enquanto ela deixa escapar um gemido bem alto, para o deleite de Juliette.
A cardiologista levanta o rosto do pescoço da amada e planta um beijo nos lábios entreabertos da outra.
- Que som fantástico que saiu da sua boca. - sussurra a morena, vendo a outra abrir os olhos para lhe encarar.
Com uma das mão, Sarah toca o rosto da namorada e sorri extasiada com o recente orgasmo lhe proporcionado pela outra. Tinha que retribuir a altura e foi o que ela se propôs a fez após se recuperar.
Inventando as posições, Sarah acaricia a cintura de Juliette e desliza as mãos até o quadril, puxando o corpo doce e macio dela contra o seu. Com o joelho, abre suas pernas. Juliette ergue o corpo na direção ao de Sarah, cravando os dedos entre os fios loiros da cirurgiã.
Sentindo o sabor da pele da namorada, a loira passa os lábios por seu pescoço, levando uma das mãos até o seio perfeito e redondo de Juliette. A morena geme quando Sarah roça o polegar em seu mamilo, totalmente rígido sob seu toque. Os lábios da cirurgiã continuam o trabalho, beijando e sugando gentilmente.
- Não pare! - Juliette geme, puxando os cabelos da amada.
E atendendo ao pedido da amada, Sarah não para sua doce e torturosa degustação. Inquieta e ansiosa, sua boca se reveza de um seio para o outro lambendo, beijando e chupando. Juliette se contorce e choraminga embaixo da loira que desliza a mão até seu destino final.
Os dedos de Sarah roçam no sexo de Juliette, fazendo a respiração da cardiologista sair entre cortada e rápida.
Com o polegar a loira circunda o clitóris da amada várias vezes antes de deslizar o rosto de seu seio rumo a barriga onde deixa uma trilha de beijos até seu umbigo, circundando-o com a ponta do nariz enquanto seus dedos não cessam as carícias íntimas no sexo de Juliette. Momentos depois sua boca já está descendo para onde outrora seus dedos se encontravam. As mãos de Juliette seguram a cabeça de Sarah.
A loira ergue os olhos na direção do rosto de sua amada. Seu olhar é hipnotizante enquanto começa sugar Juliette em uma gradual intensidade.
- Assim... Isso... - geme a cardiologista há certa altura.
Naquele momento, Sarah já lhe suga com tanta vontade que é possível ouvir ecoar pelo quarto o barulho de sua sucção misturados aos gemidos mais audíveis, emitidos pela morena.
- Não para... Por favor, amor. - implora em choramingo a cardiologista, agarrada aos cabelos da amada.
E Sarah não pára seu serviço. Mexendo a cabeça para frente e para trás, e usando a língua de um lado para o outro e em círculos, ela segue em seu propósito de proporcionar um orgasmo tão bom a Juliette quanto a cardiologista havia lhe proporcionado anteriormente.
Os sons de sucção aumentam ainda mais, assim como os gemidos de Juliette. A pernas dela apertam o rosto de Sarah, fazendo a loira intensificar mais suas carícias e alcançar instantes depois seu objetivo de fazê-la alcançar o orgasmo intenso já que as penas da morena chegam a tremer enquanto Sarah engole seu gozo todo com gosto e prazer.
❤️❤️❤️
Sarah está com a cabeça descansando na barriga de Juliette, os braços em torno de seu corpo, enquanto a cardiologista desliza os dedos carinhosamente pela cabeleireira loira e bagunçada da amada.
A cardiologista simplesmente ama a sensação dos fios por entre seus dedos, pois são macios e sedosos, sem contar que também são cheirosos
Sarah esfrega o nariz na barriga da namorada e a beija antes de levantar a cabeça para encarar a outra mulher.
- Quero te propor um novo jogo. - com um sorriso nos lábios, Sarah diz após um tempinho de silêncio entre elas.
- Mas nós acabamos de fazer um. - rebate a cardiologista ainda se restabelecendo da sessão intensa de amor que elas tiveram recentemente.
- Eu sei. Mas este é diferente. - argumenta a loira subindo pelo corpo da outra até parar em cima de Juliette.
Era chegado o momento de ela fazer o pedido que tanto ensaiou ao longo desse tempo.
- Diferente como? Que jogo é, Sarah? - questionada, passando as mãos pelos cabelos bagunçados da loira, em uma tentativa inútil de arruma-los.
- Primeiro vamos colocar alguma roupa, porque eu não quero te propor isso com a gente pelada.
Mesmo sem entender nada, Juliette acatou o pedido da namorada. Enquanto Sarah colocou seu pijama de dormir, a namorada se limitou a pôr apenas o robe.
- Estamos vestidas, agora, fala.
- Agora só um instante.
Sarah vai até o guarda-roupa de onde pega de uma das suas gavetas de roupa, a caixinha de veludo com as alianças há tempos compradas.
- Juliette quero te propor um jogo, que se depender de mim jogaremos pra sempre.
A loira se aproxima de volta para a cama com as mãos para trás do corpo, impedindo a namorada de ver o presente.
- Que jogo é esse, Sarah? - indaga a cardiologista enrugando a testa.
- Juliette... - inicia Sarah após respirar fundo. Aquele pedido é o segundo grande passo mais importante que dará em sua vida pessoal, o primeiro havia sido ir atrás de Juliette e abrir seu coração para a cardiologista.
Em sua vida não se imaginava um dia, fazendo um pedido de casamento a alguém. Tampouco, almejando passar o restante dos seus dias ao lado de uma pessoa. O trabalho sempre ocupou um espaço enorme, senão total, em sua vida. A doutora Andrade sempre estava a frente da pessoa Andrade.
Ter relacionamentos amorosos era algo muito raro e quando acontecia, não passava de uma relação rasa e superficial. Mas aí, surge Juliette e todo seu jeito falante e descontraído para causar um boom em Sarah.
No entanto, ainda não era o momento 'delas acontecer'. Então o tempo as distanciou por anos até o "destino" colocá-las frente a frente. E por dois anos, Sarah não deixou que 'elas acontecessem' por medos tolos. Se privou e privou Juliette; se machucou e por tabela, também machucou a cardiologista; e por muito pouco não foi tarde demais e a perdeu para sempre.
Antes elas eram dois em separado, hoje são um em conjunto. O amor que Sarah tem pela namorada é algo gigantesco, imensurável. Juliette mudou o seu mundo. Os dias ao seu lado são curtos demais, as noites doces e perfeitas.
Hoje, ela sabe, sem qualquer lugar a dúvidas, que a cardiologista é a mulher da suas vida; hoje, ela sabe que não há felicidade longe de Juliette; e hoje, ela sabe que pedir em casamento aquela mulher diante de si é a decisão mais acertada que já tomou nos últimos meses.
-... Parece simples demais, mas esta é a questão mais decisiva que alguma vez colocarei a alguém. - se pronuncia a loira após uma longa pausa feita depois de ter dito o nome da cardiologista. - E mais decisiva ainda será a sua resposta.
- Ai, Sarah, tu tá me assustando, mulher. Fale de uma vez sem fazer rodeios.
Foi o que ela fez então: sem rodeios.
- Eu quero uma vida ao seu lado. Eu quero construir infindáveis memórias e uma família com você. Eu quero superar dificuldades e festejar conquistas ao seu lado. Desejo fazer você feliz ou morrer tentando.
- Você já me faz feliz, baby! - rebate a cardiologista, tocando o rosto da namorada.
- Você também, me faz imensamente feliz, linda. Porém, falta uma coisa para que a felicidade que você me trouxe, seja completa. - trazendo as mãos a frente, Sarah abre a caixa de veludo para Juliette.
- Ai, meu Deus! - exclama a morena, levando as mãos a boca ao ver as argolas douradas dentro caixinha na mão de Sarah.
- Casa comigo, linda, e eu prometo fazer você sorrir todos os dias das nossas vidas!
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Ai, meu Deus! Saiu o striptease e o pedido. Sobre o striptease, eu segurei mais a mão, porque a Sarah aqui é mais retraída (apesar de ela ter evoluído e bem desde o primeiro jogo da rodada um até esta segunda rodada). Ainda assim, eu não poderia fazê-la dar um espetáculo como foi a Juliette, porque não ficaria condizente com a personalidade da personagem. Mas espero que tenha sido satisfatório pra vocês.
Um xero e até a próxima quarta-feira, meus amores.
Ai, tá acabando, gente a fic.
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